04/10/2013 09h37 - Atualizado em 04/10/2013 09h37
Células-tronco são utilizadas para cirurgia inédita na Paraíba
Paciente de 58 anos apresentava sintomas comuns a pessoas com 90.
Previsão de recuperação é de cerca de oito meses.
Uma cirurgia inédita na Paraíba utilizou células-tronco para reconstruir a mandíbula de uma mulher de 58 anos que apresentava um problema de perda óssea correspondente ao de uma pessoa de 90 anos. Segundo Geórgia Cavalcante, filha da paciente, o problema provocava dificuldade na mastigação e na fala de sua mãe, além de comprometer a qualidade de vida. O procedimento foi realizado em João Pessoa.
Geórgia explica que a família tentou vários procedimentos antes e que não obteve sucesso. “Após pesquisarmos várias técnicas, descobrimos a possibilidade de reconstruir o osso comprometido utilizando as células-tronco”, disse a filha da paciente em entrevista à TV Cabo Branco. O procedimento foi feito pelo cirurgião dentista Diogo Meneses em parceria com o especialista em cirurgia bucomaxilofacial André Zetola, do Paraná, além de seis outros especialistas.
Diogo Meneses explica que o procedimento foi feito em várias etapas. “Primeiro retiramos o sangue do osso do quadril da paciente e em seguida separamos o plasma das células-tronco e acrescentamos às células a Proteína Óssea Morfogenética (BMP), que é sintetizada em laboratório para agilizar o processo de calcificação”, disse o cirurgião.
Após essa etapa, os médicos envolveram a mistura em uma malha de titânio e fixaram na mandíbula da paciente. A previsão é que em até oito meses a paciente já possa receber o implante dos dentes, permitindo que as funções de fala e mastigação voltem a ser executadas normalmente.
Esta foi a primeira vez que dentistas e médicos fizeram uso de células-tronco para reconstituir uma mandíbula no Estado. Apesar das vantagens proporcionadas por este tipo de cirurgia, os médicos e cirurgiões dentistas alertam que este tipo de procedimento só deve ser adotado quando todos os outros métodos não forem eficazes.
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CEBID - Centro de Estudos em Biodireito
O texto, "Células-tronco são utilizadas para cirurgia inédita na Paraíba", nos expõe que estudos de células tronco podem auxiliar na saúde de pacientes. Como no caso dessa senhora de 58 anos e demonstra, claramente, a necessidade da Justiça, ou melhor do Direito, de acompanhar e monitorar as ações médicas.
ResponderExcluirO desenvolvimento do Biodireito tem de ensejar sobre as ações médicas limites de pesquisa e padrões definidos por lei, e através dos princípios da precaução, da autonomia privada e da responsabilidade o Direito abarcará a devida evolução da medicina.
Sendo que a religião, uma das principais entidades contra a pesquisa com células tronco, e a falsa crença de que o bem universal e de maior valor a ser protegido é a vida, obrigatoriamente devem ser afastadas da consciência do jurista para que ele possa tomar a melhor decisão acerca do caso.