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sexta-feira, 30 de março de 2012

'Eutanásia' de pacientes não terminais comove Uruguai

BBC
19/03/2012 15h33 - Atualizado em 19/03/2012 17h15

'Eutanásia' de pacientes não terminais comove  

 

Uruguai

 

Enfermeiros confessam 16 mortes, mas vítimas podem chegar a centenas.

Da BBC
Suspeitos de crimes em hospitais  (Foto: Reuters/via BBC)Suspeitos de crimes em hospitais
(Foto: Reuters/via BBC)
A confissão de dois enfermeiros uruguaios, que aplicavam morfina e ar em pacientes não terminais - os quais acabaram morrendo em dois hospitais de Montevidéu - está comovendo o país.
Os dois confessaram os crimes à Justiça e estão sendo processados por 16 mortes, mas o número pode ser bem maior e ter incluído outros métodos.
A notícia sobre os enfermeiros de 40 e 46 anos, além de uma terceira enfermeira, processada por "encobrir" o caso, é a mais lida nesta segunda-feira (19) no site da rádio Espectador, nos sites dos jornais El País e El Observador, de Montevidéu, e tema também em emissoras de televisão de outros países da região, como a Argentina.
Os enfermeiros disseram não saber em quantos pacientes teriam aplicado as doses mortais.
"Acho que pode ter passado de 50", disse um deles à Justiça, segundo a imprensa local. "Perdi a conta", teria afirmado o outro.
A imprensa uruguaia especula que o número de vítimas poderia chegar a cerca de 200 ao longo dos últimos sete anos.
Compaixão
O juiz do caso, Rolando Vomero, disse que os suspeitos confessaram as mortes motivados pelo desejo de "não ver o sofrimento humano", embora tenham admitido que os pacientes não eram terminais.
"No Uruguai a eutanásia não é aceita, mas dá-se, sim, uma ajuda (a pacientes terminais), através de medicamentos que reduzem a dor, para que o paciente tenha uma morte digna. Mas não foi o que ocorreu", afirmou o presidente do Sindicato Médico do Uruguai, Martín Rebella.
Ele disse à rádio Espectador, de Montevidéu, que a equipe da área de saúde do país está "consternada" com os "casos criminosos" na rede hospitalar do país.
O ministro da Saúde, Jorge Venegas, afirmou que "existe uma grande diferença entre erro médico e criminalidade" e indicou que as investigações vão continuar.
"É um caso inédito e um fato muito doloroso", disse o ministro do Interior, Eduardo Bonomi.
Morte após alta
A filha de uma das vítimas disse nesta segunda-feira, ao site Observa, do jornal El Observador, que a mãe morreu quando já se preparava para deixar o hospital.
"A minha mãe foi internada com convulsões e, depois de alguns dias no hospital, melhorou. No domingo nos disseram que ela teria alta e sairia no dia seguinte. Mas na segunda-feira ela começou a passar mal e morreu. Nos disseram que tinha sido infarto. Mas agora descobrimos que não foi nada disso", afirmou Miriam, filha de Santa Gladys Lemos, de 74 anos, internada no Hospital Maciel.
"A minha mãe estava feliz e lúcida no domingo, porque ia voltar pra casa no dia seguinte. Mas morreu", disse. Lemos foi internada em 1 de março e morreu no último dia 12.
O ministro do Interior informou que as investigações começaram em janeiro, mas foram mantidas em sigilo para não atrapalhar o trabalho policial. A Justiça deverá apurar ainda se os dois enfermeiros indiciados contavam com apoio de outros setores para obter seringas e morfina.
De acordo com os investigadores, foi decisiva uma mensagem de texto de uma enfermeira que dizia que já tinha-se feito "viajar a paciente da cama cinco".
A afirmação "viajar foi interpretada como mais uma morte e foi registrada após uma denúncia anônima sobre as ocorrências nos dois hospitais.
Cinco dos assassinatos pelos quais os enfermeiros estão sendo processados foram registrados na área de cardiologia do hospital público Maciel; os outros onze, na unidade de neurocirugia da Associação Espanhola, da rede privada. Os dois hospitais estão entre os principais e mais renomados do país.
"Nenhuma destas unidades é de tratamento intensivo, e sim de observação, apesar de na área de neurocirurgia surgirem casos mais complexos", disse o ministro da Saúde.
"A investigação ainda não está concluída, e os dois enfermeiros sabiam da ação um do outro, apesar de cada um agir por sua conta", disse Eduardo Bonomi.
Segundo o ministro do Interior, é possível que tenha havido "anos de irregularidades com um número de mortes que não podemos precisar".
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BBC
19/03/2012 09h03 - Atualizado em 19/03/2012 10h00

 

Britânica planeja amputar braço e substituí-lo por prótese

 

Nicola Wilding, de 35 anos, perdeu movimentos no braço após acidente de carro; ela decidiu por amputação após ver documentário da BBC.

Da BBC
Para o cirurgião Oskar Aszmann, Nicola está mentalmente pronta para a amputação. (Foto: BBC)Para o cirurgião Oskar Aszmann, Nicola está
mentalmente pronta para a amputação. (Foto: BBC)
Um acidente de carro há 12 anos deixou a britânica Nicola Wilding, de 35 anos, sem movimentos no braço direito.
Transplantes de nervos devolveram algum movimento ao antebraço, mas os médicos dizem que ela nunca mais poderá mexer a mão.
Agora, após ver um documentário da BBC, ela está considerando seriamente amputar o braço e implantar uma prótese em seu lugar.
'No acidente, eu levantei meu braço para proteger minha cabeça, e isso puxou os nervos e o ombro para trás', conta Wilding. 'Tive fraturas expostas aqui e aqui', mostra ela com o braço bom.
Os ossos foram recuperados, mas os danos ao seu plexo braquial, uma complexa estrutura nervosa que liga o pescoço ao braço através do ombro, eram mais problemáticos.
Todo o seu braço direito foi paralisado pelo acidente, então os cirurgiões realizaram transplantes de nervos, tomando tecidos de sua perna e da lateral de seu torso para tentar restaurar algum movimento.
Pouco a pouco e com a ajuda de fisioterapia, os movimentos foram retornando ao seu antebraço. Mas a mão permaneceu paralisada e atrofiou.
'Meus médicos disseram: 'Isso é tudo que podemos fazer por você'', ela relata.
Frustração
Nicola ficou frustrada, e ainda está. 'São as coisas do dia-a-dia. Não posso segurar uma torrada para passar manteiga. Eu passei a usar meus dentes para abrir garrafas, e lasquei alguns. Tirar minhas roupas, tomar um banho. Preciso ter refeições preparadas para mim - não consigo descascar uma batata, apesar de ter tentado de todo jeito. Eu provavelmente me machucaria', diz.
'Há coisas que eu simplesmente não consigo fazer', afirma.
Então, no ano passado, ela viu um documentário da BBC que mostrava um austríaco que havia escolhido ter sua mão atrofiada amputada e substituída por uma prótese. Ele sofreu danos ao plexo braquial em um acidente de moto e também perdeu o uso da mão.
O documentário também mostrou a história de Patrick, o primeiro paciente a passar pela operação e que já mostrava sua mão biônica, abrindo garrafas e amarrando os sapatos.
'Eu fiquei cheia de esperança, porque poderia mudar minha vida', conta Nicola.
Ela então contatou o cirurgião austríaco Oskar Aszmann, responsável pelo transplante, e neste mês teve finalmente a oportunidade de encontrá-lo e conversar sobre suas opções.
'Estas são decisões arriscadas - são irreversíveis. Uma vez que o membro seja amputado, não tem volta. Não dá para por de volta', observa Aszmann.
Apesar disso, ele considera Nicola uma boa candidata. 'Ela já está pronta. Ela diz que quer ter uma mão e um braço funcionais, então acho que não existem questionamentos em sua mente', diz.
'Porta aberta'
Nicola terá que ir a Viena para uma série de exames nos nervos de seu braço, para ver se eles poderão passar sinais suficientes para mover seu braço biônico.
Ela também poderá ter que passar por novas operações para melhorar os movimentos e para reduzir a dor persistente que ela sente no braço.
Nicola se diz otimista. 'Se existe a possibilidade, quero ter certeza de que tentei de tudo', afirma.
'Esta é outra porta a ser aberta, então claro que quero passar por isso. Qualquer que seja o resultado, é algo positivo', diz.
Ela já planeja sua viagem a Viena e, se tiver aprovada sua amputação seletiva, terá que pensar em começar a juntar dinheiro, não só para a operação, mas também para uma vida inteira de manutenção de sua prótese.
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quinta-feira, 29 de março de 2012

Profissionais de saúde terão manual de como lidar com síndrome de Down

21/03/2012 11h12 - Atualizado em 21/03/2012 11h12

 

Profissionais de saúde terão manual de como lidar com

 

síndrome de Down

 

Texto voltado para funcionários do SUS passará por consulta pública.
Além do déficit intelectual, síndrome causa diversos problemas de saúde.


Do G1, em São Paulo
O Ministério da Saúde publicou nesta quarta-feira (21) o Manual de Atenção à Saúde da Pessoa com Síndrome de Down, um texto voltado aos funcionários do Sistema Único de Saúde (SUS), com orientações de como lidar com pacientes portadores da síndrome, desde o nascimento até a terceira idade.
O manual ainda não é definitivo e está aberto para consulta pública. Durante um mês, poderão ser enviadas sugestões para aperfeiçoar o texto, que explica o que é a síndrome e como ela afeta a saúde dos pacientes. As contribuições devem ter fundamento científico. Ao fim deste período, o documento será lançado oficialmente.
É a primeira vez que o Brasil estabelece diretrizes específicas para este grupo. O Ministério da Saúde escolheu esta data para publicar o documento porque 21 de março é o Dia Mundial da Síndrome de Down.
A síndrome de Down é causada por uma alteração genética, e a mais comum deste tipo de condições, com uma média de 8 mil novos casos por ano no Brasil, segundo o Ministério. O núcleo das células têm um cromossomo a mais, o que é conhecido como “trissomia do 21”.
A síndrome não é considerada uma doença, mas sim uma condição. Os portadores apresentam déficit intelectual e características físicas próprias, bem visíveis no rosto, que fica “achatado”.
Além disso, eles são mais propensos a uma série de problemas de saúde em vários órgãos, o que justifica a atenção especial dos profissionais de saúde. A audição, a visão e os sistemas circulatório e digestivo estão entre os mais atingidos.
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Portadores da Síndrome de Down podem levar vida com normalidade

21/03/2012 12h00 - Atualizado em 21/03/2012 12h00

Portadores da Síndrome de Down podem levar vida com normalidade


Lyvia Lopes, de 9 anos, faz balé, toca piano e adora batatas fritas.
Dia Internacional da Síndrome de Down é comemorado nesta quarta.



Alex AraújoDo G1 MG*
Dançar balé, tocar piano, comer arroz, carne e batatas fritas são algumas das predileções da estudante Lyvia Mol Ribeiro Lopes, de 9 anos, que mora na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. A garota, portadora da Síndrome de Down, está no 2º ano do ensino fundamental e não vê empecilho para desenvolver os afazeres do dia a dia. A mãe, Lidsy Mol Lopes, de 48 anos, também não acha nenhum tipo de limitação na vida da filha. “Eu trato a Lyvia normalmente, chamo a atenção quando é necessário”, afirma. Nesta quarta-feira (21), comemora-se o Dia Internacional da Síndrome de Down.
Lyvia Lopes faz borboleta na aula de balé. (Foto: Alex Araújo/G1)Lyvia Lopes faz 'borboleta' na aula de balé. (Foto: Alex Araújo/G1)
Lidsy conta que, quando era solteira, dava aulas de natação para crianças com Down e autismo e sempre quis ter uma filha com a síndrome. “Casei, tive o primeiro filho, e nada. A segunda, e nada. A terceira, e nada. Aí eu já tinha desistido quando veio a Lyvia. Quando ela nasceu, eu percebi que ela tinha Síndrome de Down, antes do médico avisar”, diz.
Lidsy explica que, quando o pediatra foi dar a notícia, chegou cheio de cuidados, explicando que falaria sobre um assunto delicado. “Como eu já sabia, não foi surpresa pra mim. O meu marido e os meus filhos também receberam muito bem a Lyvia”, relembra.
Ainda de acordo com Lidsy, a sociedade, apesar de ter progredido, ainda tem preconceito, por falta de informação. “Eles [os portadores da Síndrome de Down] são inteligentes, mas aprendem no tempo deles, que é diferente do nosso, mas eles não são limitados por causa da deficiência”.
Para ajudar no desenvolvimento da garota, além das aulas de balé, piano e da escola regular, Lyvia frequenta sessões de fisioterapia e fonoaudiologia. Ela também já fez tratamento com uma terapeuta ocupacional. “O que eu gosto mais de fazer no balé é o plie”, diz a menina, referindo-se à flexão de pernas com as mãos suspensas.
“A Lyvia consegue acompanhar a turma, ela tem muita flexibilidade. Tem até demais. Quando ela não quer fazer alguma coisa, eu a deixo à vontade. Depois, ela mesma volta e faz. A Lyvia não tem nenhuma restrição e se eu precisar ser mais dura, eu também sou, com o consentimento da mãe”, diz a professora de balé, Mariana de Lucca, de 34 anos.
Lyvia com a professora de piano, Karina Gomes. (Foto: Alex Araújo/G1)Lyvia faz aula de piano. (Foto: Alex Araújo/G1)
Nas aulas de piano, Lyvia lê com tranqüilidade as notas musicais, abre o caderno das partituras e mostra, com desenvoltura, as músicas que toca e canta.
“Eu uso com a Lyvia a mesma técnica que uso com os outros alunos. O importante é respeitar a condição de aprendizagem de cada um. O caminho é ela quem vai trilhar e a Lyvia tem aprendido além das minhas expectativas. Ela tem uma memória fantástica. É uma via de mão dupla: ela aprende comigo e eu aprendo com ela”, elogia a professora de piano, Karina Botelho Gomes, de 46 anos.
Lyvia também gosta de tecnologia. Brincar de videogame e com os joguinhos no celular e no computador são passatempos da garota. E os escolhidos são dama e jogo da memória. Ah... ela adora brincar com as bonecas. Ver desenhos animados na televisão e brincar com o labrador Doky também são divertimentos para ela. Na escola, a menina diz que a matéria predileta é ciências porque explica sobre plantas e corpo humano. Quando o assunto é música, Lyvia não titubeia e conta que gosta do grupo mineiro Skank, especialmente da canção “É proibido fumar”.
Com tantas atividades e para compensar a correria da semana, às sextas-feiras vai à lanchonete para comer pão de queijo e beber refrigerante. Na escola, Lyvia disse que a melhor amiga é a Júlia, com quem gosta de brincar.
Lyvia Lopes com a mãe, Lidsy Lopes. (Foto: Alex Araújo/G1)Lyvia Lopes e a mãe, Lidsy Lopes.
(Foto: Alex Araújo/G1)
Tanta felicidade da filha compensou a abdicação do sonho profissional de Lidsy. Quando a menina tinha pouco mais de cinco meses de vida, Lidsy abandonou a carreira de decoradora para se dedicar à filhota. “Vi que eu tinha que dá o meu tempo para ela, viver para ela”. E a escolha deu certo e enche de alegria e orgulho a mamãe coruja.
Alteração cromossômica
De acordo com a psiquiatra infantil e presidente do Departamento de Neurologia e Psiquiatria da Associação Médica de 
Minas Gerais, Ana Christina Mageste Pimentel, os portadores da deficiência precisam ser estimulados para ter boa qualidade de vida. “Eles são diferentes, mas podem ter uma vida normal”, afirma a médica.
Ana Christina explica que há três níveis da síndrome: leve, em que há poucos comprometimentos psicomotores; moderada, que apresenta mais dificuldade motora e o desenvolvimento intelectual fica abaixo da média; e o grave, em que o entendimento, a fala e a questão motora ficam muito comprometidos.
A especialista fala que, de uma forma geral, os portadores da Síndrome de Down têm os olhos puxados, a língua maior, uma dobra na mão próxima ao dedo polegar, mais flacidez muscular e atraso neurológico, psicológico e motor.
Ela observa que a alteração cromossômica, ou trissomia, acontece na fase intrauterina em que o cromossomo apresenta três braços em vez de dois. Ana Christina diz que o Down precisa fazer acompanhamentos com terapeuta ocupacional, fisioterapia e fonoaudiologia. “Mas isso vai depender do sintoma apresentado por cada um”.
*Colaborou nesta reportagem Mikaela Salachenski.
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terça-feira, 27 de março de 2012

Pelo direito de vender meu rim




Reportagem retirada da revista Super Interessante, edição 302 de março de 2012. Clique aqui para mais informações.

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Vencedora do Nobel da Paz defende criminalização da homossexualidade na Libéria



Vencedora do Nobel da Paz defende criminalização da homossexualidade na Libéria

Sirleaf é a 1ª mulher a comandar um país africano
Sirleaf é a 1ª mulher a comandar um país africano

A vencedora do prêmio Nobel da Paz e presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, defendeu uma lei que criminaliza atos homossexuais em seu país, durante uma entrevista ao jornal britânico “Guardian”.
Ao lado do ex-premiê britânico Tony Blair, que ficou visivelmente constrangido com as opiniões de Sirleaf, ela defendeu os “valores de seu país”.
“Gostamos de nós mesmos do jeitinho que somos. Temos certos valores tradicionais em nossa sociedade que gostaríamos de preservar”, afirmou.
Na Libéria, a “sodomia voluntária” crime passível de um ano de prisão. No entanto, há dois projetos de lei que pretender endurecer as leis em relação a atos homossexuais.
Ninguém foi condenado do país sob a lei da sodomia, mas ativistas anti-homossexuais fazem pressão para que os projetos de lei passem no Congresso do país.
Um dos projetos considera criminoso quem “seduzir, encorajar ou promover atos sexuais entre pessoas do mesmo sexo” ou “praticar atos que levem outra pessoa do mesmo sexo a ter relações sexuais”. A pena pode ser de até cinco anos de prisão.
Já o outro projeto considera crime passível de 10 anos de cadeia o casamento homossexual.
Tony Blair se recusou a dar sua opinião sobre os projetos de lei ou sobre a atitude da presidente Sirleaf. Ele está na Libéria como fundador de uma ONG, a Africa Governance Initiative, que visa fortalecer os governos africanos.
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quarta-feira, 21 de março de 2012

Hospital deve pagar R$ 15 mil a paciente que teve três exames de HIV com falso resultado positivo

DANO MORAL. EXAME CLÍNICO. HIV.
Trata-se, na origem, de ação de compensação por danos morais ajuizada pela recorrente contra o hospital ora recorrido pelo fato de o nosocômio ter emitido três exames de HIV com o resultado positivo equivocado. A Min. Relatora ressaltou que o defeito no fornecimento do serviço, com exame repetido e confirmado, ainda que com a ressalva do médico de que poderia ser necessário exame complementar, causa sofrimento à paciente, visto que o recorrido assumiu a obrigação de realizar exame com resultado veraz, o que não ocorreu. Nesse contexto, a Turma, por maioria, deu parcial provimento ao recurso, para condenar o recorrido a pagar a quantia de R$ 15 mil a título de danos morais. REsp 1.291.576-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 28/2/2012.
 
"A indenização, no caso, não tem o fundamento na dor sofrida pelo cliente diante do exame falso positivo, mas sim por violação do seu direito de personalidade."
Comentário realizado pela Professora Iara Antunes de Souza
21/03/2012 - 07h57
DECISÃO 
Hospital deve pagar R$ 15 mil a paciente que teve três exames de HIV com falso resultado positivo
A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou o Hospital São Lucas, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, ao pagamento de R$ 15 mil por danos morais a uma paciente. Os ministros reconheceram a responsabilidade do hospital por ter emitido em nome da paciente três exames sucessivos com resultado positivo para HIV – que não era portadora do vírus, como ficou provado mais tarde por outro exame.

A paciente ajuizou ação por danos morais contra o hospital, alegando que a notícia equivocada – e repetida por três vezes – causou transtornos à sua vida: o fim do seu namoro, humilhação pública em sua vizinhança e a perda de um trabalho. Não houve contestação por parte do hospital, mas apesar da revelia, o juízo de primeiro grau entendeu que a versão da paciente não possuia verossimilhança, e ainda afastou a alegação de abalo, pois a paciente tinha plena convicção de que não estava doente.

A sentença julgou a ação improcedente, pois, para o juiz, os exames não eram conclusivos. Segundo ele, o hospital agiu corretamente ao encaminhar a paciente ao posto de saúde público para a realização de exame confirmatório. Na apelação, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) considerou que não houve erro ou falha do serviço que autorizasse a indenização, e manteve a sentença.

No recurso ao STJ, a paciente argumentou que a responsabilidade do hospital é objetiva, e, portanto, deveria responder independentemente de culpa pelo serviço defeituoso. Além disso, segundo ela, o Hospital São Lucas não a encaminhou ao posto de saúde para exame confirmatório, mas sim para o tratamento da doença. O exame confirmatório – segundo o recurso – foi solicitado pelo médico do posto diante do desespero da paciente ao reafirmar que não era portadora da doença.

De acordo com a ministra Nancy Andrighi, relatora do recurso, a decisão do TJRS contrariou a jurisprudência do STJ, que reconhece a existência de dano moral por emissão de resultado equivocado em exame de HIV. O hospital que comete tal erro é responsável pelo defeito no fornecimento do serviço, pois causa sofrimento a que o paciente não está obrigado.

Para a relatora, ninguém fica indiferente diante do recebimento de três exames que apontam o vírus HIV, e a observação de que seria necessário realizar novo exame não é suficiente para apagar o sofrimento.

Coordenadoria de Editoria e Imprensa 

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quarta-feira, 14 de março de 2012

Britânico paralisado ganha direito de pedir à Justiça para morrer

Britânico paralisado ganha direito de pedir à Justiça para morrer
12 de março de 2012 09h33 atualizado às 10h34


Tony Nicklinson quer que a Justiça britânica dê proteção legal a algum médico que o ajude a encerrar sua vida. Foto: PA/BBC Brasil
Tony Nicklinson quer que a Justiça britânica dê proteção legal a algum médico que o ajude a encerrar sua vida
Foto: PA/BBC Brasil


O britânico Tony Nicklinson, que está completamente paralisado e se comunica apenas através de movimentos dos olhos, ganhou nesta segunda-feira o direito de pedir à Justiça o suicídio assistido. Um derrame em 2005 deixou Nicklinson, 58 anos, com a chamada "síndrome de encarceramento", incapaz de realizar qualquer movimento à exceção dos olhos - e incapaz de se suicidar sem ajuda.
Ele quer que a Justiça britânica dê proteção legal a algum médico que o ajude a encerrar sua vida. O Ministério da Justiça argumenta que uma decisão favorável a Nicklinson significaria mudar as leis em relação aos assassinatos. A decisão da Suprema Corte significa que Nicklinson poderá levar seu caso adiante e que a Justiça poderá analisar em audiência as evidências médicas em relação ao seu caso. A "síndrome do encarceramento" deixa as pessoas com corpos paralisados, mas mantém o funcionamento do cérebro e a capacidade de raciocínio intactos.

"Atitudes do século XX"
Após a decisão da Justiça nesta segunda-feira, a mulher de Nicklinson, Jane, leu à BBC um comunicado de seu marido. "Estou satisfeito com o fato de que as questões relacionadas à morte assistida possam ser discutidas no tribunal. Os políticos e outros não podem reclamar de os tribunais serem fóruns de debate se os políticos continuarem a ignorar uma das mais importantes questões que a nossa sociedade enfrenta hoje", afirmou. "Não é mais aceitável que a medicina do século XXI seja governada pelas atitudes do século 20 em relação à morte", completou.
Nicklinson, que se comunica por meio do movimento dos olhos, com a ajuda de um quadro eletrônico ou de um computador especial, afirmou anteriormente que sua vida era "sombria, miserável, humilhante, indigna e intolerável". Sua mulher afirmou que o marido "somente quer saber que, quando o momento chegar, ele tem uma saída".
"Se vocês soubessem o tipo de pessoa que ele era antes, saberiam que a vida assim é insuportável para ele", disse. Ela afirmou ainda não saber quando o marido quer realmente morrer. "Suponho que seja quando ele não suportar mais", comentou.

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quarta-feira, 7 de março de 2012

Pernambuco registra primeiro bebê in vitro filho de casal gay

02/03/2012 13h29 - Atualizado em 02/03/2012 15h18

Pernambuco registra primeiro bebê in vitro filho de casal gay

Maria Tereza já completou um mês e tem o nome dos dois pais na certidão.
Mailton e Wilson Albuquerque mantêm um relacionamento há 15 anos.

Vitor Tavares Do G1 PE

 

Quando Maria Tereza veio ao mundo, no último dia 29 de janeiro, assim como quase todos os recém-nascidos, chorava muito, descontroladamente. As lágrimas da mais nova pernambucana só pararam de descer quando ela chegou aos braços de seus dois pais, Mailton Alves Albuquerque, de 35 anos, e Wilson Alves Albuquerque, de 40. Fruto de uma relação de 15 anos, a pequena foi o primeiro bebê brasileiro registrado pela Justiça filho de um casal homoafetivo masculino e concebido através de fertilização in vitro.

A decisão de Mailton e Wilson de terem um herdeiro aconteceu há dez anos, quando estabeleceram uma união estável. Na época, uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que estava em vigor desde 1992, decidia que os usuários da técnica de fertilização deveriam ser mulheres em união estável ou casadas. Em 2010, Mailton fez um intercâmbio no Canadá, onde conheceu outro casal gay que já tinha três filhos, concebidos através da técnica. Bastante interessado pela ideia, em janeiro de 2011 ele teve a notícia que esperava há muito tempo: o CFM mudara a resolução, decidindo que todas as pessoas capazes poderiam utilizar a técnica.

Segundo o juiz Clicério Bezerra, que possibilitou que a certidão de Maria Tereza tivesse o nome dos dois pais, esse caso é inédito e abre as portas para outros casais. “Eu tenho conhecimento, pela internet, que houve um caso de duas mulheres, fruto de um processo judicial. Nesse caso, é inédito porque são dois homens e foi feito administrativamente, diretamente no cartório, não necessitou de um processo judicial”, contou Bezerra.

Para Mailton, a decisão não aconteceu de uma hora para a outra. “Não foi algo de momento. Isso é fruto de uma relação que vem amadurecendo há 15 anos, com muito companheirismo. A gente está mostrando que a família pode ser muito mais do que um casal hetero. Que pode haver pai e pai e mãe e mãe também. Conquistamos o respeito através de tudo que construímos juntos”, falou.

No mesmo mês em que a resolução permitiu a fertilização, os dois procuraram uma clínica no Recife e começaram a fazer os exames. Todas as mulheres da família, entre irmãs e primas de Mailton e Wilson, se prontificaram a ajudá-los. Depois dos testes, ficou decidido que uma prima de Mailton iria emprestar o útero para gerar a filha do casal. A família aprovou a iniciativa. “Hoje, Maria Tereza tem avó, avô, tias tios, todo mundo babando por ela. Nunca passamos por preconceito dentro de casa”, contou Mailton.

Os dois doaram espermatozóides para serem utilizados em óvulos de um banco de doadoras. Dessa primeira vez, foi utilizado um óvulo fecundado por Mailton. Os dois já pretendem, em breve, providenciar o segundo filho. “Próximo ano, nós já vamos ter um garotinho, que vai ser o irmãozinho dela”, falou Wilson, que, desta vez, deve doar o material genético. Juntos, querem repetir a emoção do nascimento de Maria Tereza mais uma vez, descrita pelo pai emocionado: “Foi indescritível, não tem como explicar. Quando ela parou de chorar foi como se dissesse: ‘papais, agora estou segura’”, falou Mailton.

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terça-feira, 6 de março de 2012

Mulher mudou de gênero três vezes até descobrir que era intersexual

 
02/03/2012 16h48 - Atualizado em 02/03/2012 16h48

Mulher mudou de gênero três vezes até descobrir que era intersexual

Adeleh Deane foi criado como um menino durante a infância.
Aos 28 anos, descobriu que tinha características dos dois sexos.

Do G1, em São Paulo
 
Uma intersexual britânica trocou de gênero três vezes até descobrir sua real condição. Foi só aos 28 anos de idade que Adeleh Deane descobriu, com a ajuda de especialistas, que tinha características físicas dos dois sexos. As informações são do jornal “Daily Mail”.
Antes disso, Adeleh pensava que era transexual – pessoa de um sexo que se identifica com o gênero oposto. Nascida na década de 1970, Adeleh foi criada como um menino, mas se sentia uma menina desde os três anos.
Adeleh Deane descobriu que era intersexual aos 28 anos (Foto: Reprodução/Daily Mail) 
Adeleh Deane descobriu que era intersexual aos 28 anos (Foto: Reprodução/Daily Mail)
“Era bem óbvio que eu era uma menina, só que em um embrulho de menino. Costumavam me chamar de gay o tempo todo e eu sofri muito bullying”, lembra.
Na adolescência, depois de consultas em uma clínica especializada, ela passou a viver como uma mulher, mas sem passar por nenhuma cirurgia. Anos depois, já maior de idade, voltou a viver como um homem.
Depois de descobrir que tinha características dos dois sexos, aos 28 anos, Adeleh decidiu fazer uma cirurgia para se tornar uma mulher de vez. Foi para a Tailândia e se submeteu a várias operações até ter o corpo que queria. Em uma delas, chegou a ter complicações, mas conseguiu se tratar assim que voltou para o Reino Unido.

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Garota com doença degenerativa rara vai perder a fala e parar de andar, mas seus pais preferem que ela não saiba sobre o problema

Garota com doença degenerativa rara vai perder a fala e parar de andar, mas seus pais preferem que ela não saiba sobre o problema



A inglesa Evie Read, de apenas 5 anos, sofre de Ataxia Telangietasia. Sem cura, o problema devastador acaba com a fala, os movimentos e a maioria dos portadores não sobrevive além dos 18 anos

Crescer

  
Quando você vê a pequena Evie Read, 5 anos, brincando com seus amigos da escola nem imagina que ela sofre de uma doença rara. A única diferença é que a menina se desequilibra frequentemente. A perna bamba é apenas um dos sintomas de uma condição rara e devastadora que vai acabar com as habilidades físicas da criança ao longo do tempo, segundo noticiou o jornal britânico Daily Mail.

Conhecida como Ataxia Telangiectasia (A-T), essa é uma doença degenerativa rara, cujos sintomas aparecem na primeira infância. Afeta diferentes partes do corpo, em particular o sistema nervoso e o sistema imunológico (responsável pela defesa do organismo). Como consequência pode causar fibrose cística e paralisia cerebral. No Reino Unido, onde vive Evie, cerca de 20 crianças são diagnosticadas com o problema a cada ano. A maioria delas usa cadeira de rodas até os 10 anos e poucos sobrevivem após os 18 anos. A principal causa da morte é pneumonia causada por infecções respiratórias.

Assim que Evie completou 2 anos, seus pais, os ingleses Toby e Emily, começaram a desconfiar que a filha poderia ter algum problema. “Nossa filha ainda não andava e não conseguia sequer se equilibrar. Achamos que aquilo não era normal e decidimos procurar um médico”, disse Toby ao jornal. Mas o pediatra afirmou que Evie sofria de hipermobilidade nas articulações e sugeriu fisioterapia para conseguir executar os movimentos.

Os pais resolveram buscar uma nova ajuda quando os professores de Evie avisaram que as habilidades finas da menina não estavam se desenvolvendo como as de seus colegas. “Nos reunimos com uma neurologista dois dias depois e ela nos disse que os sintomas, que incluíam pequenas veias vermelhas nos olhos, indicavam a Ataxia Telangiectasia.

O problema é hereditário, o que significa que a maioria das crianças nasce com o gene, mas apenas 1 a cada 100 mil desenvolve a doença. Os outros dois filhos do casal Wilf, 3 anos e Albie, 9 meses, são portadores, mas apenas Evie desenvolveu a doença.

A aflição da espera pelo resultado durou cinco semanas após a realização do exame. “Foi uma sensação estranha. Ficamos aliviados ao saber que os nossos filhos menores eram apenas portadores, mas arrasados ao saber que Evie desenvolveu a doença”, diz Toby.

Diante de tamanha tragédia, os pais decidiram não contar nada à menina. Ela apenas sabe que tem algo diferente por conta da falta de equilíbrio nas pernas. “Nós estamos nos preparando para dizer a Evie quando ela tiver idade suficiente para nos fazer perguntas. Enquanto isso, queremos protegê-la o máximo possível desse sofrimento”, diz Toby.

Em julho, os pais vão levar a filha para assistir aos Jogos Paraolímpicos. O objetivo é que ela comece a se acostumar com a ideia de usar uma cadeira de rodas. “Queremos mostrar que ser deficiente físico não é o fim do mundo”, completa o pai.

Agora Toby e Emily estão decididos a arrecadar dinheiro para financiar pesquisas sobre a condição devastadora da filha. Ainda existe esperança que a cura da doença seja encontrada a tempo de salvar Evie. Para isso, seu pai vai correr uma maratona de triatlon nos Alpes em setembro com outras 20 pessoas. Ele pretende completar 220 quilômetros. “Vamos empurrar nosso corpo ao extremo para que Evie também seja capaz de fazer isso no futuro”, diz Toby. Nós também estamos torcendo!

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sábado, 3 de março de 2012

Filho é disputado por ex-casal de lésbicas


Filho é disputado por ex-casal de lésbicas


26/02/2012
Para juíza, doadora de óvulo não é parente
Filho está com a mãe que gestou o bebê; processo já dura três anos
Ex-casal de lésbicas, que viveu junto por seis anos, passou a se desentender no começo da gravidez
Um ex-casal de lésbicas de São Paulo disputa na Justiça a guarda de um menino gerado com os óvulos de uma e gestado no útero da outra.
As enfermeiras Gisele *, 46, e Amanda *, 42, viveram juntas durante seis anos. No terceiro ano de casamento, decidiram ter um bebê por meio da fertilização in vitro.
Gisele cedeu os óvulos, que foram fecundados com espermatozoides de um doador anônimo e, depois, transferidos para o útero de Amanda.
Na primeira tentativa, o tratamento não deu certo. Na segunda, Amanda engravidou de um menino.
"Ouvir o coraçãozinho dele foi muito emocionante. Desde aquele momento, ele é a pessoa mais importante da minha vida", diz Gisele, com os olhos marejados.
Durante a gravidez, o casal começou a se desentender. Gisele queria que seu nome também figurasse no registro de nascimento do filho. Amanda rejeitou a ideia.
"Ela alegava que ele sofreria discriminação", diz Gisele, que integra a equipe de resgate do Corpo de Bombeiros de São Paulo.
Em 2008, o casal se separou e Amanda ficou com a guarda do garoto. "Cedi a todas exigências dela. Deixei carro, deixei apartamento. Saí com a roupa do corpo."
Segundo Gisele, a ex-companheira tornou-se evangélica e passou a negar a homossexualidade. "Ela escondia meu filho de mim. Sentia prazer em ver meu desespero."
Gisele entrou com uma ação pedindo o reconhecimento de maternidade, mas o juiz a julgou improcedente.
Ao assumir o caso, a advogada Patrícia Panisa mudou de estratégia. "Naquele momento, os direitos dos casais homoafetivos ainda não estavam tão definidos e não adiantava insistir no reconhecimento da maternidade."
Patrícia optou por entrar com uma ação pedindo a guarda compartilhada da criança e visitas regulares.
As visitas foram autorizadas, mas o pedido de guarda ainda não foi julgado.
GUARDA
Em dezembro, a relação do ex-casal azedou ainda mais.
"Eu iria passar o Natal e metade das férias com meu filho. Mas, novamente, ela escondeu ele e só consegui encontrá-lo com um mandado de busca e apreensão."
A advogada de Gisele entrou então com um pedido de reversão de guarda (o que não invalida o pedido da ação principal ainda não julgada).
"A juíza negou, alegando que não tenho parentesco com ele. Fiquei indignada. Ele tem os meus genes, é a minha cara", diz Gisele. Sua advogada recorreu da decisão.
Gisele afirma que reúne provas de que Amanda negligencia nos cuidados do filho. "É comum ela deixá-lo trancado em casa sozinho. Já dei um celular com crédito para ele me ligar quando isso acontecer, mas ela fica com o aparelho. Eu me desespero pensando: e se ele passa mal? E se a casa pega fogo?"
No apartamento onde Gisele vive, tudo lembra o garoto. A cama em formato de carro de corrida, a parede com marcas dos seus pés e mãos, as fotos desde bebê, os desenhos desde os primeiros rabiscos. Até três gatos foram adotados, conta ela, por insistência do menino.
A Folha tentou falar com Amanda anteontem, mas, segundo seu advogado, ela não foi encontrada.
 * Nomes fictícios; o caso corre em segredo de Justiça
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