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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Destination Laos: the ever-changing surrogacy business changes again


Destination Laos: the ever-changing surrogacy business changes again

The dreary design of the website and Facebook page of Find Surrogate Mother (aka surrogacy inc) makes depressing reading. The business describes itself as “a full service Surrogacy Agency in Manila, Philippines, helping to match Surrogate Mothers, Intended Parents, Egg Donors, Sperm Donors [which] provide[s] services for Heterosexual Couple, Gay Couple, Lesbian Couple, Single Woman, Single Man.”  
For desperately poor Filipino women, it must seem like a golden opportunity.
Unfortunately for them, the Filipino government is cracking down on what it describes as a "human trafficking syndicate". It detained four women on New Year’s Day as they were about to leave Manila for Phnom Penh, there to be impregnated with the sperm of men from Australia, Germany, China and Nigeria. They were to be paid US$10,000.
Philippine Immigration Commissioner Jaime Morente said the police had uncovered "a new modus operandi of a human trafficking syndicate that preys on our Filipino women who are enticed to bear children of strangers for a fee because of their poverty".
Surrogacy for foreign clients is officially illegal in Cambodia, but surrogacy brokers are still active there, according to a report in the Sydney Morning Herald.
The incident shows just how flexible the surrogacy industry is. Only months after surrogacy clinics for foreigners were closed in India, Thailand, and Sri Lanka, they opened in Phnom Penh. According to the Herald, “The operators look for poor, lightly regulated countries that don't have laws dealing directly with surrogacy, such as Cambodia.”
With the crackdown in Cambodia, the operators are simply shifting their business to Laos. One surrogacy agency operating there, Families Through Surrogacy, describes Laos in less than flattering terms: “a one-party socialist republic [which] espouses Marxism and is governed by a single party communist politburo dominated by military generals”. It is “one of the most corrupt countries in the world” which has “created major problems with the rule of law, including the nation’s ability to enforce contract and business regulation”.
No wonder that surrogacy businesses are flocking there.  






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Canadian bioethicists call for organ donor euthanasia


Well, that didn’t take long. Euthanasia became legal in Canada in June and by December Quebec bioethicists had already published an article in the Journal of Medical Ethics calling for organ donation after euthanasia. In fact, they were reflecting the positive opinions of the both the Quebec government and Transplant Quebec.
The authors, Julie Allard and Marie-Chantal Fortin, bioethicists at the University of Montreal, argue that
“MAID (medical aid in dying) has the potential to provide additional organs available for transplantation. Accepting to procure organ donation after MAID is a way to respect the autonomy of patients, for whom organ donation is an important value. Organ donation after MAID would be ethically acceptable if the patient who has offered to donate is competent and not under any external pressure to choose MAID or organ donation”.
However, they insist that the decision to donate should be separate from the decision to be euthanized. They point out that such a policy could have a negative impact upon the public’s perception of organ donation, so they urge that further studies be done.  
Not very publicized, but pre-dating the publication of the JME article, are position statements from Transplant Quebec (no link available) and an ethics committee of the Quebec government. The latter stated on May 11 that:
Considering that a request for medical help in dying is a right, that organ donation is socially acceptable and it is an express request of the patient, and considering that the Commission [Commission de l'éthique en science et en technologie]  has always praised organ donation in preceding position statements, the Commission recommends that all the institutions responsible set in place the necessary conditions for making these two requirements compatible.
Allard and Fortin contend that organ donation euthanasia will always be a rare option, because most patients who request euthanasia are dying of cancer, which would normally make them unsuitable as an organ donor.
As a policy, it has only been rolled out in Belgium and the Netherlands. Between 2005 and 2015, 21 Belgians donated organs following euthanasia. The Dutch lag behind, but so far 15 patients have asked to donate organs following euthanasia.
What is the ethical reasoning behind such a procedure? It is based upon respect for the patients’ autonomy.
Several countries, including Canada and the USA, believe that a person who is able to give free and informed consent (or refuse such consent) is entitled to decide what will happen to his or her body.
Allard and Fortin acknowledge that there might be some ethical complications. Patients might feel that they are a burden and could only be useful if they were to give their organs. This would constitute a subtle form of coercion. However, Allard and Fortin are confident that this can be overcome.
It will be difficult to disentangle patients' motivations for requesting MAID, but the complete separation of the two decisional processes should help to ensure that the MAID request is motivated by unbearable suffering, as required by law, and not by the feeling that one's value is limited to one's organs.



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Justiça autoriza pais a plantar maconha em casa para tratar filhos




Justiça autoriza pais a plantar maconha em casa para tratar filhos

Karime Xavier/Folhapress
Fábio e Maria Aparecida de Carvalho com a filha Clarian, 13, que tem síndrome de Dravet
Fábio e Maria Aparecida de Carvalho com a filha Clarian, 13, que tem síndrome de Dravet

Em uma audiência na Justiça, a bancária Maria Aparecida de Carvalho, 49, não hesitou. "Falei: Excelência, eu já estou plantando. E não me sinto criminosa por isso". A planta em questão, mantida em casa, é a Cannabis, cujo cultivo é proibido pela lei brasileira.
É da harle-tsu –variedade da maconha com maior concentração de canabidiol, substância conhecida por efeitos terapêuticos e por não gerar efeito psicoativo– que vem o óleo artesanal extraído por ela para o tratamento da filha Clarian, 13.
A menina sofre com síndrome de Dravet, doença rara que provoca epilepsia, com risco de complicações graves.
No fim de dezembro, a Justiça fez com que a família de Clarian fosse uma das primeiras do país a conseguir um habeas corpus que os autoriza a cultivar maconha para uso próprio e medicinal.
A medida impede autoridades policiais de efetuar prisão em flagrante ou apreender e destruir as plantas, ações previstas na legislação.
"Não há a menor dúvida que o semear, cultivar e dispor da planta por esta família nada tem a ver com o tráfico", escreveu no despacho o juiz Antônio Patino Zorz, da Corregedoria de Polícia Judiciária de São Paulo.
A decisão ocorreu poucos dias depois de duas outras famílias, também com crianças que sofrem de doenças raras, terem obtido aval semelhante –e aberto caminho para que mais pessoas façam o mesmo.
Segundo o advogado Emílio Figueiredo, da Rede Jurídica pela Reforma da Política de Drogas, essas foram as primeiras autorizações do gênero.
Até então, a maioria das ações judiciais relativas ao uso medicinal da maconha envolvia pedidos para que o Estado fornecesse produtos à base de Cannabisfeitos no exterior.
Desde 2014, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária tem autorizado, caso a caso, a importação de alguns desses itens com laudo e receita médica. Mas os custos ainda são considerados altos –em alguns casos, chegam a US$ 1.500 (R$ 4.800) por mês.
"Como professor, não tenho como pagar isso", diz Alexandre Meirelles, 49.
Sem ter como custear o produto, ele conseguiu na Justiça que o governo do Rio fornecesse à família o canabidiol para o filho Gabriel, 14, que sofre de epilepsia severa.
Ricardo Borges/Folhapress
Alexandre, Gabriel, 14, e Fátima Meirelles. Família cultiva planta em casa para tratar epilepsia severa
Alexandre, Gabriel, 14, e Fátima Meirelles. Família cultiva planta em casa para tratar epilepsia severa
O produto não veio. "O Estado alega que não tem dinheiro, que está em crise. Já estou esperando há um ano e cinco meses, mas a doença não espera. Tive que fazer alguma coisa", relata, sobre a iniciativa de cultivar a Cannabis.
RISCO
Em novembro, a família dele e de Margarete Brito, 44, ambas do Rio, também conseguiram o salvo-conduto para cultivar a maconha.
"Se o Estado não pode cumprir esse papel, ele tem que permitir ao menos que nós façamos", diz Margarete, também presidente da Associação de Apoio à Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal.
Há dez meses, ela mantém vasos da planta, cujo extrato é usado para tratar a filha Sofia, 8, que tem a síndrome CDKL5, doença rara que causa epilepsia. Margarete aprendeu pela internet e com outros cultivadores a extrair o óleo.
Em geral, o receio de ter as plantas apreendidas foi o que motivou as famílias a tentar obter o salvo-conduto. A lei não diferencia a quantidade entre tráfico e consumo.
"E se chegar alguém aqui, vão destruir? Tenho que garantir o direito da minha filha", diz Maria Aparecida.
Segundo ela, desde que a filha Clarian começou a tomar gotas do óleo, em 2014, as crises diminuíram 80%. "Antes, duravam até uma hora. Agora, ela volta em minutos."
Para Margarete, apesar das decisões abrirem caminho para apoio ao cultivo medicinal, ainda há impasses. "Mesmo que outras famílias entrassem com habeas corpus, elas teriam que importar ilegalmente a semente", diz. E foi exatamente isso que ela fez.
UNIVERSIDADES
Ao mesmo tempo em que discussões sobre o cultivo da maconha para uso medicinal avançam na Justiça, a análise dos extratos artesanais e importados produzidos a partir da Cannabis começa a ganhar espaço nas universidades.
É o caso do Farmacannabis, projeto da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) que visa analisar óleos à base de maconha.
O objetivo é saber qual é, de fato, a concentração de derivados da maconha nesses produtos –casos como o CBD (canabidiol) e o THC (tetrahidrocanabinol), por exemplo.
"Vamos verificar as concentrações dos extratos e ver como está indo o tratamento, ou seja, se podemos associar a resposta ao maior nível de algumas substâncias", explica a professora-adjunta de farmácia Virgínia Carvalho, que coordena a proposta.
Segundo ela, muitos óleos importados anunciam nos rótulos maior proporção de canabidiol, mas há dúvidas sobre a real concentração.
A dúvida também ocorre porque o THC é visto com ressalva por alguns médicos pelo efeito psicoativo –o canabidiol já tem aval do Conselho Federal de Medicina para uso compassivo em crianças com epilepsia. Há casos, no entanto, em que o THC também tem sido indicado por médicos.
Após as decisões na Justiça, famílias que ganharam o aval para cultivo da maconha iniciaram uma campanha virtual para arrecadar recursos para o projeto da UFRJ. A ideia é obter R$ 60 mil, usados para compra de insumos para análise dos óleos. Já foram arrecadados R$ 17 mil. A ideia é investigar extratos usados em até 300 tratamentos.
Para o neuropediatra Eduardo Faveret, saber as concentrações é importante para o tratamento. "Na epilepsia, se muda um lote e a dose cai até 30%, isso pode gerar uma crise epiléptica e instabilidade", diz.
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Linha do Tempo - Maconha Medicinal

Nov.2013
Após ver informações na internet sobre testes com canabidiol, um dos derivados da maconha, a família da brasileira Anny Fischer, que sofre de uma síndrome rara, decide importar dos Estados Unidos um óleo rico na substância para a criança
Mar.2014
Uma das tentativas de importação falha e o canabidiol é barrado na alfândega. A família conta sua história a um jornalista, que lança o documentário "Ilegal" sobre o caso
Abr.2014
A família de Anny consegue laudo médico da USP de Ribeirão Preto e entra na Justiça para conseguir importar o produto. O pedido é aprovado. Após o caso, Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) passa receber mais pedidos de autorização para importação de produtos à base de canabidiol
10.out.2014
Conselho Regional de Medicina de São Paulo autoriza a prescrição de canabidiol no Estado
11. dez.2014
Conselho Federal de Medicina autoriza médicos a prescreverem o canabidiol, mas somente para crianças com epilepsia e que não tenham tido sucesso em outros tratamentos
15.jan.2015
Anvisa libera uso medicinal de produtos à base de canabidiol, um dos derivados da maconha, retirando-o de uma lista de substâncias proibidas e colocando-o em uma lista de substâncias controladas
Mar.2015
Cresce volume de decisões judiciais que obrigam a União a fornecer o canabidiol a pacientes com diferentes tipos de crises convulsivas, não apenas as epiléticas
23. abr.2015
Anvisa simplifica regras para importação de produtos à base de canabidiol e cria lista de produtos que podem ter facilitado processo de autorização para importar
Ago. e set.2015
STF começa a discutir se é crime portar drogas para uso próprio. Julgamento, no entanto, foi suspenso após pedido de vistas do ministro Teori Zavascki
21.mar.2016
Após determinação judicial, Anvisa publica resolução que autoriza prescrição e importação de medicamentos com THC, um dos princípios ativos da maconha. Antes, essa substância fazia parte da lista daquelas que não poderiam ser objeto de prescrição médica e manipulação de medicamentos no país
22.nov.2016
Anvisa aprova critérios para uso de medicamento à base de maconha e abre espaço para que remédios à base da planta possam obter registro para venda no país
Nov. e dez. 2016
Três famílias, duas do RJ e uma de SP, conseguem habeas corpus que as permitem plantar e extrair óleo de maconha para uso medicinal e próprio
Fontes: Farmacannabis; Emílio Figueiredo, advogado na Rede Jurídica pela Reforma da Política de Drogas; Apepi 




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Há meninas com pênis e meninos com vaginas': a polêmica campanha sobre transexuais na Espanha

Há meninas com pênis e meninos com vaginas': a polêmica campanha sobre transexuais na Espanha

  • 17 janeiro 2017
Menino de costasDireito de imagemTHINKSTOCK
Image captionCampanha faz parte de iniciativas de conscientização da população sobre a transexualidade
Durante seis dias, de 10 a 16 de janeiro, 150 cartazes com o desenho de quatro crianças nuas e sorrindo foram colocados em ônibus e estações de metrô nas comunidades autônomas (Estados) de País Basco e Navarra, no norte da Espanha.
Neles, lia-se: "Há meninas com pênis e meninos com vagina. É simples assim. A maioria deles sofre diariamente, porque a sociedade não conhece essa realidade".
O objetivo da organização por trás deles, a Chrysallis, uma associação de famílias de menores transexuais, é dar visibilidade à situação em que vivem crianças transexuais e combater o preconceito contra elas.
Mas a campanha causou polêmica.
De acordo com Beatriz Sever, porta-voz da Chrysallis, um dos cartazes foi rasgado, uma cruz foi colocada sobre outro, e, em um terceiro, foi desenhado um pênis e uma vagina. "Mas isso só aconteceu com alguns", disse Sever à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC.

'Parte da natureza'

Ela conta que, quando a campanha foi criada, não pensou que pudesse ferir a sensibilidade de alguma pessoa ou grupo.
"Na organização, temos membros que são católicos e de diferentes inclinações políticas. Só um grupo bem pequeno da sociedade rejeitou a campanha. Não tem nada de ofensiva. São corpos de crianças, é parte da natureza", afirma Sever.
Cartaz da campanha da ChrysallisDireito de imagemCHRYSALLIS
Image captionA campanha gerou críticas, mas também manifestações de apoio
"O cartaz mostra como nossas genitálias não têm nenhuma importância, mostra crianças felizes independentemente do que têm entre as pernas."
Ela explica que a campanha busca falar de um problema enfrentado por muitas crianças e suas famílias e gerar um debate com base em argumentos racionais e científicos.
"Queremos transmitir a mensagem de que a natureza não é uma máquina de xerox, que a natureza é diversidade."
A campanha explica que uma pessoa transexual não sente pertencer ao sexo biológico com o qual nasceu.
"A transexualidade é a condição em que o gênero de uma pessoa (aquele percebido por ela) não corresponde com o que lhe foi designado com base em sua genitália ao nascer", explica a organização Chrysallis em dos seus folhetos informativos.

Abaixo-assinado

A organização Centro Jurídico Tomás Moro, que diz defender "a dignidade da pessoa, da família e dos direitos humanos como reflexo do direito natural", está liderando um abaixo-assinado digital contra a campanha com o título "No transporte público, se fomenta a corrupção de menores".
Menino com urso de pelúciaDireito de imagemTHINKSTOCK
Image captionGrupo de advogados diz que campanha tenta 'normalizar' a transexualidade
Mais de 9 mil assinaturas já foram recolhidas na petição, direcionada ao Promotor para Assuntos de Menores do País Basco.
Paralelamente, o grupo planeja levar uma denúncia formal à Justiça. No entanto, ainda não foi apresentada à Promotoria, porque os advogados à frente da iniciativa esperam que a Chrysallis esclareça de onde tirou as informações, incluída nos cartazes, de que "a taxa de tentativa de suicídio entre adultos transexuais a quem foi negada sua identidade durante a infância é de 41%".
À BBC Mundo, Sever disse que o índice de 41% têm base cientítifica e foi demonstrado por estudos recentes.

'Corrupção de menores'

De acordo com o advogado Javier María Perez-Roldón, membro do Centro Jurídico Tomás Moro, a campanha é "ilegal e enganosa".
Mãos de uma criança em um vidroDireito de imagemTHINKSTOCK
Image captionUma pessoa sexual sente que seu sexo biológico não corresponde ao seu gênero real
"Apela-se ao medo. Querem forçar menores de idade a serem submetidos a cirurgias para mudar de sexo. Estão tentando normalizar essa operação", afirma ele.
Em seu site, o grupo é bastante crítico aos cartazes. "A campanha não pretende só normalizar a transexualidade entre menores (que é estatísticamente inexistente), mas fomentar entre os menores determinadas condutas sexuais que não estão de acordo com sua idade."
E prossegue: "A campanha não apenas supõe uma publicidade enganosa ao se opor ao critério científico e biológico, mas supõe um possível delito de corrupção de menores já que, nos cartazes, figuram menores explicitamente nus."
O grupo ainda considera "inadimissível a hipersexualização da conduta de menores mediante campanhas juridicamente inadimissíveis e moralmente reprováveis".
Também demanda que a Promotoria ordene a retirada dos cartazes e investigue e puna "os responsáveis pela corrupção de menores".

'Onda de apoio'

De acordo com Natalia Aventi, presidente da Chrysallis, o número de membros da organização aumentou desde 2013 de 6 famílias para 425 integrantes.
Menina de costasDireito de imagemBOBIWANKANOBI
Image captionOrganizações de defesa de transexuais querem educar a população sobre a complexidade de sentimentos vividos por crianças assim
Uma das razões para a criação da organização é que as famílias de transexuais não recebiam respostas dos órgãos públicos nem da comunidade LGBT.
Por isso, decidiram organizar-se para apoiar as famílias com filhos transexuais e tentar gerar mudanças na legislação por meio da campanhas como a realizada na semana passada.
Sever destaca que as recentes críticas também levaram a uma "onda de apoio" à organização.
Um deles partiu do Parlamento de Navarra na última segunda-feira, quando foi aprovada uma declaração institucional em que "reitera seu apoio e reconhecimento dos direitos das pessoas transexuais, às famílias de menores transexuais e à campanha criada pela associação Chrysallis para fazer com que a realidade desses meninos e meninos seja conhecida".
O texto foi aprovado de forma quase unânime, com o Partido Popular de Navarra (PPN) se abstendo da manifestação de apoio à campanha.
De acordo com a agência de notícias EFE, a porta-voz da legenda, Ana Beltrán, justificou a abstenção ao dizer que ela não parece ser "adequada".
Ainda que tenha reiterado que o PPN "sempre" apoiou os direitos de transexuais e expressado respeito a eles, especialmente quando se trata de crianças, ela disse que destacar que "há meninas com pênis e meninos com vagina" parece ser algo "extremamente explícito e que pode ser feito de outra forma".



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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Escolas australianas terão aulas de desconstrução de estereótipos de gênero

Escolas australianas terão aulas de desconstrução de 
estereótipos de gênero

14/10/2016 - 19H10/ ATUALIZADO 19H1010 / POR ISABELA MOREIRA


 (Foto: Flickr/ Brad Flickinger)


 A partir do ano que vem, todas as escolas do estado australiano de Victoria terão aulas sobre estereótipos de gênero. 

Chamada de "Relações Respeitosas", a disciplina será implementada no ensino fundamental e no ensino médio e terá como objetivo discutir questões como desigualdade social, violência de gênero e privilégio masculino. Segundo a BBC, desigualde salarial, orientação sexual, controle da agressividade e os perigos da pornografia serão alguns dos temas abordados dentro do programa.

No ensino fundamental, a matéria chamará atenção para o fato de que meninas e meninos podem ser o quiserem. Para isso, os estudantes receberão materiais com frases como "meninas podem jogar futebol, ser médicas e fortes" e "meninos podem chorar, ser gentis e cuidar de bebês". Já no ensino médio, os estudantes  aprofundarão os estudos, aprendendo os significados de termos como cisgênero, transexual e pansexual.

A inserção da disciplina no currículo é uma das medidas de Victoria para diminuir a desigualdade e acabar com a violência de gênero. A decisão se mostra mais necessária do que nunca: nesta semana, um estudo divulgado pela UNICEF mostrou que as meninas passam 160 milhões de horas a mais se dedicando a tarefas domésticas do que meninos, o que afeta seu desenvolvimento pessoal e profissional.











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Finland set to debate euthanasia




A citizen's initiative to raise the issue of euthanasia in the Finnish Parliament (Eduskunta) has passed the requisite 50,000 signatories required to trigger a parliamentary debate.
As in many countries, Finland has been dicing with euthanasia for some years now. The pro-euthanasia lobby, Exitus has been active since the early 1990s. As in many countries, the notional public support for euthanasia is above the two-thirds mark. Support amongst the nations doctors has also been steadily increasing in recent years with support and oppose numbers in the medical profession both at 46% in 2014.
As with all Finnish Citizen's Initiatives, the 'Euthanasia initiative on behalf of a good death' includes a prescription of the form of the Bill to be debated. The presented model is for euthanasia for people experiencing an 'incurable fatal disease, and death takes place in the near future'. The registered signatories now exceed 62000 which should ensure that, after exclusion checks, that a formal bill is developed and that the parliament is compelled to move to a vote.
The sponsor for the initiative is former Finnish MP, Esko Olavi Seppänen. Seppänen, a member of the Left Alliance Party and earlier the Finnish Communist Party, he was also a Member of the European Parliament from 1996 to 2009 as a Member of the European United Left/Nordic Green Left (GUE/NGL).
The Finnish Medical Association remains opposed to the initiative. Association head Heikki Palve said that the majority of palliative care doctors working with dying patients object to legalising euthanasia. A 2010 survey of doctors attitudes found that, in their opinion, more training on palliative care would diminish requests for active euthanasia and improve physicians’ skills in dealing with the difficult challenges faced in end-of-life situations and care.
Timo Soini, the chairperson of the Finns Party, has confirmed his intention to vote against the citizens' initiative to legalise euthanasia in Finland. Finns is the second largest party in the four-party governing coalition in Finland and has a socially conservative base. Amongst its coalition partners both the National Coalition and the Centre Party hold within their ranks notional majorities of socially conservative MPs.
It is not clear at this time when a bill will be tabled for debate. 



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Vítima consegue autorização para eutanásia após 10 anos de abuso sexual





Vítima consegue autorização para
eutanásia após 10 anos de abuso 
sexual

Não é possível mensurar a dor e a gravidade de ser vítima de abusos sexuais. Não há tempo que passe que possa apagar o trauma vivido, e o abuso segue muitas vezes acontecendo, dentro da cabeça da vítima, nos discursos que culpam quem sofreu e não quem cometeu o ato, e até mesmo em eventuais resquícios físicos.
Para uma jovem holandesa, não foi mais possível suportar os ecos dos abusos que sofreu desde seus 5 até os 15 anos de idade. Apesar de ter em torno de 20 anos somente, ela preferiu morrer a conviver com os danos psicológicos de tal memória.
EUTANASIA2

A vítima, que não foi identificada, vinha sofrendo de estresse pós traumático, anorexia severa, depressão crônica e até alucinações. Um grupo de médicos realizou três avaliações diferentes com a mulher, e concluiu que suas doenças não teriam cura. Assim, autorizaram a eutanásia para esse caso, permitindo que a paciente desse fim a própria vida através de uma injeção letal. Segundo a junta médica, a mulher estava totalmente no controle de suas faculdades mentais quando tomou a decisão de deixar de viver, e conviver com as sombras do que sofreu.

Sad young woman sitting on the bed
A decisão provocou intensa polêmica em países vizinhos. Um parlamentar inglês apontou que a naturalidade com que o procedimento se deu passaria uma mensagem de dupla punição, como se a mulher estivesse punida com a morte, mesmo sendo a vítima. Outra liderança fez questão de repudiar a decisão dos médicos, e lembrar a eutanásia não pode ser considerada uma solução para as feridas profundas causadas por abusos sexuais.


Manifestações na Inglaterra, a favor e contra a eutanásia

 Manifestações na Inglaterra, a favor e contra a eutanásia
É difícil mensurar a dor do outro, e advogar sobre o que se deve ou não fazer quando algo tão abominável quanto isso acontece. O assunto e espinhoso e complexo, e somente a monstruosidade do ato parece ser consenso – ou, ao menos, esse deveria ser o mínimo em se tratando do debate ao redor de abusos sexuais.
© fotos: divulgação


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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

A dupla que transforma a vida de crianças doando próteses 3D



A dupla que transforma a vida de crianças doando próteses 3D


Stephen Davies e Drew Murray produzem e entregam de graça membros feitos em impressoras 3D;
vídeo que mostra reação da primeira menina a receber prótese viralizou na internet.


Próteses não são duradouras mas crianças crescem rápido e logo precisam de novos membros  (Foto: Reprodução)
Próteses não são duradouras mas crianças crescem rápido e logo precisam de novos membros (Foto: Reprodução)

À pimeira vista, o barracão num jardim em Swansea, no País de Gales, não parece ter nada que chame a atenção.
Mas chegando perto você pode escutar o barulho de uma máquina a todo 
vapor.
Esse é o QG de uma dupla que se chama Team Unlimbited (um trocadilho em inglês com as palavras ‘ilimitado’ e ‘membro’), que está numa missão voluntária para fornecer, de graça, próteses feitas em impressora 3D para crianças que nascem sem braços ou pernas.
As crianças escolhem seus próprios modelos e cores, e Stephen Davies e Drew Murray se encarregam do resto.
A demanda é alta, e o barracão está cheio de fotos de crianças de todo o mundo mostrando o logotipo da dupla.
O próprio Stephen Davies, dono do barracão, engenheiro e pai de três crianças, nasceu sem uma mão.

Foi em busca de uma prótese para si mesmo que Stephen (dir.) conheceu Drew  (Foto: Reprodução)
Foi em busca de uma prótese para si mesmo que Stephen (dir.) conheceu Drew (Foto: Reprodução)
Foi durante sua busca por uma prótese que ele conheceu o consultor em tecnologia da informação Drew Murray. Ele faz parte de uma rede de voluntários que produz próteses 3D gratuitas para crianças.
Após ganhar uma mão de Murray – a primeira prótese que ele fez para adultos –, Davies investiu em duas impressoras 3D e materiais.
“Tudo o que fazemos é bancado por mim, Stephen e generosas doações”, afirma Murray.
“Não somos uma instituição de caridade, apenas dois caras em um barracão. É recompensador usar nossas habilidades profissionais de um modo diferente."
A primeira pessoa a ser beneficiada pela dupla foi Isabella, que hoje tem nove anos.
Ela consegue se virar bem com seu “bracinho”, como chama: a prótese facilitou atividades como aprender piano, passear com o cachorro, jogar bola com o irmão William e folhear livros.
“A confiança que a prótese deu a ela foi incrível”, diz Sarah, mãe de Isabella.
Um vídeo da menina recebendo sua prótese foi visto mais de 2 milhões de vezes no YouTube e escolhido pelo Google como um de seus destaques do ano.
Cada mão custa cerca de R$ 120 em materiais e leva 12 horas para ficar pronta. A dupla reconhece que está abarrotada de pedidos.
“Trabalho em meu emprego normal o dia todo, tenho filhos, um bebê de dez meses... então passamos nossas noites e finais de semana fazendo isso”, diz Davies.
“Fazemos tudo de graça, não cobramos nem os custos de envio.”
As próteses não são robustas como os modelos tradicionais, que podem custar milhares de reais. Mas, como as crianças crescem rapidamente e constantemente precisam de modelos novos, não há necessidade de um material de longa duração.
Glyn Heath, professor de protética da Universidade de Salford, em Mancheter, ressalta também que as próteses feitas em impressoras 3D não funcionam para todos os casos, sobretudo para membros inferiores.


“Os materiais que você pode usar (nas impressoras 3D) são limitados e as propriedades desses materiais não são necessariamente apropriadas para suportar cargas pesadas”, disse Heath à BBC.

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