Acesse o nosso site: www.cebid.com.br

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Aborto até 3º mês de gestação não é crime, decide 1ª Turma do STF

Aborto até 3º mês de gestação não é crime, decide 1ª Turma do STF

Decisão valeu apenas para um caso em Duque de Caxias (RJ), mas entendimento pode embasar decisões feitas por juízes de outras instâncias em todo o País




Aborto até 3º mês de gestação não é crime, decide 1ª Turma do STF
Entendimento pode embasar decisões feitas por juízes de outras instâncias no País





BRASÍLIA - A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) abriu nesta terça-feira, 29, um novo precedente e entendeu que não é crime o aborto realizado durante o primeiro trimestre de gestação - independentemente do motivo que leve a mulher a interromper a gravidez.
A decisão da 1ª Turma do STF valeu apenas para um caso, envolvendo funcionários e médicos de uma clínica clandestina em Duque de Caxias (RJ) que tiveram a prisão preventiva decretada. Mesmo assim, o entendimento da 1ª Turma pode embasar decisões feitas por juízes de outras instâncias em todo o País.
Durante o julgamento, os ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Rosa Weber se manifestaram no sentido de que não é crime a interrupção voluntária da gestação efetivada no primeiro trimestre, além de não verem requisitos que legitimassem a prisão cautelar dos funcionários e dos médicos da clínica, como risco à ordem pública, à ordem econômica ou à aplicação da lei penal.
Os ministros Luiz Fux e Marco Aurélio Mello, que também compõem a 1ª Turma, concordaram com a revogação da prisão preventiva por questões processuais, mas não se manifestaram sobre a descriminalização do aborto realizado nos primeiros três meses de gestação.
"Em temas moralmente divisivos, o papel adequado do Estado não é tomar partido e impor uma visão, mas permitir que as mulheres façam a sua escolha de forma autônoma. O Estado precisa estar do lado de quem deseja ter o filho. O Estado precisa estar do lado de quem não deseja - geralmente porque não pode - ter o filho. Em suma: por ter o dever de estar dos dois lados, o Estado não pode escolher um", defendeu em seu voto o ministro Barroso.
Comparações. Barroso destacou que em países desenvolvidos e democráticos, como os Estados Unidos, Portugal, França, Itália, Canadá e Alemanha, a interrupção da gravidez no primeiro trimestre não é considerada crime.
"É dominante no mundo democrático e desenvolvido a percepção de que a criminalização da interrupção voluntária da gestação atinge gravemente diversos direitos fundamentais da mulher, com reflexos visíveis sobre a dignidade humana", ressaltou Barroso.
O ministro elencou uma série de direitos fundamentais que seriam incompatíveis com a criminalização do aborto até o 3º mês de gestação: os direitos sexuais e reprodutivos da mulher; a integridade física e psíquica da gestante; e a igualdade da mulher, "já que homens não engravidam e, portanto, a equiparação plena de gênero depende de se respeitar a vontade da mulher nessa matéria".
Jurisprudência. O novo entendimento da 1ª Turma do STF foi feito uma semana antes de o plenário da Corte, formado pelos onze ministros, discutir a possibilidade de aborto no caso de mulheres grávidas infectadas pelo vírus da zika. Esse julgamento está marcado para o dia 7 de dezembro.
Em abril de 2012, o plenário do STF -  em uma decisão histórica - entendeu, por 8 votos a 2, que o aborto de feto anencéfalo não é crime.
O Código Penal brasileiro prevê que o aborto não é crime em caso de estupro ou de risco de vida da gestante. O entendimento de Barroso, Rosa e Fachin foi o de que os artigos que tipificam o crime de aborto não deveriam incidir sobre a interrupção da gestação feita até o 3º mês, já que a criminalização nesse caso violaria direitos fundamentais da mulher.



--------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

Ethics ignored in ‘3-person embryo’ technique


A fertility doctor in Ukraine is using highly controversial mitochondrial manipulation techniques to treat general infertility ahead of peer review and safety checks, according to New Scientist. Two women are 20 weeks pregnant with embryos created using the technique. Dr Valery Zukin, director of the Clinic of Reproductive Medicine in Kiev, says that he secured approval from ethics committees before proceeding. He plans to present preliminary results at the American Reproductive Technology Congress in New York this weekend. 
Dr Zukin's clinic offers a full range of fertility services, including surrogacy and egg donation. 
Dr Marcy Darnovsky, of the Center for Genetics and Society, in California, points out that is the second time in three weeks that the magazine has broken stories about rogue fertility doctors using the “three-parent embryo” method.
“We appear to be in a race to the bottom, with fertility doctors ignoring evidence that points to long-term safety risks associated with these embryo engineering techniques,” she says. “They are ignoring ongoing policy debates and conducting dangerous and socially fraught experiments on mothers and children. And they appear to be actively seeking a media splash on the way down.”
Although the UK allows these techniques experimentally, it remains controversial both because of inadequate evidence of its safety, and because they produce “germline” or heritable modifications that raise serious social and ethical concerns.
“As many have predicted, allowing ‘3-person IVF’ for mitochondrial disease opens the door to widespread abuse by fertility clinics seeking to sell the latest IVF ‘upgrade’ to the largest possible customer base,” Darnovsky says. “Use of these biologically extreme procedures for infertility is based purely on speculation, yet it poses dire risks to future children and generations. This is the ugly face of commercial and status incentives driving unscientific human experimentation.”
The previous New Scientist story concerned John Zhang, a New York-based fertility doctor who claimed he used a different “3-person IVF” technique known as spindle nuclear transfer in Mexico in order to evade US regulations. Following that breaking story, reports of the live birth of a “3-parent baby” were circulated widely by the media. 







----------------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

Could it become too expensive to ask for assisted suicide?




Assisted suicide and euthanasia take patients, doctors and society at large into uncharted territory. But in the American state of Washington, they are being led down a familiar road: allegations of price gouging.  
According to an article in JAMA Oncology, the price of one lethal drug for taking advantage of the state's 2008 Death With Dignity Act increased roughly US$2,500 over seven years – about 640%.
Secobarbital, which is sold under the name Seconal, made up nearly half of the prescriptions. Its average cost increased from $388 in 2010 to $2,878 in 2016.
"Honestly, I really think it’s just pharmaceutical companies jacking up the price of the drug," lead author Veena Shankaran, of the University of Washington and the Fred Hutchinson Cancer Research Center in Seattle, told Reuters. "I don’t see another explanation for it."
“In the context of financial toxicity among patients with cancer, the marked increase in the price of secobarbital represents a shocking financial blow to terminally ill patients seeking to end their lives with dignity,” she wrote in the journal.
The drug was first developed in 1929 and has been off-patent for years, but the only manufacturer in the United States is Valeant Pharmaceuticals. Its use for assisted suicide is not covered under insurance plans, so patients have to pay for the full sticker price. 





---------------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

Dutch will probably legalise assisted dying for people tired of living




The Dutch government plans to create a new end-of-life law for elderly people who are tired of living. Health Minister Edith Schippers told Parliament that a new kind of assisted suicide is needed for people who are not terminally ill or suffering, but who want to die (link to letter to Parliament, in Dutch).
She said that the proposed law would come into effect next year. It would cater for “older people who do not have the possibility to continue life in a meaningful way, who are struggling with the loss of independence and reduced mobility, and who have a sense of loneliness, partly because of the loss of loved ones, and who are burdened by general fatigue, deterioration and loss of personal dignity.”
The process will be thoroughly documented and carefully organized, Ms Schippers told a TV prorgram. “It should not involve lonely or depressed people. Not for people with problems you can solve in a different way.” She said that life must be protected, but some people wake up every morning disappointed that they did not die in their sleep.
The government’s decision ignores an independent committee of experts who said earlier this year that a “completed life” should not make people eligible for euthanasia (link here in Dutch). The committee, headed by a well-known sociologist, Paul Schnabel, was established after a man who had helped his 99-year-old mother to die because she thought that her life was at an end was acquitted of murder. 
New legislation will break new ground for end-of-life laws. Technically it will not be “euthanasia”, for this term has a very specific meaning in the Dutch penal code. Because the person will not be terminally ill, as the euthanasia law requires, a whole new set of regulations needs to be established. This will no doubt create problems for the statisticians, as the new deaths will not be described as “euthanasia”.
A new set of checks and balances will be created to ensure that all deaths will be voluntary. Specially trained death advisors will ensure that there is no medical solution to the patient’s existential issues.
The move was strongly criticised by Dutch Chief Rabbi Binyomin Jacob. “In the course of my work, I have seen not one, not two, but many elderly people who genuinely wished to die following the death of their spouses but then, within several years, were able to enjoy life for many years longer,” said Jacobs, the chairman of the ethics committee of Amsterdam’s Sinai Center, Europe’s only Jewish psychiatric hospital.
The website Katholiek Gezin accused the government trying to benefit financially from the despair of the elderly: “After many years in which the health system endured cutbacks that generated increasingly tragic situations of lacking assistance for our elderly, the Cabinet now comes up with a solution: Professional assistance to suicide for people who have ‘completed their lives.’”
The legislation has the support of a majority in the current Parliament, but elections next year might change that. Some parties are firmly opposed to the idea. “The myth is that it is purely individual choice, while it always also affects family, the community, health care providers and ultimately society,” Gert-Jan Segers, the leader of a Christian parliamentary party, told De Volkskrant newspaper








------------------------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

Nobel laureate Desmond Tutu backs assisted suicide in District of Columbia


Overlooked in the ghastly spectacle of America’s I-can-dig-up-more-dirt-than-you-can election is a campaign in Washington DC to legalise assisted suicide. The issue goes to a vote on Monday in a full meeting of the District of Columbia Council.
Supporters of the measure have scored a public relations coup by enlisting Nobel Peace Prize laureate, a hero of the struggle against apartheid, Desmond Tutu, who is also an Anglican archbishop. Although Tutu reversed his opposition to aid-in-dying in 2014, he declined at the time to say whether he would take advantage of it himself.
Now, just ahead of the vote in the Council, he has published an op-ed in the Washington Post in which he urges voters to legalise assisted suicide, as Canada and California have already done. His essay has been reinforced with a YouTube video made by the assisted suicide lobby group Compassion & Choices.
C&C has recruited a number of prominent clerics, although their Christianity tends to be unconventional. One, for instance, is Episcopalian Bishop John Shelby Spong, who dissents from mainstream Christian beliefs like the existence of God. There seems to be significant level of support within the Anglican Church for assisted suicide. The former Archbishop of Canterbury, Lord Carey, has declared that it would be “profoundly Christian and moral”. Tutu says in his op-ed:
“I believe in the sanctity of life. I know that we will all die and that death is a part of life. Terminally ill people have control over their lives, so why should they be refused control over their deaths? Why are so many instead forced to endure terrible pain and suffering against their wishes?”
This argument is a bit odd, as “terrible pain and suffering” do not play a major role in decisions to request assisted suicide. In the latest statistics from Oregon, the main reason (96%) was “Less able to engage in activities making life enjoyable”. “Inadequate pain control or concern about it” was only cited by 29%. 





------------------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

'Torturei minha 'garotinha' durante anos', diz mãe sobre aceitação de filho transgênero; relato viralizou


BBC
19/10/2016 09h30 - Atualizado em 19/10/2016 09h30

'Torturei minha 'garotinha' durante anos', diz mãe sobre aceitação de filho transgênero; relato viralizou

#SalaSocial: Norma Coeli publicou post emocionado no Facebook sobre como enfrentou próprio preconceito para aceitar José Bernardo; conteúdo foi removido após denúncia e, após contato da BBC Brasil, voltou ao ar.

Luis BarruchoBBC Brasil

Norma Coeli publicou post emocionado no Facebook sobre como enfrentou próprio preconceito para aceitar José Bernardo  (Foto: José Bernardo Oliveira)Norma Coeli publicou post emocionado no Facebook sobre como enfrentou próprio preconceito para aceitar José Bernardo (Foto: José Bernardo Oliveira)
Quando criança, a cada vez que José Bernardo trocava o vestido pela bermuda e saía para brincar na vizinhança, sua mãe, a investigadora de polícia paraense Norma Coeli, ouvia do então marido: 'Como você deixa a Letícia andar assim? Ela está parecendo um homenzinho".
José Bernardo, hoje com 18 anos, foi batizado de Letícia. Mas nunca se identificou com atividades que os outros diziam ser "de meninas". Preferia o cabelo curto aos longos cachos. Os esportes com bola às bonecas. E detestava as aulas de balé.
Já adolescente, disse à mãe que era lésbica. E, pouco tempo depois, tomou coragem para se afirmar como transgênero (quando a pessoa não se identifica com o gênero designado no nascimento).
A aceitação dos pais, no entanto, não foi imediata.
"Sempre soube que meu filho não era uma menininha. Mas escondi isso de mim mesma o quanto pude. Muitos lacinhos, babados e o lindo mundo cor-de-rosa", conta Norma em entrevista por telefone à BBC Brasil.
"Na verdade, eu apenas torturei minha "garotinha" por anos a fio! Essa é a mais pura verdade", acrescenta.
Em um post emocionado publicado em sua página pessoal no Facebook na quarta-feira passada, Norma desabafou sobre como enfrentou o próprio preconceito para aceitar o filho. O relato, que veio acompanhado de uma foto da carteira de identidade social de José Bernardo, rapidamente viralizou nas redes sociais, com milhares de curtidas e compartilhamentos.
"Foi libertador para nós dois. Sempre fui seu ombro amigo. Ouvia suas angústias e seus problemas. Mas eu tinha medo do que podia acontecer com ele. E talvez isso explique por que eu custava tanto a aceitar que meu filho era diferente dos outros", assinala.
"Meu ex-marido (Norma separou-se há três anos depois de permanecer quase duas décadas casada) e o irmão dele, mais velho, também o apoiaram bastante. Somos bastante unidos e uma família feliz. Aqui não existe preconceito", acrescenta.
 Post de Norma viralizou no Facebook  (Foto: Norma Coeli)Post de Norma viralizou no Facebook (Foto: Norma Coeli)













Repercussão
Norma conta ter decidido escrever o post sobre José Bernardo ─ que escolheu o nome em homenagem ao avô ─ para "informar" a família.
"Mas a repercussão foi muito maior do que imaginava. Foi um alívio e um susto. Mas, para além das curtidas e compartilhamentos, o mais importante foi que o post me propiciou ter contato com centenas de pessoas que passam por uma situação semelhante", avalia.
"Há vários Josés Bernardos no Brasil. Infelizmente, nem todos são aceitos como eu aceitei meu filho. Fiquei muito comovida ao receber tantos relatos de homossexuais e transgêneros que me confidenciaram que não têm o apoio da família. Um sofrimento sem fim", lamenta.
Em muitos casos, contudo, a não-aceitação termina em violência. Segundo dados da ONG Transgender Europe, o Brasil é o país que mais mata travestis e transgêneros no mundo, seguido do México, Colômbia, Venezuela e Honduras.
José Bernardo tem carteira de identidade social emitida pelo Estado do Pará (Foto: José Bernardo Oliveira)José Bernardo tem carteira de identidade social emitida pelo Estado do Pará (Foto: José Bernardo Oliveira)
De 1º de janeiro de 2008 a 31 de dezembro de 2015, foram 802 mortes em todo o território nacional. No mesmo período, 2.016 transgêneros foram mortos em 65 países do mundo.
"Felizmente, nunca fui agredido, apesar de já ter recebido olhares estranhos na rua e ouvido comentários negativos a meu respeito", diz José Bernardo à BBC Brasil.
Diante do alto número de casos de violência, uma medida em vigor em alguns Estados brasileiros vem sendo louvada como importante ferramenta no combate ao preconceito.
Desde 2014, o Pará é uma das unidades da Federação que permite a emissão de identidade social a travestis e transsexuais. Ao todo, já foram entregues 270 documentos, principalmente em Belém, segundo o governo.
"Para mim, foi libertador. É como se eu pudesse responder por alguém que eu sempre fui", acrescenta José Bernardo.
Post foi removido após denúncia e, após contato da BBC Brasil, voltou ao ar (Foto: Norma Coeli)Post foi removido após denúncia e, após contato da BBC Brasil, voltou ao ar (Foto: Norma Coeli)
'Fora do ar'
Em meio à tamanha repercussão positiva, Norma foi surpreendida com a retirada do post do ar dias depois de publicá-lo. Ela chegou a repostá-lo, mas o conteúdo novamente foi apagado.
Procurado pela BBC Brasil, o Facebook informou que os posts de Norma violaram as regras de comunidade da rede social por causa da foto da carteira de identidade social de José Bernardo, na qual seus detalhes pessoais aparecem visíveis.
Segundo a empresa, nenhum conteúdo é removido "proativamente" e, quando isso ocorre, resulta de uma denúncia.
O Facebook acrescentou ainda que os dois posts de Norma seriam republicados, sem a foto.
"Manter a segurança das pessoas é a maior responsabilidade do Facebook, e por isso desenvolvemos Padrões de Comunidade que determinam o que é permitido ou não na nossa plataforma, incluindo a garantia de identidades autênticas e restringindo a publicação de informações pessoais sem consentimento", informou o Facebook, em comunicado enviado à BBC Brasil.
Norma diz acreditar que a denúncia tenha partido de algum "homofóbico ou transfóbico".
"Infelizmente, ainda há muito preconceito no Brasil. Espero que meu relato não gere tamanha comoção e seja encarado apenas pelo que é: uma mensagem de amor de uma mãe para seu filho", conclui.





---------------------------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

Após tratamento, mulher de 62 anos dá à luz na Espanha

19/10/2016 11h59 - Atualizado em 19/10/2016 13h18

Após tratamento, mulher de 62 anos dá à luz na Espanha

A médica Lina Alvarez fez fertilização in vitro para ter terceiro filho.
Bebê nasceu por cesariana pesando 2,4 kg e é saudável.

Da Associated Press

Lina Alvarez, de 62 anos, deixa o hospital com seu recém-nascido  (Foto: Atlas TV / Via AP)Lina Alvarez, de 62 anos, deixa o hospital com seu recém-nascido (Foto: Atlas TV / Via AP)






























A espanhola Lina Alvarez, de 62 anos, deu à luz uma menina saudável no dia 10 de outubro. Em entrevista à imprensa local, ela incentivou mulheres mais velhas a fazer o mesmo caso tenham o sonho de ter filhos.
Lina deixou o Hospital Lucus Augusti na cidade de Lugo nesta terça-feira com sua terceira filha nos braços, dizendo que se sentia muito bem.
O bebê nasceu por cesariana pesando 2,4 kg e está em perfeito estado de saúde.
  •  
A médica Lina Alvarez encorajou mulheres mais velhas a terem filhos (Foto: Atlas TV / Via AP)A médica Lina Alvarez encorajou mulheres mais velhas a terem filhos (Foto: Atlas TV / Via AP)
O primeiro filho de Lina, hoje com 27 anos, nasceu com paralisia cerebral. Seu segundo filho tem hoje 10 anos. Tanto a segunda quanto a terceira gravidez ocorreram após tratamento de fertilização in vitro.
Lina, que é médica, disse que mulheres que estão bem o suficiente para cuidar de um bebê mesmo com uma idade mais avançada, não deveriam temer engravidar.





---------------------------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

Au « Tribunal Monsanto », des militants veulent mettre l’environnement au cœur du droit international

Au « Tribunal Monsanto », des militants veulent mettre l’environnement au cœur du droit international

Durant deux jours, à La Haye, des témoins venus du monde entier ont raconté les méfaits de la firme américaine : pesticides, OGM, semences imposées…
LE MONDE |  • Mis à jour le  | Par 

Au Tribunal Monsanto, à La Haye, samedi 15 et dimanche 16 octobre, cinq juges internationaux écoutent des témoins venus du monde entier.

Qu’ont en commun un apiculteur mexicain, une paysanne bangladaise et des agriculteurs français, argentin ou burkinabé ? Tous ont témoigné à La Haye, durant les deux jours d’audition du tribunal citoyen informel intenté contre Monsanto, les samedi 15 et dimanche 16 octobre, des méfaits dont la compagnie américaine de biotechnologie agricole serait responsable. OGM, pesticides, dont le glyphosate, monopole des semences, récoltes ruinées, animaux empoisonnés, enfants malades… les charges à répétition contre le géant américain ont été lourdes.

A l’issue de ce marathon de témoignages de victimes et d’experts, scientifiques, juridiques, toxicologues, vétérinaires… les cinq juges, dont la présidente belge de ce tribunal international, Françoise Tulkens, devraient rendre un avis d’ici au 10 décembre, journée internationale des droits humains.
Comme l’explique au Monde Françoise Tulkens, qui fut pendant quatorze ans juge à la Cour européenne des droits de l’homme :
« Nous n’allons pas prononcer de jugement. Nous allons rendre un avis consultatif. Plus précisément, nous allons vérifier si les activités de Monsanto sont en conformité avec les règles de droit telles qu’elles existent dans les instruments juridiques essentiellement onusiensC’est un tribunal pédagogique, dont j’espère qu’il aura une influence sur le droit international des droits de l’homme et permettra des ouvertures pour les victimes. »
Si Monsanto n’est pas condamné d’avance, ainsi que la firme s’en offusquait dans une lettre ouverte, les témoignages livrés à La Haye constituent néanmoins une charge violente. Et laissent peu de suspense quant à l’avis que rendront les juges.

« Désherbant biodégradable »

Sabine Grataloup montre aux juges, l’une après l’autre, les photos de son fils Théo. Le jeune garçon, aujourd’hui âgé de 9 ans, est né avec de graves malformations de l’œsophage et du larynx. « Il a dû avoir une trachéotomie à la naissance, cinquante anesthésies générales, il a passé les six premiers mois de sa vie en réanimation, raconte cette mère de famille de 45 ans, qui vit dans l’Isère. Pendant sept ans, nous avons dû nous réveiller toutes les quarante-cinq minutes pour faire des aspirations, afin qu’il ne s’étouffe pas. »
Durant de longues minutes, Sabine Grataloup raconte le calvaire de son fils, qui respire toujours avec une trachéotomie – « Il ne peut se baigner qu’avec de l’eau en dessous du niveau du cou » –, et de la famille, avant d’expliquer l’origine du mal. « Je m’occupe de chevaux et j’ai pulvérisé du désherbant dans une carrière d’équitation, sur plus de 700 m2, j’étais au tout début de ma grossesse, et j’ignorais encore mon état. Et la formationdu larynx commence dès la quatrième semaine de grossesse. J’avais fait confiance aux publicités qui vantaient le glyphosate comme “le premier désherbant biodégradable, un produit que j’ai donc choisi en raison de son innocuité », explique aux juges Sabine Grataloup.
image: http://s1.lemde.fr/image/2016/10/17/534x0/5014729_6_5074_sur-la-table-des-juges-au-tribunal-monsanto_948a084f2e73619a3c6ca373f2c40748.jpg
Sur la table des juges, au Tribunal Monsanto, à La Haye, samedi 15 octobre, la photo du jeune Théo, victime de malformations dues au glyphosate.
Sur la table des juges, au Tribunal Monsanto, à La Haye, samedi 15 octobre, la photo du jeune Théo, victime de malformations dues au glyphosate. PHOTO : R. BX.
A sa suite, Maria Ruiz Robledo, de Baigorrita, bourg de 1 900 habitants, dans la province de Buenos Aires, en Argentine, évoque cette même maladie, l’atrésie de l’œsophage, de sa petite Martina. Interrogée par son médecin, qui avait constaté d’autres cas sur des bébés, sur une éventuelle exposition à des produits toxiques, Maria s’est souvenue des produits chimiques, herbicides, entreposés à proximité de sa maison.
Durant les deux jours d’audition, des cultivateurs de coton, de café, de céréales, venus des cinq continents, ont égrené leurs témoignages. Un apiculteur mexicain, Feliciano Ucan Poot, narre comment le glyphosate a tué ses abeilles et raconte aussi les difficultés pour faire reconnaître le préjudice par la justice nationale.

Portée morale importante

Ousman Tiendrebeogo, agriculteur de 68 ans vivant au Burkina Faso, dénonce, lui, les dangers des OGM, avec le coton BT, proposé par Monsanto et imposé par les autorités locales. « Ceux qui ont planté ce coton ont été piégés, ils ne pouvaient pas s’en sortir car ils devaient rembourser les intrants nécessaires avec une production en chute libre, ce coton n’étant pas au point. Les vétérinaires ne savaient pas pourquoi les bêtes, habituées à brouter les tiges restantes après la récolte, étaient malades, raconte Ousman Tiendrebeogo, responsable aussi du Syndicat national des travailleurs de l’agropastoral. Les femmes qui assurent la cueillette tombaient aussi malades, surtout les femmes enceintes, il y avait des problèmes d’allaitement. »
Pour Jean-Paul Sikeli, secrétaire exécutif de la Coalition pour la protection du patrimoine génétique africain, établi en Côte d’Ivoire, « ce procès contre Monsanto a une portée morale importante »« On est là pour direqu’on ne peut pas faire ce qu’on veut avec le monde paysan et la société civile. »
Autrement dit par Corine Lepage, l’avocate française et présidente du parti écologiste Cap21« ce tribunal est virtuel, mais le droit qu’il va appliquer est bien réel »« L’avis que rendront les juges permettra aux victimes de disposer d’une décision de magistrats sur laquelle elles pourront s’appuyer pour se défendre », explique-t-elle.

« Immense faiblesse du droit international »

Dimanche après-midi, dans l’ultime session de ce Tribunal Monsanto, plusieurs avocats se sont attachés à démontrer comment les agissements de la firme américaine dérogeaient aux règles déjà existantes, sur le droit à la santé, le respect des droits humains, la santé, les droits sociaux, le droit à l’information… « Monsanto s’est engagé sur ces principes et c’est à l’aune de cet engagement que l’on peut caractériser sa responsabilité », a martelé l’avocat français William Bourdon. « C’est une immense faiblesse du droit international que de voir des conventions signées avec enthousiasme par des pays, sans que cela se traduise de façon normative dans les droits nationaux », a-t-il dénoncé devant les juges.
image: http://s2.lemde.fr/image/2016/10/17/534x0/5014730_6_03ee_parallelement-au-tribunal-monsanto-a-la_b12b103fc45900f9898893aee3253893.jpg
Parallèlement au tribunal Monsanto, à La Haye, se tenait l'Assemblée des peuples pour dénoncer les méfaits des firmes chimiques et leur mainmise sur l'agriculture.
Parallèlement au tribunal Monsanto, à La Haye, se tenait l'Assemblée des peuples pour dénoncer les méfaits des firmes chimiques et leur mainmise sur l'agriculture. PHOTO : R. BX.
Ce rendez-vous judiciaire, ce vrai-faux « procès » annoncé lors de la conférence sur le climat COP21, qui s’est tenue à Paris en décembre 2015, modifiera-t-il la prise en compte de ces crimes contre l’environnement et la santé des populations ? C’est l’un des buts recherchés, afin de voir à terme l’intégration de l’écocide au titre de crimes contre l’humanité. A l’Assemblée des peuples, le rendez-vous militant qui accompagnait ce Tribunal Monsanto, non loin du siège de la Cour pénale internationale, à La Haye, Vandana Shiva voulait croire à cette évolution, inéluctable dit-elle, du droit international :
« Si nous n’arrivons pas à construire ce mouvement, alors l’humanité perdra. Le changement climatique renforce cette urgence, la Terre ne peut pas se défendre, c’est à nous de le faire, nous avons dix ans pour gagner, après ce sera trop tard. »
La porte-parole mondiale de ces mouvements de défense de l’environnement demeure optimiste sur l’issue de ce combat qu’elle mène inlassablement.









--------------------------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

Quel est le contexte juridique du vrai-faux « procès » de Monsanto ?



Quel est le contexte juridique du vrai-faux « procès » de Monsanto ?

La juge Françoise Tulkens est la présidente du tribunal citoyen consultatif dédié à la multinationale américaine qui s’est ouvert à La Haye ce week-end.
LE MONDE |  • Mis à jour le  | Par 

A La Haye, à quelques centaines de mètres de la Cour pénale internationale, la salle du tribunal Monsanto, samedi 15 octobre.

La présidente du Tribunal Monsanto, Françoise Tulkens, qui auditionne des témoins à La Haye samedi 15 et dimanche 16 octobre, espère contribuer à l’évolution du droit international par la prise en compte des questions nouvelles, parmi lesquelles notamment l’écocide.

Juge pendant quatorze ans à la Cour européenne des droits de l’homme – elle en fut même la vice-présidente –, nommée en septembre 2012 au Panel consultatif des Nations unies sur les droits de l’homme au KosovoFrançoise Tulkens explique le contexte juridique dans lequel intervient ce vrai-faux « procès » de Monsanto et quelles pourraient en être les conséquences.

Quel est l’objet de ce Tribunal Monsanto que vous avez accepté de présider ?
Françoise Tulkens : Nous allons entendre des témoins durant deux jours, prendre connaissance des très nombreuses pièces au dossier, des études scientifiques notamment, et nous délibérerons entre nous, les cinq juges, pour rendre une « advisory opinion », c’est-à-dire un « avis consultatif ». Six questions nous sont posées relatives à des droits reconnus par le droit international, comme le droit à l’alimentation, le droit à un meilleur état de santé ou encore le droit à la liberté indispensable de la recherche scientifique.
Ils sont notamment inscrits dans le Pacte international relatif aux droits économiques sociaux et culturels, ainsi que dans la Convention relative aux droits de l’enfant ou encore la Convention internationale sur l’élimination de toutes les formes de discrimination à l’égard des femmes. D’autres textes internationaux existent aussi, comme les Principes directeurs des Nations unies relatifs aux entreprises et aux droits de l’homme, tels qu’ils ont été approuvés par le Conseil des droits de l’homme dans une résolution en juin 2011.
image: http://s1.lemde.fr/image/2016/10/16/534x0/5014552_6_3da3_au-tribunal-monsanto-a-la-haye-samedi-15_fc599a7b292bc5738f641410e2e5cbed.jpg
Au Tribunal Monsanto, à La Haye samedi 15 octobre, la juge belge Françoise Tulkens, préside les travaux du tribunal.
Cela veut-il dire que vous avez les outils juridiques pour condamner Monsanto ?
Nous n’allons pas prononcer de jugement. Nous allons rendre un avis consultatif. Plus précisément, nous allons vérifier si les activités de Monsanto sont en conformité avec les règles de droit telles qu’elles existent dans les instruments juridiques essentiellement onusiens que j’ai évoqués. Nous ne sommes donc pas un tribunal qui condamne au pénal, ni ne juge une faute au civil.
Monsanto, dans une lettre ouverte, a dénoncé une « mascarade », dont « l’issue est connue d’avance ». Qu’en dites-vous ?
J’ai lu cette lettre ouverte et ce qu’elle suggère est inexact. Monsanto n’est pas condamnée d’avance, puisqu’elle ne sera pas condamnée du tout. Ce n’est pas le lieu. Il n’y aura même pas de condamnation morale car un tribunal ne fait pas de morale. C’est un tribunal pédagogique, dont j’espère qu’il aura une influence sur le droit international des droits de l’homme et permettra des ouvertures pour les victimes.
Je regrette simplement l’absence de Monsanto, même si son absence est à la fois parfaitement compréhensible et prévisible. Il est important de souligner que Monsanto a été invitée, à plusieurs reprises, à participer, et que toutes les facilités lui auraient été offertes de faire valoir son point de vue.
Mais, si Monsanto n’est pas vraiment jugé, quelle est la portée de ce tribunal ?
Le Tribunal Monsanto est une manière pour la société civile qui en a pris l’initiative de donner la parole à des témoins, de faire comprendre au public les impacts des activités de Monsanto et d’aider à faire progresser le droit international en proposant de nouvelles idées, comme par exemple les responsabilités des entreprises en matière de droits de l’homme, ou de nouveaux concepts. C’est une pédagogie difficile mais essentielle.
Le Tribunal Russell [appelé aussi Tribunal international des crimes de guerre], constitué dans le contexte de la guerre du Vietnam en 1966, était aussi un tribunal d’opinion. C’est important de se rapporter à cette histoire-là. L’avis que nous rendrons en principe avant le 10 décembre, Journée internationale des droits de l’homme, sera adressé à Monsanto et aux instances des Nations unies. A partir de cet avis, d’autres juridictions pourront peut-être être saisies et d’autres juges interviendront. Nous, nous aurons vu, entendu, constaté et délibéré. Et sans doute des nouvelles questions, comme celles qui concernent l’écocide, pourront être prises en compte par le droit international.
Qu’entendez-vous par « écocide » ?
Cette infraction n’existe pas encore et pour cela il faudrait d’abord la définir précisément. Le génocide est un crime contre l’humanité tendant à la destruction totale ou partielle d’un groupe de personnes en raison de leurs caractéristiques nationales, ethniques, raciales ou religieuses. L’écocide serait un « génocide » attaché à l’environnement, des atteintes à l’environnement qui altéreraient de façon grave et durable les écosystèmes dont dépend la vie des humains. La Cour pénale internationale, ici même à La Haye, vient de décider, le 15 septembre, d’inclure les préoccupations liées à l’environnement dans son champ d’investigation, cela évolue donc.
Les questions d’accès à l’eau, à une alimentation saine, sont des problèmes anciens. Ce ne sont pas des nouveautés qui trottent dans la tête d’activistes furibonds. Et ces problématiques, comme le droit à un environnement sain, risquent de devenir de plus en plus importantes avec le changement climatique. Il est de notre devoir de mettre des outils juridiques en place pour faire face à ces problèmes et le Tribunal Monsanto est une étape, un outil dans cette dynamique.



---------------------------------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito