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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Hospital desliga aparelhos de grávida com morte cerebral após ação judicial


Reuters
26/01/2014 17h45 - Atualizado em 26/01/2014 18h20

Hospital desliga aparelhos de grávida com morte cerebral após ação judicial

Marido entrou na justiça para realizar desejo da esposa de não ser reanimada.
Caso aconteceu no Texas (EUA), neste domingo (26).

Da Reuters

Erick Munoz aparece em frente a retrato dele com a esposa e com o filho do casal, Mateo (Foto: Ron T. Ennis/The Fort Worth Star-Telegram/AP)Erick Munoz aparece em frente a retrato dele com a esposa e com o filho do casal, Mateo (Foto: Ron T. Ennis/The Fort Worth Star-Telegram/AP)
Um hospital do Texas desconectou os aparelhos de uma mulher grávida com morte cerebral neste domingo (26), com o apoio de uma ação judicial iniciada por seu marido, afirmaram seus advogados.
Para proteger o feto, a legislação do Texas proíbe que hospitais desliguem os aparelhos de pacientes grávidas, mesmo em casos como o de Marlise Munoz, que assinou um pedido de "não ressuscitação". Mas o marido dela entrou com uma ação judicial, argumentando que o feto estava definhando em seu corpo sem vida.
Na sexta-feira, o juiz distrital R.H. Wallace decidiu que Munoz estava legalmente morta e deu ao hospital John Peter Smith o prazo de até segunda-feira para remover os aparelhos.
A rede JPS Health, que dirige o hospital, afirmou que não poderia confirmar o desligamento dos aparelhos, citando políticas de privacidade. Mais cedo, o hospital disse em comunicado que removeria o tratamento de "manutenção vital" de Munoz, mas não deu detalhes de quando isso ocorreria.
Um advogado da família de Munoz disse que o hospital desconectou seus aparelhos e a entregaram a seu marido, Erick Munoz, às 11h30 neste domingo.
Erick Munoz, marido de Marlise Munoz, deixa corte após um juiz decidir autorizar que os aparelhos que mantém sua mulher respirando sejam desligados nesta sexta-feira (24). Ela está grávida e teve morte cerebral (Foto: The Dallas Morning News, Tom Fox/AP)
Erick Munoz deixa corte após a decisão favorável
do juiz nesta sexta-feira (24) (Foto: The Dallas
Morning News, Tom Fox/AP)
O caso
Marlise Muñoz, de 33 anos, sofreu uma embolia pulmonar no final de novembro e foi declarada então com morte cerebral. O fato de Muñoz já ter sido declarada morta e as provas de que o feto sofreu graves consequências foram dois elementos cruciais para a decisão do juiz.

Durante a disputa, que provocou um grande debate social nos EUA sobre o que implica ser declarado com morte cerebral, os juristas que respaldam a postura da família explicaram que a lei texana - como a de outros 20 estados - se refere a mulheres grávidas em estado vegetativo ou de coma, não com morte cerebral.
O outro elemento decisivo foi o estado do feto, de 22 semanas, que não era "viável", um ponto que os advogados da família defenderam esta semana. "As extremidades inferiores se deformaram de modo que o gênero do feto não pode ser determinado", argumentaram.
Desde o princípio, a família considerou desumano que o feto continuasse crescendo sob essas circunstâncias, em um corpo clinicamente morto e sem um funcionamento correto, além do embrião ter sofrido a mesma falta de oxigênio da mãe durante a embolia pulmonar.
O juiz ressaltou que, se estivesse viva, a mãe teria abortado diante dos danos sofridos pelo feto.
A resolução do juiz responde a pedido que o marido, Erick Muñoz, em nome também dos pais da paciente, apresentou e

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Juiz ordena que aparelhos de grávida com morte cerebral sejam desligados


25/01/2014 07h27 - Atualizado em 25/01/2014 07h27

Juiz ordena que aparelhos de grávida com morte cerebral sejam desligados

Caso aconteceu nos EUA; mulher de 33 anos teve embolia pulmonar.
Com 22 semanas, feto apresenta anomalias.

Da EFE

Um juiz de Fort Worth, no interior do Texas, ordenou nesta sexta-feira (24) que os aparelhos que mantém uma mulher grávida viva sejam desligados e ela, que teve morte cerebral, seja retirada do respirador artificial na próxima segunda-feira (27), por considerar que está morta e o feto não é "viável".
O juiz R.H. Wallace deu ganho de causa aos familiares de Marlise Muñoz, que pediam para desconectá-la, e se opôs a direção do hospital, que alegava que a lei do estado não permitia a ação no caso de mulheres grávidas.
Erick Munoz, marido de Marlise Munoz, deixa corte após um juiz decidir autorizar que os aparelhos que mantém sua mulher respirando sejam desligados nesta sexta-feira (24). Ela está grávida e teve morte cerebral (Foto: The Dallas Morning News, Tom Fox/AP)Erick Munoz, marido de Marlise Munoz, deixa corte após um juiz decidir autorizar que os aparelhos que mantém sua mulher respirando sejam desligados nesta sexta-feira (24). Ela está grávida e teve morte cerebral (Foto: The Dallas Morning News, Tom Fox/AP)
Marlise Muñoz, de 33 anos, sofreu uma embolia pulmonar no final de novembro e foi declarada então com morte cerebral. O fato de Muñoz já ter sido declarada morta e as provas de que o feto sofreu graves consequências foram dois elementos cruciais para a decisão do juiz.
Durante a disputa, que provocou um grande debate social nos EUA sobre o que implica ser declarado com morte cerebral, os juristas que respaldam a postura da família explicaram que a lei texana - como a de outros 20 estados - se refere a mulheres grávidas em estado vegetativo ou de coma, não com morte cerebral.
O outro elemento decisivo foi o estado do feto, de 22 semanas, que não era "viável", um ponto que os advogados da família defenderam esta semana. "As extremidades inferiores se deformaram de modo que o gênero do feto não pode ser determinado", argumentaram.
Desde o princípio, a família considerou desumano que o feto continuasse crescendo sob essas circunstâncias, em um corpo clinicamente morto e sem um funcionamento correto, além do embrião ter sofrido a mesma falta de oxigênio da mãe durante a embolia pulmonar.
O juiz ressaltou que, se estivesse viva, a mãe teria abortado diante dos danos sofridos pelo feto.
A resolução do juiz responde a pedido que o marido, Erick Muñoz, em nome também dos pais da paciente, apresentou em 14 de janeiro para que a justiça apoiasse sua vontade de desconectar Marlise do respirador.
Na próxima segunda-feira, às 17h (21h em Brasília), os médicos deverão desligar o corpo de Muñoz, dois meses depois de sofrer a embolia que provocou a morte cerebral.
A lei que o hospital se baseou durante esses meses foi aprovada pelo congresso texano em 1989 e modificada em 1999, e estabelece que ninguém pode interromper um tratamento que mantenha artificialmente a vida de uma paciente grávida.
Em sua argumentação, os dois advogados da família justificaram que o hospital "interpreta erroneamente" a lei texana: se a paciente estiver morta, nem pode estar grávida nem podem ser aplicadas indefinidamente medidas de suporte à vida, já que a vida não existe mais.

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Fertilização em mulher que recebeu transplante de útero é bem-sucedida

26/01/2014 21h07 - Atualizado em 26/01/2014 21h07

Fertilização em mulher que recebeu transplante de útero é bem-sucedida

Paciente é uma das 9 mulheres que receberam transplante de útero.Método inovador faz parte de estudo feito por pesquisadores suecos.

Do G1, em São Paulo

Imagem de abril de 2012 mostra testes realizados por pesquisadores da Universidade de Gotemburgo antes das cirurgias com nove mulheres, realizadas em 2013 (Foto: University of Goteborg/Johan Wingborg/AP)
Imagem de abril de 2012 mostra testes realizados
por pesquisadores da Universidade de Gotemburgo
antes das cirurgias de transplante de útero
(Foto: University of Goteborg/Johan Wingborg/AP)
Uma das nove mulheres que receberam transplante de útero entre 2012 e 2013, como parte de um estudo inovador feito pela Universidade de Gotenburgo, na Suécia, teve um processo de fertilização bem-sucedido. As informações são do jonal britânico "The Telegraph", que acrescenta que ela pode se tornar a primeria mulher no mundo a dar à luz um bebê com um útero transplantado.
Segundo a publicação, o embrião foi transferido para o útero da paciente na semana passada. A mulher, que não teve seu nome revelado, participou do estudo porque tem uma doença genética caracterizada pela ausência do útero.
Mulheres com essa doença, chamada síndrome de MRKH, têm ovários totalmente desenvolvidos, o que permite que a fertilização artificial utilize seus próprios óvulos.
Ainda de acordo com o jornal, quem doou o útero para essa paciente foi a mãe dela, o que significa que o bebê seria gerado no mesmo útero que gerou a própria mãe
Das nove mulheres que participaram da pesquisa e receberam úteros novos, oito tinham essa síndrome, e uma havia retirado o útero depois de ser diagnosticada com câncer de colo do útero









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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Delegado Thiago vira Laura e pode assumir defesa da mulher em Goiás

Atualizado: 23/01/2014 18:00 | Por Marília Assunção, estadao.com.br

Delegado Thiago vira Laura e pode assumir defesa da mulher em Goiás

Cirurgia de mudança de sexo foi realizada na Tailândia; Laura deve voltar ao posto em fevereiro


GOIÂNIA - Uma cirurgia de mudança de sexo, realizada na Tailândia, é o assunto do momento nos bastidores da segurança pública de Goiás. Há cerca de seis meses, um delegado de Polícia Civil entrou de licença médica, viajou até a Ásia, onde submeteu-se à mudança de sexo, da qual ainda se restabelece. Em fevereiro, quando deverá voltar ao posto, no lugar do delegado Thiago de Castro Teixeira, quem assumirá será a delegada Laura de Castro Teixeira.
E Laura reassumirá com a possibilidade de lotação na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (Deam) Central de Goiânia, onde a titular, Ana Elisa Gomes Martins, carente de reforço, garante uma boa recepção. "Se ela vier, será recebida com profissionalismo e para atender uma grande demanda de um público carente", informa a delegada Ana Elisa, que chefia uma especializada com três delegadas adjuntas e quatro plantonistas, todas sobrecarregadas pela violência contra a mulher.
A mudança de nome de Thiago para Laura foi autorizada pela Justiça e por isto o novo registro civil do delegado passou a ser do sexo feminino. No Facebook, desde o final de outubro, Laura já exibia o novo visual, contrastando bastante com a imagem pública do então delegado Thiago, geralmente usando terno, camisa de mangas compridas e outras peças todas do vestuário masculino.
Delegado Thiago vira Laura e pode assumir defesa da mulher em Goiás (© Reprodução)
Na foto mais recente, postada em 13 de dezembro, a delegada aparece com o rosto maquiado e vestida com a camiseta preta padrão com o timbre da Polícia Civil, muito utilizada pelos policiais da corporação durante operações. Os cabelos longos e bem escovados nem de longe lembram as madeixas desalinhadas e amarradas, geralmente em um rabo de cavalo, mantidas presas sempre que concedia entrevistas sobre casos policiais.
A história foi revelada nesta quinta-feira, 23, pelo jornal Diário da Manhã (DM), que dá como certa a posse dela como delegada da Mulher de Goiânia. A reportagem mostrou a surpresa de alguns ex-colegas de trabalho com as mudanças feitas por Thiago. "O delegado era implacável em ações que exigiam demonstração de 'macheza' e sua conduta era de um homem que exalava testosterona, não de um indivíduo que pudesse mudar de sexo e vir a se tornar uma figura feminina", declarou um escrivão ouvido.
Policial tido como sério, com atuação firme nas operações de combate à criminalidade promovidas pela Polícia Civil, onde ingressou há cerca de quatro anos, antes de se transformar em Laura, Thiago foi delegato titular das cidades de Trindade e Senador Canedo, ambas na região Metropolitana de Goiânia. Também atuou como coordenador do grupo especial de repressão a narcóticos (Genarc) da cidade de Porangatu, no Norte de Goiás.
Outros detalhes pessoais sobre a vida do policial que vieram a público com a mudança de sexo, dizem respeito ao passado de Thiago, que foi casado e tem dois filhos.
Esperado. Ao Estado, uma fonte da Polícia em Goiânia informou, solicitando o anonimato, que a mudança de sexo "não foi uma surpresa de agora, já que a licença e a viagem à Tailândia eram sabidas de algumas pessoas há alguns meses". A fonte sinalizou que, nos bastidores da corporação, a homossexualidade do delegado era conhecida, "mas não comentada amplamente, inclusive porque ele tem uma atuação linha dura".
Por outro lado, o caso é tratado com cuidados pela SSP. A assessoria de Imprensa da Polícia Civil evitou informar os contatos da delegada Laura. A policial também não respondeu à solicitação de entrevista feita através de mensagem nesta quinta-feira, 23, no perfil dela no Facebook.
Segundo a assessoria, o diretor geral da PC, delegado João Carlos Gorski, não comentará o caso, justificando se tratar de assunto pessoal "que não afetará em nada a parte administrativa" do cargo exercido pela delegada, já que houve autorização judicial para a mudança de nome. Ainda segundo a assessoria, não há definição por enquanto sobre a próxima lotação de Laura, indicando que não está confirmada ou descartada uma atuação como delegada da mulher.
Na Deam, tradicionalmente, a maior parte dos postos de delegado é ocupada por mulheres, mas algumas vezes já foram ocupados por homens. Na Especializada, homossexuais homens, como travestis, não são atendidos. O atendimento é exclusivo para mulheres, entre as quais lésbicas vítimas de violência.


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Mulher consegue ter filho após sofrer 20 abortos espontâneos

8/01/2014 07h00 - Atualizado em 18/01/2014 07h00

Mulher consegue ter filho após sofrer 20 abortos espontâneos

 

Kelly Moseley passou por tratamento e teve o pequeno Tyler.
'Me recusei a desistir', diz a inglesa de 37 anos.

Do G1, em São Paulo
O médico Shehata, à esquerda, com o casal Kelly e Alan, e o pequeno Tyler (Foto: Reprodução/Twitter/epsom_sthelier)O médico Shehata, à esquerda, com o casal Kelly e Alan, e o pequeno Tyler (Foto: Reprodução/Twitter/epsom_sthelier)
Uma mulher que sofreu 20 abortos espontâneos ao longo de dez anos conseguiu finalmente ter um filho após se submeter a um tratamento originalmente destinado a combater malária e artrite reumatoide. O caso aconteceu na Inglaterra.
Kelly Moseley, de 37 anos, e seu marido Alan, de 41, vinham tentando ter um filho desde 2002. Ela, que já tinha duas filhas de um outro relacionamento, de 18 e 15 anos, perdeu 18 fetos por volta das 8 semanas de gestação e dois meninos aos cinco meses. Ainda assim, o casal se recusava a desistir, mesmo que essa fosse a recomendação de seu médico naquela época, diante do sofrimento que as perdas sucessivas estavam causando.
Um dia, Kelly viu o especialista em abortos espontâneos Hassan Shehata na TV e resolveu procurá-lo no hospital em que trabalha, em Londres. O médico há cerca de dez anos investiga porque algumas mulheres têm “células assassinas” do sistema imunológico no sangue que atacam o feto como se fosse um corpo estranho, o que faz com que percam os bebês.
No caso de Kelly, Shehata notou que ela também tinha essa condição, mas num grau tão alto que o tratamento com esteroides, que normalmente consegue baixar o índice dessas células agressivas, é insuficiente.
Por isso, ele resolveu apelar a um medicamento usado contra a malária, para reduzir as defesas naturais da paciente. Ela conseguiu levar a gravidez adiante e, assim, nasceu o pequeno Tyler, que agora tem nove meses de idade.
Kelly e Alan foram até o hospital para apresentar o filho ao médico que viabilizou a gravidez saudável. “Estou muito feliz por eles”, disse Shehata, destacando que Kelly foi uma paciente exemplar.
“Ainda não posso acreditar que Tyler esteja aqui. Eu me recusei a desistir e espero que nossa história encoraje outras mulheres. Nunca esquecerei os bebês que perdi e a dor nunca vai embora. Mas ter o Tyler faz tudo valer a pena e nossas vidas agora estão completas”, disse Kelly, segundo nota divulgada pelo Hospital St Helier.


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Após acordo, Linda é pedida em casamento e dirá: 'O que é casar?'

Após acordo, Linda é pedida em casamento e dirá: 'O que é casar?'


Rafael (Rainer Cadete) e Linda (Bruna Linzmeyer) (Foto: Reprodução da internet) 
Rafael (Rainer Cadete) e Linda (Bruna Linzmeyer) (Foto: Reprodução da internet)

O romance de Linda (Bruna Linzmeyer) e Rafael (Rainer Cadete) terá um final feliz em "Amor à vida". Depois de sair da prisão - ele foi preso por abuso de incapaz por ter beijado a jovem autista, denunciado por Neide (Sandra Corveloni), mãe de Linda -- o advogado do Hospital San Magno surpreenderá os pais da moça com uma proposta de casamento.
Amadeu (Genézio de Barros) sugerirá, então, que o rapaz se mude para a casa da família, para que os pais possam acompanhar o desenvolvimento da filha. A surpresa virá quando Neide se disser a favor da ideia.
Tudo começará quando Rafael convidar Amadeu e Neide para uma conversa na lanchonete do hospital.
— Eu preciso falar com vocês sem a Linda ouvir. Não é nenhum segredo, mas eu não sei qual vai ser a reação de vocês – dirá Rafael.
— Ah, eu já não tou gostando, o que você vai dizer? Por acaso vai mudar de cidade, não vai poder mais ver a Linda justamente agora que está tudo bem? - dirá Neide.
— É o contrário. Eu quero casar com a Linda.
— Casar? Ah, Rafael, a Linda não pode casar - reagirá Neide.
— Inclusive a lei proíbe...— rebaterá Amadeu.
— Sou advogado, eu sei disso. A Linda é considerada intelectualmente incapaz e, portanto, não pode casar. Alguém foi lá, traçou uma linha que diz o que é normal e o que não é. Quem está fora dessa linha, é considerado incapaz. Mas eu não vejo as coisas assim. Eu sei que a Linda tem limitações, mas eu também sei que eu e a Linda temos uma ligação forte, especial, única.
O advogado, então vai propor que se faça uma cerimônia com uma benção religiosa, afirmando que o que vale é a lei de Deus.
- Mas a Linda ainda não tem condições de morar sozinha. Eu sei que você ensinou muita coisa pra ela, até a cozinhar. Mas ela precisa de mim – dirá Neide.
— Eu tenho uma ideia...A gente faz a cerimônia religiosa, e depois, você vem morar com a gente. Com a Linda. Eu sei, Neide, que parece uma ideia maluca, mas pode dar certo. Eu acho que a vida com a Linda é uma eterna experiência, cada dia ela nos surpreende com a sua capacidade de superação...então... Neide, eu sei que você vai ser contra — afirmará Amadeu.
— Eu sou a favor – responderá Neide, para surpresa geral. — Eu acho a melhor solução. Eu sei que você precisa trabalhar, Rafael, e eu continuo ajudando a cuidar da Linda. Só que agora, eu vou passar a lavar e passar as suas camisas também.
— Puxa, eu achei que ia ser tão difícil!
— A gente quer estar junto com vocês nessa jornada. Eu sei que vamos ter momentos difíceis, mas todos juntos, vamos ajudar a Linda a superar. Sabe, Rafael, para mim, você é um grande homem – dirá Amadeu.
— Eu também te admiro, Rafael – dirá a mãe de Linda.
Mais tarde, Rafael irá à casa da família pedir Linda em casamento.
— Linda, eu tenho um pedido pra te fazer. Eu quero casar com você. Casa comigo, Linda?
— Casar? O que é casar?
— Casar é como o seu pai e a sua mãe... É morar junto, na mesma casa... Casar é quando uma pessoa tem amor pela outra.
— O que é amor? Eu não sei o que é amor.
- Amor é a vontade de ficar juntos. Amor é viver juntos, cuidar da pessoa que a gente gosta. Amor é dar carinho, e receber carinho.
Linda passará a mão no rosto de Rafael:
— Carinho.
— Carinho. Eu tenho muito carinho por você, Linda.
— Eu também tenho muito carinho por você, Rafael.
— Então, se você aceitar casar comigo, eu vou poder morar aqui e te dar carinho todos os dias.
— Eu também...eu também vou te dar carinho.  Todos os dias. Rafael, eu quero casar com você.
— Que bom, Linda, que bom, porque o que eu mais quero na vida é ter você comigo.
Os dois se abraçarão, mas sem beijo. Neide e Amadeu, abraçados, se emocionarão com  a cena.





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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Células-tronco têm efeito positivo no tratamento de distrofia muscular

Edição do dia 16/01/2014
16/01/2014 14h14 - Atualizado em 16/01/2014 14h14

Brasil tem avançado cada vez mais em pesquisas com células-tronco. Pesquisadores testaram célula-tronco do tecido adiposo de camundongos.

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) testaram células-tronco encontradas no tecido adiposo de camundongos com distrofia muscular, que provoca a paralisação progressiva dos músculos até a morte. Eles descobriram que elas aumentaram a expectativa de vida dos animais.
O administrador Sérgio Santos Soares tinha 25 anos quando descobriu que tinha esclerose múltipla, uma doença crônica que atinge o sistema nervoso central. Ele ficou sem poder andar e precisou de ajuda até para comer. “Para eu partir uma pizza, uma carne, nossa, eu ficava nervoso, escorregava do meu prato. Não tinha força para pegar os talheres”, conta.
No ano passado, aos 37 anos, Sérgio passou pelo transplante de células-tronco. Ele foi um dos primeiros no Brasil. Depois disso, a doença nunca mais se manifestou e hoje ele se locomove com a ajuda de um andador. “Foi uma maravilha pra mim. Foi uma nova vida que Deus me deu através dos médicos aqui na Terra”, comemora.
O Brasil tem avançado cada vez mais nos estudos das células-tronco para o tratamento de doenças. Foi do laboratório do Centro de Pesquisas do Genoma Humano do Instituto de Biociências da USP que saiu a mais recente descoberta na área no Brasil.
Os pesquisadores descobriram que células-tronco adiposas, quando transplantadas em camundongos com distrofia muscular grave, aumentavam o tempo de vida desses animais em 30%, em média.
Eles testaram as células-tronco retiradas de vários tecidos na região abdominal de mulheres que passaram por cirurgias. “Nós abordamos pacientes que estavam fazendo cirurgias ginecológicas e conseguimos obter materiais do mesmo paciente, de quatro tecidos diferentes. Nós tiramos da gordura, do músculo, da trompa e de endométrio”, relata Marcos Valadares, pesquisador da USP.
Somente as células de gordura implantadas nos camundongos surtiram efeito e os animais viveram 30% a mais do tempo médio esperado pelos pesquisadores. “Isso é um resultado muito importante, porque se a gente conseguir transferir para o paciente, a gente tiver o mesmo resultado, isso significa 20 anos a mais na vida da pessoa. Uma pessoa de 60 anos vai poder viver 20 anos a mais”, explica Mayana Zatz, diretora do Centro de Pesquisa.
Segundo os pesquisadores, em dez anos esse tratamento poderá estar disponível para humanos.
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Nascido mulher, 1º homem a dar à luz na Argentina relata o caso inédito


Nascido mulher, 1º homem a dar à luz na Argentina relata o caso inédito



RESUMO O transexual Alexis Taborda, 27, que nasceu mulher, é o primeiro homem a dar à luz na Argentina. Casado oficialmente com a também transexual Karen Bruselario, nascida homem, ele aceitou parar o tratamento hormonal que fazia para ter feições masculinas.
Conseguiu assim engravidar –os dois mantiveram os respectivos órgãos originais– e realizar o sonho de sua mulher de ser mãe. Há um mês nasceu Gênesis Evangelina, a filha do casal.

Desde os seis anos eu sabia que era transexual. Queria fazer xixi em pé, jogar futebol, me vestir como homem. Com 19 anos eu assumi minha nova identidade. Não revelo meu nome antigo porque isso é voltar ao passado, e minha história já é outra.
Eu e a Karen estamos juntos há quatro anos e queríamos ter um filho. Se adotar uma criança na Argentina é difícil para um casal hétero, imagine para um casal transexual.
Como esse era o sonho da vida dela, aproveitei que eu não estava tomando hormônios para fazer um check-up e ver se eu podia engravidar. O médico disse que sim.
Para mim, foi muito complicado psicologicamente voltar a menstruar, já que nos últimos seis anos tomei hormônios para isso não acontecer. Eu já tinha uma figura total de homem e deixar o tratamento de lado foi traumático. Meus peitos voltaram a crescer, e agora não vejo a hora de conseguir fazer uma cirurgia para tirá-los.
Minha companheira me ajudou muito. Ela me dizia o tempo todo que eu continuava sendo homem que nada tinha mudado, e que seriam só nove meses.
Ricardo Santellan - 29.nov.2013/Efe
O casal Alexis, então grávido de oito meses, e Karen depois de se casarem, em novembro
O casal Alexis, então grávido de oito meses, e Karen depois de se casarem, em novembro
Durante a gravidez, só senti que estava grávido quando minha filha chutava. Nos outros momentos, era como se não fosse comigo. A Karen vivia pedindo para eu tomar cuidado com a barriga, porque realmente eu não me tocava que era comigo.
Na hora do parto, escolhi cesárea.
Quando a Gênesis nasceu, combinamos com a enfermeira que a primeira pessoa a ter contato com ela seria a mãe, e assim foi feito.
Mas precisamos da ajuda de um advogado porque o hospital queria colocar "senhora Alexis" na ata hospitalar do nascimento da minha filha. Como eu tenho minha identidade reconhecida pela Lei de Igualdade de Gêneros, eles foram obrigados a colocar no registro "senhor".
Escondemos a gravidez até os cinco meses, porque moramos em Victoria [a 371 km de Buenos Aires], uma cidade muito pequena, com pessoas muito conservadoras. Ficamos com medo.
Chegamos a ouvir coisas horrorosas como "vocês dão nojo", "pobre dessa criança". Mas não nos abalamos. Agora, não deixarei ninguém falar mal da minha filha.
Estamos desempregados. Fiz curso técnico de administração hospitalar, mas aqui ninguém nos dá emprego.
Dividimos um apartamento com uma amiga e recebemos doações de amigos e familiares. Até o fim da gravidez, vendíamos empanadas e tortas na rua.
A Karen, que já tinha se prostituído, voltou à rua. Mas isso me fazia muito mal e há seis meses ela parou.

Acho curiosa a fama fora da Argentina. Sempre leio "Primeiro homem grávido na Argentina" na internet. Mas é louco se ver em todos os jornais, sites, se olhar no espelho e falar "não tenho trabalho, não tenho como dar sustento à minha família". 




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Homem pode usar nome feminino mesmo sem mudança de sexo

Homem pode usar nome feminino mesmo sem mudança de sexo

Magistrada levou em consideração o argumento do requerente que, embora tenha nascido sob o sexo masculino, sempre percebeu que psicologicamente pertencia ao sexo feminino


Fonte | TJGO - Segunda Feira, 13 de Janeiro de 2014


A juíza da 1ª vara de Família e Sucessões da comarca de Goiânia/GO, Sirlei Martins da Costa, autorizou um homem a mudar seu registro civil e a utilizar um nome feminino, mesmo sem ter se submetido a cirurgia de mudança de sexo.

A magistrada levou em consideração o argumento do requerente que, embora tenha nascido sob o sexo masculino, sempre percebeu que psicologicamente pertencia ao sexo feminino e, por isso, passou por diversos procedimentos cirúrgicos estéticos.

"É um grave erro pensar que o sentimento de inadequação entre o corpo anatônico e o sentimento de identidade sexual seja o mesmo para todos os transexuais. Afirmar que existe 'transexual típico' é tão absurdo quanto falar em 'homossexual típico' e 'heterossexual típico'", destacou.

De acordo com juíza, a alteração do registro civil é possível, mesmo que ele não tenha se submetido a cirurgia de transgenitalização, uma vez que segue o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana, diante do constrangimento da identificação como homem, quando fisicamente é identificado como mulher e assim reconhecido socialmente. Além disso, as certidões juntadas dos autos demonstram que a pretendida alteração não trará prejuízo a terceiros ou ao Estado.

Sirlei explicou que a lei de registros públicos prevê, em seu art. 58, que o prenome será definitivo. Ela observou, ainda, que a palavra "definitivo" foi introduzida pela lei 9.708/98. "Antes, o caput daquele dispositivo rezava que o prenome será imutável. Porém, a mudança é permitida em algumas hipóteses previstas em lei, como alteração de prenome que impunha constrangimento ao seu titular", pontuou.



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Mulher de 58 anos empresta útero para dar à luz o primeiro neto

09/01/2014 17h00 - Atualizado em 09/01/2014 17h05

Mulher de 58 anos empresta útero para dar à luz o primeiro neto

Americana se ofereceu para receber o embrião fertilizado por filha e genro.
Casal já teve várias tentativas frustradas de ter um bebê.


Da Associated Press

Julia Navarro, de 58 anos posa ao lado da filha Lorena McKinnon, de 32 anos; Julia emprestou o útero para o primeiro neto. (Foto: AP Photo/The Salt Lake Tribune, Al Hartmann)
Julia Navarro, de 58 anos posa ao lado da filha Lorena McKinnon, de 32 anos; Julia emprestou o útero para o primeiro neto (Foto: AP Photo/The Salt Lake Tribune, Al Hartmann)

Uma americana de 58 anos está prestes a dar à luz em algumas semanas. O bebê é seu primeiro neto. Julia Navarro está servindo de "barriga de aluguel" para sua filha e seu genro, que sofrem de problemas de fertilidade.
A filha de Julia, Lorena McKinnon, de 32 anos, conta que ela o marido, Micah McKinnon, começaram a tentar a gravidez há três anos. Ela chegou a engravidar algumas vezes, mas sempre perdia o bebê. A gestação mais longa durou apenas 10 semanas.
Depois de muitas tentativas, o casal começou a procurar alguém que aceitasse ser "mãe de aluguel". Uma amiga e uma irmã de Lorena até consideraram aceitar o convite, mas desistiram da empreitada. Foi então que sua mãe se ofereceu para ajudar.
"Como uma família, temos que ajudar um ao outro", disse Julia ao jornal "The Salt Lake Tribune". Ela teve de passar por uma terapia hormonal por três meses antes que o embrião fertilizado por sua filha e seu genro fosse implantado. Por causa de sua idade, os médicos alertaram que havia uma chance de apenas 45% de o implante ser bem sucedido.
Julia Navarro se ofereceu como barriga de alguel para a filha Lorena. (Foto: AP Photo/The Salt Lake Tribune, Al Hartmann)
Julia Navarro foi barriga de alguel para a filha Lorena
(Foto: AP Photo/The Salt Lake Tribune, Al Hartmann)

Mas a fertilização deu certo e Julia conta ter tido uma gravidez tranquila carregando sua primeira neta.
Assim como em outros casos de barriga de aluguel, Julia e o casal passaram por um período de três meses de aconselhamento.
"Os psicólogos queriam ter certeza de que sabíamos no que estávamos nos metendo - de que nós estivéssemos preparados mentalmente", disse Lorena. "Na maioria das vezes, contratos de barriga de aluguel são feitos com pessoas que você não conhece. Foi estranho fazer um contrato com a minha mãe."
Não há registro de quantos casos existem de mulheres que dão à luz o próprio neto, mas notícias recentes na imprensa têm trazido à tona situações semelhantes.
Lorena diz que ela ficou grata e emocionada com a oferta da mãe, que amenizou alguns obstáculos e também o ônus financeiro que pais que recorrem à barriga de aluguel normalmente enfrentam.
De acordo com a lei do estado do Utah, de onde é a família, mães de aluguel devem ter mais de 21 anos, ser financeiramente estáveis e devem já ter dado à luz anteriormente. Os casais devem ser casados e podem oferecer um pagamento à barriga de aluguel.
Em média, um casal gasta cerca de U$ 60 mil nos procedimentos e no pagamento da mãe de aluguel nos Estados Unidos. Mas, no caso de Lorena, a oferta da mãe reduziu os gastos do casal à metade desse valor.
Tanto Julia quanto Lorena dizem que os laços entre elas se estreitaram ainda mais após a experiência. A menina deve nascer no início de fevereiro.
Julia Navarro se submeteu a uma terapia hormonal de três meses antes de gravidez. (Foto: AP Photo/The Salt Lake Tribune, Al Hartmann)
Julia Navarro se submeteu a uma terapia hormonal de três meses antes de gravidez (Foto: AP Photo/The Salt Lake Tribune, Al Hartmann)
   

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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Pesquisa identifica DNA que regula atividade no pâncreas humano

13/01/2014 07h59 - Atualizado em 13/01/2014 07h59

Pesquisa identifica DNA que regula atividade no pâncreas humano

Mutações associadas a doenças do pâncreas estão em regiões do DNA.

Investigação foi publicada no periódico científico 'Nature Genetics'.



Uma equipe internacional de pesquisadores identificou a informação do genoma humano que regula a atividade dos genes do pâncreas e conseguiu demonstrar que seu mau funcionamento está associado ao desenvolvimento de diabetes e outras doenças do metabolismo.
O estudo foi publicado no último número da revista "Nature Genetics". Segundo explicou um dos autores do trabalho, Lorenzo Pasquali, do Instituto de Pesquisas Biomédicas August Pi i Sunyer, em Barcelona, o trabalho "ajudará a compreender, em nível molecular, por que algumas pessoas tendem a desenvolver diabetes".
Na investigação, Pasquali e Jorge Ferrer, do Imperial College, em Londres, conseguiram identificar o conjunto de regiões reguladoras do genoma que opera no pâncreas humano ativando todos os genes necessários para formar o órgão.
"Algo assim como o mapa genômico global de todos os 'interruptores de luz' que acendem os genes necessários para construir um pâncreas", explicou José Luis Gómez-Skarmeta, pesquisador do Centro Andaluz de Biologia do Desenvolvimento (Espanha).
Todas as células do organismo têm a mesma informação genética, os mesmos genes, mas o que diferencia uma célula do pâncreas de uma do coração, por exemplo, é quais genes estão "acesos" em cada tecido, e essa informação procede das regiões reguladoras, disse Gómez Skarmeta. 
A segunda parte da pesquisa consistiu em "associar essas regiões com seus genes alvo", com os quais "respondem suas instruções", acrescentou.
Relação com doenças humanas
Por último, Ferrer e Pasquali relacionaram estas instruções com doenças humanas e observaram que muitas mutações associadas a doenças do pâncreas ou do metabolismo estão localizadas nas regiões do DNA que contêm a informação reguladora.

"Essas mutações alteram o mecanismo do 'interruptor de luz', que não funciona bem e como consequência o gene também não funciona bem no pâncreas e provoca diabetes ou outros problemas", conclui Gómez-Skármeta.
Para entender a importância do estudo é preciso se partir da premissa que só 5% do DNA humano contém genes que servem para produzir proteínas. É nos 95% restantes do genoma onde é produzida a imensa maioria das mutações conhecidas que causam doenças.
Este DNA, chamado DNA não codificante, contém sequências que permitem que uns e não outros genes se ativem em determinados órgãos. Tais sequência são chamadas 'regiões reguladoras'. No entanto, este DNA não codificante, até pouco tempo denominado 'DNA lixo', foi um grande desconhecido durante muitos anos.

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Suécia realiza nove transplantes de útero e testa técnica de fecundação

13/01/2014 09h55 - Atualizado em 13/01/2014 09h55

Suécia realiza nove transplantes de útero e testa técnica de fecundação

Cirurgias ocorreram ao longo de 2013; órgãos foram doados por familiares.
Útero deve receber fecundação 'in vitro', de acordo com cientista


Da AP

Imagem de abril de 2012 mostra testes realizados por pesquisadores da Universidade de Gotemburgo antes das cirurgias com nove mulheres, realizadas em 2013 (Foto: University of Goteborg/Johan Wingborg/AP)Imagem de abril de 2012 mostra testes realizados por pesquisadores da Universidade de Gotenburgo antes das cirurgias com nove mulheres, realizadas em 2013 (Foto: University of Goteborg/Johan Wingborg/AP)
Em uma experiência pioneira, médicos da Suécia realizaram uma série de transplantes de útero com o objetivo de tornar possível a gravidez em mulheres com dificuldades para gerar um filho.
De acordo com a agência Associated Press, nove mulheres receberam órgãos doados por familiares ao longo de 2013. A maioria tinha cerca de 30 anos e apresentaram ao longo da vida problemas para engravidar porque nasceram sem útero ou tiveram que retirá-lo após desenvolver câncer.
Segundo Mats Brännström, presidente do departamento de obstetrícia e ginecologia da Universidade de Gotenburgo, que realiza o estudo científico, o procedimento aplicado é novo.
O especialista comentou que houve tentativas anteriores de transplantar um útero na Turquia e Arábia Saudita, mas em ambos os casos não foi possível gerar bebês.
As nove mulheres envolvidas na experiência passam bem e algumas delas já enviaram sinais de que o novo órgão está saudável e em funcionamento. Nenhuma delas apresentou problemas graves após a cirurgia e todas receberam alta médica poucos dias após o procedimento.

O útero transplantado não foi ligado às trompas, o que impossibilita a gravidez de forma natural. No entanto, todas têm seus próprios ovários. Antes da cirurgia, alguns óvulos foram removidos para que fossem fecundados artificialmente. Os embriões foram congelados e serão transferidos para os novos úteros em breve.

A técnica utilizada na Suécia levanta polêmica entre cientistas, pois há risco de o feto não ser alimentado de maneira suficiente para que se desenvolva completamente.


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