Acesse o nosso site: www.cebid.com.br

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Implante transparente pode criar 'janela para o cérebro'

Fonte: www.g1.globo.com

03/09/2013 13h30 - Atualizado em 03/09/2013 13h52

Implante transparente pode criar 'janela para o cérebro'

Cientistas afirmam que dispositivo permitirá melhor acesso ao órgão e pode ajudar no tratamento de doenças.

Da BBC

Pequeno implante poderá, segundo pesquisadores, tornar exames e tratamentos mais eficientes. (Foto: Divulgação/BBC)Pequeno implante poderá, segundo pesquisadores, tornar exames e tratamentos mais eficientes. (Foto: Divulgação/BBC)
Pesquisadores dos EUA afirmam ter projetado um implante que cria uma 'janela para o cérebro' e permite que médicos vejam através do crânio - algo que pode abrir novas oportunidades de tratamento.
O dispositivo, descrito em um estudo na publicação científica Nanomedicine: Nanotechnology, Biology and Medicine, é feito com uma versão transparente de um material usado para implantes de quadril e é capaz de substituir uma pequena parte do crânio.
A equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia em Riverside diz que a novidade pode, no futuro, permitir que raios laser sejam mais eficientemente disparados dentro do cérebro, maximizando seus efeitos para tratar distúrbios neurológicos.
'(O implante) é um primeiro passo crucial em direção a novos conceitos que estamos desenvolvendo, cujo objetivo é promover formas clinicamente viáveis para acesso visual ao cérebro, quando necessário, em áreas amplas, de forma recorrente, sem a necessidade de craniectomias (intervenção cirúrgica que retira parte do cérebro)', diz o estudo.
Acesso ao cérebro

Os pesquisadores explicam que tomografias e novos tratamentos a laser para pacientes vítimas de câncer ou derrames requerem cada vez mais acesso ao cérebro. No entanto, esse acesso costuma ser limitado, já que parte do crânio precisa ser removida e recolocada a cada intervenção médica.

Com o implante transparente, essa exigência deixaria de existir.
'(O implante) é colocado sob o couro cabeludo, temporária ou permanentemente, e permite o uso de fibras óticas para distribuir laser a partes do cérebro mais superficiais ou profundas', explicam os cientistas.
O material escolhido - zircônia estabilizada con ítria, usado em alguns implantes de cerâmica para quadris e para coroas dentárias - foi adaptado para se tornar transparente.
Segundo os cientistas, o material é seguro para implantes.
'Neste caso, temos uma ideia que parece ficção científica, mas que se tornou fato científico, com grande potencial para impacto positivo nos pacientes', diz o professor de engenharia mecânica Guillermo Aguilar, um dos autores do estudo.
-----------------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

Garoto sofre de síndrome que faz com ele que não pare de sorrir

Fonte: www.g1.globo.com
4/09/2013 13h51 - Atualizado em 04/09/2013 14h34

Garoto sofre de síndrome que faz com ele que não pare de sorrir

Devido a problema genético, ele também tem dificuldade para andar e falar.
Mãe percebeu o problema ao notar que criança não se concentrava.

Do G1, em São Paulo

Menino Ollie Petherick, de dois anos, sofre da Síndrome de Angelman, que faz com que ele esteja sempre sorrindo. (Foto: Reprodução/Facebook/Annie Campbell)Menino Ollie Petherick, de dois anos, sofre da Síndrome de Angelman, que faz com que ele esteja sempre sorrindo. (Foto: Reprodução/Facebook/Annie Campbell)

A família vive na cidade de Devizes, no Reino Unido. A mãe, Annie Campbell, conta que notou que havia algo errado com o filho quando constatou que ele não conseguia concentrar-se. Aos seis meses de idade, já era possível perceber que seu desenvolvimento não era tão rápido quanto o do irmão mais velho.

O menino britânico Ollie Petherick, de dois anos, sofre da síndrome de Angelman, um problema genético raro. Além da dificuldade de aprendizado e de locomoção ocasionada pelo problema, outro sintoma da doença é que ele carrega um sorriso permanente em seu rosto. As informações foram publicadas no "Daily Mail". 
Síndrome faz com que Ollie Petherick tenha dificuldade de andar e falar. (Foto: Reprodução/Facebook/Annie Campbell)Síndrome faz com que Ollie Petherick tenha
dificuldade de andar e falar. (Foto: Reprodução/
Facebook/Annie Campbell)
Ela levou o garoto ao hospital, onde foi constatado que o problema era neurológico. Antes mesmo do diagnóstico final, ela já estava convencida de que o filho tinha a síndrome de Angelman, doença que ela tinha conhecido ao ler sobre o assunto em uma revista.
Annie conta que começou a pesquisar tudo o que pode sobre o assunto na internet e passou a frequentar grupos de apoio a mães de crianças com a síndrome.
“Eu me preocupo com ele no futuro e me pergunto como saberei se alguma vez ele ficar chateado ou triste, quando a Síndrome de Angelman faz com que ele fique tão feliz todo o tempo”, diz. Ela conta que, por enquanto, o sorriso do filho faz com que todas as dificuldades valham a pena.
-------------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Físico Stephen Hawking defende direito ao suicídio assistido

17/09/2013 18h44 - Atualizado em 17/09/2013 18h45

Físico Stephen Hawking defende direito ao suicídio assistido

'Quem tem uma doença terminal deve ter direito de escolher', disse.
Culpa de quem ajuda suicídio nesses casos é debatida em vários países.

Da Reuters

O físico Stephen Hawking (Foto: Bruno Fahy/AFP)O físico Stephen Hawking (Foto: Bruno Fahy/AFP)
O físico e cosmólogo britânico Stephen Hawking declarou apoio ao direito de pessoas com doença terminal optarem por cometer suicídio e receberem auxílio para isso, desde que sejam tomadas as devidas precauções.
Hawking, que se locomove em uma cadeira de rodas, foi diagnosticado com uma doença neuromotora aos 21 anos, quando lhe disseram que teria de dois a três anos de vida. Agora com 71 anos, ele é um dos cientistas de maior destaque no mundo, conhecido especialmente por seu trabalho sobre buracos negros e como autor do bestseller internacional "Uma Breve História do Tempo".
Em entrevista anterior ao lançamento nesta semana de um documentário sobre sua vida, Hawking afirmou apoiar o direito ao suicídio, mas somente caso a pessoa envolvida faça essa escolha. Ele lembrou como em certa ocasião esteve sob o auxílio de máquinas para manter-se vivo devido a uma pneumonia, e foi dada à sua mulher a opção de desligar a máquina, mas essa não era a vontade dele.
"Eu acho que aqueles que têm uma doença terminal e estão sob grande dor devem ter o direito de escolher terminar com sua vida, e aqueles que os ajudarem devem estar livres de acusação", disse Hawking à rede BBC.
"Deve haver a certeza de que a pessoa em questão genuinamente quer dar fim a sua vida e não está sendo pressionada a isso, ou que isso seja feito sem seu conhecimento e consentimento, como teria sido o meu caso".
O suicídio assistido é crime no Reino Unido e a questão sobre se deve ser descriminalizado para pessoas cuja vida seja insuportável é tema de debate em vários países. Os defensores do direito ao suicídio dizem que aqueles capazes de tomar tal decisão devem receber permissão para morrer com dignidade. Opositores dizem que flexibilizar a lei pode pôr pessoas vulneráveis em risco.
Hawking, que aparece regularmente em programas de TV, diz que sua mente ativa e senso de humor são peças-chave para sua sobrevivência. Hawking se comunica através de um sensor que conecta os músculos de suas bochechas a um sistema de voz computadorizado. Ele encoraja a todos que tenham condições especiais a se concentrarem naquilo que podem fazer.
"A física teórica é um campo em que ser deficiente não é limitador. Está tudo na mente", disse o cientista, que trabalha da Universidade de Cambridge. O documentário "Hawking", da Vertigo Films, tem lançamento marcado para 20 de setembro no Reino Unido.

--------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

Mulher tem face reconstruída em 3D depois de enfrentar grave câncer

Fonte: www.g1.globo.com

04/09/2013 13h55 - Atualizado em 04/09/2013 14h34

Mulher tem face reconstruída em 3D depois de enfrentar grave câncer

Técnica utilizada é menos invasiva, o que permite melhor recuperação do paciente.

BBC

A britânica Ann O'Sullivan, de 69 anos, passou por uma cirurgia para remoção de um grave tumor na face, utilizando uma moderna tecnologia de modelagem em três dimensões. (Veja o vídeo no site da BBC)

 Com a nova técnica, aplicada em apenas 30 pacientes até agora, cirurgiões britânicos puderam remover com precisão a área comprometida pelo câncer.
O procedimento também permitiu reestabelecer a irrigação sanguínea e a estrutura óssea do lado esquerdo do rosto.
A cirurgia foi feita há quatro meses no hospital Saint Georges, em Londres, pelos cirurgiões Kavin Andi e Graham Smith.
Mulher tem face reconstruída em 3D depois de enfrentar grave câncer (Foto: BBC)Mulher tem face reconstruída em 3D depois de enfrentar grave câncer (Foto: BBC)






















---------------------------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

Chinesa que andava com auxílio de bola de basquete consegue próteses

Fonte: www.g1.globo.com
05/09/2013 10h38 - Atualizado em 05/09/2013 10h38

Chinesa que andava com auxílio de bola de basquete consegue próteses

Menina que perdeu as duas pernas aos 4 anos usava bola presa a quadril.Aos 18, Qian Hongyan faz parte de um clube de natação para deficientes.

Da Reuters
----Qian Hongyan testa sua nove prótese de pernas, no Centro de Reabilitação da China. (Foto: Reuters/Jason Lee)Qian Hongyan testa sua nove prótese no Centro de Reabilitação da China. (Foto: Reuters/Jason Lee)

Presa ao seu quadril, a bola amortecia o impacto do tronco contra o chão. Para se locomover, ela se apoiava nas mãos e no quadril protegido pela bola. Ela recebeu a primeira prótese em 2005 e, em seguida, passou a fazer parte de um clube de natação para deficientes físicos.A garota Qian Hongyan, de 18 anos, receberá próteses gratuitas das pernas. Desde que perdeu os membros em um acidente de carro, quando tinha 4 anos, ela “andava” com o auxílio de uma bola de basquete.
Hoje, Qian é uma atleta. Essas são as primeiras próteses apropriadas para seu corpo adulto, preparada por especialistas do Centro de Reabilitação da China, em Pequim.
Garota observa especialistas ajustarem próteses que ela deve receber. (Foto: Reuters/Jason Lee)Garota observa especialistas ajustarem próteses que ela deve receber. (Foto: Reuters/Jason Lee)
Qian perdeu as duas pernas em um acidente de carro, aos 4 anos. (Foto: Reuters/Jason Lee)Qian perdeu as duas pernas em um acidente de carro, aos 4 anos. (Foto: Reuters/Jason Lee)



















































---------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Consciência Animal

Fonte: www.hojeemdia.com.br




-------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

Siameses recém-nascidos na China fazem consulta para avaliar quadro

Fonte: www.g1.globo.com

12/09/2013 08h06 - Atualizado em 12/09/2013 08h11

Siameses recém-nascidos na China fazem consulta para avaliar quadro

Meninos gêmeos têm 24 dias e compartilham o coração e um rim.
Possibilidade de cirurgia de separação é descartada pelos médicos.

Do G1, em São Paulo


Imagem dos gêmeos siameses feita nesta quinta-feira (12) (Foto: Reuters/Stringer )Imagem dos gêmeos siameses feita nesta quinta-feira (12) (Foto: Reuters/Stringer )
Dois meninos siameses recém-nascidos na China são submetidos nesta quinta-feira (12) a uma consulta médica para avaliar o quadro deles.
Os irmãos estão internados no Hospital Infantil de Urumqi, na região autônoma uigur de Xinjiang, no oeste do país.Os gêmeos têm 24 dias de vida e, como compartilham o coração e um rim, a possibilidade de cirurgia é descartada.

Imagem mais antiga dos dois irmãos, feita no dia 30 de agosto (Foto: Reuters/Stringer)Imagem mais antiga dos dois irmãos, feita no dia 30 de agosto (Foto: Reuters/Stringer)





























---------------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Hospital das Clínicas se prepara para fazer transplante de múltiplos órgãos

Fonte: www.g1.globo.com

06/09/2013 08h00 - Atualizado em 06/09/2013 08h27

Hospital das Clínicas se prepara para fazer transplante de múltiplos órgãos

Cirurgia envolve substituição de estômago, intestino, pâncreas e fígado.
Transplante só foi realizado com sucesso no Brasil pelo Einstein, em 2012.


Mariana Lenharo
Do G1, em São Paulo

O cirurgião Luiz Augusto Carneiro D’Albuquerque participa do III Fórum Internacional de Transplantes do Aparelho Digestivo, que discutiu a situação do transplante multivisceral no Brasil. (Foto: Roberto Martins/Depto. GastroUSP/Divulgação)O cirurgião Luiz Augusto Carneiro D’Albuquerque preside o III Fórum Internacional de Transplantes do Aparelho Digestivo, da FMUSP, que discutiu a situação do transplante multivisceral no Brasil na última semana. (Foto: Roberto Martins/Depto. GastroUSP/Divulgação)
O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) prepara-se para realizar o primeiro transplante multivisceral do Brasil por uma instituição pública. A cirurgia, que é a mais complexa do sistema digestivo, envolve a substituição de vários órgãos de uma só vez.
De acordo com o cirurgião Luiz Augusto Carneiro D’Albuquerque, diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do HC, a instituição vem se preparando para o procedimento há dois anos. Um investimento de R$ 2,4 milhões do Ministério da Saúde permitiu que 20 profissionais fizessem treinamento no exterior.
Quatro pacientes com indicação para a cirurgia já aguardam pelo procedimento no HC. Um deles, que tem mais gravidade, deve ser operado em três ou quatro semanas, de acordo com Carneiro. “Esse rapaz tem um tumor de pâncreas grande com múltiplas metástases no fígado e no intestino. O tratamento ideal envolve a retirada de todos os órgãos do aparelho digestivo.”
O primeiro procedimento do tipo no Brasil foi feito no ano passado pelo Hospital Israelita Albert Einstein, também em parceria com o Ministério da Saúde. Atualmente, o transplante multivisceral não está previsto nos protocolos que regulamentam os transplantes no país.
Especialistas esperam que o procedimento seja incluído na revisão da portaria que regulamenta o assunto, que está sendo preparada pelo Ministério da Saúde. De acordo com a pasta, ainda está em avaliação a inclusão do procedimento multivisceral. "Atualmente existem processos de solicitação de credenciamento de três hospitais de São Paulo para realizar esse tipo de transplante: Hospital Albert Einstein, Beneficência Portuguesa e Hospital das Clínicas – USP", afirmou o ministério, em nota.
Indicações
O transplante multivisceral consiste na substituição, de uma só vez, do estômago, duodeno, intestino, pâncreas e fígado. Os órgãos são retirados em bloco, de um único doador, e transplantados para o paciente em uma única cirurgia. O procedimento tem várias indicações.

Crianças que nascem com torções no intestino devido a falhas genéticas ou defeitos congênitos podem ser candidatas ao procedimento. Assim como pacientes que se submetem a cirurgias recorrentes devido a doenças inflamatórias do intestino, como a doença de Crohn. A indicação ainda pode ocorrer por tumores com metástase ou por entupimento de veias abdominais.
Segundo Carneiro, atualmente, quem precisa do transplante não tem alternativa no Brasil. “Hoje, esses transplantes são feitos por ordem judicial em outros países. Alguns, que têm a sorte de ter bons advogados que conseguem essa decisão na justiça, vão para o exterior”, diz.
O cirurgião calcula que existam de 400 a 600 brasileiros que poderiam ser beneficiados com o procedimento. “Trazer essa tecnologia para o país é importante. Vamos poder tratar nossos pacientes e abrir mais uma possibilidade terapêutica, além de gerar experiência”, diz
Pioneiro
O Hospital Israelita Albert Einstein foi o primeiro a realizar o transplante multivisceral no Brasil, no ano passado. Segundo o cirurgião do aparelho digestivo Sérgio Paiva Meira Filho, do Einstein, a paciente foi uma mulher de 54 anos que tinha um quadro de cirrose hepática com indicação de transplante de fígado.

O fato de ela apresentar trombose venosa no abdômen fazia com que ela não pudesse receber apenas o fígado, mas todo o bloco de órgãos do sistema digestivo em conjunto.
Segundo Meira Filho, a inclusão do transplante multivisceral na portaria que regulamenta os transplantes no Brasil seria um passo importante. “Existe a demanda no Brasil, mas não existe ninguém que faça. Esses pacientes não têm acesso. Precisa ter credenciamento de equipes especializadas e hospitais especializados", afirma.
O especialista acrescenta que, nos Estados Unidos, essa cirurgia é feita com mais frequência e há mais tempo. Lá, um transplante desse tipo custa cerca de US$ 1 milhão, segundo o cirurgião.
----------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

Músico aposentado se recupera de transplante de pulmão tocando gaita

Fonte: www.g1.globo.com

06/09/2013 06h30 - Atualizado em 06/09/2013 13h16

Músico aposentado se recupera de transplante de pulmão tocando gaita


Ex-violoncelista teve melhora em exames depois de começar a praticar.
Médicos afirmam que tocar gaita pode complementar tratamento.

O paciente de transplante de pulmão Larry Rawdon, à direita, dá aulas de gaita aos pacientes de doenças pulmonares na Clínica Mayo de Jacksonville, Flórida. (Foto: Mayo Clinic/Divulgação)O paciente de transplante de pulmão Larry Rawdon, à direita, dá aulas de gaita aos pacientes de doenças pulmonares na Clínica Mayo de Jacksonville, Flórida. (Foto: Mayo Clinic/Divulgação)


O violoncelista aposentado Larry Rawdon, morador da Flórida, nos Estados Unidos, já tinha passado por um transplante de pulmão devido à fibrose pulmonar idiopática quando descobriu que a música poderia ajudá-lo na recuperação.
Assim que sua mulher soube de estudos que sugeriam que a prática de instrumentos de sopro poderia fazer parte do processo de recuperação pulmonar, presenteou o marido com duas gaitas no natal de 2007.
Depois de ganhar o presente, em 2008, Rawdon ainda teve de ser submetido a outro transplante, devido a uma rejeição. A prática do novo instrumento passou a fazer parte do processo de recuperação após a segunda cirurgia.
Os anos de experiência como músico da Broadway – ele chegou a tocar no espetáculo “Cats” – fez com que aprendesse a tocar a gaita rapidamente, apenas assistindo a vídeos de outros músicos no YouTube.
Depois de dois transplantes de pulmão, Larry Rawdon descobriu que as pontuações no exame da capacidade de seu pulmão estavam substancialmente elevadas depois que ele tocou gaita. (Foto: Mayo Clinic/Divulgação)
Larry Rawdon descobriu que as pontuações no
exame da capacidade do pulmão melhoraram
depois que ele começou a tocar gaita
(Foto: Mayo Clinic/Divulgação)
No momento em que a prática tornou-se frequente, percebeu que 10 minutos tocando gaita eram suficientes para melhorar os resultados do exame de espirômetro de incentivo, teste que mede a quantidade de ar que uma pessoa é capaz de inalar e exalar.
O médico de Rawdon, Cesar Keller, do Departametno de Serviços de Transplantes da Flórida, afirma que a técnica pode ser um bom complemento a todo o processo de recuperação de um transplante de pulmão.
“Ela combina uma terapia respiratória excelente com a diversão e produz um resultado imediato, decorrente da execução do instrumento musical”, diz o médico.
Ele passou dar aulas de gaita a outras pessoas em recuperação pulmonar que faziam parte do grupo de apoio a pacientes com transplante do coração e do pulmão de Jacksonville, da Mayo Clinic, de onde Rawdon também é paciente.
“Estou convencido de que a gaita, para os pacientes de transplante de pulmão, pode ser considerada uma parte de um equipamento legítimo de exercício respiratório”, diz o músico, segundo nota da clínica. “Além de tudo o mais que a gaita passou a representar para mim, é especialmente gratificante ouvir de outros pacientes de transplante que eles também estão se beneficiando pelo uso da gaita”, completa.
Uma grande fabricante de gaitas passou a fornecer gratuitamente o instrumento para os pacientes.  “Depois de um transplante de pulmão, o caminho para uma recuperação completa depende, em grande medida, de o receptor do órgão conseguir recuperar sua capacidade funcional”, diz Keller.
A fibrose pulmonar idiopática, enfermidade que acometeu Rawdon, é uma doença crônica que altera a capacidade de oxigenação do sangue e para a qual não há tratamentos comprovadamente eficazes a não ser o transplante de pulmão.

------------------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Casal demora 1 ano para vencer restrições legais

Fonte: www1.folha.com.br
09/09/2013 - 01h56

Casal demora 1 ano para vencer restrições legais



DE SÃO PAULO

Do namoro ao casamento de Arthur Dini Grassi Netto, 27, com Ilka Farrath Fornaziero, 35, passaram-se três anos. Um ano todo foi para que vencessem impedimentos legais.


Como ambos têm síndrome de Down, o Código Civil os restringe, por conta própria, de assinar o documento de casamento. Logo, tiveram de fazer, com apoio das famílias, uma maratona de consultas jurídicas e enfrentar negativas de cartórios.

Agora, o Estatuto da Pessoa com Deficiência explicita que deficientes intelectuais ou mentais vão passar a ter o direito ao casamento, sem restrições, inclusive aqueles interditados, sob curatela.
Fabio Braga/Folhapress
Arthur e Ilka se casaram no final do ano passado, mas, para isso, tiveram de passar por um longo período tentando convencer a Justiça de que poderiam viver como casal.
Arthur e Ilka se casaram no final do ano passado, mas, para isso, tiveram de passar por um longo período tentando convencer a Justiça de que poderiam viver como casal.

Uma vez que houver manifestação do casal, em idade legal, pelo desejo de viverem juntos, não será mais preciso ordem da Justiça ou autorização dos responsáveis para o ato.

O documento prevê ainda o direito a votar e ser votado, à saúde sexual e à reprodutiva. Apenas restrições sobre patrimônio foram mantidas.

A advogada Ana Cláudia Correa, da ONG Movimento Down, avalia que "se um juiz colocar no rol de limitações da pessoa interditada a impossibilidade de tomar uma decisão para se casar, não vai haver estatuto que garanta isso".


--------------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

Tratamento para reverter Down é testado com sucesso em roedores

Fonte: www.g1.globo.com

04/09/2013 20h14 - Atualizado em 04/09/2013 20h23

Tratamento para reverter Down é testado com sucesso em roedores

Camundongos foram modificados para ter condição similar à síndrome.
Composto garantiu crescimento normal do cerebelo e melhorou memória.

Do G1, em São Paulo
Bebê com síndrome de Down brinca com a mãe (Foto: Kirill Kudryavtsev / AFP)
Bebê com síndrome de Down brinca com a mãe
(Foto: Kirill Kudryavtsev / AFP)
Pesquisadores americanos fizeram testes de um novo tratamento em camundongos com condição similar à síndrome de Down que foi capaz de melhorar o aprendizado e a memória dos animais, além de aparentemente eliminar um efeito comum do distúrbio - o cerebelo com tamanho menor do que o normal.
Segundo a pesquisa, a aplicação de uma única dose de um composto em roedores recém-nascidos fez com que o cerebelo crescesse normalmente, conforme os camundongos ficassem adultos.
Os cientistas, no entanto, disseram ser necessária cautela quanto ao composto, que tem como principal componente uma molécula que ainda não foi testada em pessoas com Down.
Não há certeza sobre a segurança de sua aplicação em humanos, afirmam os pesquisadores.
A pesquisa foi publicada na revista "Science Translational Medicine" nesta semana.
Promessa
Os resultados positivos dos experimentos trazem uma promessa no desenvolvimento de remédios para tratar o distúrbio, que podem ou não incluir a molécula estudada.

"A maioria das pessoas com síndrome de Down tem um cerebelo que é 60% do tamanho normal", disse Roger Reeves, professor da Universidade de Medicina Johns Hopkins, de acordo com uma nota divulgada pela instituição.
"Tratamos os camundongos em condição análoga à síndrome de Down com um composto que acreditamos que pode normalizar o crescimento do cerebelo, e funcionou muito bem. O que não esperávamos eram os efeitos na memória e aprendizado, que são controlados geralmente pelo hipocampo, não pelo cerebelo", afirmou o cientista.


Geneticamente modificados

Pessoas com síndrome de Down, afirma o estudo, em geral possuem três cópias do cromossomo 21 ao invés das duas normalmente encontradas. Como resultado, estes indivíduos possuem cópias extras de mais de 300 genes contidos no cromossomo - os efeitos são problemas intelectuais, traços faciais marcantes e algumas vezes problemas cardíacos e outras consequências para a saúde.

Nos testes, a equipe da Universidade Johns Hopkins utilizou camundongos geneticamente modificados para ter cópias extras de cerca de metade dos genes do cromossomo humano 21, provocando condições similares às da síndrome de Down, como cerebelo menor e dificuldade em aprender sobre como se mover em um labirinto.
O composto foi injetado nos roedores após nascer, enquanto os cerebelos ainda estavam se desenvolvendo. "Nós fomos capazes de normalizar completamente o crescimento do cerebelo até eles atingirem a fase adulta com apenas uma dose", afirmou Reeves.
Mais pesquisas são necessárias para entender exatamente como o tratamento funciona, detalhou o cientista. Em princípio, a análise de certas células do hipocampo ligadas no aprendizado e afetadas pelo Down parecem não ter sido alteradas pela substância, afirmam cientistas.
-----------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito