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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Físico Stephen Hawking defende direito ao suicídio assistido

17/09/2013 18h44 - Atualizado em 17/09/2013 18h45

Físico Stephen Hawking defende direito ao suicídio assistido

'Quem tem uma doença terminal deve ter direito de escolher', disse.
Culpa de quem ajuda suicídio nesses casos é debatida em vários países.

Da Reuters

O físico Stephen Hawking (Foto: Bruno Fahy/AFP)O físico Stephen Hawking (Foto: Bruno Fahy/AFP)
O físico e cosmólogo britânico Stephen Hawking declarou apoio ao direito de pessoas com doença terminal optarem por cometer suicídio e receberem auxílio para isso, desde que sejam tomadas as devidas precauções.
Hawking, que se locomove em uma cadeira de rodas, foi diagnosticado com uma doença neuromotora aos 21 anos, quando lhe disseram que teria de dois a três anos de vida. Agora com 71 anos, ele é um dos cientistas de maior destaque no mundo, conhecido especialmente por seu trabalho sobre buracos negros e como autor do bestseller internacional "Uma Breve História do Tempo".
Em entrevista anterior ao lançamento nesta semana de um documentário sobre sua vida, Hawking afirmou apoiar o direito ao suicídio, mas somente caso a pessoa envolvida faça essa escolha. Ele lembrou como em certa ocasião esteve sob o auxílio de máquinas para manter-se vivo devido a uma pneumonia, e foi dada à sua mulher a opção de desligar a máquina, mas essa não era a vontade dele.
"Eu acho que aqueles que têm uma doença terminal e estão sob grande dor devem ter o direito de escolher terminar com sua vida, e aqueles que os ajudarem devem estar livres de acusação", disse Hawking à rede BBC.
"Deve haver a certeza de que a pessoa em questão genuinamente quer dar fim a sua vida e não está sendo pressionada a isso, ou que isso seja feito sem seu conhecimento e consentimento, como teria sido o meu caso".
O suicídio assistido é crime no Reino Unido e a questão sobre se deve ser descriminalizado para pessoas cuja vida seja insuportável é tema de debate em vários países. Os defensores do direito ao suicídio dizem que aqueles capazes de tomar tal decisão devem receber permissão para morrer com dignidade. Opositores dizem que flexibilizar a lei pode pôr pessoas vulneráveis em risco.
Hawking, que aparece regularmente em programas de TV, diz que sua mente ativa e senso de humor são peças-chave para sua sobrevivência. Hawking se comunica através de um sensor que conecta os músculos de suas bochechas a um sistema de voz computadorizado. Ele encoraja a todos que tenham condições especiais a se concentrarem naquilo que podem fazer.
"A física teórica é um campo em que ser deficiente não é limitador. Está tudo na mente", disse o cientista, que trabalha da Universidade de Cambridge. O documentário "Hawking", da Vertigo Films, tem lançamento marcado para 20 de setembro no Reino Unido.

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CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

Um comentário:

  1. O suicídio assistido é um assunto muito discutido atualmente, pois trata da disposição da própria vida com ajuda de um terceiro para atingir o resultado morte. É criminalizado em muito países, ainda sob o argumento de que a vida é um bem supremo e portanto impassível de disposição. Seguindo por esse caminho, não temos nada a fazer quando a vontade do indivíduo quanto ao seu término ou continuação. Agora se formos analisar sob o ângulo da autonomia privada, podemos dar as pessoas a faculdade de decidir(desde que possuam discernimento para tal fim) sobre se querem ou não viver, ou seja realizar o suicídio assistido por exemplo. A questão aqui é mais ética do que jurídica, somente após decidir se a vida é ou não um principio superior ou não podemos discutir a respeitos dos efeitos que isso implica em questão como a do suicídio assistido, eutanásia, ortotanásia entre outros, que volta e meia voltam a ser discutidos o direito.

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