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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Arthur, transexual de 13 anos: “Acham que só quero chamar atenção”

Arthur, transexual de 13 anos: “Acham que só quero chamar atenção”



Arthur, transexual de 13 anos: “Acham que só quero chamar atenção”

 

Mesmo enfrentando preconceito e incompreensão fora de casa, o adolescente teve apoio total da família para assumir gênero oposto ao de nascimento


"Mãe, tirei zero na prova de História porque escrevi o meu nome social e não o de registro. A professora disse que eu tinha rasurado". Em seu primeiro contato com a reportagem do iGay, o menino Arthur Fernandes Alves já chega contando o problema pelo qual passou na escola. A situação exemplifica o tipo de percalço enfrentado por um menino transexual de 13 anos de idade, que vive em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.

Apesar de incomodar, um problema como esse não abate Arthur. Com seus cabelos azuis e camisa preta de banda, ele é um adolescente como muitos outros, cheio de paixões e aspirações. Além dos HQs de mangás orientais, o jovem se diverte ouvindo bandas como Green Day e My Chemical Romance.

Cabeleireiro e tatuador são as profissões que Arthur pensa seguir quando for adulto. Cursando o oitavo ano do ensino fundamental, ele aprendeu inglês e japonês estudando por conta própria em casa.

Nascido menina, Arthur se percebeu diferente já aos quatro anos de idade. "Sempre gostei de andar com os meninos, o melhor presente que ganhei na minha vida foi uma pista de carrinhos", revela o adolescente, que teve a sorte de vir ao mundo num ambiente livre de preconceitos. A mãe, Juliana da Silva Fernandes, é uma bióloga de 36 anos. Psicólogo de formação, o pai, Fabrício Alves, tem 37 e trabalha como bancário.

"Nós víamos que ele não gostava de boneca, de coisas cor-de-rosa. Aí eu dizia para quem quisesse dar presente que desse roupa para ele”, conta Juliana. No entanto, o apoio dos pais não evitou que Arthur enfrentasse o preconceito quando tinha sete anos. Na época, ele cortou os cabelos bem curtos e passou a sofrer agressões repetidas de uma colega de escola. "Ela me batia e falava que menina tinha que gostar de rosa e ter cabelo comprido", relata o adolescente, sem disfarçar a tristeza.

Juliana lembra que este momento marcou o início de uma fase de isolamento do filho. "A partir daí, ele foi ficando introspectivo. Com doze anos, já não falava com ninguém. Começou a se cortar nos braços e falava que tinha um grande segredo", narra a mãe, que decidiu então, juntamente com o marido, procurar ajuda de um psicólogo.

CONVERSA DEFINITIVA

Mesmo com acompanhamento psicológico, Arthur não conseguiu se abrir e revelar o que o afligia. Juliana viu que era o caso de ter uma conversa definitiva com o filho. "Foi mais de uma hora conversando. Quando ele me falou que o segredo era a identidade de gênero, fiquei aliviada. Eu tinha medo que fosse algo ruim, que ele tivesse sido abusado sexualmente", explica ela, que àquela altura já tinha procurado a ajuda de três profissionais diferentes. “Nenhum deles explicava nada, falavam que era fruto da separação temporária que eu e o pai do Arthur tivemos. Mas a gente sabia que não era.”

Arthur, transexual de 13 anos: “Acham que só quero chamar atenção”

O alívio proporcionado pela conversa foi tamanho que o adolescente saiu do quarto sem o nome feminino com o qual foi batizado. Inspirado no vocalista do My Chemical Romance,Gerard Arthur Way, ele escolheu ser chamado de Arthur.
Assumindo a identidade masculina, Arthur mudou o guarda-roupa, adotou camisetas de banda como seu uniforme e passou a usar uma faixa elástica para esconder os seios. "Minhas amigas usam dois sutiãs para ter peitos e eu um colete e duas camisetas para não ter", ironiza o adolescente, que mudou também de nome nas redes sociais.

“Foi tudo muito tranquilo, os irmãos dele me corrigiam no começo porque eu continuava chamando pelo nome antigo sem querer”, admite Juliana, que divide a compreensão serena da transexualidade de Arthur com o marido. “Ele é meu filho e vai ser sempre amado, não tem porque não ser assim”, afirma Fabrício.

O pai se incomoda apenas com a incompreensão de muitas pessoas com assunto. “Queremos valer o que é de direito do Arthur. Alguns funcionários e professores se recusam a chamar o Arthur pelo nome, mesmo com a lei que os obriga, então queremos tentar fazer a alteração do nome nos documentos”, argumenta Fabrício, referindo-se à lei estadual paulista 10.948/01, que pune atos de homofobia e obriga estabelecimentos e instituições a respeitar o nome social dos transexuais.

FALTA INFORMAÇÃO E PREPARO

Fabricio, Juliana e Arthur percebem a falta de conhecimento como fator desencadeador do preconceito. “Só encontramos informações muito fragmentadas em blogs, sites e poucos livros. E o que há disponível não fala sobre os transgêneros nesta idade”, reclama a mãe.

O pai vai além e aponta o despreparo do Sistema Único de Saúde para lidar com a questão. “O SUS em tese cobre a cirurgia de adequação de gênero, mas os postos de saúde não têm ideia do que se trata. Os programas de atendimento ficam concentrados em São Paulo.”

Arthur, transexual de 13 anos: “Acham que só quero chamar atenção”

“Eu sei que é difícil para todos os transexuais. Mas para mim, às vezes, parece pior. Porque ninguém me leva a sério, acham que só quero chamar atenção”, desabafa Arthur, que sente o preconceito em atos prosaicos como a ida ao banheiro da escola. O adolescente usa o toalete dos professores, por não se sentir confortável em usar o dos meninos.

“Apesar de mais aberta ao debate, a escola tem algumas limitações. A diretora é ótima, muitos professores respeitam. Mas tivemos que abrir algumas concessões, como a questão do banheiro, mas vamos resolver”, pondera Juliana. Arthur faz questão de ressaltar, no entanto, que recebe muito apoio dos colegas.

“Sempre que um professor me trata de maneira errada, meus amigos corrigem. Meu namorado também não tem problemas com a questão. Sei que tenho muita sorte pela minha família que me aceita”, constata Arthur, exibindo uma maturidade pouco comum a meninos de sua idade.

O namorado de Arthur tem o carinho de toda a família. “Ele é um amor, não tenho do que reclamar. Infelizmente, temos tido alguns problemas com a família dele, mas nem todo mundo lida bem. Com o Arthur, a gente sabe que tem um preconceito duplo, porque além de transexual, ele é gay”, se resigna a mãe.

Vem da bisavó do jovem de cabelos azuis o argumento para desfazer a incompreensão com o diferente. “Minha avó de 85 anos, que é bisa do Arthur, disse uma única coisa sobre o assunto: ‘Menino ou menina, o amor é o mesmo’”, relata Juliana. Quem passa algum tempo com a família Fernandes Alves não tem dúvida disso.



Fonte: iGay




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Nascituro tem personalidade jurídica, decide STJ português

Notícias

abril
2014
INÍCIO DA VIDA

Nascituro tem personalidade jurídica, decide STJ português



“O nascituro é um ser humano vivo com toda a dignidade que é própria à pessoa humana. Não é uma coisa. Não é uma víscera da mãe.” A afirmação é do estudioso Pedro Pais de Vasconcelos, professor na Faculdade de Direito de Lisboa, e foi usada como fundamento pelo Supremo Tribunal de Justiça de Portugal para decidir que um bebê tem direito de receber indenização por danos morais porque seu pai morreu antes dele nascer.
No julgamento, o STJ reconheceu em Portugal que, desde o momento da concepção até a morte, existe vida com personalidade jurídica, que deve ser protegida pelo Estado. Pelo entendimento consolidado, não cabe à lei nenhuma retirar qualquer direito de um nascituro.
O processo julgado trata do drama vivido por uma família: pai, mãe grávida e um filho de um ano e meio. O pai se envolveu em um acidente de trânsito e morreu. Era ele que sustentava toda a família, já que a mulher não trabalhava e ficava em casa para cuidar do filho. Dezoito dias depois da morte, nasceu a filha do casal.
Diante da situação, a mulher recorreu à Justiça pedindo indenização por danos materiais e morais para ela e para os filhos. Os danos materiais foram reconhecidos para os três, mas o direito de reparação por danos morais foi negado à filha, que ainda não tinha nascido no momento do acidente. O argumento usado pela segunda instância foi o de que, pelo Código Civil português, uma pessoa só adquire personalidade jurídica a partir do nascimento. Antes disso, não.
A discussão girou em torno da interpretação do artigo 66 do Código Civil de Portugal. O dispositivo estabelece: “A personalidade adquire-se no momento do nascimento completo e com vida. Os direitos que a lei reconhece aos nascituros dependem do seu nascimento”. Para o tribunal de segunda instância, o artigo deixa claro que o nascituro não tem personalidade jurídica e não pode, por isso, ter a sua dignidade ofendida.
Os juízes do STJ, no entanto, entenderam de maneira diferente. Eles foram buscar na doutrina do Direito Civil uma interpretação menos literal ao dispositivo. Concluíram que a partir do momento da concepção, já existe um ser humano dotado de personalidade jurídica. Não cabe à lei retirar esse direito.
Direito em potencial
Assim, o que o artigo 66 do Código Civil estabelece é o momento que começa a capacidade jurídica, e não a personalidade. Isso significa que, enquanto ainda está no útero, o feto tem direito em potencial, que vai se consumar no momento em que nascer com vida. A partir daí, pode buscar reparação por danos vividos enquanto ainda estava no útero da mãe.

Por esse entendimento, um bebê pode pedir indenização se for prejudicado por algo que a mãe fez durante a gestação. Por exemplo, se a gestante consome álcool e isso gera problemas ao feto, depois do nascimento, ele tem o direito de ser reparado pelo dano sofrido. O assunto está sendo analisado pela Justiça da Inglaterra também, que vai decidir se mulheres que fumam ou ingerem álcool durante a gravidez podem ser condenadas criminalmente (clique aqui para ler mais).
“O nascituro não é uma simples massa orgânica, uma parte do organismo da mãe ou, na clássica expressão latina, uma portio viscerum matris, mas um ser humano (ente humano) e, por isso, já com a dignidade da pessoa humana, independentemente de as ordens jurídicas de cada Estado lhe reconhecerem ou não personificação jurídica e da amplitude com que o conceito legal de personalidade jurídica possa ser perspectivado”, diz trecho da decisão do STJ português.
O tribunal citou doutrinadores que afirmam que o nascimento é apenas mais um marco na vida de uma pessoa, e não o seu início. Por essa teoria, a vida começa na concepção. O nascimento significa apenas que o feto vai passar a se relacionar com outras pessoas, além da sua mãe, e continuar progredindo para se tornar, de fato, um ser humano independente.
Ao decidir, a corte ainda considerou que seria discriminação negar indenização para a filha que não tinha nascido quando o pai morreu, mas garantir ao outro filho. A Constituição de Portugal garante a igualdade entre todos os filhos de um casal.
Clique aqui para ler a decisão.

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'Olho biônico' devolve visão parcial a portadores de doença degenerativa

23/04/2014 18h07 - Atualizado em 23/04/2014 18h07

'Olho biônico' devolve visão parcial a portadores de doença degenerativa

Câmera ligada a células da retina permite que pacientes enxerguem.
Retinite pigmentosa faz perder a visão progressivamente.

Da AP
Roger Pontz testa o 'olho biônico' em clínica no Kellogg Eye Center (Foto: AP)Roger Pontz testa o 'olho biônico' em clínica no Kellogg Eye Center (Foto: AP)
Roger Pontz lentamente perdeu a visão devido a uma doença degenerativa do olho. Depois que ele foi diagnosticado com retinite pigmentosa como adolescente, Pontz ficou quase completamente cego.
Agora, graças a um procedimento de alta tecnologia que envolve a implantação cirúrgica de um “olho biônico",  ele se recuperou o suficiente para ver com limitações sua esposa, neto e gato de estimação.
Equipamento estimula células da retina que ainda funcionam (Foto: AP)
Equipamento estimula células da retina que ainda
funcionam (Foto: AP)
"É maravilhoso . É emocionante ver algo novo a cada dia", disse Pontz durante uma entrevista recente no Kellogg Eye Center da Universidade de Michigan. Este centro médico na cidade de Ann Arbor, foi palco das únicas quatro cirurgias deste tipo aprovadas pela Administração para Drogas e Alimentos (FDA).
Retinite pigmentosa é uma doença hereditária que provoca queda lenta e progressiva da visão devido a uma perda progressiva das células sensíveis à luz chamadas bastonetes e cones, que ficam na retina .
Os pacientes têm perda da visão periférica , deixam de enxergar à noite e , em seguida, perdem a chamada visão de túnel , deixando-os  quase cegos.
Nos Estados Unidos , nem todas as cerca de 100 mil pessoas que têm retinite pigmentosa podem se beneficiar de um olho biônico. Segundo estimativas, cerca de 10.000 pessoas têm uma visão muito limitada, disse o Dr. Brian Mech, executivo do fabricante do equipamento, a Second Sight Medical Products Inc. , localizada em Sylmar , na Califórnia. Deste número, 7.500 são candidatos a cirurgia.
O implante artificial no olho esquerdo de Pontz é parte de um sistema que inclui uma câmera de vídeo e um pequeno transmissor alojado em um par de óculos. As imagens da câmera são convertidas em impulsos elétricos transmitidos sem fios a uma rede de eletrodos colocados na superfície da retina.
Os impulsos estimulam as células saudáveis restantes na retina e transmitem o sinal para o nervo ótico. A informação visual , em seguida, viaja para o cérebro, onde é decodificada em padrões de luz que podem ser reconhecidos e interpretados, permitindo ao paciente recuperar alguma função visual.
Ao usar os óculos, que Pontz descreve como seus "olhos", ele pode identificar seu gato ou reconhecer que um flash de luz é o seu neto que vai rapidamente para a cozinha. Pontz diz que o olho biônico "mudou sua vida". “Posso andar pela casa com facilidade. Se isso é tudo que posso conseguir, é fabuloso. "



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quinta-feira, 24 de abril de 2014

Casal de lésbicas consegue registrar no hospital, filho em nome das duas

21/04/2014:

Casal de lésbicas obteve em Goiânia sentença que obriga o hospital no qual uma delas dará à luz nos próximos dias a emitir a Declaração de Nascido Vivo da criança em nome das duas: Thaise Prudente, a mãe gestacional, e Michelle Almeida, que doou o óvulo.

A juíza que analisou o caso determinou também que o cartório emita a certidão de nascimento com o nome das duas e também dos respectivos avós maternos. A decisão é considerada um avanço, já que desta vez a declaração com o nome das duas mães será dada no hospital. Até então, o documento trazia só o nome da que gerava o bebê.

E o casal era obrigado a recorrer ao Judiciário para incluir o nome da outra mãe na certidão de nascimento emitida em cartório. A OAB informou que a decisão será encaminhada ao Conselho Nacional de Justiça para que o registro com duas mães ou dois pais seja objeto de resolução, como ocorreu com o casamento gay.

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Após 6 anos morando em hospital do RS, menino irá para casa pela 1ª vez

16/04/2014 06h00 - Atualizado em 16/04/2014 09h18

Após 6 anos morando em hospital do RS, menino irá para casa pela 1ª vez

Roger Inácio Dutra da Silva, de 6 anos, é portador de Síndrome de Down.
Menino vivia com a mãe em ala pediátrica de instituição de Porto Alegre.

Rafaella Fraga
Do G1 RS



Roger completa 7 anos no próximo dia 20 de julho (Foto: Arquivo pessoal)Roger vai festejar o aniversário de 7 anos no próximo dia 20 de julho em casa (Foto: Arquivo pessoal)
Após seis anos vivendo em hospitais de Porto Alegre, o menino Roger Inácio Dutra da Silva, de 6 anos, finalmente vai para casa. O garotinho, que é portador de Síndrome de Down, sofreu uma séria complicação intestinal no primeiro ano de vida. O problema o levou a uma cirurgia em que teve parte do intestino removido. Após anos de luta pela sobrevivência ao lado da mãe e de uma equipe de médicos, ele terá alta nos próximos dias.
Em função da retirada de parte do intestino, Roger ficou dependente de nutrição parenteral (dieta pela veia) e por isso nunca tinha tido a chance de conviver com a família em casa em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. No primeiro ano de vida e após a cirurgia, ficou internado no Hospital da Ulbra. Há cinco anos, a mãe Eva Flores Dutra, 46 anos, vive entre os corredores e a ala pediátrica do Hospital São Lucas da PUCRS.


Do lado de fora do hospital, ela recebe o apoio do marido Sílvio Dias da Silva, 49 anos, e da filha Carolina Dutra Machado, 19 anos. A família já tem uma nova casa para morar. “Seremos vizinhas [mãe e filha]. Ela alugou uma casa para mim, meu marido e o Roger, bem perto de onde ela mora. Para falar a verdade, nem conheço a casa ainda. Mas estou muito feliz”, afirma Eva.

“Na verdade, estou um pouco preocupada, porque moro aqui com ele há muito tempo. Mas ele está super bem, e ele tem que viver. Eu estou superando meus medos agora. Espero que tudo dê certo”, disse a artesã ao G1. Sua fonte de renda são objetos de artesanato e crochê. “Dá pra tirar um dinheirinho por mês. Mas a minha freguesia é toda aqui do hospital, então terei que continuar trabalhando para pagar o aluguel da nova casa”, relata a mãe.
Roger terá alta do hospital após a Páscoa (Foto: Arquivo pessoal)
Roger terá alta do hospital em Porto Alegre após
a Páscoa (Foto: Arquivo pessoal)
Campanha na internet ajuda família
Há 20 dias, os médicos liberaram Roger da alimentação que recebia direto na veia. Agora ele se alimenta por meio de uma sonda. “Da parte de saúde ele está bem, progredindo muito. Ele nunca esteve assim na vida”, avalia a médica pediatra Ana Paula Vaz, que há anos acompanha a rotina de mãe e filho. “Conheço o Roger e a dona Eva desde que eu era acadêmica. Acompanhei muita coisa que ele passou, desde que já esteve muito mal na UTI e tudo. Eles são como parte da família”, comenta Ana Paula.

Para ajudar a mobiliar a nova casa da família, uma campanha iniciada entre os médicos ganhou as redes sociais. A corrente de solidariedade tem arrecadado todos os tipos de utensílios domésticos para o novo lar. “Estamos recebendo de tudo. Móveis, eletrodomésticos como geladeira e fogão. Tudo para que eles possam montar a nova casinha deles. Mas ainda faltam alguns itens até simples, como material de limpeza”, explica a médica.
Assim, Roger vai festejar o aniversário de 7 anos no próximo dia 20 de julho pela primeira vez em casa. As doações podem ser feitas diretamente no Hospital da PUCRS (Av. Ipiranga, 6690), no Serviço de Pediatria, localizado no 5º andar do prédio. Para objetos de maior volume como móveis e eletrodomésticos, os interessados podem entrar em contato para combinar uma data para entrega. Informações podem ser obtidas no telefone (51) 3320-3000, ramal 2270.








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Médicos dos EUA implantam vagina construída em laboratório

Médicos dos EUA implantam vagina construída em laboratório

Atualizado em  11 de abril, 2014 - 11:54 (Brasília) 14:54 GMT
Foto: Wake Forest Institute for Regenerative Medicine
Exames da região pélvica das pacientes foram usados para criar um molde em formato de tubo, em 3D
Um grupo de médicos americanos conseguiu implantar vaginas criadas em laboratório em quatro mulheres.
Os médicos do Centro Médico do Hospital Wake Forest, no Estado americano da Carolina do Norte, usaram uma tecnologia pioneira retirando amostras de tecido das mulheres e construindo em laboratório a parte implantada a partir de um molde biodegradável.

Os especialistas afirmam que o estudo, publicado na revista especializada Lancet, é a última amostra dos avanços em medicina regenerativa.Depois do implante, as pacientes relataram níveis normais de "desejo, excitação, lubrificação, orgasmo e satisfação", além de não terem relatado dor durante a relação.

O tecido artificial foi implantando em pacientes que sofriam de má formação dos órgãos genitais. A formação incompleta se dá, geralmente, ainda durante a gestação, o que pode acarretar outros problemas na vida adulta dessas mulheres, como anormalidades em órgãos reprodutivos. Duas das pacientes, por exemplo, tinham as vaginas conectadas ao útero.
Agora, depois do implante, elas relatam vida sexual normal. Ainda não ocorreram casos de gravidez, mas em teoria isto é possível.

Tratamentos atuais e inovação

Os tratamentos usados atualmente para este tipo de problemas podem envolver cirurgias complicadas para a criação de uma cavidade que é revestida com partes do intestino ou enxertos de pele.
O novo tratamento foi iniciado pelos médicos do Hospital Wake Forest quando as pacientes ainda estavam na adolescência.
O primeiro implante ocorreu há oito anos.
Foto: Wake Forest Institute for Regenerative Medicine
Cientistas revestiram o molde biodegradável com células
A região pélvica das jovens foi escaneada e as imagens foram usadas para criar um molde em 3D para cada paciente.
Uma pequena amostra de tecido retirada da vulva de cada uma, que não tinha se desenvolvido normalmente, foi então cultivada para a criação de novas células em laboratório.
Células musculares foram implantadas do lado de fora do molde e células da parte interna da vagina na parte de dentro. Os moldes com as células foram mantidos em um reator biológico para alcançar o tamanho desejado e, depois, implantados cirurgicamente em cada uma das pacientes.
Uma das pacientes, que deu entrevista sem revelar o nome, afirmou que se sente "muito feliz, pois agora tenho uma vida normal, completamente normal".
"Realmente, pela primeira vez criamos um órgão inteiro que nunca esteve lá, foi um desafio", disse à BBC Anthony Atala, diretor do Instituto de Medicina Regenerativa do Wake Forest.
O médico afirmou que ter uma vagina normal era "algo muito importante" para as vidas das pacientes e testemunhar a diferença que o tratamento fez "foi muito gratificante".
Enquanto os médicos americanos relatavam o sucesso do implante de vaginas criadas em laboratórios, pesquisadores da Universidade de Basel, na Suíça, usaram uma técnica parecida para reconstruir o nariz em vários pacientes que sofriam de câncer de pele.
O implante poderá substituir as cartilagens retiradas das costelas ou das orelhas para reconstruir o dano causado ao tecido depois da retirada de um câncer.
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quarta-feira, 23 de abril de 2014

Médicos reconstroem rosto usando implantes feitos em impressora 3D

13/03/2014 05h55 - Atualizado em 13/03/2014 10h00

Médicos reconstroem rosto usando implantes feitos em impressora 3D


Técnica pioneira permite criar partes na sala de operação e com a precisão necessária.

Da BBC

Stephen Power, 29 anos, ficou com rosto desfigurado após acidente com motocicleta. A cirurgia de reconstrução da face contou com implantes feitos em impressoras 3D (Foto: Reprodução/BBC)Stephen Power, 29 anos, ficou com rosto desfigurado após acidente com motocicleta. A cirurgia de reconstrução da face contou com implantes feitos em impressoras 3D (Foto: Reprodução/BBC)
O galês Stephen Power, de 29 anos, acaba de ter seu rosto reconstruído através do uso de uma técnica pioneira. Os implantes e placas usados foram feitos com impressoras 3D.
O procedimento gera resultados melhores porque o uso de peças com essa tecnologia instantânea permite fazer uma reconstrução facial mais precisa.
Agora, os médicos esperam que a técnica seja usada mais amplamente para que seus custos possam cair.
Modelo de implante feito em impressora 3D. Técnica pode revolucionar a medicina (Foto: Reprodução/BBC)Modelo de implante feito em impressora 3D. Técnica pode revolucionar a medicina (Foto: Reprodução/BBC)






















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Médicos trocam crânio de mulher por prótese de plástico impressa em 3D

28/03/2014 08h40 - Atualizado em 28/03/2014 08h43

Médicos trocam crânio de mulher por prótese de plástico impressa em 3D

Paciente tinha doença rara que fazia crânio ficar com 5 cm de espessura.
Cirurgia foi feita no Centro Médico Universitário de Utrecht, na Holanda.

Do G1, em São Paulo












Hospital desenvolveu prótese em impressora em três dimensões para substituir a parte superior do crânio de uma mulher de 22 anos (Foto: Reprodução/YouTube/UMC Utrecht)Hospital desenvolveu prótese em impressora em três dimensões para substituir a parte superior do crânio de uma mulher de 22 anos (Foto: Reprodução/YouTube/UMC Utrecht)

A cirurgia foi realizada no Centro Médico Universitário de Utrecht, na Holanda, e durou 23 horas. Próteses criadas em impressoras 3D já haviam sido usadas para substituir pares do crânio, mas esta é a primeira vez que quase toda a caixa craniana é substituída em um paciente.
Um hospital holandês obteve com sucesso a primeira cirurgia de troca da parte superior do crânio de uma paciente por uma prótese plástica criada em impressão 3D. A mulher de 22 anos sofria de uma doença rara que engrossava o crânio de forma anormal. No caso dela, o crânio tinha 5 centímetros de espessura, quando o normal seria 1,5 centímetro.
Prótese foi implantada na cabeça de mulher de 22 anos (Foto: Reprodução/YouTube/UMC Utrecht)
Prótese foi implantada na cabeça de mulher de
22 anos (Foto: Reprodução/YouTube/UMC Utrecht)
O procedimento gera resultados melhores porque o uso de peças com essa tecnologia instantânea permite fazer uma reconstrução mais precisa.
"Usando a impressão 3D, podemos fazer um para o tamanho exato”, explico o médico Bon Verweij, que comandou a cirurgia, em entrevista ao jornal Dutch News. “Isto não só tem grandes vantagens estéticas, mas a função do cérebro dos pacientes muitas vezes se recupera melhor do que usar."
A cirurgia foi realizada há três meses, mas o hospital anunciou o procedimento nesta sexta-feira (26) depois de se certificar que a mulher se recuperou completamente. "Ela já voltou ao trabalho e é impossível perceber que ela foi operada", afirmou.
Mulher tinha doença rara que deixava o crânio com 5 cm de espessura (o normal é 1,5 cm) (Foto: Reprodução/YouTube/UMC Utrecht)Mulher tinha doença rara que deixava o crânio com 5 cm de espessura (o normal é 1,5 cm) (Foto: Reprodução/YouTube/UMC Utrecht)

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Comissão de biossegurança aprova mosquito da dengue transgênico

11/04/2014 08h07 - Atualizado em 11/04/2014 12h31

Comissão de biossegurança aprova mosquito da dengue transgênico

Mosquito modificado geneticamente impede desenvolvimento de larva.
Para que possa ser usado, ainda falta autorização da Anvisa.

Do G1, em São Paulo
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou nesta quinta-feira (10) a liberação comercial de um mosquito transgênico criado para controlar a população do Aedes aegypti selvagem, que transmite a dengue.
O mosquito ainda não estará no mercado imediatamente. Segundo nota do da CTNBio, um parecer será publicado no Diário Oficial da União e, a partir daí, órgãos de registro e fiscalização terão 30 dias para se manifestar.
Após esse período, caberá à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitir autorizações e registros para o uso em campanhas de saúde pública. Segundo o órgão, ligado ao Ministério da Ciência, é o primeiro inseto geneticamente modificado a obter licença no Brasil.

Os integrantes do órgão aprovaram por 16 votos a 1 a produção da linhagem OX513A, desenvolvida pela empresa britânica Oxitec, que já realiza ensaios no país desde 2011, na cidade de Jacobina (BA). Os testes são aplicados pela Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a organização social Moscamed.

A tecnologia consiste em produzir em laboratório mosquitos machos com dois genes diferentes doAedes aegypti original. Fêmeas que vivem na natureza e cruzam com esses espécimes modificados geram filhotes que não conseguem chegar à fase adulta.

Além disso, as crias do OX513A herdam ainda um marcador que os torna visíveis sob uma luz específica, o que, segundo a Oxitec, facilita o monitoramento e assegura o controle dos insetos.
 

Testes feitos na Bahia
Os experimentos consistiram em liberar os insetos transgênicos em comunidades de Jacobina (BA). De acordo com a Moscamed, em ao menos dois bairros houve redução de 81% e 100% no registro de casos de dengue. Após os testes, a Oxitec protocolou a solicitação de liberação comercial na CTNBio.

A empresa abriu uma biofábrica com capacidade de produzir 500 mil mosquitos transgênicos por semana.
Além da liberação comercial, a comissão definiu também a necessidade de monitorar a população do mosquito Aedes albopictus, outro vetor do vírus da dengue, devido ao risco de a espécie ocupar o nicho ecológico deixado pela supressão do Aedes aegypti original.
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Infográfico Dengue (Foto: Arte/G1)




























































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