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quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

'Por que decidi ficar sem peitos': mulher que teve câncer opta por mastectomia dupla sem reconstrução

08/11/2016 09h47 - Atualizado em 08/11/2016 09h47

'Por que decidi ficar sem peitos': mulher que teve câncer opta por mastectomia dupla sem reconstrução

Imagens de mulheres que retiraram ambos os seios ficam mais comuns; americana Rebecca Pine relata que tentou cirurgia plástica mas não se acostumou com ‘objeto estranho’ em seu corpo.


Rebecca Pine retirou um seio por causa de um câncer de mama (Foto: BBC Brasil)Rebecca Pine retirou um seio por causa de um câncer de mama (Foto: BBC Brasil)
A americana Rebecca Pine retirou um seio por causa de um câncer de mama, colocou um implante no lugar e foi aconselhada pelo médico a retirar o outro seio de forma preventiva.
Pine foi um dos destaques de uma reportagem recente do jornal americano The New York Times sobre mulheres que optaram pela mastectomia dupla sem reconstrução do seio.
Em depoimento à BBC, ela relata que nunca se sentiu à vontade com o seio artificial.
“Não parecia meu seio, era algo estranho em meu corpo”, relata.
Assim, ela decidiu retirar o implante na mesma ocasião em que fez a outra mastectomia.
“É muita coisa colocar seu corpo nesta situação e não é como se fossemos ganhar nossos seios de volta.”
“Na maioria dos casos eles não parecem como nossos seios. E não os sentimos como nossos seios, os nervos foram cortados”, explicou Pine ao 'New York Times'.
A americana diz que está ficando mais comum ver imagens de mulheres que optaram pela mastectomia total.
Uma das principais razões é que a recuperação seria mais rápida e as chances de complicações menores em comparação com mulheres que fizeram a mastectomia dupla com reconstrução.
Além disso, com a proliferação de vários grupos sobre o assunto nas redes sociais, há bem mais mulheres que optaram por não fazer a cirurgia plástica de reconstrução compartilhando suas experiências.
Rebecca Pine retirou um seio por causa de um câncer de mama (Foto: BBC Brasil)Rebecca Pine relata que nunca se sentiu à vontade com o seio artifical (Foto: BBC Brasil)




























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Cambodia bans commercial surrogacy



Cambodia has become the latest South East Asian nation to ban commercial surrogacy, with the country’s government issuing a proclamation late last month outlawing the practice.
The Cambodian health ministry distributed a letter this week to about 50 surrogacy providers and brokers operating in Phnom Penh, informing them of the new ban and asking all medical professionals to comply with the injunction.
"Surrogacy, one of a set of services to have a baby by assisted reproductive technology, is completely banned," the letter said.
The ministry said commercial sperm donation is also banned and clinics and specialist doctors providing in-vitro fertilisation services will require ministry permission to operate.
The government did not specify what, if any, penalties would be incurred for violating the ban.
Sam Everingham, global director of the consultancy Families Through Surrogacy, slammed the "abrupt" ban and said it would likely trigger panic among expectant parents and surrogates now facing an uncertain future. "This sudden change does no favours to surrogates or children given the lack of information and lack of clarity," he told AFP.
The Cambodian ban will likely increase surrogacy costs globally, driving foreigners to countries like Ukraine, Georgia, Greece, Canada and the US which have protective laws in place. However surrogacy costs in the US can be as high as $200,000 while agencies charge far less in developing countries like Cambodia.


























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Quebec euthanasia deaths soar to three times expected figure

Phil Carpenter / Montreal Gazette     
Almost three times the number forecast have died through euthanasia or assisted suicide in Quebec, according to the province’s first official statistics.  Since the law came into effect on December 10, 262 had died; by the end of 12 months, the figure will rise to about 300.
Health Minister Gaétan Barrette told the Quebec Assembly that he was surprised. “I mentioned many times that I was expecting about 100,” Barrette said during a news conference. “It’s almost three times that. Actually, on a one-year period, it will be over 300 … that in itself is surprising to me.”
The report says that 87 people requested euthanasia but it was not administered: 36 of them did not meet the criteria set out in Quebec’s law, 24 people changed their minds, 21 died first, one postponed it, and five requests are still being processed.
On a per capita basis, more died in Quebec (45) than Montreal (54), whose population is three times as big.
“It’s normal to see differences between cities,” Barrette explained. “In Quebec City, there’s some form of homogeneity about the general population — it’s French speaking, Catholic and we know that in Quebec, that group has a different relationship with the religious principles … when we look at the social fabric of Montreal, ethnic communities are more numerous proportionally and often more religious.”
The system is operating “very, very. very well”, with all safeguards firmly in place, according to the Minister. However, about 8% of the deaths were, technically speaking, illegal. In 21 cases, not all of the legal requirements were observed. According to the Globe and Mail:
The vast majority of those – 18 – involved questions about the independence of the second doctor who is required to sign off on the assisted death. Mr. Barrette said the problem often arises in smaller communities where doctors know one another.
Of the remaining three cases, two were instances in which assisted death was administered without proving the patient was at the end of life. In one case, it wasn’t proven that the patient was facing a serious and incurable illness, as required under the law.
Nonetheless, Mr Barrette declared that “I think the public can continue to have confidence in the process, which is being done properly.”


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Canadian reproductive rights pioneer in disgrace over IVF mix-up


Dr Norman Barwin after a disciplinary hearing in 2013   

An Ottawa fertility specialist secretly used his own sperm to impregnate clients in the late 1980s, a lawsuit alleges. Two families claim that Dr Norman Barwin, who used to run the Broadview Fertility Clinic, negligently inseminated his patients with the wrong sperm, and it may have been his own. Since a law firm announced that it was commencing a class action, dozens of other couples have contacted it about their children.
Dr Barwin is not an obscure rural physician. He is a past president of the Canadian Fertility Society, a past president of the Planned Parenthood Federation of Canada and the founder of Canadians for Choice. He was given the Order of Canada in 1997 for making  “profound impact on both the biological and psycho-social aspects of women’s reproductive health.” He was a strong advocate for sex education, abortion rights and IVF for lesbians and single women.
His reputation took a nose dive in 2013 after he admitted that he mixed up the sperm of other clients. His registration to practice medicine was suspended for two months and he resigned from the Order of Canada.
However, Dr Barwin has never admitted that he used his own sperm to help his patients have children. The father of one of the families initiating the class action, Dan Dixon, told freelance documentary maker Alison Motluk that he had spent years swatting away comments that his daughter did not look like him. Only when his daughter Rebecca was in her 20s did they discover that she was not his biological daughter. Mr Dixon and his wife Davina are very angry.
"It's everyone's worst nightmare to hear that something like this could happen," said Mark Evans, executive director of the Canadian Fertility and Andrology Society, which represents about 150 clinics. However, he insisted that the Barwin case was exceptional. "This is an anomaly. It's not something that happens," he told CBC.  




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A última liberdade


COLUNA
A última liberdade

Dignidade humana deve ser preservada. Do direito à vida não decorre o dever de viver a qualquer preço

O reverendo Desmond Tutu, arcebispo emérito da Cidade do Cabo, Prêmio Nobel da Paz, braço direito de Mandela na luta contra o apartheid na África do Sul, é um ícone mundial da defesa de direitos humanos. Recentemente, Tutu chamou sua filha para conversar sobre um assunto delicado, o fim de sua vida. Anunciou que gostaria, ele mesmo, de escolher quando sua vida se encerraria e em que condições, recusando o prolongamento artificial das funções vitais.
Fez, então, por escrito, a defesa do direito à morte com dignidade, contrariando aqueles médicos que acreditam ser o seu dever prolongar a vida do paciente em quaisquer circunstâncias. “Tive o privilégio de dedicar minha vida à defesa da dignidade dos que estão vivos. Agora quero dedicar minhas energias à luta pela dignidade dos que estão morrendo”. E concluiu afirmando que reivindica para si o direito à morte assistida.
Dois anos antes, o suíço Hans Küng, um dos mais eminentes teólogos católicos, publicara um livro intitulado “Morte feliz”, em que declarava que, chegado o momento, não abrirá mão do direito de decidir serenamente, sob sua inteira responsabilidade, sobre a hora e o modo de sua morte, uma decorrência do princípio do livre-arbítrio. A morte faz parte da vida e, nesse momento extremo, mais do que nunca a liberdade e a dignidade humana devem ser preservadas. Do direito à vida não decorre o dever de viver a qualquer preço.
Hans Küng é membro de uma associação suíça sugestivamente chamada Exit, que ajuda as pessoas que sofrem de uma doença incurável, expostas à degradação física e mental, dolorosa ou incapacitante, a morrer como desejam. Para ele, assim como se ajuda alguém a viver, ajudá-lo a morrer, quando é este o seu desejo, é o ponto extremo da compaixão. O que não se choca com suas convicções religiosas, uma vez que ele se recusa a imputar ao Deus em quem acredita a criação de um inferno em vida.
Desmond Tutu e Hans Küng, dois homens profundamente religiosos, fundamentam suas escolhas no respeito à dignidade humana e na afirmação da liberdade. Esse direito à autonomia interroga a sociedade e coloca um problema eminentemente político. Os imensos progressos da tecnologia aplicados à medicina, ao lado dos indiscutíveis benefícios que trazem, vêm gerando situações de prolongamento artificial da sobrevida que, apagando as fronteiras entre a vida e a morte, fazem com que sejamos obrigados a temer não o dia de nossa morte, e sim os dias de uma morte em vida, um calvário para si mesmo e para os que acompanham a agonia.
O debate sobre o fim da vida está aberto e faz seu caminho nas sociedades democráticas que cada vez mais reconhecem o direito dos indivíduos de viver com dignidade até o fim, de escrever sua história até o ponto final. Nada é mais cruel e injusto do que, em nome de um princípio religioso ou de uma ética médica de outros tempos, impor a um ser humano, já fragilizado e contra sua vontade, dores atrozes, a imobilidade que aprisiona dentro do próprio corpo ou a convivência insuportável com a certeza de que sua mente e, em consequência, sua capacidade de escolha estão se apagando.
O que está em jogo não é só a dignidade de cada um, é a essência mesma de nossa humanidade. Feliz de quem consegue chegar ao fim da vida ainda na posse de suas faculdades mentais, com suas lembranças e afetos intactos, cercado pelos seus entes queridos.
O primeiro passo na direção de um maior respeito à demanda dos pacientes é a atenção cada vez maior que vem sendo dada aos “cuidados paliativo”, à luta contra a dor e o sofrimento percebidos até pouco tempo atrás como uma fatalidade.
Médicos que sempre pensaram que sua missão era garantir a todo custo a sobrevivência dos pacientes vão aprendendo no contato com eles a importância de poderem ser tratados em casa ou atendidos por equipes treinadas para reduzir a dor e o sofrimento, capazes ainda de fazer as pequenas escolhas cotidianas que exprimem seu gosto pela vida.
Ajudar o paciente a lidar com a angústia da morte implica em ouvi-lo. E ouvi-lo inclui a possibilidade de que ele peça ajuda para morrer. Ou para continuar vivendo até o fim.
Os cuidados paliativos exprimem escuta e respeito ao desejo dos pacientes mas não respondem à questão de fundo: o poder de decisão não pode mais estar nos médicos, por melhor intencionados que sejam, e sim na vontade soberana do paciente. A morte com dignidade tem que entrar na pauta das liberdades que se ampliam e são reconhecidas como direitos garantidos em lei. Morrer dignamente é a ultima liberdade.
Rosiska Darcy de Oliveira é escritora





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quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Veja os indicadores mais alarmantes sobre o clima

MEIO AMBIENTE
06/11/2016 | domtotal.com

Veja os indicadores mais alarmantes sobre o clima

Entre as 8.688 espécies em risco ou quase ameaçadas, 19% (1.688) são diretamente afetadas pelo aquecimento global.


Fumaça sai da chaminé de uma fábrica, em Pietarsaari, Finlândia.
Fumaça sai da chaminé de uma fábrica, em Pietarsaari, Finlândia. (AFP/Arquivos)
Altas de temperatura e concentração de CO2, elevação do nível dos oceanos, degelos polares: os indicadores das mudanças climáticas são mais alarmantes do que nunca às vésperas da COP22, que começa na próxima segunda-feira (7), em Marrakesh.
+ 2,8°C
O planeta pode bater este ano um terceiro recorde anual consecutivo de calor desde que se começou a registrar as temperaturas, em 1880.
Nos nove primeiros meses de 2016, a temperatura ficou 0,98°C acima da média do século XX (13,88°C), ultrapassando em 0,12°C o recorde anterior, do mesmo período de 2015.
Sobre o conjunto do ano 2015, o aumento médio da temperatura planetária chegou a 1ºC em relação aos níveis pré-industriais, referente utilizado nas negociações internacionais sobre o clima.
No Ártico, a temperatura na superfície terrestre atingiu em 2015 os níveis recordistas de 2007 e 2011, com um aumento de 2,8°C em relação ao início do século XX, quando se realizaram os primeiros levantamentos.
400 partes por milhão
As concentrações dos três principais gases do efeito estufa - dióxido de carbono, metano e óxido de nitrogênio - atingiram novos recordes em 2015.
Pela primeira vez, a concentração de CO2, o principal gás do efeito estufa, ultrapassou durante o ano inteiro 400 ppm (partes por milhão) em escala global. A tendência vai continuar.
Para ter mais chances de limitar o aumento da temperatura a 2ºC, e dessa forma tentar evitar as consequências mais graves do aquecimento, a concentração média de gases do efeito estufa não deve ultrapassar 450 ppm CO2eq (equivalente em CO2 de partes por milhão) em 2100.
4,4 milhões de km²
No mundo todo, o retrocesso das geleiras de montanhas continuou em 2015, pelo 36º ano consecutivo.
A Groenlândia perdeu trilhões de toneladas de gelo entre 2003 e 2013.
A menor extensão de gelos árticos no verão chegou a 4,4 milhões de km2 em 16 de setembro, logo atrás do nível recorde de 2012 (3,39 milhões de km2). O Oceano Ártico poderia ficar sem gelos durante o verão até 2030.
+3,3 mm por ano
O nível dos oceanos continuou subindo em 2015, com 70 milímetros a mais do que a média registrada em 1993.
O nível sobe gradualmente no planeta, cerca de 3,3 mm por ano. A elevação é mais rápida em alguns pontos do Pacífico e do Oceano Índico.
Há o risco de que este fenômeno se acelere nas próximas décadas, à medida que as geleiras vão derretendo, ameaçando a vida de milhões de habitantes nas costas.
Se as emissões de gases do efeito estufa continuam aumentando no ritmo atual, o retrocesso dos gelos antárticos poderia fazer o nível dos oceanos subir um metro até 2100, dobrando as estimativas anteriores.
Extremos climáticos
Segundo alguns climatologistas, a quantidade de fenômenos climáticos extremos vinculados ao aquecimento (secas, incêndios florestais, inundações, furacões) dobrou desde 1990.
A desregulação climática aumentará ainda mais a força dos tufões na China, Taiwan, Japão e as duas Coreias, segundo um estudo recente, que afirma que nos últimos 37 anos os tufões que atingiram o leste e o sudeste asiáticos ganharam entre 12% e 15% em intensidade.
1.688 espécies afetadas
Entre as 8.688 espécies em risco ou quase ameaçadas, 19% (1.688) são diretamente afetadas pelo aquecimento global, devido às temperaturas e aos fenômenos climáticos extremos.
A Grande Barreira de Coral sofreu nos últimos meses o pior episódio de branqueamento já registrado, devido às mudanças climáticas.
Um aquecimento acima de 1,5ºC, a ambiciosa meta mencionada no acordo de Paris junto à de 2ºC, seria capaz de alterar os ecossistemas da região mediterrânea de uma maneira sem precedentes nos últimos 10.000 anos.




















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COP22 : quel scénario pour l’océan après l’Accord de Paris ?

COP22 : quel scénario pour l’océan après l’Accord de Paris ?

Grand absent des discussions climatiques il y a encore un an, l’Ocean a finalement été intégré à la COP21 dans l’Accord de Paris et fera l’objet d’un rapport spécial du GIEC. L’heure est désormais à la mise en œuvre des engagements des pays signataires de l’Accord de Paris. Une course contre la montre s’engage pour que chaque Etat membre définisse des mesures spécifiques pour l’océan.
La Plateforme Océan et Climat poursuit son objectif : pérenniser la présence de l’Océan dans les négociations « climat », afin d’obtenir, des avancées significatives d’ici 2018.
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L’océan au cœur de la machine climatique
Couvrant 71% de la surface du globe, l’océan produit plus de 50% de l’oxygène que nous respirons et absorbe environ 30% du CO2 et 93% de l’excès de chaleur générés par les activités humaines. La reconnaissance inédite de l’océan par la communauté internationale comme le régulateur essentiel du climat lors de la COP21 n’est qu’un premier sursaut face à l’ampleur des bouleversements.
Une course contre la montre s’engage pour préserver le poumon de la planète et l’écosystème qui atténue aujourd’hui considérablement les effets du changement climatique. Puits de carbone, il absorbe 25% des émissions de gaz à effet de serre mais sa composition chimique évolue et la vie marine subit de plein fouet 30% d’acidification depuis la révolution industrielle. A ce rythme, l’acidification pourrait augmenter de 150% d’ici à 2100 mettant en péril la majeure partie des écosystèmes marins.
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Une source de solutions à préserver
Mais l’océan est aussi un formidable gisement de solutions en matière de développement durable. Solutions technologiques ou fondées sur la nature, considérer l’océan à sa juste valeur implique un gigantesque travail de sensibilisation auprès des acteurs politiques.
« Protéger le climat en préservant l’océan et ses fonctions vitales paraît de plus en plus évident. Mais la bataille est loin d’être remportée. Pour la Plateforme Océan et Climat, l’un des enjeux à long terme, est de faire émerger, autour de l’océan, des réflexes et des automatismes. Nous avons à relever un défi considérable : créer, dans l’esprit des négociateurs climatiques et, plus largement, dans celui des décideurs, une véritable culture de l’océan. Car nous avons une formidable opportunité devant nous. En tirant les leçons du passé, nous pouvons construire les fondations d’une économie nouvelle, dans laquelle acteurs scientifiques et économiques travailleraient main dans la main, pour élaborer des solutions respectueuses de l’environnement marin. Il en est encore temps ! » explique Françoise Gaill, Directrice de recherche au CNRS et coordinatrice du Comité scientifique de la Plateforme Océan et Climat.
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1,5°C un scénario les pieds dans l’eau
Un réchauffement climatique supérieur à 1,5 degré aurait des conséquences importantes sur l’augmentation du niveau de la mer. D’ici 2100 il augmentera de 9 cm à 88 cm en fonction des scénarios du GIEC. L’avenir des populations du littoral, soit bientôt 80% de la population mondiale, dépend directement de notre capacité collective à nous saisir efficacement des enjeux « océan et climat ».
Cela passera sans doute par le Fonds vert pour le climat, qui doit aussi permettre d’aider les pays, dont les littoraux sont d’ores et déjà impactés par le changement climatique, à s’y adapter.
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Faire travailler ensemble décideurs, société civile et scientifiques pour « booster » un plan d’action international en faveur de l’Océan
Lors de la COP22, la Plateforme Océan et Climat poursuit sa mobilisation auprès des Etats et de la société civile. Elle organisera la deuxième édition du Forum Océan et Climat le 11 novembre en zone verte de la société civile et sera co-organisateur de l’Oceans Action Day le 12 novembre en zone bleue des négociations.
L’objectif est d’inscrire dans les contributions de chaque pays un plan d’action « océan » relatif aux littoraux, aux populations, aux écosystèmes, etc. Atténuation, adaptation, financement, sciences, jeunesse seront autant de thèmes abordés sous l’angle de l’Agenda de l’action lors des Ocean for Climate Days les 11 et 12 novembre à Marrakech.
Impression
La Plateforme Océan et Climat vous donne rendez-vous  pour les OceanforClimate Days les 11 et 12 novembre à la COP22 !
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Após vetar vaquejada, Supremo vai julgar sacrifício religioso de animais

06/11/2016 05h00 - Atualizado em 06/11/2016 10h53

Após vetar vaquejada, Supremo vai julgar sacrifício religioso de animais

Ministro Marco Aurélio liberou voto e caberá a Cármen Lúcia marcar data.
MP gaúcho quer derrubar lei que exclui punição em ritual de origem africana.

Renan RamalhoDo G1, em Brasília

Após a polêmica decisão que condenou a realização das vaquejadas no país, o Supremo Tribunal Federal (STF) está pronto para julgar uma outra ação que promete colocar em pólos opostos defensores dos animais e de tradições culturais brasileiras.
Na semana passada, o ministro Marco Aurélio Mello liberou para decisão do plenário um processo que discute o sacrifício de animais em rituais religiosos de origem africana.
Caberá agora à presidente da Corte, Cármen Lúcia, marcar uma data para o julgamento, ainda sem previsão para ocorrer.
Na ação, o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) busca derrubar trecho de uma lei gaúcha que livra de punição por maus tratos a animais cultos e liturgias das religiões de matriz africana que praticam sacrifícios, como o candomblé.
O que dizem a Constituição e as leis sobre maus tratos a animais?
Constituição
“É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público” (art. 19, I).
“O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional” (Art. 215, § 1º)
“Incumbe ao Poder Público proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade” (art. 225, § 1º, VII)
Lei Federal
“Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal”


“Não é crime o abate de animal, quando realizado em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família; para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de animais, desde que legal e expressamente autorizado pela autoridade competente; por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente”.
(arts. 32 e 37 da Lei 9.605/1998).

Lei estadual do Rio Grande do Sul


“É vedado ofender ou agredir fisicamente os animais, sujeitando-os a qualquer tipo de experiência capaz de causar sofrimento ou dano, bem como as que criem condições inaceitáveis de existência; [...] enclausurar animais com outros que os molestem ou aterrorizem; [...] Não se enquadra nessa vedação o livre exercício dos cultos e liturgias das religiões de matriz africana” (art. 2º da Lei 11.915/ 2003, atualizada pela Lei 12.131/2004)

A lei foi aprovada em 2004 pela Assembleia Legislativa do estado com 32 votos a favor dois contrários. Na época, o autor da proposta, deputado Edson Portilho (PT-RS), argumentou que vários praticantes e sacerdotes estavam sendo processados após os cultos.
O Ministério Público tentou derrubar a exceção dada às religiões africanas junto ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), mas teve o pedido negado. O órgão, então, recorreu ao STF em 2006, para tentar novamente derrubar esse trecho da lei, que permanece em vigor.
A decisão a ser tomada pela Corte valerá apenas para o Rio Grande do Sul, mas como será proferida pela mais alta Corte do país, poderá criar um entendimento que influencie outros tribunais de instâncias inferiores.
No Brasil, é considerado crime, com pena de prisão de três meses a um ano, os maus tratos a animais, que podem consistir em atos de abuso, como ferir ou mutilar espécies silvestres, domésticas, nativas ou exóticas.
No capítulo sobre o meio ambiente, a Constituição também prevê a proteção da fauna, proibindo práticas "que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade".
A grande discussão a ser travada no STF é saber se a liberdade de culto, o caráter laico do Estado e a proteção a manifestações culturais deve prevalecer, nesses casos, sobre a proibição de maus tratos e a proteção do meio ambiente.
No processo que será julgado, diversos órgãos e entidades se manifestaram sobre o assunto. A controvérsia teve oposição dentro do próprio Ministério Público. O pedido do MP-RS foi contestado até mesmo pela Procuradoria Geral da República, órgão de cúpula da instituição.
Veja abaixo, o que argumentaram, resumidamente, cada um dos envolvidos no caso:
O que diz o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS)
Em seu pedido, o Ministério Público do Rio Grande do Sul argumentou que somente a União poderia excluir determinada conduta de punição penal. O órgão sustenta que a própria lei federal que penaliza os maus-tratos a animais, não cria exceção para os rituais religiosos.
O MP reconhece a importância do sacrifício nos cultos, dizendo que impedir a prática implicaria na “perda da própria identidade de sua expressão cultural”. Entretanto, argumenta que, em cada caso, cabe ao Judiciário avaliar se o ritual ultrapassou os limites.
 
Provocação de sofrimento exagerado aos animais, entre outras, são circunstâncias que deslegitimam a expressão cultural"
Roberto Bandeira Pereira,
ex-procurador-geral de Justiça
do Rio Grande do Sul
Outro argumento do MPE-RS é que a lei estadual contraria a igualdade, ao beneficiar apenas as religiões africanas, lembrando que judeus e muçulmanos também sacrificam animais. “Se é verdade que tais religiões têm um papel significativo na cultura brasileira, não se pode esquecer que privilegiamentos específicos são incompatíveis com a natureza laica do Estado”.
 
Bastaria um único praticante de religião que reclame o sacrifício de animais para que a liberdade de culto, essencial a uma sociedade que se pretenda democrática e pluralista, já atue em seu benefício"
Araken de Assis,
desembargador e relator do caso
no TJ-RS
No Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), o pedido do Ministério Público estadual foi rejeitado. Ao julgar o caso, a Corte entendeu que o valor cultural do sacrifício prevalece sobre a proteção ao meio ambiente.
“Bastaria, a meu ver, um único praticante de religião que reclame o sacrifício de animais para que a liberdade de culto, essencial a uma sociedade que se pretenda democrática e pluralista, já atue em seu benefício”, escreveu em seu voto o desembargador Araken de Assis, relator do processo no TJ-RS.
Não há como pressupor tenha o sacrifício religioso requintes de crueldade e que seja obsequiosa a extensiva matança comercial"
Rodrigo Janot,
procurador-geral da República
Em parecer sobre o caso, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, manifestou posição contrária ao MP-RS. Afirmou que a redação da lei gaúcha deve ser interpretada de forma a abarcar todas as religiões, não havendo privilégio aos credos africanos.
Argumentou ainda que a eliminação do texto poderia “deixar sob suspeita” a realização de cultos com sacrifícios, independentemente da religião.
Por fim, apontou que uma eventual restrição aos rituais não traria “ganho significativo” para o meio ambiente, levando-se em conta que os mesmos animais já são sacrificados para consumo humano em matadouros.
A declaração de sua inconstitucionalidade renovaria as ações belicosas em detrimento do exercício livre da crença e de suas liturgias"
Helena Maria Silva Coelho,
ex-procuradora-geral
do Rio Grande do Sul
A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul rebateu, em seu parecer, que o estado tenha invadido competência da União. Esclareceu que a lei estadual apenas impõe punições administrativas – como aplicação de multas pelo governo gaúcho – e não criminais – como a prisão, que só poderiam ser definidas ou excetuadas pelo Congresso Nacional.
“A declaração de sua inconstitucionalidade renovaria as ações belicosas em detrimento do exercício livre da crença e de suas liturgias. Assim, restaria não atingida uma das funções do direito que é o de promover a paz social”, diz o parecer.
É uma tradição africana, e portanto, deve-se adaptar às regras brasileiras"
Movimento Gaúcho de Defesa Animal
Em parecer no processo, o Movimento Gaúcho de Defesa Animal (MGDA) defendeu a punição de praticantes de sacrifícios. Além da crueldade, apontou que o ritual, “além de extremamente macabro”, pode prejudicar a saúde das pessoas, considerando que as vísceras são consumidas após a imolação.
Além disso, disse que as tradições de origem africana devem se submeter às regras brasileiras, em atenção à “soberania” do país.“É uma tradição africana, e portanto, deve-se adaptar às regras brasileiras. É como se a comunidade espanhola existente no país resolvesse realizar touradas”, argumentou.
As mesmas normas municipais conviviam com a matança de animais praticada pelos judeus – uma regra da dieta alimentar judaica – sem que tais matanças fossem condenadas, pelo que a hostilidade em relação à Church of the Lukumi configurava indisfarçável discriminação"
Cedrab e outras
Em parecer dentro do processo, diversas entidades ligadas às religiões africanas, sediadas em Porto Alegre e São Paulo, manifestaram contrariedade à ação do MP. Além da defesa da liberdade religiosa e o caráter laico do Estado, garantidas também por acordos internacionais,  destacou julgamento semelhante ocorrido em 1993 nos Estados Unidos.
Na época, a Suprema Corte americana derrubou a proibição imposta pela comunidade de Hialeah, na Flórida, sobre sacrifícios de uma igreja pertencente à santeria, de origem cubana.
“As mesmas normas municipais conviviam com a matança de animais praticada pelos judeus – uma regra da dieta alimentar judaica – sem que tais matanças fossem condenadas, pelo que a hostilidade em relação à Church of the Lukumi configurava indisfarçável discriminação”, diz o parecer.
Assinaram a peça a Organização de Mulheres Negras (Maria Mulher), a Congregação em Defesa das Religiões Afrobrasileiras (Cedrab), a União dos Negros pela Igualdade (Uninegro), o Ilê Axé Yemonja Omi-olodo e C.E.U Cacique Tupinambá e o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert).


“Ritos exóticos sem significação cultural, abate de animais em vias de extinção, utilização de meio desnecessário à atividade, provocação de sofrimento exagerado aos animais, entre outras, são circunstâncias que deslegitimam a expressão cultural, caracterizando infração até mesmo penal”, diz a peça.
O que disse o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS)
O que disse a Procuradoria Geral da República (PGR)
“A par das imolações rituais, seguirão os abates de forma extensiva dos mesmos animais, já agora como fonte de proteína na cadeira alimentar humana. Não há como pressupor tenha o sacrifício religioso requintes de crueldade e que seja obsequiosa a extensiva matança comercial”, escreveu na ação.
O que disse a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (AL-RS)
Em relação ao suposto privilégio das religiões africanas, a Assembleia explicou que a lei tratou apenas das religiões africanas porque no estado não existem outras que sacrifiquem animais. Informou ainda, que, antes da lei, diversos praticantes e sacerdotes de religiões africanas estavam sendo processados por maus tratos a animais.
O que diz o Movimento Gaúcho de Defesa Animal (MGDA)
O que disseram entidades que representam religiões africanas


















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El sur de España se desertizará si no se reducen las emisiones

El sur de España se desertizará si no se reducen las emisiones

El cambio climático alterará el paisaje mediterráneo en apenas 80 años


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Paisaje mediterráneo costero en la isla Lavezzi, Córcega.  AIX MARSEILLE UNIVERSITY

























La estrecha franja verde del norte de África desaparecerá engullida por el desierto. Los bosques de hoja caduca quedarán arrinconados en las cumbres más altas. Y un tercio de España será tan árido como lo es hoy el desierto de Tabernas, en Almería, si no se reducen las emisiones de CO2. No se trata de una maldición bíblica sino de las conclusiones de un reciente estudio sobre el impacto del cambio climático en la cuenca mediterránea. Unos paisajes que apenas han cambiado en 10.000 años, se verán alterados en lo que dura una vida humana.
"Aunque se cumplan los objetivos del acuerdo de París, los paisajes mediterráneos cambiarán, los biomas más secos avanzarán hacia el norte", dice el investigador del Centro Europeo de Investigación y de Enseñanza de Geociencias Ambientales (CEREGE), el francés Joel Guiot. En la última cumbre sobre el cambio climático, en diciembre del año pasado, 195 países se comprometieron a que el ascenso de la temperatura se quedara entre 1,5º y 2º a final de siglo. "En caso contrario, los cambios serán mayores y la proporción de áreas afectadas será más grande que en ningún otro periodo de los últimos 10.000 años", añade.
Guiot es paleoecólogo. El año pasado publicó una completa reconstrucción del paisaje del área mediterránea durante todo el Holoceno, la actual época geológica nacida tras la última gran glaciación y que ha sido testigo del ascenso de los humanos. Para su reconstrucción, usó decenas de miles de muestras de polen atrapadas en sedimentos. "El polen ofrece un archivo único sobre las dinámica histórica de la vegetación", explica.

La zona mediterránea se calienta más que la media del planeta

Sobre ese pasado, y junto a su colega Wolfgang Cramer, Guiot ha modelado cómo serán los distintos paisajes mediterráneos al acabar el siglo. En su trabajo, publicado en Science, han vuelto a confirmar algo ya comprobado en anteriores estudios: la zona mediterránea se calienta más que la media del planeta. Así, desde inicios de la Revolución Industrial, mientras el ascenso térmico global ha sido de 0,85º, en los países de la cuenca mediterránea ha alcanzado los 1,3º. Otra de sus conclusiones confirma que las medias anormalmente altas de lo que va de siglo nunca se habían visto en todo el Holoceno.
En cuanto a la distribución futura del bosque mediterráneo, de las zonas de arbusto o semiáridas que conforman los muchos paisajes mediterráneos, el estudio muestra que aún cumpliendo los objetivos del acuerdo de París se producirá un fenómeno de traslación al norte y a zonas más elevadas. Solo si se baja de los 1,5º, el Mediterráneo seguiría tal como ahora.
Según lo firmado en París, las emisiones de gases de efecto invernadero (GEI) seguirán aumentando hasta mediados de la década que viene para, en 2030 como máximo, ir reduciéndolas hasta niveles del siglo pasado o, cuando no sea posible, mitigadas con medidas para retirar CO2 de la atmósfera. Pero si eso no se consigue, el peor escenario proyectado por los climatólogos estima una concentración de CO2 tres veces mayor que la actual de 400 partes por millón y un ascenso de las temperaturas medias por encima de los 4º. En ese caso todo el tercio sur de España estaría dominado por un paisaje árido.
"Los compromisos de París, si se cumplen, nos llevan a una temperatura cercana a los 3º, eso significan cambios muy notables en nuestro entorno", comenta el catedrático de la Universidad de Castilla-La Mancha, José Manuel Moreno Rodríguez. Para este ecólogo, uno de los investigadores españoles del Panel Intergubernamental de Expertos en Cambio Climático de la ONU, "un incremento de temperaturas de 4 grados es un cambio brutal, sería traer Casablanca a Madrid".



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