Acesse o nosso site: www.cebid.com.br
Mostrando postagens com marcador União Homoafetiva. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador União Homoafetiva. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 2 de maio de 2017

Comissão de Justiça aprova união estável entre pessoas do mesmo sexo

Comissão de Justiça aprova união estável entre pessoas do mesmo sexo

   
Iara Guimarães Altafin | 08/03/2017, 11h43 - ATUALIZADO EM 08/03/2017, 17h10

    Segundo o relator, senador Roberto Requião, o projeto garante segurança jurídica

O Projeto de Lei do Senado (PLS) 612/2011, que altera o Código Civil para reconhecer a união estável entre pessoas do mesmo sexo e para possibilitar a conversão dessa união em casamento, foi aprovado nesta quarta-feira (8) pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Durante a votação houve 17 votos favoráveis e uma abstenção.
Apresentada pela senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), a proposta recebeu voto favorável do relator, senador Roberto Requião (PMDB-PR), e aguarda votação em turno suplementar, quando terá decisão terminativa. Poderá então seguir para análise da Câmara dos Deputados, se não houver recurso para votação em Plenário.
Atualmente, o Código Civil reconhece como entidade familiar “a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família”. Com o projeto, a lei será alterada para estabelecer como família “a união estável entre duas pessoas”, mantendo o restante do texto do artigo.
O texto determina ainda que a união estável “poderá converter-se em casamento, mediante requerimento formulado dos companheiros ao oficial do Registro Civil, no qual declarem que não têm impedimentos para casar e indiquem o regime de bens que passam a adotar, dispensada a celebração”.

Segurança jurídica

A conversão em casamento da união estável entre pessoas do mesmo sexo já é autorizada por juízes. No entanto, há casos de recusa, fundamentada na inexistência de previsão legal expressa. O projeto busca eliminar as dificuldades nesses casos e conferir segurança jurídica à matéria.
No relatório, Requião lembra decisão de 2011 do Supremo Tribunal Federal, reconhecendo o direito à formalização da união entre casais homossexuais. No entanto, ele diz ser responsabilidade do Legislativo adequar a lei em vigor ao entendimento consagrado pelo Supremo, “contribuindo, assim, para o aumento da segurança jurídica e, em última análise, a disseminação da pacificação social”.
O projeto aguardava decisão do Senado desde 2012, quando recebeu emendas da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), que foram mantidas por Requião.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)















-----------------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Suprema Corte dos EUA aprova o casamento gay em todo o país

26/06/2015 11h09 - Atualizado em 26/06/2015 20h31

Suprema Corte dos EUA aprova o casamento gay em todo o país

Estados não poderão mais barrar o casamento entre homossexuais.
'O amor vence', twittou o presidente Obama para celebrar a decisão.

Do G1, em São Paulo

Numa decisão histórica, a Suprema Corte dos Estados Unidos legalizou nesta sexta-feira (26) o casamento entre pessoas do mesmo sexo em todo o país. Os 13 estados que ainda proibiam não podem mais barrar os casamentos entre homossexuais, que passam a ser legalizados em todos os 50 estados americanos. A decisão veio por cinco votos contra quatro.
Estaria equivocado dizer que estes homens e mulheres desrespeitam a ideia de casamento... Eles pedem direitos iguais aos olhos da lei."
Decisão da Suprema Corte dos EUA
O casamento tem sido uma instituição central na sociedade desde os tempos antigos, afirmou o tribunal, "mas ele não está isolado das evoluções no direito e na sociedade". Ao excluir casais do mesmo sexo do casamento, explicou, nega-se a eles "a constelação de benefícios que os estados relacionaram ao casamento".
O tribunal acrescentou: "O casamento encarna um amor que pode perdurar até mesmo após a morte". "Estaria equivocado dizer que estes homens e mulheres desrespeitam a ideia de casamento... Eles pedem direitos iguais aos olhos da lei. A Constituição lhes concede este direito", ressaltou, segundo a agência AFP.
A decisão não entrará em vigor imediatamente porque a Suprema Corte concede ao litigante que perdeu o caso aproximadamente três semanas para solicitar uma reconsideração, como informa a Reuters.
O caso analisado pela decisão desta sexta se referia aos estados de Kentucky, Michigan, Ohio e Tennessee, onde o casamento é definido como a união entre um homem e uma mulher. Esses estados não permitiram que os casais do mesmo sexo se casassem em seu território e também se negaram a reconhecer os casamentos válidos em outros estados do país.
O representante da ação na Justiça foi Jim Obergefell, que viveu 21 anos com John Arthur, em Ohio. Ele queria que o casamento fosse formalmente reconhecido na certidão de óbito de Arthur, quando ele morresse. O companheiro tinha esclerose lateral amiotrófica, doença que não tem cura. Os dois chegaram a se casar em outro estado, mas a união não era reconhecida em Ohio.
A história de Obergefell consolidou os casos de 19 homens e 12 mulheres, de outros quatro estados.
Opositores do casamento gay protestam nesta sexta-feira em Washington, em frente à Suprema Corte (Foto: Joshua Roberts/Reuters)Opositores do casamento gay protestam nesta sexta-feira em Washington, em frente à Suprema Corte (Foto: Joshua Roberts/Reuters)
Há dois anos, a Suprema Corte anulou parte da lei federal contra o casamento gay, que negava uma série de benefícios governamentais para os casais do mesmo sexo que tinham se casado legalmente.
Celebração
Nesta sexta, centenas de pessoas se reuniram nos arredores da Suprema Corte, no centro de Washington, para comemorar a decisão dos juízes.

Como informa a agência EFE, o governo do presidente Barack Obama já tinha manifestado abertamente sua postura a favor do casamento homossexual depois que, pela primeira vez, o próprio líder declarou apoio à causa em 2012.
Obama disse no Twitter que a aprovação é um grande passo para a igualdade de direitos. "Casais de gays e lésbicas têm agora o direito de se casar, como todas as outras pessoas. #Oamorvence", disse o presidente. Ele fez um pronunciamento e disse que a decisão é uma "vitória para a América".
A pré-candidata democrata à presidência dos EUA, Hillary Clinton, também comemorou a decisão em seu perfil na rede social.
Gerald Gafford (dir.) conforta seu marido, Jeff Sralla, diante da juíza Amy Clark Meachum no momento em que ela autoriza que os dois, juntos há 28 anos, oficializem a união no final de semana. Sralla começou a chorar de emoção no momento da aprovação (Foto: Eric Gay/AP)Gerald Gafford (dir.) conforta seu marido, Jeff Sralla, diante da juíza Amy Clark Meachum no momento em que ela autoriza que os dois, juntos há 28 anos, oficializem a união no final de semana. Sralla começou a chorar de emoção no momento da aprovação (Foto: Eric Gay/AP)
  •  
Defensores do casamento gay comemoram em frente à Suprema Corte em Washington, nos EUA, após aprovação do casamento de casais do mesmo sexo pela constituição. Com o resultado o casamento será legalizado em todos os 50 estados (Foto: Jim Bourg/Reuters)Defensores do casamento gay comemoram em frente à Suprema Corte em Washington, nos EUA, após aprovação do casamento de casais do mesmo sexo pela Constituição. Com o resultado, o casamento será legalizado em todos os 50 estados (Foto: Jim Bourg/Reuters)
  •  
Carlotta Gurl, ativista dos direitos LGBT de Vancouver, no Canadá, celebra a decisão da Suprema Corte americana no Stonewall, bar gay icônico no bairro de West Village, em Nova York (Foto: Yana Paskova/Getty Images/AFP)Carlotta Gurl, ativista dos direitos LGBT de Vancouver, no Canadá, celebra a decisão da Suprema Corte americana no Stonewall, bar gay icônico no bairro de West Village, em Nova York (Foto: Yana Paskova/Getty Images/AFP)
Justin Kattler e Tim Loecker, de Dallas, no Texas, celebram em frente ao bar Stonewall, conhecido pelo público gay e simpatizante, no bairro de West Village em Nova York, após o anúncio da liberação do casamento gay em todo o país (Foto: Timothy A. Clary/AFP)Justin Kattler e Tim Loecker, de Dallas, no Texas, celebram em frente ao bar Stonewall, conhecido pelo público gay e simpatizante, no bairro de West Village em Nova York, após o anúncio da liberação do casamento gay em todo o país (Foto: Timothy A. Clary/AFP)








--------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

terça-feira, 2 de junho de 2015

Referendo na Irlanda aprova casamento entre duas pessoas do mesmo sexo

VOTO PELA IGUALDADE

Referendo na Irlanda aprova casamento entre duas pessoas do mesmo sexo


A Irlanda vai autorizar o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo. A união entre homossexuais foi aprovada por folgada maioria em um referendo nessa sexta-feira (22/5). O resultado da votação deve agora virar emenda constitucional e retirar da Constituição o trecho que fala que o matrimônio só pode ser celebrado entre um homem e uma mulher.
O voto não é obrigatório na Irlanda. Segundo dados da comissão responsável pelo referendo, pouco mais de 60% da população compareceu às urnas. E, desse total, 62% votaram a favor do casamento gay. O voto pelo não ficou em pouco menos de 38%.
A população também foi ouvida sobre a redução da idade para uma pessoa virar presidente e a maioria decidiu que deve continuar nos 35 anos. A proposta rejeitada previa a redução para 21 anos.









--------------------------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Casamento gay é liberado em cinco estados americanos após decisão judicial


-----------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Idosas se casam depois de 72 anos juntas nos Estados Unidos


Vivian Boyack, de 91 anos, e Alice Dubes, de 90, celebraram união em cerimônia para íntimos

Vivian (esquerda) e Alice durante a cerimônia celebrada neste sábado - Thomas Geyer / AP

RIO - Mais de sete décadas depois de começar seu relacionamento, Vivian Boyack, de 91 anos, e Alice Dubes, de 90, se casaram numa cerimônia em Davenport, Iowa, nos Estados Unidos. A celebração realizada no sábado contou com a presença de amigos íntimos.

"Essa é a celebração de algo que deveria ter acontecido há muito tempo", disse a reverenda Linda Hunsaker na cerimônia. O casamento gay é permitido no estado de Iowa desde 2009.

Elas se conheceram em 1941, em sua cidade natal de Yale, Iowa. Em 1947, elas se mudaram juntas para Davenport, onde Vivian trabalhava como professora e Alice como bancária.

Casal mostra alianças trocadas em cerimônia - Thomas Geyer / AP

Alice contou ao jornal britânico "The Guardian" que elas desfrutaram bastante da vida a dois, com direito a muitas viagens. Elas conheceram todos os estados norte-americanos e foram duas vezes à Inglaterra e ao Canadá. "Nós vivemos bons momentos", disse.

Já Vivian disse que é preciso muito amor e dedicação para manter um relacionamento durante tanto tempo.

Amigo de longa data do casal, Jerry fermento, de 73 anos, conheceu as duas quando trabalhou na manutenção do jardim delas, quando ainda era adolescente. "Convivi com essas duas durante toda a minha vida e posso afirmar que são especiais", comentou.

Durante a cerimônia, as duas disseram que nunca é tarde demais para um novo capítulo na vida.

Fonte: Extra, 08/09/2014
------------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

'Negação do real' impede casal gay de adotar criança

NotíciasF

Fonte: www.conjur.com.br

ESTUDO PSICOSSOCIAL

'Negação do real' impede casal gay de adotar criança

Se o espaço familiar é sadio e possibilita a proteção e o desenvolvimento da criança, a questão de gênero seria algo menos importante no conjunto de fatores que poderia impedir a adoção. Entretanto, a existência de determinados segredos familiares pode prejudicar o desenvolvimento emocional da criança, já que impossibilita a transmissão e integração do psiquismo de algo que era do outro.
Essa síntese de um laudo psicossocial se constituitiu num dos motivos que levou a 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul a manter sentença que indeferiu pedido de habilitação para adoção de menor, feito por um casal homossexual. O caso tramita sob segredo de Justiça no 1º Juizado da Infância e Juventude de Porto Alegre, sendo um dos ‘‘pais’’ transexual.
Na Apelação encaminhada ao TJ-RS, o casal adotante pediu novo laudo psicológico, com outros profissionais, queixando-se de ‘‘certo desconhecimento acerca de transexualidade’’ por parte dos atuais avaliadores. Alegou que os técnicos ficaram mais preocupados com a transexualidade em si do que como efetivamente ambos se apresentam, em termos de comportamento, perante a sociedade.
Narcisismo
O relator do recurso, desembargador Luiz Felipe Brasil Santos, afirmou no acórdão que a disciplina legal foi plenamente observada, uma vez que foram juntados aos autos tanto o laudo social como o psicológico. Contudo, o parecer técnico foi pela ‘‘contraindicação’’ da habilitação dos autores para adoção.

O relator destacou que a inconformidade com a conclusão dos laudos está fundada em meras impressões pessoais sobre a abordagem e o método de avaliação dos profissionais e não vem respaldada em qualquer documento técnico capaz de infirmar ou contrapor o parecer da equipe interdisciplinar do Juizado da Infância e Juventude, formada por profissionais idôneos e experientes em procedimentos desta espécie.
Para o relator, o compromisso desses técnicos vai além da simples constatação da motivação do casal pretendente à adoção. Na verdade, esses analisam, de forma ampla, a adequação, o preparo e a capacidade dos candidatos à adoção de uma criança, a fim de proporcionar-lhe desenvolvimento pleno e saudável.
Santos chegou a transcrever no acórdão a íntegra do parecer da procuradora de Justiça Juanita Rodrigues Termignoni, que tem assento no colegiado. Esses fundamentos foram integrados a seu voto como razões de decidir.
Diz um dos trechos, analisando o laudo: ‘‘(...) o que a profissional psicóloga percebeu na particularidade do caso das próprias autoras, no seu psiquismo, é um mecanismo de justificação mútua que, na verdade, ainda que as mantenha unidas, como casal etc., envolve certa negação do real, certa intolerância à discussão acerca desse real... Ao final, a profissional apenas tenta verificar quais as consequências de tal ambiente psicológico, por assim dizer, em relação à parentalidade, à adoção...’’
Outro trecho é mais revelador: ‘‘Como casal, se reforçam em aspectos narcisistas, com complementariedade. Alteram qualquer possível questionamento para apresentar configuração perfeita. Tudo que têm para oferecer é narcisisticamente valorizado, e o terceiro é considerado apenas na condição de complementar essa configuração narcisista, função que a criança viria a cumprir em uma adoção.’’
‘‘Ora, portanto, tomadas no seu aspecto real, a própria criança e a própria parentalidade, de fato, não convém que se as insira ou institua num ambiente psicológico como o diagnosticado'', concluiu a representante do Ministério Público, interpretando o estudo psicossocial.


------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Lei que exclui lésbicas da reprodução assistida cria polêmica na Espanha

Fonte: www.g1.globo.com

11/08/2013 10h15 - Atualizado em 11/08/2013 10h26

Lei que exclui lésbicas da reprodução assistida cria polêmica na Espanha

Para reduzir os gastos da saúde pública, nova norma 'exige esterilidade' para acesso a tratamentos de fertilidade.

Da BBC

Marta Posa Albert e a pequena Blanca (Foto: BBC)Marta Posa Albert e a pequena Blanca (Foto: BBC)
Grupos em defesa dos direitos dos homossexuais e feministas na Espanha estão protestando contra um projeto de lei que impede lésbicas de usarem o sistema público de saúde para tratamentos de reprodução assistida.
O texto do projeto de lei define a esterilidade como a 'ausência de consecução de gravidez após 12 meses de relações sexuais com coito vaginal sem uso de métodos contraceptivos'.
Se transformada em lei, a normativa deixaria sem atendimento pelo sistema público as mulheres que pretendem ser mães mas não querem ter envolvimento sexual com um homem para a geração de filhos.
Também são critérios para ter acesso ao financiamento público a idade do paciente (a mulher deve ter no máximo 40 anos e o homem, 50 anos) e não ter se submetido antes a esterilização voluntária.
A norma foi aprovada pelo Conselho Interterritorial do Sistema Nacional de Saúde, ainda que a proposta tenha sido rejeitada por quatro das dezessete comunidades autônomas da Espanha. O texto agora segue para o Conselho de Ministros e dependerá da sanção do rei para se tornar um decreto real, passando a ser adotado em todo o país.
Na prática, algumas regiões da Espanha, como a Comunidade Valenciana e a Catalunha, há dois anos já aplicam essas restrições a mulheres que vivem sozinhas ou a lésbicas que tentam o tratamento na rede pública.
'A falta de um homem'
A polêmica cresceu ainda mais após declaração da ministra da Saúde, Ana Mato, dizendo que não considera 'a falta de um homem como um problema médico', deixando portanto aquelas que decidem ser mãe sem a participação de um parceiro masculino na geração do filho fora da cobertura da lei.
Antonio Perdomo Rodríguez, coordenador da área de famílias da Federação Estatal de Lésbicas, Gays, Transexuais e Bissexuais diz que a medida 'é claramente homofóbica e misógina', pois atenta contra os direitos das mulheres à maternidade.
'Esse critério é insultante e discriminatório, por considerar o estado civil ou a orientação sexual da mulher. É um recorte ideológico, não econômico', critica Perdomo.
Em comunicado, o Ministério da Saúde explicou que em 'nenhum momento faz-se segregação por condicionantes pessoais das pacientes' e que 'o requisito é a esterilidade ou os casos em que o tratamento é aconselhado como prevenção, para garantir a saúde (da mulher) e do futuro filho'.Núria Roch, representante do grupo de mulheres Te N'aDones, acredita que a proposta 'tira das mulheres a capacidade de decisão sobre suas vidas, negando a existência de famílias diferentes do modelo tradicional'.
Mariluz Vázquez, da Associação de Mães Solteiras por Opção, argumenta que a reprodução humana é mais que biológica, sendo também um fator social
.'No caso de mulheres sozinhas, esse desejo é visto como um capricho, mas caso sejam parte de um casal tradicional, um homem e uma mulher, se considera um projeto de vida. No entanto, o desejo de formar uma família é o mesmo.
'Mariluz lembra que, na Espanha, uma mulher viúva que tenha dois filhos já se enquadra na definição oficial de família numerosa e tem direito a ajuda econômica do governo, benefício não acessível às mães solteiras.
'Em nome da crise'
Disposta a ser mãe solteira, Marta Posa Albert, 42 anos, gestora de um centro médico, tentou fazer o tratamento de fertilidade pela rede pública. Sem sucesso, teve que recorrer à rede privada para se submeter a uma fertilização in vitro.
'Esperei ter estabilidade financeira para ser mãe, então tive sorte, porque consegui pagar o tratamento na rede privada. Tive que arcar também com o custo dos remédios, que antes era bancado pelo governo mesmo em tratamentos privados, mas o benefício já havia sido cortado', relembra ela, agora mãe da pequena Blanca, de 6 meses.
A professora Catalina Pallás, 47 anos, também foi mãe por fertilização in vitro pela rede particular. Ela e a esposa, a engenheira Immaculada Lluesma, 42 anos, contam que enfrentaram muitas dificuldades e gastaram todas as economias para conceber o filho, hoje com 6 anos. 'Na rede pública, me disseram que eu não estava doente, não era infértil', diz Catalina.
Presidente da Associação de Famílias Lésbicas e Gays da Catalunha, ela observa que a lei do matrimônio igualitário tem imposto mudanças que beneficiam os casais homossexuais e, por isso, considera a proposta do Ministério da Saúde um retrocesso
.'É ridícula a quantidade de dinheiro que a nossa exclusão, sendo um coletivo tão minoritário, poderia estar economizando para o erário. Esse recorte não se justifica em nome da crise', diz Catalina.
Em entrevista à Europa Press, o conselheiro de Saúde da Comunidade Valenciana, Manuel Llombart, respaldou a ministra Mato e disse que 'o sistema de saúde público existe para tratar problemas patológicos, senão teríamos que falar de outra carteira de serviços que estaria dentro de outra competência, não dentro da competência sanitária'.
Condenação
O Tribunal Superior de Justiça de Astúrias obrigou a saúde pública do principado a dar acesso às técnicas de reprodução assistida a uma mulher lésbica.

De acordo com a sentença, o principado de Astúrias terá ainda que devolver a ela cerca de 8 mil euros que tinha gasto em clínicas privadas.

A região de Astúrias, no norte da Espanha, é uma das que se posicionaram contra a proposta do governo espanhol.

O Ministério da Saúde informou respeitar essa sentença e concorda que não se pode obrigar a ninguém a ter relações sexuais com quem não queira.

------------------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

quarta-feira, 3 de julho de 2013

EUA: Supremo derruba lei que restringia casamento à união heterossexual


  atualizado às 15h05 
Retirado do site: www.terra.com.br

EUA: Supremo derruba lei que restringia casamento à união heterossexual

A 'Defense of Marriage Act' (DOMA, Lei de Defesa do Casamento) negava aos casais do mesmo sexo os mesmos direitos e benefícios garantidos aos casais heterossexuais



A 'Defense of Marriage Act' (DOMA, Lei de Defesa do Casamento), que o tribunal considerou inconstitucional, negava aos casais do mesmo sexo nos Estados Unidos os mesmos direitos e benefícios garantidos aos casais heterossexuais. "DOMA é inconstitucional como a privação da liberdade igualitária das pessoas, que é protegida pela Quinta Emenda da Constituição", decidiu a Corte em uma votação com o placar de 5 a 4.A Suprema Corte dos Estados Unidos derrubou nesta quarta-feira a lei federal que define o casamento apenas como uma união entre um homem e uma mulher. A decisão, tomada após uma reunião histórica em Washington, é uma grande vitória para os defensores do casamento entre pessoas do mesmo sexo.


Edith Windsor entrou na Justiça contra a DOMA, motivando a discussão na Suprema Corte Foto: Reuters
Edith Windsor entrou na Justiça contra a DOMA, motivando a discussão na Suprema Corte
Foto: Reuters

A decisão permite que os casais do mesmo sexo casados legalmente em 12 dos 50 Estados e na capital Washington DC tenham acesso aos mesmos benefícios federais que os casais heterossexuais. A discussão foi motivada por uma viúva gay de Nova York. Com o apoio do governo Obama, Edith Windsor entrou na justiça com a alegação de que a DOMA era discriminatória. Após a morte de sua companheira, ela foi taxada em mais de US$ 360 mil pelo imóvel herdado após a morte de Thea Spyer.
A Suprema Corte destacou que a "DOMA não pode sobreviver segundo estes princípios" que violam a disposição constitucional de igualdade perante a lei aplicável ao governo federal. A decisão foi lida pelo juiz Anthony Kennedy, nomeado por um presidente republicano, que votou na questão ao lado de quatro juízes considerados progressistas. O presidente da Corte, John Roberts, e seus três colegas conservadores votaram contra.
A Suprema Corte também optou por não se pronunciar sobre um caso apresentado pelos opositores do casamento entre pessoas do mesmo sexo na Califórnia, abrindo o caminho para que os casais homossexuais voltem a se casar nesse Estado da costa oeste americana.
O tribunal deveria se pronunciar sobre a constitucionalidade da proibição do matrimônio gay na Califórnia, ou "Proposta 8", consagrada na Constituição californiana, que um grupo de ativistas contrários à causa gay buscava confirmar depois de ter sido invalidada por um tribunal de instância inferior.
Obama comemora
O presidente Barack Obama comemorou a decisão da Suprema Corte. "A decisão de hoje sobre a DOMA é passo histórico", disse o líder em sua conta oficial do Twitter.

----------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito