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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Médicos separam gêmeos siameses unidos pela cabeça nos EUA


4/10/2016 09h00 - Atualizado em 14/10/2016 09h15

Médicos separam gêmeos siameses unidos pela cabeça nos EUA

Jadon and Anias McDonald têm 13 meses e permanecem sedados.
Cirurgia durou mais de 16 horas e terminou na manhã desta sexta-feira (14).

Do G1, em São Paulo

Gêmeos siameses Jadon e Anias McDonald passaram por uma cirurgia de separação que terminou na manhã desta sexta-feira (14). (Foto: Reprodução/Facebook/Nicole McDonald)Gêmeos siameses Jadon e Anias McDonald passaram por uma cirurgia de separação que terminou na manhã desta sexta-feira (14). (Foto: Reprodução/Facebook/Nicole McDonald)
Médicos do Centro Médico Montefiore, em Nova York, concluíram, na manhã desta sexta-feira (14), uma complexa cirurgia de separação de gêmeos siameses unidos pela cabeça. Segundo a CNN, o procedimento de mais de 16 horas de duração foi bem-sucedido.
Os gêmeos Jadon e Anias McDonald têm 13 meses e foram operados por uma equipe liderada pelo cirurgião James Goodrich, especialista nesse tipo de cirurgia. A mãe dos bebês, Nicole McDonald, postou uma mensagem na manhã desta sexta-feira no Facebook relatando que a operação foi realizada, mas que a situação ainda era complexa. 
Segundo Nicole, os bebês compartilhavam uma área de 5 x 7 cm do tecido cerebral e o cirurgião teve de decidir como dividi-lo "com base em seu instinto", já que não havia um plano definido.
Gêmeos em sala de cirurgia antes do procedimento (Foto: Reprodução/Facebook/Nicole McDonald)Gêmeos em sala de cirurgia antes do procedimento (Foto: Reprodução/Facebook/Nicole McDonald)













Nicole relatou ainda que um dos bebês, Anias, ficou debilitado pelo procedimento e está sendo mantido estável por meio de medicamentos. É possível, segundo a mãe, que ele não consiga mover um ou ambos os lados do corpo no início por causa da região do cérebro envolvida na cirurgia.
Nos próximos dias, os bebês estarão sujeitos a inchaço cerebral e acidente vascular cerebral (AVC). "Os próximos meses serão críticos em termos da recuperação e não sabemos com certeza como Anias e Jadon vão se recuperar nas próximas semanas", escreveu Nicole.















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quinta-feira, 30 de junho de 2016

Após exames, PE descarta 76% dos casos notificados de microcefalia


14/06/2016 17h04 - Atualizado em 14/06/2016 17h06

Após exames, PE descarta 76% dos casos notificados de microcefalia

Secretaria de Saúde confirmou 366 casos da malformação.
Passaram por exames de imagem 1.525 crianças, das 1.999 notificadas.

Do G1 PE

Informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (11) (Foto: Jonathan Lins/G1)Ao todo, Estado confirmou 366 casos de microcefalia (Foto: Jonathan Lins/G1)
Do total de 1.525 crianças que passaram por exames médicos em Pernambuco para concretizar o diagnóstico de microcefalia, 76% tiveram a malformação descartada pelos médicos, percentual que equivale a 1.159 bebês. As outras 366 crianças, correspondentes aos 24% restantes, tiveram a condição confirmada pelos médicos. As informações foram repassadas pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) nesta terça (14).
Ainda de acordo com a pasta, os números correspondem aos bebês examinados desde o dia 1º de agosto de 2015 ao último sábado (11). Ao todo, 1.999 bebês foram notificados com suspeita de microcefalia nesse período. Na semana anterior, havia 363 confirmações da malformação.

No boletim desta terça (14), apenas seis dos 184 municípios de Pernambuco não apresentaram notificação de bebê com suspeita de microcefalia durante o período em questão. Também foram registrados 36 casos de bebês natimortos e outros 34 que faleceram logo após o nascimento, totalizando 70 bebês microcéfalos mortos. A secretaria detaca que nenhum dos casos teve a malformação como causa básica da morte.

Ainda de acordo com o boletim, 4.333 gestantes foram notificadas com manchas vermelhas pelo corpo – o que sinaliza uma possível arbovirose. A SES, entretanto, esclarece que os exantemas não significam, necessariamente, que as grávidas representam casos suspeitos de dengue, zika ou chikungunya. Das notificadas, 27 gestantes já tem o diagnótico de microcefalia ainda no útero materno.

Através de testes feitos pelo Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães/Fiocruz e pelo Instituto Evandro Chagas, 165 casos de microcefalia foram associados ao vírus zika no estado. As detecções laboratoriais também acusaram 126 casos negativos para a relação entre o zika e a malformação. Outros quatro testes permaneceram inconclusivos.
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quinta-feira, 7 de abril de 2016

Vacina contra HIV tem resultados animadores, diz empresa francesa

16/03/2016 17h57 - Atualizado em 16/03/2016 17h57

Vacina contra HIV tem resultados animadores, diz empresa francesa

Estudo clínico envolveu 48 pacientes com HIV; teste ainda é preliminar.
Vacina poderia ser usada, no futuro, junto com coquetel antirretroviral.

Da France Presse
 Pesquisador Erwann Loret, do Centro Nacional para Pesquisa Científica da França (CNRS) fala com jornalistas sobre testes da vacina contra HIV  (Foto: Anne-Christine Poujoulat/AFP Photo)Pesquisador Erwann Loret, do Centro Nacional para Pesquisa Científica da França (CNRS) fala com jornalistas sobre testes da vacina contra HIV (Foto: Anne-Christine Poujoulat/AFP Photo)
A empresa francesa Biosantech e o cientista Erwann Loret, do Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica (CNRS), apresentaram nesta quarta-feira (16) resultados preliminares de uma vacina experimental curativa contra o HIV - mostrando uma queda a níveis indetectáveis de células infectadas pelo vírus em alguns pacientes.
"O principal resultado deste teste é que temos um efeito da vacina em células infectadas pelo HIV". "Nós ganhamos 70 anos de terapia tripla para os pacientes", disse Erwann Loret, cujos trabalhos serão publicados na revista "Retrovirology".
As terapias triplas, que atualmente permitem que o sangue tenha uma carga viral indetectável, não têm nenhum efeito, ou muito pouco, sobre o número de células infectadas, que servem como reservatórios do vírus e provocam um aumento da carga viral logo quando o tratamento é interrompido na maioria dos pacientes HIV positivos.
Num ensaio clínico realizado em um hospital de Marselha com 48 pacientes, divididos em quatro grupos (um grupo com placebo e três doses diferentes de vacina), nove pacientes apresentaram um nível indetectável de células infectadas 12 meses mais tarde.
Preparada por Loret, a vacina atua contra a proteína TAT, produzida pela célula infectada pelo HIV e impede as defesas imunológicas de atacá-la. A molécula da vacina foi batizada TAT Oyi, em referência a um paciente do Gabão naturalmente resistente ao HIV, no qual se descobriu que esta proteína era capaz de gerar uma boa resposta imunitária.
Outras investigações podem ser realizadas em breve em vários hospitais em todo o mundo
De acordo Loret, uma eventual cura da doença, sobre a qual se mostra prudente, só pode ser obtida através da combinação da vacina às terapias triplas para obter não só uma carga viral e um número de células infectadas não detectáveis , mas também uma diminuição da resposta imunológica, o que significaria "retroseroconversão", ou seja, um retorno à condição seronegatividade.
Esta retroseroconversão foi observada em apenas um paciente no mundo, Timothy Brown, chamado de "Paciente de Berlim". Na sequência de uma leucemia, Brown passou por um enxerto de medula óssea, o que permitiu essa cura dificilmente reproduzível.




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Memória perdida por Alzheimer pode ser recuperada, diz estudo

17/03/2016 05h00 - Atualizado em 17/03/2016 05h00

Memória perdida por Alzheimer pode ser recuperada, diz estudo

Pesquisa sugere que doença não destrói memória, mas a torna inacessível.
Estudo que dá esperança para pacientes foi publicado na revista 'Nature'.

Da France Presse
 Imagem mostra uma célula de engrama, relacionada à memória, de modelo de camundongo para a doença de Alzheimer: uso de luz foi capaz de fazer animal recobrar memória  (Foto: Riken/Divulgação)Imagem mostra uma célula de engrama, relacionada à memória, de modelo de camundongo para a doença de Alzheimer: uso de luz foi capaz de fazer animal recobrar memória (Foto: Riken/Divulgação)
Pessoas que sofrem do mal de Alzheimer podem não ter "perdido" a memória e ter apenas dificuldade para recuperá-la. É o que sugerem pesquisadores que nesta quarta-feira (16) revelaram a possibilidade de um tratamento que pode algum dia curar os estragos da demência.
O prêmio Nobel Susumu Tonegawa afirmou que estudos realizados em ratos mostram que estimulando áreas específicas do cérebro com luz azul, os cientistas podem conseguir que os animais lembrem experiências às quais não conseguiam ter acesso antes.
Os resultados fornecem algumas das primeiras evidências de que a doença de Alzheimer não destrói memórias específicas, mas as torna inacessíveis.
"Como seres humanos e camundongos tendem a ter princípios comuns em termos de memória, nossos resultados sugerem que os pacientes com a doença de Alzheimer, pelo menos em seus estágios iniciais, podem preservar a memória em seus cérebros, o que indica que eles têm chances de cura", afirmou Tonegawa à AFP.
Experimento
A equipe de Tonegawa usou camundongos geneticamente modificados para mostrar sintomas semelhantes aos dos seres humanos que sofrem de Alzheimer, uma doença degenerativa do cérebro que afeta milhões de adultos em todo o mundo.

Os animais foram colocados em caixas por cuja superfície inferior passa um baixo nível de corrente elétrica, causando uma descarga desagradável, mas não perigosa em seus membros.
Um rato que não tem Alzheimer que é devolvido para o mesmo recipiente 24 horas depois tem um comportamento medroso, antecipando, assim, a sensação desagradável.
Camundongos com Alzheimer não reagem da mesma forma, indicando que não guardam nenhuma memória da experiência.
Mas quando os pesquisadores estimulam áreas específicas do cérebro dos animais - as chamadas "células de engramas" relacionadas à memória - usando uma luz azul, lembram da sensação desagradável.
O mesmo resultado foi observado inclusive quando se colocavam os animais num recipiente diferente durante o estímulo, o que sugere que a memória teria sido retida e se ativou.
Conexões sinápticas
Ao analisar a estrutura física do cérebro dos camundongos, os pesquisadores mostraram que os animais afetados com a doença de Alzheimer tinham menos "espinhas dendríticas", através das quais as conexões sinápticas são formadas.

Com a repetição dos estímulos de luz, os animais podem incrementar o número de espinhas dendríticas atingindo o nível de ratos normais, então voltando a mostrar um comportamento de medo no recipiente de origem.
"A memória de ratos foi recuperada através de um sinal natural", disse Tonegawa, referindo-se ao recipiente que causava o comportamento de medo.
"Isto significa que os sintomas da doença de Alzheimer em camundongos foram curados, pelo menos em seus estágios iniciais", disse.
A pesquisa, patrocinada pelo Centro RIKEN-MIT para Genética de Circuitos Neurais, é a primeira a mostrar que o problema não é a memória, mas sua recuperação, disse o centro com sede no Japão.
Boa notícia para pacientes de Alzheimer
"É uma boa notícia para os pacientes de Alzheimer", disse Tonegawa por telefone à AFP desde seu escritório em Massachusetts. Tonegawa obteve em 1987 o prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina.

O estímulo ótico das células cerebrais - técnica chamada "optogenética" - implica inserir um gene especial nos neurônios para fazê-las sensíveis à luz azul, e depois estimulam partes específicas do cérebro.
A optogenética foi usada anteriormente em tratamentos psicoterapêuticos para doenças mentais, como depressão mental e transtorno de estresse pós-traumático (PTSD).
Tonegawa disse que a pesquisa em ratos dá esperança para o tratamento futuro do mal de Alzheimer que afeta 70% das 4,7 milhões de pessoas no mundo sofrem de demência, um número que deve aumentar à medida que nos países desenvolvidos como o Japão as pessoas vivem cada vez mais tempo. Mas adverte que muito trabalho ainda é necessário.
"Os níveis iniciais de Alzheimer poderiam ser curados, no futuro, se conseguirmos uma tecnologia com ética e segurança para o tratamento de condições humanas", acrescentou. A pesquisa foi publicada na revista "Nature".




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segunda-feira, 27 de julho de 2015

Mudança na forma de diagnóstico elevou casos de autismo nos EUA

23/07/2015 08h38 - Atualizado em 23/07/2015 08h38

Mudança na forma de diagnóstico elevou casos de autismo nos EUA

Casos de deficiência intelectual foram classificadas como autistas, diz estudo.
Dados foram publicados no 'American Journal of Medical Genetics'.

Da France Presse
Imagem mostra diferença entre neurônio de pessoa sem autismo (à esquerda) e de autista (Foto: Alysson Muotri/Arquivo Pessoal)Imagem mostra diferença entre neurônio de
pessoa sem autismo (à esquerda) e de
autista (Foto: Alysson Muotri/Arquivo Pessoal)
A maneira como era feito o diagnóstico de autismo nos Estados Unidos levou a uma triplicação dos casos nos últimos anos, o que não reflete a realidade - disseram pesquisadores nesta quarta-feira (22).
O que acontece é que mais pessoas jovens com deficiência intelectual ou de desenvolvimento estão sendo classificadas como autistas, argumentou o estudo publicado no "American Journal of Medical Genetics".
Os diagnósticos prevalentes de autismo nos Estados Unidos chegavam a uma pessoa em 5.000 em 1975.
Esse número subiu para um em cada 150 em 2002 e atingiu um de 68 em 2012, de acordo com o Centro norte-americano de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
"Este novo estudo nos dá a primeira evidência direta de que grande parte do aumento pode ser meramente atribuível à reclassificação dos indivíduos com distúrbios neurológicos relacionados ao invés de um aumento real da taxa de novos casos de autismo", explicaram os pesquisadores da Universidade Estatal da Pensilvânia.
Eles analisaram 11 anos de dados sobre matrículas na educação especial em uma média de 6,2 milhões de crianças por ano. Não encontraram "nenhum aumento generalizado no número de estudantes matriculados na educação especial", disse o estudo.
"Além disso, concluíram que o aumento nos estudantes diagnosticados com autismo foi compensado por uma redução semelhante nos estudantes diagnosticados com outras deficiências intelectuais, que às vezes ocorrem ao mesmo tempo que o autismo".
Mudança de critérios
Então, o que pode parecer uma epidemia de autismo é mais provável que seja uma mudança nos critérios para o diagnóstico no tempo. Além disso, o autismo é uma condição complicada com muitos graus de intensidade, e pode sobrepor-se a outras desordens relacionadas.
"A alta taxa de co-ocorrência de outras deficiências intelectuais com o autismo, que levam à reclassificação do diagnóstico, é certamente devido a fatores genéticos compartilhados em muitas desordens do desenvolvimento neurológico", afirmou o pesquisador Santhosh Girirajan, professor assistente de bioquímica e biologia molecular e antropologia da Penn State University.
"Cada paciente é diferente e deve ser tratado como tal. As medidas de diagnóstico padronizados devem levar em conta a análise genética detalhada e um acompanhamento regular em estudos futuros nos quais o autismo seja prevalente".


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quinta-feira, 10 de julho de 2014

Cientistas conseguem retardar avanço da ELA com células-tronco


27/06/2014 11h27 - Atualizado em 27/06/2014 11h28

Cientistas conseguem retardar avanço da ELA com células-tronco

Células iPS foram usadas para conter a esclerose lateral amiotrófica (ELA).
Experimento japonês aumentou em 8% o tempo de vida de camundongos.

Da France Presse
Arte esclerose (ELA) (Foto: g1)
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Kioto (oeste do Japão) conseguiu desacelerar em ratos o avanço da esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma doença degenerativa, graças ao uso de células humanas reprogramadas em células-tronco pluripotentes induzidas (iPS).
Os pesquisadores japoneses, dirigidos por Haruhisa Inoue, conseguiram ampliar em 8% a duração da vida dos ratos acometidos pela ELA através do transplante de células progenitoras neurais ricas em proteínas gliais. Esta substância, derivada das células humanas pluripotentes induzidas, permite garantir a nutrição e a manutenção dos neurônios.
A ELA, também chamada de doença de Charcot, produz uma morte progressiva dos neurônios motores, encarregados de dirigir os músculos, o que provoca uma atrofia muscular e a invalidez de maneira mais ou menos progressiva.
Degeneração atenuada
O prognóstico, imprevisível, desta doença varia de pessoa para pessoa. Algumas morrem rapidamente pela paralisia dos músculos respiratórios, embora outras possam permanecer no mesmo estado por anos.

Assim, o transplante das iPS permite atenuar a degeneração dos neurônios motores, responsáveis pela degradação do estado físico do paciente, que sofre uma paralisia muscular progressiva.
"Nossos trabalhos mostram a potencial eficácia da terapia celular regenerativa para a ELA através do uso de células iPS", embora ainda se esteja longe de encontrar um eventual remédio para esta doença degenerativa, declararam os pesquisadores.
Os trabalhos sobre as células iPS, iniciados pelo japonês prêmio Nobel de Medicina Shinya Yamanaka, são uma prioridade no Japão, onde o governo concede um financiamento importante para sua pesquisa.
A revista americana Stem Cell Reports publicou na quinta-feira (26) os resultados das pesquisas da equipe de Inoue em seu site. Acesse.


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quarta-feira, 11 de junho de 2014

Técnica cirúrgica nova no país faz paraplégico recuperar movimentos

04/06/2014 13h06 - Atualizado em 04/06/2014 21h49

Técnica cirúrgica nova no país faz paraplégico recuperar movimentos

Implantação de eletrodos estimula nervos e força movimento muscular.
Paciente zero submetido à técnica deu primeiro passo com andador.

Eduardo CarvalhoDo G1, em São Paulo

Um novo tipo de cirurgia feito pela primeira vez no Brasil em dezembro pode aumentar a qualidade de vida de pacientes com lesão na medula, que causa a perda de movimentos do corpo. Aplicado em quatro cadeirantes do país, o método permite ao paraplégico ou tetraplégico recuperar a sensibilidade de membros e, com a ajuda de sessões de fisioterapia, dá chances de ele ficar em pé e até caminhar com o auxílio de um andador.
O procedimento foi apresentado nesta quarta-feira (4) por especialistas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ele consiste na implantação de quatro eletrodos junto aos nervos ciático, femoral e pudendo.
Os eletrodos, programados para serem controlados pelo paciente, fazem diferentes combinações da largura do pulso, voltagem e frequência. Eles emitem baixas descargas elétricas e estimulam músculos que ajudam no controle das pernas, bexiga, reto, uretra e ânus.
Desenvolvida pelo médico francês, radicado na Suíça, Marc Possover, a técnica é chamada de Implante Laparoscópico de Neuroprotese (Lion, na sigla em inglês). Ela foi trazida ao Brasil pelos pesquisadores da Unifesp e experimentada em três pacientes de São Paulo e um de Santa Catarina.
Segundo os médicos, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) incorporou esse procedimento desde 1º de janeiro e os planos de saúde são obrigados a cobrir esse tipo de cirurgia em todo o país. Ainda não há previsão de o Sistema Único de Saúde (SUS) realizar em massa operações do mesmo porte.
Francisco Moreira, de 25 anos, o paciente zero do Brasil. (Foto: Eduardo Carvalho/G1)Francisco Moreira, de 25 anos, o paciente zero do
Brasil (Foto: Eduardo Carvalho/G1)
Paciente zero do país

O primeiro a se submeter à técnica no Brasil foi Francisco Moreira, de 25 anos, de Santa Catarina. Vítima de um acidente com snowboard quando tinha 20 anos, o estudante de medicina teve uma lesão medular grau B, que consiste na paralisia motora completa, com alguma sensibilidade preservada.

Em dezembro passado, ele realizou a cirurgia de implantação dos eletrodos no Hospital São Paulo e, desde então, sentiu as pernas mais fortes e teve uma redução drástica de espasmos, que provocam agitações involuntárias dos membros e podem dificultar a vivência de um cotidiano normal.
“Depois da cirurgia, nada ficou como antes. Um outro ganho impressionante que tive foi minha recuperação da incontinência urinária. Antes tinha que ir a cada quatro horas no banheiro e agora posso alongar esse tempo, dependendo da quantidade de líquido que ingerir”, diz Francisco.
Fisioterapia ajuda a ganhar equilíbrio
A fisioterapeuta Salete Conte, que atende Francisco, explica que ele teve um grande ganho no equilíbrio e controle do tronco e consegue virar o corpo para todos os lados, sem ajuda. Além disso, consegue ficar em pé, deslocar os quadris para a lateral com a ajuda do tronco inferior, movimentar os pés e caminhar dentro da piscina.

Francisco conta ainda que passou a ter mais sensibilidade ao pisar e a toques na perna. Após treinamento em piscina, na última semana o jovem deu seu primeiro passo fora da água, com a ajuda de um andador. “Esse foi o maior ganho, nem tanto a vontade de andar. Faria a cirurgia novamente só por isso", complementa.
De acordo com o médico Nucélio Lemos, ginecologista que trouxe a técnica para o Brasil, também foram percebidos avanços nos outros pacientes que também se submeteram à técnica. Sobre a possibilidade dos eletrodos auxiliarem algum paraplégico ou tetraplégico a andar, Lemos afirma que "a taxa de sucesso é bem alta".
Custo
A importação dos eletrodos, com bateria e um controle remoto que será operado pelo paciente para estimular as descargas elétricas, além da cirurgia com diversos especialistas, entre eles um neurologista e ginecologista, custa, em média, R$ 300 mil.
A esse valor, deve ser adicionado gasto com reabilitação do paciente no pós-cirurgico (sessões de fisioterapia), que chegam a custar até R$ 5 mil mensais. Além disso, a cada dez anos é necessário trocar a bateria do aparelho, que custa cerca de R$ 100 mil.

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segunda-feira, 9 de junho de 2014

Cirurgia separa gêmeas siamesas unidas pelo fígado em Belém

16/05/2014 12h16 - Atualizado em 16/05/2014 17h45

Cirurgia separa gêmeas siamesas unidas pelo fígado em Belém

Médicos da Santa Casa levaram 3 horas para concluir procedimento.Pais das crianças aguardam alta para levar meninas para casa


Do G1 PA


Cirurgia para separar gêmeas durou três horas em Belém (Foto: Divulgação / Santa Casa)Cirurgia para separar gêmeas durou três horas em Belém (Foto: Divulgação / Santa Casa)
Após uma cirurgia de cerca de três horas, realizada na noite de quinta-feira (15), em Belém, médicos da Santa Casa de Misericórdia conseguiram separar gêmeas siamesas, que nasceram ligadas pelo tronco. Segundo o hospital, que é referência em atendimento pediátrico do estado, esta é a primeira vez que um procedimento desse tipo é realizado em um hospital do Norte do país.
Meninas estão em observação na UTI neonatal (Foto: Divulgação / Santa Casa)
Meninas estão em observação na UTI neonatal
(Foto: Divulgação / Santa Casa)
As meninas, que completam cinco dias de vida nesta sexta-feira (16) estão em observação na UTI neonatal da Santa Casa. De acordo com a equipe médica que cuidou das crianças, a cirurgia foi considerada um sucesso e o único órgão que era compartilhado pelas meninas, o fígado, foi dividido entre as duas.
"Por ser uma cirurgia delicada, tem uma recuperação com risco. Um dos nenéns está bem estável, o outro um pouco menos. A gente sempre fala que uma má-formação congênita pode vir acompanhada, por isso, vamos agora acompanhar para ver se os bebês não desenvolveram nenhum problema cardíaco ou renal. Não há como fazer nenhuma previsão porque depende da evolução do quadro", explicou o doutor Eduardo Amoras, chefe do setor de cirurgia pediátrica da Santa Casa, que comandou a equipe com cerca de 20 profissionais.
As gêmeas são filhas de uma dona de casa e de um operário que vivem no bairro do Guamá, em Belém. Elas estão em fase de recuperação e deverão sair da UTI dependo da evolução do quadro clínico.


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