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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Cientistas descobrem novo código de DNA relacionado ao controle genético

Fonte: www.g1.globo.com

13/12/2013 10h42 - Atualizado em 13/12/2013 10h42

Cientistas descobrem novo código de DNA relacionado ao controle genético

Estudo sugere que DNA muda e instrui células sobre controle dos genes.
Descoberta pode ter implicações em diagnósticos, dizem cientistas.

Da AFP

Os nucletídeos são representados nessa ilustração como cada uma das "bolinhas" na dupla hélice do DNA. (Foto: Pasieka / APA / SPL / AFP Photo)Segundo código de DNA está relacionado a controle
genético, afirmam cientistas em novo estudo
  (Foto: Pasieka / APA / SPL / AFP Photo)
Há muito tempo os cientistas acreditavam que o DNA diz às células como produzir proteínas. Mas a descoberta de um segundo código secreto de DNA, na última quinta-feira (12), sugere que o corpo na verdade fala dois idiomas diferentes.
A descoberta, publicada na revista "Science", pode ter fortes implicações em como especialistas médicos usam os genomas dos pacientes para interpretar e diagnosticar doenças, afirmaram os pesquisadores.
O recém-descoberto código genético, encontrado no interior do ácido desoxirribonucleico, o material hereditário existente em quase todas as células do corpo, foi escrito bem acima do código de DNA que os cientistas já tinham decodificado.
Ao invés de se concentrar nas proteínas, este DNA instrui as células sobre como os genes são controlados.
Sua descoberta significa que o DNA muda ou que mutações que ocorrem com a idade ou em resposta a vírus podem fazer mais do que os cientistas pensavam anteriormente.
"Por mais de 40 anos, presumimos que as mudanças no DNA que afetam o código genético impactavam unicamente a forma como as proteínas são feitas", disse o principal autor do estudo, John Stamatoyannopoulos, professor associado de ciência do genoma e de medicina da Universidade de Washington.
"Agora nós sabemos que esta suposição básica sobre a leitura do genoma humano está incompleta", afirmou.
"Muitas mudanças no DNA que parecem alterar a sequência das proteínas podem na verdade causar doenças interrompendo programas de controle genético ou inclusive ambos os mecanismos simultaneamente", prosseguiu.
Novos elementos
Os cientistas já sabiam que o código genético usa um alfabeto de 64 letras denominado códons. Mas agora descobriram que alguns desses códons têm dois significados.

Denominados "duons", estes novos elementos da linguagem de DNA só têm um significado relacionado ao sequenciamento proteico e outro que é relacionado ao controle genético.
As últimas instruções "parecem estabilizar certas características benéficas das proteínas e de como são feitas", destacou o estudo.
A descoberta foi feita como parte de uma colaboração internacional de grupos de pesquisa conhecidos como projeto Enciclopédia do Elementos de DNA ou Encode.
Ele é financiado pelo Instituto Nacional de Pesquisas do Genoma Humano com o objetivo de descobrir onde e como as direções de funções biológicas são armazenadas no genoma humano.
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CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

Um comentário:

  1. O Instituto Nacional de Pesquisas do Genoma Humano, através de seu financiamento, propiciou a descoberta de um novo código genético capaz de alterar parte das concepções sobre o disgnóstico de doenças provocadas por um determinado gene. O número de investigações genéticas aumentou consideravelmente nas últimas décadas ,pois, esse avanço na ciência é capaz de detectar a possibilidade de manifestação de uma doença até mesmo antes da concepção. Entretanto, suas consequências são questionadas pela Bioética e por demais interessados como o Congresso Nacional (lei 11105 de 2005, Lei de Biossegurança) , o Conselho Federal de Mecina, entre outros. O avanço dessas técnicas que possibilitam a manipulação desses genes podem propiciar o aumento da procura de eugenias positivas, que consistem na eliminação de um gene relacionado a uma característica vista ,sem fundamentação lógica, como desqualificadora. Essa eugenia possibilita a segregação social e o reforço para o preconceito contra aqueles que possuem as característica vistas como negativas. Além disso, ainda há uma incerteza sobre o futuro que decorre do uso frequente dessas práticas, recaindo sobre os legisladores e magistrados a atenção sobre os princípios bioéticos e biojurídicos.

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