'Não me sinto diferente das outras crianças': Um ano após cirurgia, menino celebra mãos transplantadas
Zion Harvey foi a pessoa mais jovem a passar pela operação, em julho do ano passado, quando tinha 8 anos.
O pequeno Zion Harvey já consegue realizar um dos seus grandes desejos: jogar futebol americano. O garoto de 9 anos recebeu um transplante de duas mãos em julho de 2015 e agora, um ano depois, já consegue fazer qualquer atividade normalmente com os novos membros.
Zion tinha apenas 2 anos de idade quando precisou amputar as mãos e os pés por causa de uma infecção grave.
Na época, ele também precisou receber um dos rins da mãe, o que também contribuiu com a adaptação às novas mãos - o coquetel de remédios que precisou tomar fez com que seu organismo parasse de rejeitar tecidos estranhos.
"Eu não fui sempre assim. Quando eu tinha dois anos, tive que tirar minhas duas mãos porque estava doente", explica.
Zion teve de se adaptar à infância sem as mãos e aprendeu a comer e até a jogar videogame sem precisar de ajuda. Mas o menino optou pela cirurgia porque queria muito um dia poder segurar sua irmã menor - e também porque tinha vontade de jogar futebol americano. Nas pernas, ele usa próteses.
Foi assim que, aos 8 anos, ele se tornou a pessoa mais jovem a receber um transplante duplo de mãos. Cerca de 40 médicos participaram da operação no Hospital das Crianças na Filadélfia - o procedimento durou mais de 10 horas e foi considerado bem-sucedido.
Os cirurgiões garantiram, logo após a operação, que Zion teria agora "tudo para crescer como uma criança normal", e que as mãos acompanhariam seu crescimento.
Hoje, um ano depois da cirurgia, ele já consegue segurar a bola de futebol americano ao brincar com os amigos sem a menor dificuldade.
Os médicos ficaram surpresos com a evolução do menino um ano após o transplante e com sua independência para realizar tarefas.
"Me sinto muito feliz com minhas novas mãos e não me sinto diferente das outras crianças", afirma Zion. "Agora eu consigo lançar a bola de futebol mais longe do que quando não tinha as mãos."
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CEBID - Centro de Estudos em Biodireito
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