Acesse o nosso site: www.cebid.com.br

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Inscrições Abertas: Seminário de Propriedade Intelectual


site



Inscrições Abertas: Seminário de Propriedade Intelectual


O Seminário Propriedade Intelectual e Política de Concorrência como Instrumentos de Políticas Públicas visa a qualificar e atualizar a reflexão e o debate acerca dos direitos da Propriedade Intelectual. Nesse contexto, faz-se importante atentar para o papel das políticas públicas, na medida em que são influenciadas pela dinâmica dos direitos da Propriedade Intelectual e, a seu turno, também tem efeitos sobre estes.
O CEDIN terá a honra de receber em Belo Horizonte o Dr. Nuno Pires de Carvalho, Diretor da Divisão de Propriedade Intelectual e Política de Concorrência da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), para conduzir palestras e debates acerca do tema em que é um dos mais reconhecidos especialistas na arena internacional.
O evento, com duração de dois dias, acontecerá na sede do CEDIN, sendo realizado em continuidade ao Seminário ministrado em 2012, também em parceria com a Organização Mundial da Propriedade Intelectual, intitulado As Patentes e as Marcas nos Tratados Internacionais e a Política Global de Concorrência.
 O Seminário é dirigido a estudantes, professores e profissionais do meio jurídico como advogados e juízes atuantes na área da propriedade intelectual, bem como empresários, profissionais da administração pública, da área da saúde, membros de NITs e demais interessados no tema.


Clique aqui para se inscrever e conferir a Programação do Evento.




---------------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

Alemanha é o primeiro país europeu a reconhecer terceiro gênero

  atualizado às 18h36

Alemanha é o primeiro país europeu a reconhecer terceiro gênero

Pais poderão deixar em branco a lacuna destinada ao sexo dos filhos na certidão de nascimento


A Alemanha se tornará nesta sexta-feira, dia 1º de novembro, o primeiro país europeu a autorizar que bebês sejam registrados sem serem claramente identificados como meninos ou meninas. Os pais poderão deixar em branco a lacuna correspondente ao sexo nas certidões de nascimento, criando assim uma categoria indefinida nos registros civis.

"É a primeira vez que a lei reconhece que há seres humanos que não são nem homens, nem mulheres ou são ambos; gente que não entra nas categorias legais tradicionais", explicou à AFP Konstanze Plett, professora de Direito da Universidade de Bremen.

​​A medida visa a reduzir a pressão sobre os pais, obrigados a decidir por operações cirúrgicas polêmicas para atribuir um sexo ao recém-nascido. Segundo o Ministério do Interior, os passaportes alemães onde constam "M" para masculino e "F" para feminino, a partir de agora terão outra possibilidade: o "X" para a lacuna reservada ao sexo.

De acordo com Plett, especialista em direitos dos intersexuais, as regras serão aplicadas também a documentos oficiais.

A lei, que entra em vigor em 11 de novembro, não responde a algumas dúvidas sobre o que significa viver sem uma identidade sexual juridicamente estabelecida. O legislador terá que esclarecer as consequências desta mudança para casamentos e uniões civis, por exemplo. Na Alemanha, o casamento só pode unir um homem e uma mulher, enquanto o contrato de união civil ("Lebenspartnerschaft") é reservado exclusivamente a pessoas do mesmo sexo.

A lei destina-se aos pais de recém-nascidos e "não é apropriada para resolver o conjunto de complexas problemáticas de pessoas intersexuadas", afirmou o porta-voz do ministério do Interior.

Para as associações, a preocupação é, sobretudo, saber como pode ser a vida das crianças que não tiveram seu sexo identificado quando nasceram em um mundo que funciona, em grande parte, com a lógica binária homem/mulher. "Na escola, há banheiros para meninos e meninas. Para onde vai a criança intersexuada?", perguntou-se Silvan Agius, da organização ILGA Europa, que luta pela igualdade dos direitos de homossexuais, lésbicas, bissexuais, trans e intersexuais.

"A lei não muda isso. Não vai criar imediatamente um espaço em que as pessoas intersexuadas possam ser elas mesmas", assegurou, antes de indicar que a Europa está atrasada neste ponto.

Em junho, a Austrália anunciou a instauração de uma nova nomenclatura sobre o reconhecimento dos sexos em documentos oficiais, oferecendo as possibilidades homem, mulher e transexual.

A nova lei segue um relatório de 2012 do comitê de ética alemão, que reúne teólogos, universitários, juristas e tem como objetivo assessorar o governo. No mesmo se destacava que as pessoas com "diferenças no que diz respeito ao desenvolvimento sexual" sofrem com "a ignorância social generalizada" e com a "falta de respeito do corpo médico".

No relatório constava o depoimento de uma pessoa nascida em 1965 sem os órgãos genitais claramente definidos e que foi castrada na infância, sem o consentimento dos pais. "Não sou nem homem, nem mulher", afirmou esta pessoa. "Sou o patchwork que os médicos criaram, mortificado e marcado para a vida".

Calcula-se que um recém-nascido em cada 1.500 ou 2.000 seja intersexual, embora esse número possa ser maior, devido à dificuldade para se definir o que é a intersexualidade, tanto do ponto de vista físico quanto hormonal.

A nova lei estabeleceu o perfil dessa minoria, o que poderia permitir uma sensibilização crescente, mas também, como muitos temem, poderia aumentar o risco de discriminação. "É absolutamente imperativo que pais, educadores e médicos sejam informados sobre a vida de pessoas intersexuadas", afirmou Lucie Veith, da Associação Alemã de Pessoas Intersexuadas (Intersexuelle Menschen e.V).

"O governo deve adotar medidas para garantir que nenhum menor de idade seja vítima de discriminação com esta nova lei", advertiu.
 
---------------------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

Brasil desconsidera diretrizes para experimentação animal

Revolução dos beagles

Brasil desconsidera diretrizes para experimentação animal

Na madrugada do dia 19 de outubro de 2013, ativistas vinculados ao movimento de Libertação Animal invadiram o laboratório do Instituto Royal, referência em pesquisa e testes em animais, localizado em São Roque (SP), e resgataram 178 cães da raça beagle, utilizados para testes destinados a empresas vinculadas do Instituto. A invasão do laboratório polarizou a opinião pública. Defensores da invasão alegam estarem os cães sofrendo maus-tratos, ao passo que aqueles contrários afirmam que os testes desenvolvidos no Instituto seguem as leis brasileiras e são necessários para o desenvolvimento da ciência.
A discussão sobre a experimentação animal suscita análises acerca da existência e efetividade de um marco regulatório nacional que vise à implementação de padrões éticos de pesquisas em modelos animais.
Já em 1959, dois cientistas, Russell e Burch, estabeleceram diretrizes para o tratamento ético de animais em pesquisas. Estudo sistemático fomentado pela Federação de Universidades para o Bem-Estar Animal (UFAW) apontou para a necessidade da implementação da política de três diretrizes (The Three “Rs”) na lide com animais: reposição (substituição), redução e refinamento. Dessa forma, valoriza-se, respectivamente, o uso de alternativas à experimentação animal, métodos que minimizem o impacto em grandes populações de animais e redução de potenciais experimentos dolorosos ou penosos a animais.
Desde então, diversos ordenamentos jurídicos e órgãos centrais vêm pautando as suas ações pelas diretrizes supracitadas. Entretanto, a comparação entre a prática internacional voltada à regulação da experimentação em animais e a realidade brasileira denota um hiato acentuado entre as legislações existentes.
A legislação brasileira concernente à regulação de experimentação animal possui raízes no Decreto 24.645/1934, que previa penas àqueles que praticassem atos cruéis em animais, não fazendo referência a pesquisas.
Normas atuais concernentes à regulação em experimentação animal derivam do artigo 225, parágrafo 1º, VII, da Constituição da República. Em capítulo destinado à preservação do Meio Ambiente, estipula-se que é dever do Poder Público proteger a fauna contra práticas que submetam animais à crueldade. A estipulação fundamenta-se na caracterização de animais como um bem de uso comum do povo.
O marco regulatório da experimentação animal, derivado do artigo 225, encontra-se hoje na Lei 11.794/2008 (Lei Arouca). Com o intuito de estipular diretrizes normativas à regulação do uso de animais em experimentos científicos, a referida Lei foi forjada em um contexto de busca por centralização regulatória, já que municípios avançavam em direção à proibição da prática de experimentação em animais, de forma irrestrita.
A Lei Arouca limita o seu âmbito de incidência a animais vertebrados vivos, excluindo-se desse rol os destinados a atividades pecuaristas, utilizados em pesquisas científicas, além de estabelecer, no artigo 4º e seguintes, o Concea — Conselho Nacional de Controle em Experimentação Animal. Somente as instituições de pesquisa aprovadas pelo Concea poderão efetuar experimentos em animais.
A Lei, no entanto, é muito tímida e pouco explícita acerca dos princípios ético-legais que normatizam a pesquisa com animais (artigo 14 em especial) para ensino e pesquisa científicas.
Impreciso terminologicamente, o marco regulatório brasileiro desconsidera diversos esforços internacionais voltados à implementação efetiva das três diretrizes básicas na lide com animais em experimentos. Dois pontos centrais foram tratados superficialmente, como a busca por alternativas ao uso de modelos animais e a existência de requerimentos de demonstração da relevância das pesquisas em animais para benefícios humanos.
A inexistência de requerimentos para que os pesquisadores demonstrem a relevância comunitária do procedimento de pesquisa em animais é um dos pontos mais problemáticos do marco regulatório, pois abre espaço para diversas práticas que acarretam em maus-tratos a animais pautadas em justificativas vagas ou imprecisas.
Diversos ordenamentos jurídicos internacionais vão de encontro à lacuna fornecida pela Lei 11.794. A legislação alemã possui lei especial voltada à proteção dos animais, a Tierschutzgesetz (Lei de Proteção Animal), que estabelece, em seu artigo 1º, que animais não são coisas, mas nossos similares, e, por isso, devem ser protegidos de dor, sofrimento ou demais danos. A exceção para tal proteção encontra-se no parágrafo 7, em casos de extrema necessidade de utilização de animais. A Tierschutzgesetz segue, nesse sentido, a sistemática criada a partir do Código Civil alemão, o Bürgerliches Gesetzbuch, que, em sua seção 90, afirma que animais não são coisas.
A legislação de proteção animal alemã é uma das mais incisivas e precisas do mundo, e aponta claramente para a utilização de animais em pesquisas como uma exceção, e não uma regra. Diferentemente do marco regulatório brasileiro, a Lei de Proteção Animal alemã exige justificativa formal do órgão pesquisador para que animais sejam utilizados, e esses somente devem ser objetos de pesquisa em quatro situações, quais sejam:
i. prevenção, diagnóstico ou tratamento de doenças em humanos ou animais;
ii. auxílio na detecção de ameaças ambientais severas
iii. segurança para produtos lançados
iv. necessidade do uso em pesquisas básicas
Ainda, em cada estudo envolvendo animais, três autoridades distintas deverão avaliar a relevância da pesquisa a partir de projetos pilotos. Caso haja um consenso unânime o estudo poderá prosseguir, mediante a justificativa com bases bioéticas da permissão ou negação da pesquisa pelos avaliadores (parágrafo 15 da TierSchG).
Seguindo a lógica implementada pela Alemanha, a União Europeia, em 2013, baniu completamente a experimentação em animais para fins cosméticos, mesmo que tais experimentos sejam conduzidos em alguns ingredientes da fórmula final do produto. A história desse banimento histórico desenvolveu-se a partir de 1993, tendo contado com um investimento de recursos que totalizaram mais de € 238 milhões para pesquisas de alternativas ao uso de animais. O dia 11 de março de 2013 é apontado pelos membros da União Europeia como “o fim do sofrimento animal para fins cosméticos”(Council Directive nº 76/768/EEC c/c EU Communication 135/2013).
Cinicamente, as empresas podem ainda produzir cosméticos testados em animais, desde que os comercializem fora da União Europeia, em países como o Brasil, que ainda não baniram tais práticas.
Assim, muito embora o marco regulatório da experimentação animal no Brasil seja um avanço, ainda é tímido em abordar com segurança e precisão as três diretrizes bioéticas adotas pela comunidade científica internacional, além de ser impreciso terminologicamente e não surtir efeitos práticos na busca pela substituição paulatina de animais por modelos alternativos de testes e experimentações.
Dessa forma, os pontos nevrálgicos concernentes à implementação de um tratamento eticamente regulado de pesquisas em animais são deixados à livre-interpretação de órgãos reguladores. Esses trabalham com a sistemática de um ordenamento jurídico burocrático, pouco preciso e, sobretudo, mal divulgado. O debate social acerca do tema faz-se urgente. Nesse ponto, a revolução dos beagles surtiu efeito.
------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

Pressa perigosa na aprovação de drogas nos EUA

Fonte: www.oglobo.globo.com

Pressa perigosa na aprovação de drogas nos EUA

  • FDA permitiu a entrada de remédios no mercado mesmo com poucos testes, aponta pesquisa



CESAR BAIMA (EMAIL)
Publicado: 



Quanto menos participantes em testes clínicos prévios de novas drogas, maior o perigo de complicações, alertam os especialistas
Foto: Arquivo
Quanto menos participantes em testes clínicos prévios de novas drogas, maior o perigo de complicações, alertam os especialistasARQUIVO
 
RIO - A pressa para colocar no mercado novos medicamentos fez a FDA, a agência reguladora de alimentos e remédios dos EUA, aprovar a comercialização de drogas com poucos testes, sob a promessa de estudos posteriores que em grande parte não foi cumprida, revela pesquisa publicada no periódico “JAMA Internal Medicine”. Segundo especialistas, esta rapidez põe em risco não só a saúde dos pacientes como a própria confiança de todo o sistema de saúde no processo que visa garantir a eficácia e segurança destas novas moléculas.
 
Para realizar o estudo, Thomas J. Moore, do Instituto para Práticas Seguras de Medicação, e Curt D. Furberg, da Escola de Medicina de Wake Forest, focaram-se no tempo de desenvolvimento, testes clínicos, acompanhamento pós comercialização e riscos à segurança de 20 drogas aprovadas pela FDA em 2008, quando a maior parte das regras hoje seguidas já estava em vigor. Destas, oito se beneficiaram de novos processos para aprovação rápida, enquanto as restantes seguiram o curso normal da agência.
 
De acordo com a análise dos pesquisadores, as drogas que passaram pelo caminho de aprovação rápida levaram em média 5,1 anos para chegarem às prateleiras das farmácias, contra 7,5 anos das que fizeram o caminho normal. Além disso, sua eficácia e segurança só foi testada em uma média de 104 pacientes, menos de um quinto da média de 580 pacientes dos testes clínicos das moléculas que seguiram os padrões usuais da FDA. Por fim, 60% dos estudos de eficácia e segurança prometidos já com os medicamentos em comercialização não foram completados ou sequer iniciados, apontam.
 
“Os testes de novas drogas mudaram de uma situação em que a maior parte era realizada antes da aprovação inicial para uma em que muitas drogas inovadoras são aprovadas mais rapidamente depois de um pequeno ensaio clínico em uma população mais limitada de pacientes, com testes mais extensivos sem feitos depois da aprovação”, relatam os pesquisadores. “Nossas descobertas sugerem que esta mudança tornou mais difícil (para os médicos) equilibrar os benefícios e riscos das novas drogas, o que demanda mais avaliações dos padrões e procedimentos para os testes de novos medicamentos”.
 
Risco para todo sistema
 
Já em comentário que acompanha a pesquisa, Daniel Carpenter, da Universidade de Harvard, alerta que sem uma fiscalização mais próxima dos prometidos estudos posteriores à aprovação para comercialização pela FDA todo o sistema calcado na atuação da agência pode ruir, com graves consequências para pacientes, médicos e a própria indústria farmacêutica, já que os remédios aprovados em processos apressados têm três a cinco vezes mais chances de acabarem retirados do mercado por razões de segurança.
 
— Se os requisitos da FDA para novas drogas, tanto antes da comercialização quanto após, forem enfraquecidos, a confiança tanto na eficácia quanto na segurança de remédios com prescrição também ficará enfraquecida — diz Carpenter. — Não há praticamente nenhum aspecto do sistema de atenção à saúde americano que não dependa da confiança nestes remédios construída com base em evidências, ratificada e policiada pela FDA.


-----------------------------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito


 

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Mãe descobre troca de bebês após reconhecer filha em consulta

Fonte: http://noticias.br.msn.com


Atualizado: 25/10/2013 06:41
 | Por BBC, BBC Brasil

Mãe descobre troca de bebês após reconhecer filha em consulta

Mãe descobre troca de bebês após reconhecer filha em consulta
"María Lorena Gerbeno, que teve seu bebê trocado na maternidade (foto: Daniel Arias/Clarín)"
Duas mães na Argentina recuperaram suas filhas biológicas após terem sido vítimas de uma troca de bebês no mês passado em um hospital na província de San Juan, no noroeste do país.
A advogada María Lorena Gerbeno, de 37 anos, contou ao jornal Clarín que teve a intuição de que segurava a filha de outro casal antes mesmo de voltar para casa.
'Estava muito angustiada e disse a meu marido: nosso bebê foi trocado', relembra a advogada, que deu à luz no dia 30 de setembro, no Sanatório Argentino.
Dias depois ela voltou ao hospital para uma consulta de rotina e teve uma nova intuição ao ver uma mãe, chamada Veronica, segurando um bebê na sala de espera.
'Sabia que aquele era o meu bebê. Parecia ter o peso que deveria ter a minha filha e se parecia com os meus outros filhos quando eram recém-nascidos', disse.
'Naquele tarde acordei chorando, angustiada. Sabia que aquela era minha filha e que não a tinha em meus braços', recorda.
Teste de DNA
Segundo a agência AFP, enfermeiras teriam dito a Verônica, logo depois que ela deu à luz, que seu bebê pesava 2,9 quilos. No entanto, quando a entregaram a menina momentos depois, disseram que ela pesava 3,7 quilos.
'Eu disse que meu bebê era mais leve, mas insistiram que eu tinha entendido errado. Nunca obtive as respostas'.
As suspeitas de María Lorena a levaram a fazer um teste de DNA no dia 15 de outubro, que confirmou que o bebê que tinha levado para casa não era sua filha biológica.
María Lorena e o marido entraram com uma ação na Justiça para tentar encontrar sua filha verdadeira. De acordo com informações fornecidas pelo hospital, cinco bebês nasceram no dia 30 de setembro, entre os quais três meninas.
Novos testes de DNA foram realizados com as outras duas famílias e ficou provado que o bebê de María Lorena tinha sido trocado com o de Veronica Tejada.
Na segunda-feira, as duas famílias puderam finalmente trocar os bebês.
O Sanatório Argentino emitiu um comunicado dizendo que se solidariza com as famílias envolvidas no caso e que assume a responsabilidade pelo ocorrido.
As mães dizem que cogitam processar o hospital.
BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.



--------------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

Gêmeos de 'sessentona' completam 1 ano e apagam velinha em Santos

Fonte: www.g1.globo.com

24/10/2013 07h24 - Atualizado em 24/10/2013 07h26

Gêmeos de 'sessentona' completam 1 ano e apagam velinha em Santos

Sofia e Roberto curtiram com bastante alegria o primeiro aniversário.
Antonia Asti foi mãe aos 61 anos no dia 23 em outubro de 2012.

Mariane Rossi
Do G1 Santos

Família reunida no aniversário de um ano dos gêmeos (Foto: Mariane Rossi/G1)Família reunida no aniversário de um ano dos gêmeos (Foto: Mariane Rossi/G1)
Há um ano, Antônia Letícia Asti realizou o grande sonho de ser mãe. Aos 61 anos, ela deu luz aos gêmeos Roberto e Sofia, que ficaram conhecidos internacionalmente. Mais crescidos, hoje eles esbanjam saúde e alegria. Os gêmeos comemoraram o primeiro ano de vida, nesta quarta-feira (23), ao lado dos pais, que não se cansam de olhar e curtir os pequenos.

Ao lado do marido José César Asti, de 55 anos, a mãe Antonia Letícia é só felicidade. Ela esperou muito para ter seus filhos e, depois que eles nasceram, precisaram ficar internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neo Natal do hospital São Lucas, em Santos. Os bebês precisavam ganhar peso, já que nasceram de 31 semanas. Depois que eles receberam alta médica, a família não parou de comemorar. Os pais fizeram festinhas para a família no dia 23 de cada mês para lembrar o nascimento dos filhos.

Agora, para comemorar o primeiro ano completo das crianças, eles montaram uma festa que será apenas no fim de semana, mas não deixaram passar em branco um dia tão importante para eles. “Há um ano, eu estava fazendo o exame de ultrassom. Depois fui direto para o hospital”, lembra. Sofia e Roberto nasceram de uma cesárea, às 22h30, na maternidade do Hospital São Lucas. Após um ano, eles estão bem agarrados a mãe e ao pai e, mesmo sendo gêmeos, são bem diferentes no gênio e já mostram a sua personalidade no dia a dia.
Sofia e Roberto, com 1 ano (Foto: Mariane Rossi/G1)
Sofia e Roberto, com 1 ano
(Foto: Mariane Rossi/G1)
Sofia foi a primeira a sair do hospital, no dia 20 de dezembro. Hoje, ela já nem parece aquela a bebê tão pequena que tinha apenas 900 gramas. Sofia é sorridente e brinca com qualquer um. Segundo a mãe, ela dorme a noite toda, não costuma dar muito trabalho, mas dá trabalho quando precisa comer sopa.

Já Roberto, foi o segundo o último a chegar a casa. Ele sofreu uma hemorragia e teve que ficar internado mais tempo para se tratar. Depois de dois meses e quatro dias ele recebeu alta médica, em 27 de dezembro, e a família pôde passar o primeiro ano novo reunida. Agora, Roberto já está maior que Sofia e os primeiros dentinhos já apareceram.  Curioso, ele não para um só minuto. O pai conta que tem que prendê-lo no carrinho. “Esse aqui já teve três experiências, caiu três vezes. Uma da cama, uma do berço e uma do carrinho. Aí a gente sai correndo para o hospital para ver se aconteceu alguma coisa”, conta. A mãe diz que ele é o mais levado dos dois e já está começando a ficar em pé com a ajuda dos pais.

Os bebês são o xodó da família e até das pessoas que passam por eles na rua. Mas, quem fica com o trabalho duro são os pais. José costuma sair cedo para trabalhar e Antonia fica com os bebês até a hora em que ele retorna para casa. “Eu já peguei o jeito. Coloco um para tomar banho enquanto o outro fica no carrinho. Para dar comida, é uma colherada para cada um. Enquanto ela está mastigando, o Betinho já comeu duas colheradas”, conta ela.

A mãe também adora brincar com as crianças, principalmente, no quarto, onde ela pode ter o controle dos dois. Os gêmeos também adoram sair e sempre que possível, a família vai passear pelas ruas do bairro Campo Grande. “A gente procura ir a lugares mais pertos com ele, onde não tem muito movimento. Agora vai vir o verão e nós vamos levar eles na praia, colocar o pezinho na água”, diz o pai das crianças.
  •  
  •  
Gêmeos e o bolo para comemorar o primeiro ano de vida (Foto: Mariane Rossi/G1)Gêmeos e o bolo para comemorar o primeiro ano de vida (Foto: Mariane Rossi/G1)
O trabalho está um pouco maior, isso eles não tem nenhuma dúvida. Mas, o prazer de tê-los por perto, bem de saúde e sempre sorridentes, compensa o esforço de cada dia. “Muita gente falou que a gente era louco, que não íamos conseguir, não teríamos paciência. Olha aí, um aninho já”, afirma o pai. Já a felicidade da mãe, de 62 anos, não tem fim. Ela diz que nunca perdeu a calma para cuidar dos filhos e que não existe coisa melhor que ser mãe. “Logo cedo a gente já cantou parabéns para eles. É muito bom. Ser mãe é tudo de bom”, finaliza,
Antonia e Sofia, José e Roberto, no aniversário das crianças (Foto: Mariane)
Antonia e Sofia, José e Roberto, no aniversário das
crianças (Foto: Mariane)
Conheça o caso
Antônia Letícia, de 61 anos, moradora de Santos, no litoral de São Paulo, deu à luz um casal de gêmeos na noite do dia 23 de outubro. Ela e o marido, de 55 anos, tentavam ter filhos havia mais de 20 anos, sem sucesso, mas após quatro tentativas de inseminação artificial.

Sofia e Roberto nasceram às 22h30 na maternidade do Hospital São Lucas. Os bebês nasceram de cesárea pesando cerca de 900 gramas cada um. A mãe precisou ficar na UTI durante 24 horas para estabilizar a pressão e depois foi encaminhada para o quarto. O parto precisou ser adiantado por causa de uma hipertensão severa da mãe, e acabou acontecendo com apenas 31 semanas. Antônia Letícia Asti passou por uma estimulação da glândula mamária para conseguir produzir o leite.

Na época, o ginecologista Orlando de Castro Neto explicou que conhecia Antônia desde 1992, quando ela procurou ajuda para engravidar pela primeira vez. Nesses 20 anos, segundo ele, foram três tentativas de fertilização e uma tentativa de adoção frustradas. A quarta tentativa de fertilização só foi um sucesso por causa de uma intervenção do médico. "Criamos um endométrio favorável e fizemos uma inseminação com dois embriões. Graças a Deus, dessa vez deu certo. Se há 10 anos não tivemos sucesso em nenhuma das três tentativas, nessa, na primeira tentativa, deu certo. Por ser uma gestação gemelar de um menino e uma menina, foi super gratificante”, afirma Orlando. Segundo o médico, a idade não atrapalhou o processo. “A idade não pesou em nada. A única condição é ter útero. Hoje em dia, por meio de medicamentos, você consegue fazer o processo. Até o sexto mês ela não deu nenhum trabalho, tinha uma hipertensão leve que foi controlada, mas ela me deu muito menos trabalho do que grávidas bem mais jovens”, relata Neto.




------------------------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

'Negação do real' impede casal gay de adotar criança

NotíciasF

Fonte: www.conjur.com.br

ESTUDO PSICOSSOCIAL

'Negação do real' impede casal gay de adotar criança

Se o espaço familiar é sadio e possibilita a proteção e o desenvolvimento da criança, a questão de gênero seria algo menos importante no conjunto de fatores que poderia impedir a adoção. Entretanto, a existência de determinados segredos familiares pode prejudicar o desenvolvimento emocional da criança, já que impossibilita a transmissão e integração do psiquismo de algo que era do outro.
Essa síntese de um laudo psicossocial se constituitiu num dos motivos que levou a 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul a manter sentença que indeferiu pedido de habilitação para adoção de menor, feito por um casal homossexual. O caso tramita sob segredo de Justiça no 1º Juizado da Infância e Juventude de Porto Alegre, sendo um dos ‘‘pais’’ transexual.
Na Apelação encaminhada ao TJ-RS, o casal adotante pediu novo laudo psicológico, com outros profissionais, queixando-se de ‘‘certo desconhecimento acerca de transexualidade’’ por parte dos atuais avaliadores. Alegou que os técnicos ficaram mais preocupados com a transexualidade em si do que como efetivamente ambos se apresentam, em termos de comportamento, perante a sociedade.
Narcisismo
O relator do recurso, desembargador Luiz Felipe Brasil Santos, afirmou no acórdão que a disciplina legal foi plenamente observada, uma vez que foram juntados aos autos tanto o laudo social como o psicológico. Contudo, o parecer técnico foi pela ‘‘contraindicação’’ da habilitação dos autores para adoção.

O relator destacou que a inconformidade com a conclusão dos laudos está fundada em meras impressões pessoais sobre a abordagem e o método de avaliação dos profissionais e não vem respaldada em qualquer documento técnico capaz de infirmar ou contrapor o parecer da equipe interdisciplinar do Juizado da Infância e Juventude, formada por profissionais idôneos e experientes em procedimentos desta espécie.
Para o relator, o compromisso desses técnicos vai além da simples constatação da motivação do casal pretendente à adoção. Na verdade, esses analisam, de forma ampla, a adequação, o preparo e a capacidade dos candidatos à adoção de uma criança, a fim de proporcionar-lhe desenvolvimento pleno e saudável.
Santos chegou a transcrever no acórdão a íntegra do parecer da procuradora de Justiça Juanita Rodrigues Termignoni, que tem assento no colegiado. Esses fundamentos foram integrados a seu voto como razões de decidir.
Diz um dos trechos, analisando o laudo: ‘‘(...) o que a profissional psicóloga percebeu na particularidade do caso das próprias autoras, no seu psiquismo, é um mecanismo de justificação mútua que, na verdade, ainda que as mantenha unidas, como casal etc., envolve certa negação do real, certa intolerância à discussão acerca desse real... Ao final, a profissional apenas tenta verificar quais as consequências de tal ambiente psicológico, por assim dizer, em relação à parentalidade, à adoção...’’
Outro trecho é mais revelador: ‘‘Como casal, se reforçam em aspectos narcisistas, com complementariedade. Alteram qualquer possível questionamento para apresentar configuração perfeita. Tudo que têm para oferecer é narcisisticamente valorizado, e o terceiro é considerado apenas na condição de complementar essa configuração narcisista, função que a criança viria a cumprir em uma adoção.’’
‘‘Ora, portanto, tomadas no seu aspecto real, a própria criança e a própria parentalidade, de fato, não convém que se as insira ou institua num ambiente psicológico como o diagnosticado'', concluiu a representante do Ministério Público, interpretando o estudo psicossocial.


------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

Ativistas resgatam cães de laboratório de testes em São Roque (SP)

Fonte: www1.folha.uol.com.br
18/10/2013 - 02h36

Ativistas resgatam cães de laboratório de testes em São Roque (SP)

PUBLICIDADE

MARTHA ALVES
DE SÃO PAULO

Atualizado às 11h43.
Um grupo de ao menos cem ativistas invadiu e resgatou cães da raça beagle do Instituto Royal, no Jardim Cardoso, em São Roque (a 66 km de São Paulo), por volta das 2h desta sexta-feira. Os ativistas protestam contra o uso de cães da raça em testes feitos pelo instituto que trabalha para farmacêuticas.
O instituto foi procurado, porém até o momento ninguém se manifestou a respeito.No ano passado, o instituto Royal disse que segue todos os protocolos nacionais e internacionais voltados para pesquisas com animais em laboratórios. A empresa também negou que houvesse maus-tratos aos animais (leia mais abaixo).
Os ativistas arrombaram gaiolas e resgataram cerca de 200 cachorros da raça beagle, que foram levados em carros a clínicas veterinárias particulares da região. Segundo a ativista Giuliana Stefanini, seis destes cachorros tinham tumores e estavam mutilados. " O que mais chocou o grupo foi um beagle sem os olhos", disse Giuliana.
No laboratório, os manifestantes também encontraram vários fetos de ratos e um cachorro congelado em nitrogênio líquido.

Ativistas resgatam cães em São Roque (SP)


Avener Prado/Folhapress




Sala é encontrada com objetos revirados no Instituto Royal, em São Roque (SP)
O protesto começou por volta das 16h de ontem (17) com cerca de 35 pessoas. Segundo a Guarda Civil Municipal, no período da noite o número de manifestantes começou a aumentar. Por volta das 2h, a GCM contabilizava ao menos 150 pessoas no local, divididas em grupos em frente as duas entradas da clínica.
Os manifestantes alegam que tentaram na tarde de ontem uma reunião com o instituto, que desmarcou em cima da hora. O grupo foi para a frente do laboratório protestar e disse ter ouvido gemidos de animais.
Editoria de arte/Folhapress
Antes da invasão do instituto, alguns ativistas foram à delegacia de São Roque para tentar registrar um boletim de ocorrência de maus tratos contra os animais, mas o delegado não estava no local. Segundo Giuliana, outro grupo foi à casa do juiz de São Roque, que atendeu aos ativistas e chamou a polícia.
Os manifestantes reclamaram que também pediram ajuda a Guardas Municipais e policiais militares, que estavam em frente ao instituto, mas eles não fizeram nada.
Segundo a Guarda Civil Municipal de São Roque, nenhum ativista foi preso. A Polícia Civil de Sorocaba deve fazer a perícia no prédio do instituto nesta sexta-feira.
Em agosto do ano passado, manifestantes de diversas ONGs de proteção aos animais foram a São Roque (SP) protestar contra o instituto. O grupo, formado por cerca de 200 pessoas, fez uma passeata e foi até o portão da empresa, onde quatro seguranças estacionaram o carro em frente ao portão de entrada para evitar arrombamentos.
PESQUISAS
Os cães são usados em pesquisas de medicamentos que serão lançados. O objetivo é verificar a existência de possíveis reações adversas, como vômito, diarreia, perda de coordenação e até convulsões.
Em muitas das pesquisas, os cães acabam sacrificados antes mesmo de completarem um ano, para que se possa avaliar os efeitos dos remédios nos órgãos dos bichos.
Quando isso não é necessário, os cães são colocados para adoção, diz a empresa.
O Instituto Royal, alvo da manifestação, passou a ser investigado pelo Ministério Público de São Paulo, que recebeu denúncias de maus-tratos aos animais.
"Recebemos a denúncia de que esses animais são acondicionados em condições irregulares", afirma Wilson Velasco Jr., promotor do Meio Ambiente em São Roque.
QUESTÃO POLÊMICA
O uso de cães em pesquisas é permitido e regulado por normas internacionais.
Protetores de animais, no entanto, questionam as normas. "As indústrias sequestram a vida dos animais, que nunca mais terão um comportamento normal", diz Vanice Teixeira Orlandi, presidente da União Internacional Protetora dos Animais.
Segundo o vice-diretor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, Francisco Javier Hernandez Blazquez, os cães da raça beagle são os mais utilizados para experimentos no exterior, pois são animais de médio porte e já criados para a pesquisa.
No Brasil, ratos e camundongos são os bichos mais usados em pesquisas feitas em laboratórios.
"Todo e qualquer experimento realizado por docentes e pesquisadores em animais deve passar por uma comissão de ética para analisar se o animal sofrerá e qual a finalidade do projeto", diz.
O protesto, organizado pelo Facebook, já tem cerca de 300 pessoas confirmadas. Um comboio sairá de São Paulo às 9h, do Masp, na avenida Paulista, região central.
OUTRO LADO
Na época, o instituto Royal disse que segue todos os protocolos nacionais e internacionais voltados para pesquisas com animais em laboratórios.
Eles afirmaram que são uma Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) e que recebem verba de instituições públicas de fomento à pesquisa. O protocolo dos testes é aprovado por essas instituições antes de os estudos começarem.
O instituto disse também que os testes só são feitos nos cães depois de serem realizados em roedores. Por isso, os efeitos adversos apresentados nos beagles não são agudos.
Eles afirmaram que sempre que a reação ao medicamento é constatada, um dos nove veterinários do local intervém.

A etapa da pesquisa em cães é a última antes de o medicamento passar a ser testado em voluntários humanos, de acordo com o Royal, que afirmou que os testes realizados nos cães não podem ser substituídos por técnicas in vitro (sem o uso de animais).
A empresa também negou que houvesse maus-tratos aos animais.

Beagles usados em teste


Danilo Verpa - 17.ago.12/Folhapress




Cão da raça beagle mantido no Instituto Royal, que usa animais em testes de remédio Leia mais


----------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito