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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Recebe alta a menina que desafiou as normas de transplante americanas

28/08/2013 08h29 - Atualizado em 28/08/2013 08h39

Recebe alta a menina que desafiou as normas de transplante americanas

Sarah Murgaghan, de 10 anos, passou por dois transplantes de pulmão.
Família pediu à Justiça que garota pudesse receber órgão de doador adulto.

Da AP

Família recebe Sarah, de 10 anos, em casa após longa internação. (Foto: AP Photo/Matt Rourke)Família recebe Sarah (direita), de 10 anos, em casa após longa internação. (Foto: AP Photo/Matt Rourke)















A menina Sarah Murnaghan, de 10 anos, teve alta nesta terça-feira (27) depois de passar por duas cirurgias de transplante de pulmão nos últimos meses. Seus pais conseguiram na Justiça dos Estados Unidos a modificação das regras nacionais de doação de órgãos.
O primeiro transplante feito por Sarah, que recebeu um par de pulmões de adulto no dia 12 de junho, não deu certo. Três dias depois, ela teve um novo par de pulmões implantado.
Em junho, sua família conseguiu, através da ordem de um juiz, que a rede responsável por autorizar e regular os transplantes de órgãos nos Estados Unidos não obrigasse Murnaghan a esperar por um pulmão de um doador infantil menor de 12 anos e que pudesse optar pelo de um adulto.
A família pediu uma revisão das normas de transplantes, já que pessoas em estado menos grave que o de sua filha tinham preferência para optar por um pulmão válido. A garota sofre de fibrose cística, uma doença genética que afeta principalmente os pulmões.
Sarah aguarda para ser levada para casa em ambulância, após receber alta. (Foto: AP Photo/Família Murnaghan)Sarah aguarda para ser levada para casa em ambulância, após receber alta. (Foto: AP Photo/Família Murnaghan)
Sarah é beijada pela mãe Janet em conferência para a imprensa após alta hospitalar. (Foto: AP Photo/Matt Rourke)Sarah é beijada pela mãe Janet em conferência para a imprensa após alta hospitalar. (Foto: AP Photo/Matt Rourke)



















































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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Mulher dá à luz após usar embriões congelados há 19 anos por outra mãe

Fonte: www.g1.globo.com


23/08/2013 07h00 - Atualizado em 23/08/2013 11h43

Mulher dá à luz após usar embriões congelados há 19 anos por outra mãe

Cientista da Nasa Kelly Burke, de 45 anos, teve Liam James há 9 meses.
Duas famílias americanas colaboraram com doações para 'adoção aberta'.

Do G1, em São Paulo

Cientista da Nasa Kelly Burke, de 45 anos, ao lado do filho Liam James (Foto: Reproductive Science Center/Divulgação)Cientista Kelly Burke, de 45 anos, com o filho Liam James (Foto: Reproductive Science Center/Divulgação)
Uma cientista da agência espacial americana (Nasa) deu à luz seu primeiro filho há nove meses, após passar por uma reprodução assistida que usou embriões congelados por outra mulher há 19 anos. Kelly Burke, de 45 anos, contou na verdade com a ajuda de duas famílias americanas para ter o pequeno Liam James, em uma espécie de "adoção aberta".
Segundo os médicos que atenderam a paciente no Centro de Ciência Reprodutiva de Bay Area, em San Francisco, na Califórnia, o embrião que resultou no menino pode ser o segundo mais antigo já preservado por congelamento – o mais velho até hoje a dar origem a um bebê tinha 19 anos e 7 meses, segundo a revista "Fertility and Sterility".
Após anos de tentativas para engravidar e vários tratamentos de fertilidade, a cientista de foguetes, que vive em Virginia Beach, no estado da Virgínia, desistiu da ideia de usar os próprios óvulos e descobriu um casal do Oregon que queria doar quatro embriões.
Há 19 anos, em 1994, outra mulher havia doado seus óvulos ao Centro de Ciência Reprodutiva de Bay Area, e esse casal do Oregon decidiu usá-los para uma fertilização in vitro. Os médicos, então, transferiram dois embriões para o útero da paciente e congelaram os restantes. Por sorte, o casal conseguiu ter gêmeos idênticos já nessa tentativa.
Os embriões remanescentes ficaram congelados até o ano passado, quando o casal do Oregon entrou em contato com Kelly, que passou por um rigoroso processo de aprovação. Ela então "adotou" quatro embriões e voou até San Francisco para implantar dois deles. Os outros dois foram congelados e podem ser usados se a cientista quiser ter um segundo filho mais tarde.
Segundo a endocrinologista reprodutiva Deborah Wachs, do centro em San Francisco, as mulheres agora têm a possibilidade de ser mães muito tempo depois do que faziam há alguns anos. Além disso, há cada vez mais condições de transferir apenas um embrião por vez, o que elimina a preocupação de nascerem bebês múltiplos.
Kelly diz que, como parte da "adoção aberta" que estabeleceu com o casal do Oregon, ela pretende um dia apresentar Liam James a seus outros irmãos, fruto do mesmo ciclo de embriões, que nasceram a mais de 4 mil quilômetros de distância e já são adolescentes.

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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Cientistas fazem acordo com família nos EUA para usar dados genéticos

Fonte: www.g1.globo.com

09/08/2013 14h24 - Atualizado em 10/08/2013 14h36

Cientistas fazem acordo com família nos EUA para usar dados genéticos

Células doentes de fazendeira foram colhidas em 1951 sem autorização.Dados de Henrietta Lacks, vítima de câncer, revolucionaram a medicina.

Da France Presse

Henrietta Lacks (Foto: Lacks Family via The Henrietta Lacks Foundation/AP)
Henrietta Lacks em imagem registrada em 1940
(Foto: The Henrietta Lacks Foundation/AP)
Autoridades americanas anunciaram na quarta-feira (8) que finalmente chegaram a um acordo com a família da fazendeira afroamericana Henrietta Lacks, que há 62 anos, após sua morte em decorrência de um câncer de útero agressivo, teve células doentes retiradas de seu corpo por cientistas para serem usadas durante décadas em pesquisas.
Os resultados dos estudos geraram um dos maiores avanços na medicina, inclusive um Prêmio Nobel, rendendo milhões de dólares a uma indústria multimilionária que desenvolveu a vacina contra pólio e certos tipos de câncer de útero, a clonagem, a fertilização in vitro e medicamentos para tratar herpes, leucemia, gripe e mal de Parkinson.
As informações genéticas de Henrietta se tornaram a linhagem celular humana mais amplamente usada por cientistas e fizeram da mulher uma grande contribuinte da ciência médica, mesmo que involuntariamente.
Mas o fato de a paciente ou família não ter consentido com isso – nem ninguém sequer ter sabido do fato – levantou a polêmica. Com o novo acordo, os dados genéticos das células de Henrietta poderão ter seu uso continuado, embora controlado.
Agora, os descendentes da mulher também estão seguindo os passos dela, contribuindo para estabelecer as bases para o uso ético de dados genéticos obtidos em nome da ciência.
"É realmente adequado, em vista das contribuições inestimáveis que Henrietta Lacks deu para a ciência e a medicina, que sua história agora esteja catalisando mudanças políticas", declarou a jornalistas Francis Collins, diretor dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês) dos EUA.
"Todos nós devemos colocar Henrietta Lacks e sua família entre os grandes filantropos do nosso tempo, se considerarmos como eles contribuíram para o avanço da ciência e da saúde humana", acrescentou.
Mãe de cinco filhos, Henrietta tinha 31 anos quando morreu, em 1951, no Hospital Johns Hopkins, em Baltimore, no estado de Maryland. Naquela época, as leis americanas não exigiam aos médicos que obtivessem o consentimento dos familiares para coletar amostras celulares dos pacientes.
Células HeLa
As células extraídas de Henrietta, chamadas HeLa em alusão às primeiras sílabas de seu nome e sobrenome, causaram grande excitação nos círculos científicos. Elas foram as primeiras células humanas a crescer incessantemente em laboratório, enquanto todas as outras coletadas até então acabavam morrendo.

"As células HeLa são consideradas um dos maiores milagres médicos do século passado", explicou em comunicado a Universidade de Washington em Seattle, que publicou nesta quarta-feira (8) uma sequência genética das células na revista "Nature", sob os termos do novo acordo.
"As células permitiram aos cientistas realizar experimentos sem precisar de um ser humano vivo, e levaram a importantes avanços médicos", informou o texto.
A identidade de Henrietta foi revelada em um periódico científico em 1971, o que se seguiu a um documentário televisivo em 1997 e à publicação, em 2010, de um livro intitulado "The Immortal Life of Henrietta Lacks" (A vida imortal de Henrietta Lacks, em tradução livre), que agora está sendo adaptado para o cinema.
Genoma divulgado
Em março, cientistas do Laboratório de Biologia Molecular Europeu, na Alemanha, publicaram o genoma completo da linhagem celular, incluindo dados que poderiam revelar alguns traços hereditários dos descendentes de Henrietta.

Essa informação, que pode apontar a propensão a doenças como alcoolismo, mal de Alzheimer e distúrbio bipolar, pode ser usada para negar às pessoas um seguro de vida ou a cobertura para incapacidades. Os dados foram removidos de fóruns públicos em questão de dias, após protestos da família.
O incidente resultou em conversas entre a família Henrietta e os NIH, que por sua vez anunciaram o acordo, que determina os termos que os cientistas precisam aplicar para usar os dados genéticos das células HeLa ao estudá-las, de acordo com os termos definidos por um painel que incluirá familiares de Henrietta, o que vai contribuir para criar um banco de dados.
"Hoje, a divulgação do sequenciamento do genoma humano é um evento histórico e transformador", afirmou a neta e porta-voz da família de Henrietta, Jeri Lacks Whye, por teleconferência. Jeri explicou que a decisão foi complicada e tentou equilibrar as necessidades da ciência e a proteção à privacidade da família.
O acordo abrange pesquisadores financiados pelos NIH e não impedirá que outros juntem as peças de grandes partes do genoma a partir de dados que já estão em domínio público, ou sequenciá-lo a partir do zero.
Em foto de 30 de julho, pesquisadora do Instituto Nacional do Câncer dos EUA coloca células HeLa em incubadora a 37° Celsius, para que elas se multipliquem (Foto: National Institutes of Health, Maggie Bartlett/AP)Em foto de 30 de julho, pesquisadora do Instituto Nacional do Câncer dos EUA coloca células HeLa em incubadora a 37° C, para que elas se multipliquem (Foto: National Institutes of Health, Maggie Bartlett/AP)
Células HeLa  (Foto: INAH/National Center for Microscopy/Tom Deerinck/AP)Células HeLa vistas em microscópio (Foto: INAH/National Center for Microscopy/Tom Deerinck/AP)
Células HeLa cultivadas com proteínas fluorescentes. Complexo de Golgi aparece na cor laranja, microtúbulos em verde e DNA em azul (Foto: NIH/National Center for Microscopy/Tom Deerinck/AP)Células HeLa cultivadas com proteínas fluorescentes. Complexo de Golgi aparece na cor laranja, microtúbulos em verde e DNA em azul (Foto: NIH/National Center for Microscopy/Tom Deerinck/AP)




























































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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Australiana volta à vida depois de passar 42 minutos clinicamente morta

19/08/2013 09h50 - Atualizado em 19/08/2013 09h53

Fonte: g1.globo.com

Australiana volta à vida depois de passar 42 minutos clinicamente morta

Mulher de 41 anos teve parada cardíaca e foi declarada clinicamente morta.
Médicos usaram um dispositivo para manter fluxo de sangue até o cérebro.

Da AFP

 Vanessa Tanasio com seu filho Max e filha Ella, e sargento Mark Robertson da Polícia de Victoria. Ela foi trazida de volta à vida depois de ficar clinicamente morta por 42 minutos.  (Foto: AFP Photo/Philip Blackman)Vanessa Tanasio com seu filho Max e filha Ella, e sargento o Mark Robertson, da Polícia de Victoria. Ela foi trazida de volta à vida depois de ficar clinicamente morta por 42 minutos. (Foto: AFP Photo/Philip Blackman)

Vanessa Tanasio, 41 anos, que tem dois filhos, foi levada para o Centro Médico Monash de Melbourne na semana passada, depois de sofrer um ataque cardíaco e com uma das artérias completamente bloqueadas.

Uma australiana retornou à vida depois de passar 42 minutos clinicamente morta, informaram os médicos que trabalharam no caso.
Tanasio sofreu uma parada cardíaca e foi declarada clinicamente morta pouco depois. A expressão clinicamente morto é um termo médico que se aplica a uma pessoa que deixou de respirar e na qual o sangue parou de circular.
Mas os médicos não desistiram e usaram um dispositivo de compressão chamado Lucas 2, o único deste tipo que existe na Austrália, para manter o fluxo de sangue até o cérebro, enquanto o cardiologista Wally Ahmar abriu a artéria para desbloqueá-la.
Uma vez desbloqueada, o coração de Tanasio voltou a bater em ritmo normal. 'Utilizei múltiplas descargas, muitos medicamentos para ressuscitá-la', disse Ahmar. 'Certamente isto é um milagre. Não esperava que ela estivesse tão bem'.
Tanasio afirmou que não tinha antecedentes de doenças cardíacas e declarou estar muito agradecida. 'Recordo de estar no meu sofá, depois no chão, depois chegando ao hospital e depois dois dias desapareceram', contou Vanessa Tanasio.
'Estive morta por quase uma hora e apenas uma semana depois me sinto bem. É surreal', completou.
O dispositivo Lucas comprime o peito, de maneira similar ao que acontece durante a manobra de reanimação cardiopulmonar (CPR), e permite aos médicos trabalhar sem parar para implantar um stent (dispositivo cilíndrico) em uma artéria bloqueada.
Esta foi a primeira vez que o dispositivo foi utilizado com êxito em um paciente, segundo o hospital.
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Alemania introduce un "tercer género" legal para recién nacidos

 Lunes, 19 de agosto de 2013
Tercer género en Alemania
La nueva ley brinda derechos de escogencia de género a bebés hermafroditas.
A partir del 1 de noviembre Alemania ofrecerá a los padres tres opciones para rellenar el certificado de nacimiento de sus bebés: "masculino", "femenino" y "en blanco".
La nueva ley aprobada en mayo, pero dada a conocer sólo hasta ahora, convierte a Alemania en el primer país europeo en oficializar la tercera opción de género.
El cambio en la normativa permite a los padres la posibilidad de dejar en blanco la casilla de género para aquellos bebés nacidos físicamente con ambos sexos, conocidos como bebés hermafroditas.
La nueva legislación brinda la posibilidad de que más adelante, en edad adulta, esas personas con sexo indeterminado puedan escoger si quieren estar bajo la categoría masculina o femenina.
Pero también se ofrece la opción de quedarse bajo la categoría del tercer género o indeterminado y no tener que escoger en ningún momento de su vida entre ninguna de las dos opciones.
En Alemania, algunos medios de prensa están calificando a esta nueva ley como una "revolución legal".
Sin embargo, todavía no hay detalles sobre cómo la nueva ley afectará el uso del género en otros documentos oficiales como los pasaportes, donde hay que escoger entre una "M" y una "F".

Las implicaciones del tercer género

La publicación alemana dedicada al derecho familiar FamRZ ha pedido que esa tercera categoría sea identificada con la letra "X".
La nueva ley ya aprobada se apoya en una decisión de la corte constitucional que establece que mientras una persona "sienta profundamente" que pertenece a un cierto género, tiene también el derecho de escoger cómo se identifica legalmente.
Tercera opción
La nueva ley en Alemania abre una tercera opción además de la masculina y la femenina.
La ley, conocida como del "tercer género", también tendrá un efecto sobre las leyes que conciernen al matrimonio ya que, hasta este momento, en Alemania sólo se pueden casar mujeres con hombres.
Hace seis semanas Australia se convirtió en el primer país del mundo en aprobar una legislación sobre el tercer género, si bien ya desde 2011 las leyes australianas permitían a sus ciudadanos marcar con una "X" la casilla de género en el pasaporte, algo que también puede hacerse en Nueva Zelanda desde 2012.

Libertad para el cambio

Demian McGuinness, corresponsal de la BBC, explica cómo ha sido recibida esta nueva ley en Alemania: "Ha sido vista como un paso adelante en cuanto a los derechos de género".
La normativa también permitirá a los bebés hermafroditas cambiar su género en diferentes momentos de su vida.
"
Es algo lógico pero no es una ley tan progresista como nos gustaría que fuera "
Richard Köhler, vocero del grupo activista Transgender Europe
McGuiness explicó que todavía hay muchos puntos sobre los que no hay claridad total en casos específicos como matrimonios y adopciones.
Un ejemplo de estos casos específicos es qué pasaría si alguien con un sexo indeterminado fuera sentenciado a prisión. ¿A qué tipo de cárcel debería ir?
En todo caso, señala el corresponsal, la nueva legislación se enmarca en una tradición alemana de tolerancia al tratar derechos de género.
"Es algo lógico pero no es una ley tan progresista como nos gustaría que fuera", explicó a la BBC Richard Köhler, del grupo activista Transgender Europe.
Köhler detalló que esta ley se limita a casos donde un doctor tiene que hacer una diagnosis de hermafrodita.
Sin embargo, apunta, la normativa no brinda esta posibilidad de escogencia a personas no entren dentro de ese diagnóstico.
Köhler indicó que lo que grupos como su organización pretenden es provocar un debate para cuestionar si es necesario que una persona tenga que marcar obligatoriamente en una casilla cuál es su género

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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Em decisão inédita, Justiça ordena esterilização de deficiente na Inglaterra

BBC
Fonte: www.g1.globo.com




16/08/2013 16h50 - Atualizado em 16/08/2013 17h26

Em decisão inédita, Justiça ordena esterilização de deficiente na Inglaterra

Homem de 36 anos já tem filho com namorada; juíza viu risco de 'sofrimento adicional e provavelmente mais sério' com nova gravidez.

Em uma decisão inédita na Inglaterra e no País de Gales, a Justiça britânica determinou nesta sexta-feira a esterilização de um portador de deficiência.
O homem, de 36 anos e morador da região central da Inglaterra, tem dificuldades de aprendizado e já teve um filho com a namorada em 2010.
Segundo especialistas, o homem, identificado apenas como D.E., tem capacidade de manter relações sexuais consensuais, mas não de tomar decisões sobre contracepção, incluindo a de passar ou não pela cirurgia de esterilização (por vasectomia), o que tornou necessária a intervenção da justiça.
Segundo depoimentos colhidos durante o julgamento, D.E. não teria desejo de ser pai novamente, e o pedido de esterilização foi feito com o apoio dos próprios pais dele.
Efeito 'significativo'
Durante o julgamento, foi informado à juíza Eleanor King que não era possível assegurar que D.E. fosse usar preservativos ou outros métodos anticoncepcionais.
Em seu parecer sobre o caso, a juíza afirmou que, embora more com os pais, D.E. tem um relacionamento de longa data com a namorada, identificada apenas como P.Q. e que também tem dificuldades de aprendizado, mas menos severas.
O nascimento do filho do casal teve um impacto 'significativo' nas duas famílias, e elas tiveram que tomar providências para garantir que não ocorresse outra gravidez, incluindo manter D.E e P.Q. separados a maior parte do tempo e supervisionar todo os encontros entre eles.
Segundo a juíza, o relacionamento do casal, que já dura dez anos, 'quase terminou devido à pressão (das famílias), mas resistiu maravilhosamente'.
De acordo com King, a realização da vasectomia é 'lícita e atende aos interesses de D.E.' e todas medidas razoáveis devem ser tomadas para permitir a operação, com o objetivo de permitir que ele 'retome sua relação de longo prazo com P.Q.' e sua independência, 'restabelecendo uma vida normal o mais rápido possível'.
Ela concluiu que outra gravidez poderia causar 'consequências e sofrimento adicional e provavelmente mais sério a D.E.'.
Caso incomum
O pedido para a realização da vasectomia foi feito pelo serviço público de saúde do local onde ele mora com o apoio dos pais de D.E., do médico e da autoridade local que ajudam a cuidar dele.
Seguindo as ordens da Justiça, nenhum dos envolvidos pode ser identificado.
Segundo o repórter da BBC Danny Shaw, que acompanhou o caso, houve no passado casos na Inglatera em que a Justiça determinou a esterilização de mulheres, mas nunca de um homem. Um pedido anterior de vasectomia foi feito às autoridades em 1999, mas foi recusado.
'Entretanto, esta decisão dificilmente deve levar a um grande número de pedidos de esterilização na justiça, visto que as circunstâncias neste caso são muito incomuns, com ninguém se manifestando contra a decisão', disse Shaw.
Um porta-voz da Mencap, uma ONG que atua na defesa dos direitos de pessoas com deficiências no Reino Unido, disse que a esterilização forçada de pessoas com deficiência eram prática comum no país nos anos 60.
O procedimento, realizado em hospitais onde os deficientes eram mantidos por longos períodos, começou a se tornar incomum nos anos 70, mas casos ainda eram registrados nos anos 80.
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Corredora incansável: um caso único e extraordinário no esporte mundial

Fonte: http://globoesporte.globo.com/



11/08/2013 12h18 - Atualizado em 11/08/2013 12h21

Corredora incansável: um caso único e extraordinário no esporte mundial

Após uma cirurgia no cérebro, Diane Van Deren, de 52 anos, esquece a
distância que está percorrendo atrasando assim a chegada do cansaço

Por GLOBOESPORTE.COM
Sedalia, EUA



O esquecimento do cansaço. Essa é a arma secreta para Diane Van Deren percorrer 1600 km, a distância do Rio de Janeiro a Porto Alegre aproximadamente, em menos de 23 dias. A ultramaratonista que retirou uma parte do cérebro, é conhecida como a corredora incansável, pois ao esquecer a distância percorrida, Diane cansa menos.
- Eu perco os detalhes. Todos os detalhes. Não me lembro de quando iniciei a corrida e não consigo ter a exata noção de quantos quilômetros percorri. É muita informação e meu cérebro não consegue processar - disse.
Com 52 anos e três filhos, Diane já foi tenista profissional na juventude. Até os 28 anos tinha uma saúde imbatível, foi então que surgiu o diagnóstico de epilepsia. Uma doença que em 70% dos casos é controlada através de medicamentos, mas que no caso da americana, não era o suficiente.Diane Van Deren cirurgia (Foto: Reprodução / TV Globo)Foram 12 horas de cirurgia em Diane
(Foto: Reprodução / TV Globo)Diane Van Deren arte (Foto: Reprodução / TV Globo)Diane Van Deren esquece a distância percorrida e não se cansa como outros corredores
(Foto: Reprodução / TV Globo)

- O cérebro é o local de origem dessa doença. existe uma descarga eletrica muita forte nos neurônios e você acaba tendo uma convulsão. Os músculos se contraem, você perde a consciência. É horrível - lembrou.
Após 10 anos de sofrimento, numa tentativa de acabar com as crises epiléticas, já que os remédios não resolviam, Diane optou por uma cirurgia no cérebro para a retirada da parte originária das convulsões. Foram 12 horas no centro cirúrgico e retirado uma fração do lobo temporal direito do tamanho de um limão.
- As pessoas me perguntam: Você não ficou com medo de ter feito uma cirurgia no cérebro? O que eu tinha medo era de morrer num ataque epilético. Eu já estava tendo 3 ou 4 por semana. A operação chegou como uma oportunidade - disse.
Os ataques epiléticos cessaram de imediato depois da intervenção cirúrgica, porém efeitos colaterais passaram a afetar Diane. Sua memória recente ficou comprometida.
- O lobo temporal direito é responsável, principalmente, pelo que chamamos memória curta. Aquela que você usa pra lembrar-se do filme que viu na semana passada ou o que comeu no café da manhã – disse o neurologista Mark Spitz responsável pelo tratamento de Diane.
Com esse resultado, a corredora passou a esquecer da distância que está percorrendo. Diminuindo assim o cansaço e permitindo um desempenho invejável. Daiane retomou as corridas dois anos depois da cirurgia. E aos poucos foi realizando marcas e distâncias cada vez mais complexas.Veja as marcas de Diane (Foto: Esporte Espetacular)- Me senti livre quando eu corri. Livre. Tinha dificuldades de me orientar, claro. Mas por outro lado não tinha distrações. Não me preocupava com nada, só com correr. Acho que é por isso que passei a correr mais e melhor - disse.
Hoje, Diane não olha mais o relógio. Seu foco fica apenas na respiração e nas passadas. Ela passou a treinar na cidade onde viveu toda a infância e juventude, o que ajuda na localização já que são memórias antigas, e faz da corrida um estímulo à superação.
- Me levanto, calço meus tênis e vou correr. Só penso no ritmo, ouço minha respiração, ouço meus passos e vou em frente. É uma sensação de liberdade – concluiu.




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