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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Casal processa banco de esperma após receber doação de homem negro

Casal processa banco de esperma após receber doação de homem negro

Jennifer Cramblett e sua parceira, Amanda Zinkon, buscam um mínimo de US$ 50 mil em danos

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Jennifer Cramblett foi entrevistada nesta quarta-feira na casa de seu advogado em Waite Hill, Ohio
Foto: Mark Duncan / AP Photo
Jennifer Cramblett foi entrevistada nesta quarta-feira na casa de seu advogado em Waite Hill, Ohio - Mark Duncan / AP Photo



CLEVELAND - Uma mulher de Ohio e sua parceira processaram um banco de esperma da área de Chicago depois que ela engravidou com o esperma doado por um homem negro em vez de um homem branco, como ela pretendia.

Jennifer Cramblett estava grávida de cinco meses e feliz com sua vida em abril de 2012. Ela e sua parceira tinham se casado meses antes em Nova York, e poucos dias após seu casamento ela ficou grávida com um doador de esperma em uma clínica de fertilidade em Canton

Na época, Cramblett, 36, e sua parceira, Amanda Zinkon, 29, estavam tão animadas que ligaram para o banco para reservar esperma do mesmo doador na esperança de que um dia Zinkon também pudesse ter um filho.

Foi quando Cramblett recebeu uma notícia “preocupante”, segundo a ação movida segunda-feira contra Midwest Sperm Bank no Condado de Cook, em Illinois. Ela soube de um funcionário do banco de esperma que havia sido inseminada com o esperma de nº. 330, um doador negro, e não o de nº. 380, de um doador branco que ela e Zinkon, que são brancas, tinham escolhido.

- Como eles poderiam cometer um erro tão pessoal? - Cramblett disse durante uma entrevista por telefone nesta quarta-feira à Associated Press.

De acordo com a ação, sua animação sobre o nascimento foi substituída por “raiva, decepção e medo”.

- Eles pegaram uma escolha pessoal, uma decisão pessoal e se encarregaram de fazer essa escolha para nós por negligência pura - afirmou Cramblett.

As chamadas telefônicas para o Midwest Sperm Bank não tiveram retorno. Não é claro quem é o advogado do banco de esperma.

Cramblett disse que ela e Zinkon amam muito sua filha de 2 anos de idade, Payton, e não mudariam nada sobre ela. Mas elas estão preocupadas com o fato de terem que educá-la na comunidade predominantemente branca onde vivem.


A ação diz que ambas haviam se mudado de Akron para Uniontown atrás de melhores escolas e para estar mais perto da família de Cramblett. Ela disse que, como uma lésbica, sentiu a dor do preconceito, mas não sabe o que é ser maltratado por causa de sua cor de pele.

A ação diz que Cramblett também está preocupada sobre como Payton será tratada na sua “toda branca, e muitas vezes inconscientemente insensível família”.

Terapeutas recomendam que Cramblett, Zinkon e Payton mudem para uma comunidade mais racialmente diversificada, com boas escolas, segundo o processo.

Cramblett disse que decidiu abrir o processo para impedir o banco de esperma de cometer o mesmo erro novamente. A ação diz que o banco de esperma não tem registro de manutenção eletrônica e nenhum controle de qualidade, o que teria impedido o envio do esperma errado para clínicas de fertilidade.

A ação busca um mínimo de US$ 50 mil em danos. O advogado de Cramblett, Tim Misny, disse que uma parte do dinheiro pagaria o aconselhamento em andamento.



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