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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Laboratório é condenado por extravio de material biológico


Laboratório é condenado por extravio de material biológico


Decisão | 16.10.2014
O Instituto Hermes Pardini foi condenado a pagar R$ 20 mil de indenização por danos morais a uma paciente, por ter extraviado material biológico da mulher, coletado para realização de biópsia. A decisão é da 11ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que reformou parcialmente sentença proferida pela comarca de Belo Horizonte.

V.C.R.R.S. realizou cirurgia para coleta de material e realização de exame para identificar a razão de inchaço e dores no joelho direito. O procedimento foi feito, exigindo posteriormente 20 sessões de fisioterapia. Contudo, o laboratório perdeu a amostra, que foi entregue ao instituto pela equipe médica do hospital Lifecenter, em Belo Horizonte.

De acordo com V.S., o fato de o material ter se extraviado impossibilitou a apresentação de um diagnóstico conclusivo sobre os problemas no joelho e tornou o desconforto da cirurgia e do pós-operatório inúteis. Assim, ela entrou na Justiça contra o laboratório pedindo indenização por danos morais.

Em sua defesa, o laboratório afirmou que não havia provas de que o material teria sido extraviado pela empresa, já que a cirurgia foi realizada no Lifecenter. Entre outros pontos, indicou que sequer havia protocolo no hospital indicando que a amostra tinha sido entregue ao laboratório, como sempre ocorre nessas situações.

Em Primeira Instância, o laboratório foi condenado a pagar à mulher a quantia de R$ 5 mil por danos morais. Diante da sentença, ambas as partes recorreram. A paciente pediu o aumento do valor da indenização e o laboratório reiterou suas alegações, afirmando não ter responsabilidade pelo ocorrido.

Dever de indenizar

Contudo, ao analisar os autos, o desembargador relator, Paulo Balbino, avaliou que havia provas de que o material teria seguido para o laboratório e ali teria se perdido, cabendo à empresa, portanto, o dever de indenizar a paciente.

“Ressalta-se, neste contexto, serem evidentes os constrangimentos, transtornos e abalos provocados nos afetos e atributos íntimos da apelada, que, após submetida a procedimento cirúrgico, para o qual necessitou de sedação, de internação e de posterior reabilitação, se vê privada do diagnóstico sobre sua doença, em razão do extravio do material coletado durante a intervenção e efetivamente entregue ao laboratório”.

Tendo em vista as circunstâncias do caso, o relator aumentou o valor da indenização para R$ 20 mil.

Os desembargadores Marcos Lincoln e Wanderley Paiva votaram de acordo com o relator.












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Grupo promove debate sobre sustentabilidade, genética e direito

28/10/2014  |  domtotal.com

Grupo promove debate sobre sustentabilidade, genética e direito

Com o objetivo de promover debate e troca de ideias sobre questões voltadas para a sustentabilidade, genética e direito, o grupo de pesquisa de Bioética Socioambiental (CEBID) da Escola Superior Dom Helder Câmara promoveu, na tarde desta terça (28), uma mesa redonda com a participação de diversos especialistas.


A mesa foi presidida pelo professor da Escola, Bruno Torquato de Oliveira Naves, que também é o líder do grupo de pesquisa. O debate contou com a presença da professora convidada Iara Antunes de Souza, docente da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e vice-presidente do Comitê de Ética em Pesquisa da instituição. A professora apresentou o tema 'Aconselhamento genético e responsabilidade civil'.



Iara disse que a questão continua sendo nova, pois as pessoas ainda não possuem o costume de trabalhar o direito como ciências afins. “E no caso do direito e da medicina esta interlocução é praticamente inevitável. Ao trabalhar aconselhamento genético e responsabilidade civil trazemos questões novas, mas que às vezes não são tão novas assim”, explicou.



Além disso, a professora aproveitou a oportunidade para agradecer a Escola pelo convite. “Tenho o prazer enorme de estar nessa casa pela primeira vez. Emocionante pra mim porque sei o centro de referência que é esta casa. Eu agradeço imensamente o convite do grupo de estudos da Dom Helder”, disse.



Além de Iara, fizeram parte da mesa a professora Maria Flávia Cardoso Máximo, Simone Murta Cardoso e Samylla de Cássia Ibrahim Mol. Camila Martins de Oliveira, Fabíola Ramos Fernanda Fernandes e Ana Virgínia Gabrich Fonseca Freire Ramos também compuseram a mesa de debate.



O Direito do Mar foi o outro tema defendido pela mestre em Direito Ambiental da Dom Helder, Maristela Aparecida de Oliveira Valadão.



O objetivo do grupo de pesquisa Bioética Socioambiental é analisar as ideologias éticas e jurídicas da sociedade atual frente ao meio ambiente, avaliando os instrumentos disponíveis para o tratamento dos recursos ambientais na Segunda Modernidade.
Redação DomTotal





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Mãe consegue autorização na justiça para tirar vida da filha de 12 anos

Mãe consegue autorização na justiça para tirar vida da filha de 12 anos



Uma mãe acabou fazendo história ao conseguir autorização na justiça para encerrar a vida de sua filha de 12 anos de idade.
A criança Nancy Fitzmaurice nasceu cega, sofrendo de hidrocefalia, meningite e septicemia, o que a deixou incapaz de falar, andar, comer ou beber.
Sua qualidade de vida era tão precária que ela dependia da assistência hospitalar regularmente para ser alimentada e medicada através de um tubo.
Quando uma operação de rotina a deixou gritando de agonia, sua mãe, Charlotte Fitzmaurice, que havia deixado de trabalhar para cuidar da filha, tomou a difícil decisão de pedir a morte da criança, acabando com o sofrimento.
Mãe consegue autorização na justiça para tirar vida da filha
Mãe fez história ao ganhar autorização da justiça para encerrar a vida da filha que possuía grave deficiência e sofrimento contínuo por conta da saúde.
Uma declaração dada a um juiz explicou que sua filha não deveria mais sofrer e ela estava ansiosa por paz.
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Após o apelo emocionante da mãe e do pai, David Wise, a Alta Corte da Justiça na Inglaterra imediatamente declarou aceitar o pedido dos pais, alegando que os interesses em retirar a vida da criança eram os melhores para que o sofrimento acabasse.
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Nancy morreu no hospital no dia 21 de agosto.
Fonte: Metro

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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Médicos fazem primeiro transplante com 'coração morto'

Atualizado em 24/10/2014 17h06

Médicos fazem primeiro transplante com 'coração morto'

Usando técnica para aquecer e nutrir órgão, cirurgiões usaram corações que tinham cessado de bater até 20 minutos antes.



A máquina batizada de 'coração em caixa', que permitiu aos médicos manter o coração próprio para transplante  (Foto: BBC)Máquina batizada de 'coração em caixa' permitiu manter o coração próprio para transplante (Foto: BBC)
Cirurgiões na Austrália realizaram o primeiro transplante cardíaco usando um coração tecnicamente morto.

Os corações usados em transplantes normalmente são retirados de pacientes com morte cerebral, mas ainda com batimentos cardíacos.
Desta vez, porém, os médicos do St Vincent's Hospital, em Sydney, ressucitaram e transplantaram órgãos que haviam parado de bater até 20 minutos antes.

A técnica envolveu uma máquina que os médicos batizaram de "heart-in-a-box" (coração em caixa), que mantém o órgão aquecido. Os batimentos são então restaurados e fluidos e nutrientes são injetados para reduzir o dano muscular.

A primeira paciente a receber um transplante usando a técnica foi Michelle Gribilas, de 57 anos.

"Agora sou uma pessoa totalmente diferente", disse a mulher, que recebeu o coração dois meses atrás. "Me sinto como se tivesse 40 anos. Tenho muita sorte."

Desde então, duas outras cirurgias semelhantes foram realizadas.
A equipe responsável pelos experimentos estima que a técnica do "coração em caixa", que está em testes em todo o mundo, pode elevar em até 30% o número de vidas salvas por transplantes, devido à maior disponibilidade de órgãos.

"Esse avanço representa um passo na redução da falta de órgãos", disse o chefe da unidade de transplantes do hospital St Vincent's, Peter MacDonald.


 Mais órgãos
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Esta máquina mantém o fígado vivo à temperatura normal do corpo  (Foto: BBC)Esta máquina mantém o fígado vivo à temperatura normal do corpo (Foto: BBC)
Diferentemente de outros órgãos, o coração não é aproveitado após a chamada morte circulatória – quando cessam os batimentos cardíacos. O órgão é retirado e mantido no gelo por até quatro horas antes da operação.

Diversos métodos de aquecimento e fornecimento de nutrientes são usados para manter outros órgãos, como o fígado e os pulmões, próprios para transplante.

O diretor médico de transplantes do sistema de saúde pública do Reino Unido, James Neuberger, disse que o uso de máquinas neste campo "é uma oportunidade de melhorar o número e a qualidade de órgãos disponíveis para o transplante".

Mas ele disse que "ainda é muito cedo para estimar quantas vidas podem ser salvas por transplantes a cada ano se essa tecnologia for adotada como prática padrão no futuro".


A Fundação Britânica para o Coração descreveu a técnica como "um desenvolvimento significativo".


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Morality and our lives with animals

September 10 2014, 4.28pm EDT

Moralityand our lives with animals

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The traditional point of view in western intellectual thought – and one which is reflected in our own day-to–day views – is that of human exceptionalism, or anthropocentrism: the belief that humans are the central and most important beings on the planet.
We see this belief time and again throughout our intellectual heritage. From early thinkers such as Protagoras, who argued “man is the measure of all things”, through to contemporary expressions of the “heart-breaking specialness” of the human, anthropocentric views abound and are largely uncontested.
That we take them for granted is their power. The hierarchical thinking that places humans above animals can be traced back to our intellectual roots in Ancient Greece (at least in so far as the West is concerned) and in the Judeo-Christian tradition.
The more influential paradigm to emerge from ancient Greece found itself manifest in the thoughts of Aristotle (384BC–322BC). He argued that nature consisted of a hierarchy with “man” at the top of this Scala Natura. Those with the least reasoning ability existed for the sake of those with the most in order to ensure survival; so plants exist for the sake of animals, animals for the sake of humans, and so on.
The endurance of this belief held the door wide open for the likes of Rene Descartes (1596-1650) and his construction of non-human animals as behaviouristic machines. The idea that animals are “other” to humans, that they do not share any of our fundamental cognitive abilities and that they merely react to stimuli outside them through habit, like machines, are all direct consequences of this line of thought.
In turn this led to the argument that considerations of animal mentation and consciousness were irrelevant, and following the Aristotelian line of thought we, as superior beings, have the right to do with inferior beings whatever we choose.
Descartes' denial of the existence of animal consciousness set the tone for debates about the moral status of animals and animal rights. Whether animals are conscious has remained the central issue when we discuss whether animals deserve rights or not.
As critics have pointed out, though, this debate often tells us more about how we perceive humans. It underlines our belief in human exceptionalism. Tied irrevocably to our beliefs in our own civility, versus the barbarity of nature, this view sets us apart from and above other life on the planet.
We believe ourselves to have certain unique traits (the capacity for language or culture, say) that distinguish us from other species. Part and parcel of this belief is the view that we can control nature and therefore have a right to use it to meet our own needs. This often includes other animals. And so anthropocentric viewpoints legitimate such practices as meat eating, factory farming, the uses of animals for entertainment and clothing and so on.
Most attempts from moral philosophy to challenge this weighty intellectual tradition are mired in their own anthropocentric worldview. Key figures such as Peter Singer, the author of the “bible of the animal rights movement” (Animal Liberation, 1975), Ryder (Victims of Science, 1975) and Midgley (Animals and Why They Matter, 1984) become bogged down in attempts to prove that animals have enough similarity to humans to warrant their inclusion in our moral frameworks.
This relegates animals to an inferior status by implication: unless they are similar enough to us in their abilities they do not deserve equal moral worth.
Throughout history there have been those who contested this view.
From the 1970s onwards there has been an animal “liberation” movement which aims to secure rights for nonhuman animals.
More recently, though, the location of this ideology – in liberal humanism – has been questioned: should we be aiming to secure rights for nonhuman animals based on their similarity to us, or should aim to understand and respect their differences along with their right to live on this planet alongside us?
The result is a re-thinking, or re-framing, of human-animal relations as we move to recognise the intrinsic value of other creatures with whom we share this planet.
Traditional views are slowly being eroded and with this comes a certain freedom. Biologists are finding themselves able to legitimately investigate topics such as the emotional and moral lives of animals without being summarily dismissed for their erroneous anthropomorphism. From the Greek anthropos andmorphe meaning human and form respectively, this is the attribution of human characteristics to nonhuman “objects” which includes other animals.
From 17th century philosophic objections from the likes of Francis Bacon and Baruch Spinoza, and finally finding its pinnacle of expression in the radical behaviourism of the mid-20th century, anthropomorphism has come to be synonymous with un-scientific practices. It attributes emotions and mental states to animals that cannot be proven by scientific standards. (Note that the lack of emotions and perceived impoverished mental lives of nonhuman animals was and still is used to justify their ill treatment and inferior moral status.)
Even so anthropomorphism remains a consistent and persistent part of human practices with other animals. (Do you talk to your dog and believe s/he is guilty when found destroying the contents of the rubbish bin? You are not alone.)
Anthropomorphism is also a deeply ingrained part of modern human cultures and can be seen in folklore and cultural representations (think Skippy or Lassie, among others). In this way anthropomorphism is one of the ways in which we disrupt previously assumed clear delineations between human and nonhuman, between human and animal.
And by doing so, at a practical level we call into question the superiority of humans. Anthropomorphic practices allow nonhuman animals agency and in turn move them from being perceived as object to subject.
Not only does this blur the carefully erected and maintained boundaries between humans and other animals, but it leads to tricky questions: if animals do feel in similar ways to humans then how do we justify current (ab)uses of them?
The age-old justifications based on difference – that they do not feel pain and so on – no longer apply and we find ourselves with a set of social practices such as eating meat, the morality of which is no longer clear-cut.

Facebook e Apple pagarão por congelamento de óvulo de funcionária

15/10/2014 13h38 - Atualizado em 15/10/2014 14h58

Facebook e Apple pagarão por congelamento de óvulo de funcionária

Benefício será oferecido para quem quiser adiar a maternidade.
Procedimento chega a US$ 10 mil, além da taxa anual de armazenamento.


Do G1, em São Paulo  

As mães posam com os filhos gêmeos. Elas preferiram não se identificar (Foto: Michele Souza/JC Imagem/Agência O Globo)Congelamento dos óvulos custa perto de
US$ 10 mil (Foto: Michele Souza
/JC Imagem/Agência O Globo)
O Facebook e a Apple oferecerão a suas funcionárias, nos Estados Unidos, a possibilidade de terem seus óvulos congelados, caso queiram adiar a maternidade. Na primeira empresa, o procedimento já está sendo pago e na segunda, terá início em janeiro, de acordo com informações dos porta-vozes à "NBC News".

Quando bem sucedido, o congelamento de óvulos permite que a mulher “mantenha sua fertilidade” até que decida se tornar mãe. Mas o procedimento tem um alto custo, no mínimo US$ 10.000 para cada congelamento, além de U$ 500 anuais, ou mais, pelo armazenamento.

Como as empresas do Vale do Silício, onde estão Facebook e Apple, dominadas por homens, competem para atrair os melhores talentos femininos, o benefício pode dar certa vantagem para as duas companhias. "A cobertura do congelamento de óvulos pode ser vista como um tipo de retorno pelo compromisso das mulheres [com a construção da carreira]”, disse Philip Chenette, especialista em fertilidade de São Francisco.
O benefício não se estende às funcionárias da Apple e do Facebook no Brasil.





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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Terceira Turma reconhece dano moral a bebê que não teve células-tronco colhidas na hora do parto

09/10/2014 - 14:50
Por maioria de votos, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconheceu o dano moral sofrido por um bebê em razão da não coleta de células-tronco de seu cordão umbilical.O caso aconteceu no Rio de Janeiro, em 2009. Os pais contrataram a Cryopraxis Criobiologia Ltda., empresa especializada em serviços de criopreservação, para que fosse feita a coleta das células-tronco do filho no momento do parto.
Apesar de previamente avisada da data da cesariana, a empresa deixou de enviar os técnicos responsáveis pela coleta do material, e o único momento possível para realização do procedimento foi perdido.
Dano hipotético
Foi ajuizada ação de indenização por danos morais em que constaram como autores o pai, a mãe e o próprio bebê.
A empresa admitiu que sua funcionária não conseguiu chegar a tempo ao local da coleta e disse que por isso devolveu o valor adiantado pelo casal. Sustentou que o simples descumprimento contratual não dá margem à reparação de danos morais.
O juízo de primeiro grau, no entanto, considerou que o fato superou os meros dissabores de um descumprimento de contrato e reconheceu o dano moral (R$ 15 mil para o casal), porém julgou improcedente o pedido feito em nome da criança. Para a juíza, o dano em relação a ela seria apenas hipotético, e só se poderia falar em dano concreto se viesse a precisar das células-tronco embrionárias no futuro.
Sem consciência
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) também limitou o cabimento de indenização por danos morais aos pais da criança, por entender que um bebê de poucas horas de vida não dispõe de consciência capaz de potencializar a ocorrência do dano.
A decisão levou em consideração que, como a criança nasceu saudável e a utilização do material do cordão umbilical seria apenas uma possibilidade futura, não deveria ser aplicada a teoria da perda de uma chance, por não ter sido evidenciada a probabilidade real de que ela viesse a necessitar de tratamento com base em células-tronco. Assim, em relação à criança, não haveria o que reparar.
O TJRJ, entretanto, elevou o valor da condenação, fixando-a em R$ 15 mil para cada um dos genitores.
Dignidade
O relator do recurso no STJ, ministro Paulo de Tarso Sanseverino, entendeu pela reforma da decisão. Segundo ele, a jurisprudência do STJ é pacífica no sentido de reconhecer ao nascituro o direito a dano moral, ainda que não tenha consciência do ato lesivo.
Segundo o ministro, os direitos de personalidade do nascituro devem ser tutelados sempre tendo em conta o princípio da dignidade da pessoa humana, o que derruba o fundamento adotado pelo tribunal fluminense.
“A criança foi a principal prejudicada pelo ato ilícito praticado pela empresa”, disse o relator ao reconhecer que foi frustrada a chance de ela ter suas células embrionárias colhidas e armazenadas para eventual tratamento de saúde, o que configurou o dano extrapatrimonial indenizável.
Perda da chance
O argumento de dano hipotético também foi afastado pelo relator. Para ele, ficou configurada na situação a responsabilidade civil pela perda de uma chance, o que dispensa a comprovação do dano final.
Sanseverino afirmou que, de fato, não há responsabilidade civil sem dano, mas “entre o dano certo e o hipotético existe uma nova categoria de prejuízos, que foi identificada pela doutrina e aceita pela jurisprudência a partir da teoria da perda de uma chance”.
“A chance é a possibilidade de um benefício futuro provável, consubstanciada em uma esperança para o sujeito, cuja privação caracteriza um dano pela frustração da probabilidade de alcançar esse benefício possível”, explicou o ministro ao discorrer sobre a evolução da teoria da perda de uma chance na doutrina jurídica.
Prejuízo certo
“Por isso, na perda de uma chance, há também prejuízo certo, e não apenas hipotético”, afirmou, esclarecendo que “não se exige a prova da certeza do dano, mas a prova da certeza da chance perdida, ou seja, a certeza da probabilidade”. Ele citou diversos precedentes que demonstram a aceitação da teoria na jurisprudência do STJ.
“É possível que o dano final nunca venha a se implementar, bastando que a pessoa recém-nascida seja plenamente saudável, nunca desenvolvendo qualquer doença tratável com a utilização de células-tronco retiradas do cordão umbilical. O certo, porém, é que perdeu definitivamente a chance de prevenir o tratamento dessas patologias, sendo essa chance perdida o objeto da indenização”, concluiu o relator.
A empresa foi condenada a pagar R$ 60 mil de indenização por dano moral à criança.









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Escolas do Paraná devem incluir nome social de transexuais no registro

Escolas do Paraná devem incluir nome social de transexuais no registro


publicado em: 15/10/2014
O Ministério Público do Paraná expediu na última quinta-feira, 9 de outubro, Recomendação Administrativa (04/2014) às secretarias da Educação de Antonina e Guaraqueçaba e ao Núcleo Regional de Educação de Paranaguá (Litoral Paranaense), para que as escolas públicas e privadas destes municípios façam a inclusão do nome social de transexuais nos registros escolares. Os órgãos públicos têm prazo de 20 dias para repassar a informação a todas as escolas públicas municipais da região.

“Em respeito à diversidade, à dignidade da pessoa humana, à condição da criança e do adolescente como sujeitos de direitos, e à inclusão educacional”, a Recomendação orienta que o nome social seja incluso em listas de divulgação pública, carteiras estudantis, provas, chamadas e quaisquer outros registros internos. As exceções são o histórico escolar e o certificado de conclusão de curso, que devem contar apenas com o nome civil do estudante.

O documento, de autoria do promotor de Justiça Rafael Carvalho Polli e do promotor substituto Ricardo Scartezini Marques, da 2.ª Promotoria de Justiça de Antonina, foi expedido a partir da notícia de que uma escola de Antonina “estaria adotando medidas discriminatórias contra gays e transexuais, em especial quanto ao uso do nome social”. Os promotores ressaltam que “a discriminação é repudiada no sistema constitucional vigente” e que é objetivo fundamental dos Estados e Municípios “a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, na qual se promova o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”.

Considerações – Ao expedir a Recomendação, a Promotoria seguiu parecer do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça da Criança e do Adolescente e da Educação, datado de junho deste ano, sobre a inclusão do nome social de travestis e transexuais nos registros escolares. Além da inclusão – que tem regras diferentes para estudantes com mais de 18 anos, para os que têm entre 16 anos completos e 18 incompletos, e para os com menos de 16 –, o MP-PR adverte para a necessidade de que as escolas realizem, em caráter permanente, trabalho de conscientização junto aos alunos, professores, servidores, pais e responsáveis, focado no respeito à diversidade e na tolerância, como forma de evitar preconceito e discriminação.

Na Recomendação, a Promotoria considera, ainda, que a discriminação de transexuais, que são chamados por seus nomes do registro de nascimento, no ambiente escolar, acaba resultando, por vezes, na evasão escolar, causando prejuízo ao aprendizado dos estudantes.

Fonte: Site Bem Paraná 








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Pesquisa norte-americana se aproxima de cura para a diabetes

 

Pesquisa norte-americana se aproxima de cura para a diabetes

Cientistas conseguiram criar células produtoras de insulina a partir de células-tronco

Gabriella Pacheco - Saúde PlenaPublicação:14/10/2014 09:00Atualização:14/10/2014 09:57
 (Karlos Geromy/OIMP/D.A Press)





























Os dias de injeções de insulina para pessoas com Diabetes Tipo 1 podem estar próximos do fim. Cientistas norte-americanos da Universidade de Harvard garantem estar “à um passo pré-clínico de distância” da cura da doença. A partir de células-tronco, o grupo conseguiu desenvolver células beta - responsáveis pela produção de insulina no organismo - em quantidade suficiente para realizar transplantes de células ou para fins farmacêuticos. 

Ao contrário da diabetes Tipo 2, em que as condições desfavoráveis criadas por nós facilitam o aparecimento da doença, a Tipo 1 se desenvolve, na maior parte da vezes, durante a infância e é caracterizada pela destruição das células beta do pâncreas. 

Essa não é a primeira tentativa de recriar esse tipo de célula a partir de células-tronco. Também nos Estados Unidos, uma equipe dos Institutos Gladstone, na Universidade da Califórnia em São Francisco, testou uma técnica que se mostrou capaz de repor as células destruídas pelo diabetes. O experimento foi aplicado em ratos e publicado no início deste ano. 

Contudo, o doutor Doug Melton, que conduziu os estudos em Harvard, insiste que nenhum outro grupo conseguiu produzir células beta maduras adequadas para o uso em humanos. “A maior dificuldade tem sido alcançar a sensibilidade à glicose, células secretoras de insulina, e foi isso o que nosso grupo fez”, explica. 

A técnica desenvolvida por Melton já foi testada em camundongos diabéticos e as células geradas em laboratório funcionaram normalmente e praticamente curaram os animais da doença. “Nós demos às células três desafios com glicose em camundongos separadamente e elas responderam apropriadamente. Isso foi muito empolgante”, conta.

Novos testes estão sendo feitos em macacos e ainda não há previsão para testar a possibilidade em humanos, o cientista espera, contudo, que em poucos anos o transplante já esteja disponível para portadores da doença. 

Entenda
A insulina é o hormônio utilizado pelo corpo para promover a entrada de glicose nas células. Essa, por sua vez, é a composição formada pela digestão dos açúcares no organismo. Após o contato com a insulina, a glicose é absorvida pelo sangue e usada como energia pelos tecidos. Daí, a importância dela para o funcionamento do corpo. 

No Tipo 1, a produção de insulina é insuficiente, pois as células sofrem destruição autoimune. Por isso, os pacientes precisam de injeções diárias de insulina mimetizada para suprir essa carência.

Já a diabetes Tipo 2 está relacionada à obesidade, maus hábitos alimentares, sedentarismo e estresse. Apesar de ter sido por muito tempo ligada à pacientes obesos acima dos 40 anos, ela é cada vez mais identificada em jovens. Os pacientes produzem insulina, mas a ação da substância é dificultada. Isso causa resistência insulínica, que ocasiona a hiperglicemia.








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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Vídeo de americana planejando a própria morte viraliza na web

Vídeo de americana planejando a própria morte viraliza na web





A americana recém-casada e com câncer terminal anunciou pela Internet seus planos para dar fim a sua vida em 1° de novembro, de modo que possa morrer com dignidade e sem dor.
Em janeiro, Brittany Maynard, de 29 anos, recebeu a notícia de que teria apenas mais seis meses de vida e foi informada de que sua morte seria longa e dolorosa, devido à natureza agressiva da doença.
Na época, ela estava tentando engravidar do primeiro filho com seu marido Dan, mas desistiu por causa do câncer.
"Os pensamentos que passam pela sua cabeça quando você descobre que tem tão pouco tempo é tudo o que você precisa dizer para as pessoas que ama", diz ela no vídeo (assista na íntegra, com áudio em inglês, abaixo) que já teve mais de 5,5 milhões de acessos no YouTube.
Maynard e seu marido haviam acabado de se casar quando ela começou a sentir fortes dores de cabeça, mudando-se de sua casa na Califórnia para Oregon, um dos estados americanos nos quais a lei permite o direito de morrer.
Um médico poderia, então, prescrevê-la uma medicação que a deixasse morrer cercada por familiares no quarto que divide com seu marido.
Maynard está sendo medicada para limitar o tumor no cérebro, mas sofre efeitos colaterais que a fazem ganhar peso.

Ela concordou em fazer o vídeo de seis minutos e meio, tornando pública sua situação, "apesar de uma timidez profunda quanto a sua nova aparência consequente das drogas prescritas", segundo sua página de arrecadação de fundos na Internet.

"Não lancei essa campanha porque queria atenção. Fiz isso porque quero ver um mundo onde todos tenham acesso à morte com dignidade, como eu tive", explicou Brittany.


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