Fonte: www.g1.globo.com
07/11/2013 16h26 - Atualizado em 07/11/2013 18h20
Menina com paralisia cerebral vira modelo de loja no Reino Unido
Criança de 7 anos participou de campanha para linha infantil.
Holly
Greenhow usa cadeira de rodas e tem dificuldades na fala.
Holly Greenhow em foto feita para campanha de loja
no Reino Unido (Foto: Geoff Robinson)
Uma menina de 7 anos que sofre de um tipo de
paralisia cerebral se tornou a nova garota propaganda de uma marca de roupas no
Reino
Unido.
Holly Greenhow enfrenta dificuldades em quase todas as suas atividades
diárias, desde falar até sentar, mas isso não a impediu de ser escolhida pela
marca, segundo o jornal britânico “Daily Mail”.
Holly é de Cambridgeshire. Sua paralisia cerebral foi causada por uma
prolongada falta de oxigênio durante seu nascimento.
Holly é incapaz de andar e só pode falar usando um
computador (Foto: Geoff Robinson)
A menina foi escolhida para fazer a propaganda da linha infantil da marca
Boden após ter participado de um teste este ano. Na ocasião, ela se saiu muito
bem em frente às câmeras.
Após ser escolhida, ela passou um dia em Londres fotografando com as roupas
da marca, e agora pode ser vista em uma campanha publicitária na internet.
Fiona, 42, mãe de Holly Greenhow
(Foto: Geoff
Robinson)
“Holly tem um lindo sorriso, e ser modelo não significa apenas ser perfeito,
então pensamos: 'por que ela não pode ser considerada?’”, diz a mãe da menina,
Fiona, de 42 anos.
“Há várias coisas que ela não pode e nunca poderá fazer, então foi muito bom
para ela ter esta experiência. Esperamos que isso ajude a melhorar a imagem das
crianças com deficiência e também abra os olhos das pessoas para o fato de que
há muitas crianças que não são perfeitas.”
A paralisia que atinge Holly afeta seus movimentos, seu equilíbrio e sua
fala.
Ela usa uma cadeira de rodas para se locomover e recentemente começou a se
comunicar utilizando um sistema computadorizado operado por seus olhos – similar
ao utilizado pelo físico Stephen Hawking.
Mesmo com as limitações, a menina sempre gostou de escolher suas próprias
roupas. A família espera que ela tenha mais oportunidades semelhantes e
participe de outras campanhas.
Holly Greenhow ao lado de outras crianças modelos
(Foto: Geoff Robinson)
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CEBID - Centro de Estudos em Biodireito
O caso de Holly Greenhow nos narra a história de uma criança com limitações físicas e cerebrais, devido à falta de oxigenação durante sua concepção que gerou-lhe a paralisia cerebral. Entretanto, esse enfado não a impediu de ser modelo propaganda da linha infantil da marca "Boden", em que auxiliou melhorar a imagem das crianças com deficiência, também atinar as outras pessoas de que há diferenças entre as crianças e que não há perfeição humana.
ResponderExcluirSendo assim, essa jovem inglesa deve ser encarada sob a situação de um indivíduo de limitações físicas, que inseridas no ordenamento jurídico brasileiro seriam consideradas como pessoas absolutamente incapazes juridicamente ( art. 3º, I e II, CC/02), e inclusive pelo motivo da pouca idade,7 anos. Mas, deve-se ser respaldados, pelo Estado, e executados, por meio dos pais ou responsáveis, os direitos fundamentais como o princípio da cidadania, da dignidade da pessoa humana, da propriedade do exercício da imagem e autonomia privada(respectivamente positivadas na Constituição Federal: art.1º, II; art.1º, III; art.5º,X; art. 5º caput).
A paralisia cerebral, também conhecida por encefalopatia crônica não progressiva, é provocada pela ausência de oxigênio que afeta algumas regiões do cerebro e compromete o complexo muscular e alguns movimentos corporais. Esse distúrbio não pode ser confundido com ausência de discernimento, pois, em muitos os casos, a pessoa tem o desenvolvimento intelectual dentro dos parâmetros da normalidade. No referido texto, mostra-se claro que a jovem Holly Greenhow é capaz de manifestar a sua vontade e seria um equívoco expô- la publicamente sem o seu consentimento. Não é evidenciado no artigo se a exposição de sua imagem foi ou não decidida pela vontade da jovem que, na hipótese de ser brasileira e não consentir com a divulgação da própria imagem, poderia ser submetida a uma interpretação equivocada do artigo 3º do código civil, que considera que todos os diagnosticados com paralisia cerebral sejam absolutamente incapazes de exercer todos os atos da vida civil. Isso ocorre devido à insuficiência do sistema jurídico brasileiro em assegurar uma realidade mais adequada aos que sofrem distúrbio mental, pois, ainda não é observada toda a complexidade que envolve os casos de saúde mental.
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