Acesse o nosso site: www.cebid.com.br

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Cremerj proíbe parto em casa


23/07/2012 17h47 - Atualizado em 23/07/2012 18h07

Cremerj proíbe parto em casa

Decisão provocou revolta de profissionais da área.
Presidente do conselho de enfermagem diz que vai entrar na Justiça.

Do G1 RJ

O Conselho Regional de Medicina do Rio proibiu os médicos a realizar parto em casa. A decisão causa revolta em profissionais que atuam na área, como mostrou o RJTV.

O Cremerj publicou duas resoluções na última quinta-feira (19). Uma delas proíbe que médicos façam partos em casa. De acordo com o obstetra e assessor da presidência do conselho, Luis Fernando Moraes, esse tipo de parto expõem a mulher e a criança a um risco desnecessário.

"O Cremerj está fazendo basicamente um alerta às mãe que pretendem ter filho em casa, mostrando que 
esse evento tem complicações e que essas complicações, por estarem em casa, podem trazer sequelas graves para o seu bebê e nela própria, inclusive levando até à morte", afirmou ele.

O Conselho Regional de Enfermagem (Coren) reagiu. O presidente, Pedro de Jesus, afirma que vai entrar na Justiça conta a decisão. "Para garantir o direito da nossa profissão e para garantir o direito de escolha da mulher e o direito de ir e vir de qualquer cidadão, nós vamos com certeza estar consultando e encaminhandoa o Ministério Público, ação civil pública", disse.

A polêmica vem se intensificando. O Cremerj já havia acionado o conselho de São Paulo contra um médico que defendia o parto em casa. O depoimento dele foi exibido em uma reportagem sobre esse tipo de parto no Fantástico.

A segunda resolução do Cremerj proíbe que as doulas acompanhem os partos nas maternidades. Doulas são mulheres que dão suporte a mães durante a gravidez e o parto. "Vi como uma coisa muito arbitrária, que prejudica especialmente as mulheres que etão prestes a parir agora, elas estão em pânico, estão apavoradas com isso e estão muito revoltadas, inclusive ", afirmou a doula Maria de Lourdes 'Fadynha'.

"O que a gente fez foi não proibir o parto, apenas dizer que o médico não pode compactuar com um evento que pode trazer danos ao paciente", alegou o presidente do Cremerj.



-------------------------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

Nenhum comentário:

Postar um comentário