19/3/2015 às 00h21
Família se revolta após hospital desligar aparelhos de idosa com morte cerebral
Parentes e amigos contestam laudo médico do HGE
Uma família está revoltada com o desligamento dos aparelhos
que matinha Maria Dionízia Bispo dos Santos, 60 anos, viva e contesta o laudo
médico do HGE (Hospital Geral do Estado), na capital baiana. A aposentada foi
internada na unidade médica com AVC (Acidente Vascular Cerebral). Uma semana
depois, o coordenador do hospital decidiu desligar os aparelhos da paciente
alegando morte cerebral
A Sesab (Secretaria de Saúde do estado da Bahia) confirmou a
morte cerebral da paciente e afirmou que mesmo havendo base jurídica do
Conselho Federal de Medicina, que afirma
ser legal a suspensão dos procedimentos terapêuticos quando determinada a morte cerebral, os
profissionais de saúde da unidade, após comunicar o fato a família, buscam um
entendimento para suspender os meios artificiais de sustentação das funções
vegetativas, que são os aparelhos que mantém os outros órgãos da paciente
funcionando.
A notícia do desligamento dos aparelhos causou revolta na
funcionária pública, que é amiga da família. Ela disse que conversou com o
coordenador médico e ele afirmou que a aposentada apresentava morte cerebral,
mas segundo a amiga contesta o laudo
- Eu refutei e refuto. Ela apresenta sinais vitais nítidos,
inequívocos.
A neta da aposentada afirmou que a avó não estava morta e
que ela estava ouvindo.
Já Manuela Brandão, nora da paciente, conta que pediu para a
equipe esperar o marido da mulher e os filhos chegarem:
— Ele disse que não, que tinha que desligar os aparelhos.
---------------------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito
Nenhum comentário:
Postar um comentário