Acesse o nosso site: www.cebid.com.br

quarta-feira, 31 de julho de 2013

STJ aumenta valor de danos morais por falta de autorização para cirurgia de emergência

STJ aumenta valor de danos morais por falta de autorização para cirurgia de emergência

Publicado em 30/07/2013 às 08:10
Fonte: Superior Tribunal de Justiça


Uma usuária de plano de saúde, que foi internada de emergência mas teve o procedimento médico não autorizado porque não havia superado ainda o prazo de carência estabelecido em contrato, receberá indenização por danos morais. O valor indenizatório foi aumentado por decisão do ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A empresa Amil Assistência Médica Internacional Ltda. recusou-se a arcar com os gastos decorrentes de laparotomia de emergência, alegando que o contrato firmado com a beneficiária ainda se encontrava dentro do prazo de carência.

A decisão de primeira instância considerou que o prazo de carência previsto em contrato de plano de saúde não pode prevalecer quando se trata de procedimento cirúrgico de emergência, pois passa a ser abusivo e contraria o sistema de proteção ao consumidor. Após o reconhecimento do direito à cobertura, a beneficiária entrou com ação para compensação dos danos morais sofridos, que resultou em indenização de R$ 3 mil.

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal reafirmou o entendimento de que a recusa do plano de saúde foi abusiva e reconheceu que, ao negar autorização para o procedimento emergencial em momento delicado da vida da usuária, gerou uma angústia que vai além do desconforto causado pelo inadimplemento, o que configura dano de ordem moral. Contudo, entendeu que o valor da indenização determinado anteriormente era suficiente e não precisava ser recalculado.

Recurso especial 
Descontente com a quantia determinada, a beneficiária entrou com recurso especial no STJ, solicitando que o valor da indenização fosse recalculado para algo em torno de R$ 50 mil.

De acordo o voto do ministro Raul Araújo, já é pacífico na jurisprudência que o STJ pode alterar o valor da indenização por danos morais quando tiver sido fixado em nível irrisório ou exorbitante.

Segundo ele, “impõe-se a condenação em montante indenizatório que atenda aos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, a fim de evitar o indesejado enriquecimento ilícito do autor, sem, contudo, ignorar o caráter preventivo e repressivo inerente ao instituto da responsabilidade civil”.

O ministro majorou o valor a ser pago pela empresa, a título de reparação moral, para R$ 8 mil, acrescidos de correção monetária a partir da decisão e de juros moratórios a partir da data do evento danoso. 
Coordenadoria de Editoria e Imprensa


----------------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Cientistas conseguem "desligar" cromossomo da síndrome de Down

fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/pesquisa/cientistas-conseguem-desligar-cromossomo-da-sindrome-de-down,8820337129def310VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html


  atualizado às 17h14

Cientistas conseguem "desligar" cromossomo da síndrome de Down


A síndrome de Down é causada pela presença de três cromossomos 21, ao invés de dois Foto: Getty Images
A síndrome de Down é causada pela presença de três cromossomos 21, ao invés de dois
Foto: Getty Images

Cientistas da Universidade de Massachusetts conseguiram silenciar o cromossomo extra da trissomia 21, também conhecida como síndrome de Down. Os cientistas fizeram o estudo em células, mas acreditam que a descoberta pode pavimentar o caminho para estabelecer terapias potenciais contra o mal. O estudo foi divulgado na revista Nature.
A síndrome de Down é causada pela presença de três cromossomos 21, ao invés de dois, como normalmente ocorre. A anomalia causa problemas cognitivos, desenvolvimento precoce de Alzheimer, grande risco de leucemia na infância, defeitos cardíacos e disfunções dos sistemas endócrino e imunológico. Ao contrário de desordens causadas por genes individuais, corrigir síndromes causadas por um cromossomo inteiro se mostrou um desafio para cientistas. Mas esse tipo de pesquisa teve passos importantes nos últimos anos.


"A última década teve grandes avanços nos esforços de corrigir desordens de gene único, começando com células in vitro e, em muitos casos, avançando para tratamentos in vivo e clínicos", diz Jeanne B. Lawrence, líder do estudo e professor da universidade. "Em contraste, correção genética de centenas de genes em um cromossomo extra inteiro tem permanecido fora do campo das possibilidades. Nossa esperança para aqueles que vivem com síndrome de Down é que essa prova de um princípio abra muitas animadoras novas avenidas para estudar a desordem agora e trazer para o campo das considerações o conceito da 'terapia cromossômica' no futuro."

Discriminação existe, diz mãe do primeiro aluno com Down da UFG
Discriminação existe, diz mãe do primeiro aluno com Down da UFG

Para chegar a esse resultado, os pesquisadores usaram um gene do RNA chamado de XIST, que é encontrado em fêmeas de mamíferos e é capaz de silenciar um dos dois cromossomos X, impedindo que ele processe proteínas. Com o uso de células-tronco, eles conseguiram fazer com que esse gene "desligasse" o cromossomo extra da trissomia 21.
O próximo passo é avançar dos testes em células para as cobaias. Os cientistas pretendem estudar se essa "terapia cromossômica" é capaz de corrigir patologias em ratos com a síndrome de Down.

Terra

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Mulher comemora dois anos da filha gerada com sêmen do marido morto

Mulher comemora dois anos da filha 



gerada com sêmen do marido morto




'Saiu inteira ele. Só os dedos do pé são meus', diz professora de Curitiba.
Ela precisou ir à Justiça para o procedimento; decisão foi inédita no país.

Thais KaniakDo G1 PR
320 comentários
Casal decidiu guardar o sêmen em uma clínica, a -200°C. Ele tinha câncer e morreu logo depois (Foto: Thais Kaniak / G1)Casal decidiu guardar o sêmen em uma clínica, a -200°C. Ele tinha câncer e morreu logo depois (Foto: Thais Kaniak / G1)
“Estou feliz, realizada. Estou completa”, afirma a professora Katia Lenerneier, de 41 anos, dois anos após o nascimento da filha Luíza Roberta, que foi gerada com o sêmen do marido morto. Katia tentava engravidar quando o marido descobriu que tinha um tipo agressivo de câncer de pele, em fevereiro de 2009. Juntos, decidiram guardar o sêmen em uma clínica, a -200°C. Pouco tempo depois, ele morreu aos 33 anos.
  •  
 Professora diz que a garota é bastante parecida com o pai não só fisicamente: 'Ela é bravinha. Levanta a sobrancelha igualzinho a ele'' (Foto: Thais Kaniak / G1)Professora diz que a garota é bastante parecida com o pai não só fisicamente: "Ela é bravinha. Levanta a sobrancelha igualzinho a ele" (Foto: Thais Kaniak / G1)
Como Katia não tinha a autorização escrita do falecido marido, precisou recorrer à Justiça para conseguir o direito ao procedimento. O caso, inédito no país, foi aprovado em maio de 2010 e, no mês de setembro, a professora engravidou. A menina nasceu em junho de 2011 com quase três quilos, emocionando a família e a equipe médica.
“Só alegria”. É assim que Katia descreve a vida depois de ser mãe. Para a professora, a decisão de engravidar com o sêmen do falecido marido foi um acerto. “Não tenho nenhum arrependimento ou sentimento de culpa por ela não ter o pai”. A professora conta com a ajuda da mãe para cuidar da menina.
Luíza Roberta completou dois anos em junho (Foto: Thais Kaniak / G1)Luíza Roberta é motivo de felicidade para a avó
paterna (Foto: Thais Kaniak / G1)
A mulher optou em trabalhar meio período para ter mais tempo de ficar com a criança que começou a ir para a escolinha no início de 2013. Ela diz que a família do falecido marido tem contato direto com Luíza Roberta. “Minha sogra é bem presente”.
Alegria da vovó
“Era o que ele queria. Se estivesse vivo estaria muito contente”, afirma a dona de casa Maria de Lourdes Niels, que é avó de Luíza Roberta e mãe do falecido marido de Katia. A neta é motivo de felicidade para a dona de casa. “É uma alegria que não dá nem para falar. Ela é especial. É uma coisa que só Deus é que sabe”.
Maria de Lourdes lembra que ela e família apoiaram a decisão de Katia de fazer inseminação artificial com o sêmen no marido já morto. “Minha família deu grande apoio para ela. Sei que ela é uma boa mãe. Confiei muito na pessoa dela. Ela é uma pessoa muito boa”.
“Eu fico encarando as fotos dela [Luíza Roberta] para matar um pouco da saudade dele. As fotos dele eu não consigo ver porque dói muito. A morte é muito triste, ninguém aceita”, relata a dona de casa.
Novo rumo
“Às vezes, dá um aperto no coração por ele não estar curtindo, vivendo, vendo esses momentos bonitos. Isso pesa, mas é durante um minuto. No outro minuto já descontraio”, explica a professora. Depois da inseminação artificial, Katia ainda deixou o que sobrou do sêmen do marido e dois óvulos dela congelados. Porém, no fim de 2012, ela resolveu eliminar o sêmen e, agora, vai doar os óvulos. “Não me vejo mais grávida. É muito difícil não ter uma pessoa para te ajudar emocionalmente e financeiramente, não ter um companheiro”, avalia.
Ao observar a filha, a professora diz que a garota é bastante parecida com o pai. “Saiu inteira ele. Só os dedos do pé são meus”, brinca. Não apenas fisicamente, Katia também atribui a personalidade do marido à filha. “Ela é bravinha. Levanta a sobrancelha igualzinha a ele”.
Para a mulher, a criança trouxe um novo rumo à vida. “Acabou um ciclo e começou outro. Ela resgatou um pouco dele e, ao mesmo tempo, deu outro rumo para a vida”, finaliza Katia.
Luíza Roberta fez dois anos em junho de 2013 (Foto: Mario Batista Seixa )
Luíza Roberta fez dois anos em junho de 2013 (Foto: Mario Batista Seixa )

-----
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Após alterar regra de transplante nos EUA, menina passa por nova cirurgia

02/07/2013 17h45 - Atualizado em 02/07/2013 17h54

Retirado do site: www.g1.globo.com

Após alterar regra de transplante nos EUA, menina passa por nova cirurgia


Sarah Murnaghan deve passar por procedimento para reparar diafragma.
Justiça autorizou que garota de 10 anos recebecesse pulmões adultos.

Do G1, em São Paulo

Sarah Murnaghan, uma menina norte-americana de 10 anos que recebeu novos pulmões após seus pais conseguirem na Justiça a modificação das regras nacionais de doação de órgãos, deve passar nesta terça-feira (2) por um novo procedimento para reparar seu diafragma.

De acordo com a agência de notícias Associated Press, a cirurgia, que deve acontecer no Hospital Infantil da Filadélfia, vai auxiliar Sarah a respirar por conta própria. Atualmente, ela precisa da ajuda de tubos desde que recebeu os novos órgãos respiratórios, em 13 de junho, já que seu diafragma sofreu uma paralisia parcial.

A menina foi diagnosticada com fibrose cística em estágio final e não conseguia respirar sozinha. Médicos apontaram que ela tinha apenas algumas semanas de vida se não recebecesse um novo pulmão. Mas, como tem menos de 12 anos, não podia entrar na fila de transplante de adultos, o que diminuiria sua chance de conseguir uma doação de órgão.

Em junho, sua família conseguiu, através da ordem de um juiz, que a rede responsável por autorizar e regular os transplantes de órgãos nos Estados Unidos não obrigasse Murnaghan a esperar por um pulmão de um doador infantil menor de 12 anos e que pudesse optar pelo de um adulto.

A família pediu uma revisão das normas de transplantes, já que pessoas em estado menos grave que o de sua filha tinham preferência para optar por um pulmão válido.

  •  
  •  
Sarah Murnaghan no hospital na Filadélfia. Na foto de baixo, a menina aparece com sua irmã adotiva, Ella (Foto: AP)Sarah Murnaghan no hospital na Filadélfia. Na foto de baixo, a menina aparece com sua irmã adotiva, Ella (Foto: AP)

-----------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

Cientistas japoneses recriam fígado humano em laboratório

03/07/2013 21h02 - Atualizado em 03/07/2013 21h05

Retirado do site: www.g1.globo.com

Cientistas japoneses recriam fígado humano em laboratório

Órgão foi produzido a partir de células-tronco reprogramadas.Resultado foi divulgado nesta quarta-feira na revista científica 'Nature'.

Da France Presse


Pesquisadores do Japão recriaram em laboratório um fígado humano a partir de células-tronco reprogramadas que foram extraídas da pele, o que possibilita obter novas perspectivas para pacientes que aguardam um transplante.

Um estudo que apresenta a técnica, que utilizou as chamadas células pluripotentes induzidas (iPS) foi publicado nesta quarta-feira (3) na edição on-line da revista “Nature”.Cientistas da Universidade de Yokohama implantaram em um camundongo um projeto de fígado que se transformou em órgão vascular com as propriedades de um fígado humano.

O tecido hepático humano utilizado conseguiu produzir proteínas específicas que agem na filtragem/limpeza, o que aumentou a sobrevida dos roedores que tinham problemas hepáticos.

Entretanto, ainda é cedo para dizer se a técnica pode funcionar em humanos. Apesar disso, Takanori Takebe, um dos autores do estudo, é otimista a respeito. “De alguma forma, nossa pesquisa é válida”, explicou ele em conferência de imprensa realizada por telefone.

No experimento, os cientistas usaram células pluripotentes induzidas (iPS), que são células adultas reprogramadas para obter as propriedades das células-tronco embrionárias.No laboratório, as células adultas ficam em um estágio quase embrionário, o que permite obter quatro novos genes (normalmente inativos nas células adultas). Depois, voltam a uma fase imatura, com a capacidade de se diferenciar em todos os tipos celulares, dependendo do ambiente em que se encontram.

Os cientistas concordam que ainda levará algum tempo até que essas conclusões sejam aplicadas na medicina regenerativa.


------------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

Transplante de medula óssea 'livra' pacientes do vírus HIV, diz estudo

03/07/2013 14h04 - Atualizado em 03/07/2013 14h36 

Retirado do site: www.g1.globo.com

Transplante de medula óssea 'livra' pacientes do vírus HIV, diz estudo

Dados foram apresentados em conferência sobre Aids realizada na Malásia.No entanto, especialistas disseram que método não é opção viável.

Pesquisadores apresentaram nesta quarta-feira (3) em uma conferência sobre a Aids realizada em Kuala Lumpur, na Malásia, que duas pessoas portadoras do vírus HIV não apresentaram mais sinais de contaminação após passarem por transplantes de medula óssea.
Segundo informações da rede americana CNN, cientistas da Harvard Medical School e de outros hospitais de Boston divulgaram que os dois homens, cujas identidades não foram reveladas, se trataram durante anos com antirretrovirais antes de serem diagnosticados com linfoma, um câncer dos gânglios linfáticos.
Eles foram submetidos a quimioterapia intensiva e, posteriormente, passaram por um transplante de medula óssea para tratar o câncer. Aproximadamente quatro meses após a cirurgia, os médicos ainda detectavam o HIV no sangue deles. No entanto, entre seis e nove meses depois, todos os vestígios do vírus tinham desaparecido.
Ainda assim, os especialistas disseram que a metodologia não é uma opção viável para a maioria dos pacientes com Aids e que os sinais encorajadores não significam que exista uma cura definitiva.
De acordo com Timothy Henrich, pesquisador que lidera o ensaio clínico, devido aos resultados com os dois pacientes, o tratamento com antirretroviral foi interrompido em ambos os casos.
“Achamos melhor interromper a terapia para ver o que acontece. Em uma pessoa portadora do HIV, que utiliza antirretrovirais por muitos anos, geralmente o vírus retorna dentro de duas a quatro semanas após a interrupção do tratamento”, explica Henrich.
Em busca da cura
Os novos casos somam-se a outras experiências divulgadas por cientistas de tentativas de cura da doença, um objetivo inimaginável há apenas alguns anos, ou, pelo menos, o controle de longa duração da doença, também chamada de "remissão funcional", que acaba com a necessidade do uso diário de tratamentos antirretrovirais.

Também podem ser citadas as experiências do caso do "bebê de Mississippi", uma criança infectada pelo vírus HIV no ventre de sua mãe e que recebeu um coquetel de três drogas nas primeiras 30 horas de vida, por 18 meses consecutivos. Quinze meses após a terapia tripla, o bebê ainda não apresenta traços de HIV no sangue.
A única cura total conhecida até o momento é a de Timothy Brown, chamado de "o paciente de Berlim". Ele recebeu tratamento para leucemia e se declarou curado depois de um transplante de medula óssea de um doador que tinha uma mutação genética rara que impedia o HIV de entrar nas células.
Antirretrovirais ajudam a ter qualidade de vida
Os tratamentos antirretrovirais, que surgiram na década de 1990, melhoraram gradualmente, mas milhões de pacientes em todo o mundo ainda precisam tomá-los por toda a vida. Quase 34 milhões de pessoas estão infectadas com o HIV em todo o mundo e 1,8 milhão morrem com esta doença a cada ano.

O pesquisador Timothy Henrich, dos EUA, divulga na conferência sobre Aids na Malásia que o vírus HIV desapareceu do sangue de dois pacientes que passaram por transplante de medula óssea (Foto: Lai Seng Sin/AP)O pesquisador Timothy Henrich, dos EUA, divulga nesta quarta-feira (3) durante conferência sobre Aids na Malásia que o vírus HIV desapareceu do sangue de dois pacientes que fizeram transplante de medula óssea para tratar um câncer (Foto: Lai Seng Sin/AP)


------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Governo inglês aprova inseminação que pode gerar bebês com "três pais"




 atualizado em 29 de Junho de 2013 às 13h31
Retirado do site: www.terra.com.br

Governo inglês aprova inseminação que pode gerar bebês com "três pais"

Procedimento estará disponível para casais em até dois anos




Críticos afirmam que a técnica pioneira de fertilização in vitro é antiética Foto: Reprodução / BBCBrasil.com
Críticos afirmam que a técnica pioneira de fertilização in vitro é antiética
Foto: Reprodução / BBCBrasil.com

O Reino Unido pode se tornar o primeiro país do mundo a autorizar um tratamento de fertilidade que utiliza material genético de três pessoas para evitar certas doenças hereditárias incuráveis, depois que a ideia recebeu o respaldo do governo.
O ministério da Saúde britânico redigirá as novas normas relacionadas à polêmica técnica de fecundação in vitro (FIV) e as submeterá a uma consulta pública antes de apresentá-las ao Parlamento, para um debate em 2014.
O procedimento, que pretende evitar que as mães transmitam aos bebês graves doenças genéticas, consiste em substituir o DNA mitocondrial anômalo do óvulo materno pelo DNA mitocondrial saudável procedente de um doador para criar e fertilizar o óvulo reconstruído com esperma do pai com uma FIV clássica.
"Os cientistas têm desenvolvido novos procedimentos inovadores que podem deter a transmissão destas doenças, o que dá esperanças a muitas famílias que buscam prevenir que seus futuros filhos as herdem", declarou a assessora médica do governo britânico, Sally Davies.



Cientistas modificam célula e promovem inseminação polêmicaClique no link para iniciar o vídeo
Cientistas modificam célula e promovem inseminação polêmica

"É correto que busquemos adotar este tratamento que pode salvar vidas o mais rápido possível. O que vamos fazer agora é começar a desenvolver a regulamentação, a consultar sobre ela para depois levá-la ao Parlamento".
Um em cada 200 bebês nasce a cada ano no Reino Unido com uma forma de enfermidade do DNA mitocondrial, ou seja, uma patologia que afeta as estruturas que permitem proporcionar energia à célula.
Nos casos mais graves, as anomalias podem resultar em doenças como a síndrome MELAS, a síndrome MERRF, a síndrome NARP e a neuropatia óptica hereditária de Leber.
A autorização do procedimento, atualmente proibido por lei, constituiria um avanço radical na área porque permitira alterar a linha genética germinal.
Os bebês nascidos com esta técnica compartilhariam DNA com três pessoas, seus pais e o doador, mas apenas 0,1% procederia desta última pessoa.
Além disso, seriam parecidos apenas com os pais porque as características humanas estão codificadas no DNA do núcleo da célula.
Caso seja autorizada, os especialistas indicam que apenas de cinco a 10 bebês poderiam nascer a cada ano por meio da técnica no Reino Unido, onde quase 12.000 pessoas vivem com patologias mitocondriais.



AFP



------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

EUA: Supremo derruba lei que restringia casamento à união heterossexual


  atualizado às 15h05 
Retirado do site: www.terra.com.br

EUA: Supremo derruba lei que restringia casamento à união heterossexual

A 'Defense of Marriage Act' (DOMA, Lei de Defesa do Casamento) negava aos casais do mesmo sexo os mesmos direitos e benefícios garantidos aos casais heterossexuais



A 'Defense of Marriage Act' (DOMA, Lei de Defesa do Casamento), que o tribunal considerou inconstitucional, negava aos casais do mesmo sexo nos Estados Unidos os mesmos direitos e benefícios garantidos aos casais heterossexuais. "DOMA é inconstitucional como a privação da liberdade igualitária das pessoas, que é protegida pela Quinta Emenda da Constituição", decidiu a Corte em uma votação com o placar de 5 a 4.A Suprema Corte dos Estados Unidos derrubou nesta quarta-feira a lei federal que define o casamento apenas como uma união entre um homem e uma mulher. A decisão, tomada após uma reunião histórica em Washington, é uma grande vitória para os defensores do casamento entre pessoas do mesmo sexo.


Edith Windsor entrou na Justiça contra a DOMA, motivando a discussão na Suprema Corte Foto: Reuters
Edith Windsor entrou na Justiça contra a DOMA, motivando a discussão na Suprema Corte
Foto: Reuters

A decisão permite que os casais do mesmo sexo casados legalmente em 12 dos 50 Estados e na capital Washington DC tenham acesso aos mesmos benefícios federais que os casais heterossexuais. A discussão foi motivada por uma viúva gay de Nova York. Com o apoio do governo Obama, Edith Windsor entrou na justiça com a alegação de que a DOMA era discriminatória. Após a morte de sua companheira, ela foi taxada em mais de US$ 360 mil pelo imóvel herdado após a morte de Thea Spyer.
A Suprema Corte destacou que a "DOMA não pode sobreviver segundo estes princípios" que violam a disposição constitucional de igualdade perante a lei aplicável ao governo federal. A decisão foi lida pelo juiz Anthony Kennedy, nomeado por um presidente republicano, que votou na questão ao lado de quatro juízes considerados progressistas. O presidente da Corte, John Roberts, e seus três colegas conservadores votaram contra.
A Suprema Corte também optou por não se pronunciar sobre um caso apresentado pelos opositores do casamento entre pessoas do mesmo sexo na Califórnia, abrindo o caminho para que os casais homossexuais voltem a se casar nesse Estado da costa oeste americana.
O tribunal deveria se pronunciar sobre a constitucionalidade da proibição do matrimônio gay na Califórnia, ou "Proposta 8", consagrada na Constituição californiana, que um grupo de ativistas contrários à causa gay buscava confirmar depois de ter sido invalidada por um tribunal de instância inferior.
Obama comemora
O presidente Barack Obama comemorou a decisão da Suprema Corte. "A decisão de hoje sobre a DOMA é passo histórico", disse o líder em sua conta oficial do Twitter.

----------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito