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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Mulher de 61 anos dá à luz casal de gêmeos




(26.10.12)


A Tribuna de Santos


O pai dos bebês, José César, de 55 anos, e a mamãe, de 61, comemoraram a chegada dos filhos
























Uma mulher de 61 de idade, que há 20 anos tentava realizar seu sonho de ser mãe, deu à luz um casal de gêmeos em Santos (SP) graças a uma inseminação artificial com embriões congelados há uma década, informaram ontem (25) fontes médicas. O parto aconteceu na segunda-feira (22) e o procedimento foi realizado pelo médico Orlando de Castro Neto, proprietário de uma clínica de ginecologia e reprodução assistida que atende a mulher desde 1992.

A mãe, identificada como Antonia Leticia Rovati Asti, tentou inicialmente ficar grávida por métodos tradicionais com assistência médica que não tiveram resultados. Há dez anos Antonia tentou engravidar por inseminação artificial e, após outro fracasso, se propôs adotar um filho mas foi rejeitada, pela idade.


"A nova tentativa de inseminação artificial foi realizada com embriões que não foram utilizados no primeiro procedimento há dez anos e que estavam congelados", disse uma fonte da clínica de Castro Neto. 


Os embriões surgiram de óvulos da mulher fecundados por espermatozóides de seu marido, hoje com 55 anos. 

Os gêmeos, batizados como Sofia e Roberto, finalmente nasceram na segunda-feira mediante uma cesariana no hospital São Lucas de Santos após uma gravidez de sete meses, uma semana depois de a mãe completar 61 de idade,

Segundo os médicos, além de ter uma obstrução nas trompas de falópio, a paciente não conseguia ficar grávida por um problema no endométrio. Com a falta de resultado, a paciente foi submetida há dez anos à primeira de três tentativas de fertilização ´in vitro´ que também não avançaram pelas dificuldades para o embrião se fixar.


"Antonia tinha embriões preservados da primeira fertilização, mas os embriões têm uma validade de mais ou menos dez anos, que estava chegando ao fim. Ela disse que queria aproveitá-los para uma nova tentativa", explicou o ginecologista.  Como - com exceção da idade - a paciente não tinha nenhum problema médico que lhe impedisse de ser mãe, seu médico aceitou realizar o procedimento, que foi bem-sucedido na primeira tentativa e com dois embriões.


Segundo o médico, o maior obstáculo é vencer os preconceitos sociais e a resistência a que mulheres com mais de 40 anos tenham filhos.


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Menino 'vira' menina e agora quer voltar a ser menino



No último ano, Ria Cooper fez um prolongado tratamento com injeções de hormônio para mudar de menino para menina. Nascido Brad, a(o) adolescente de 18 anos desenvolveu seios, passou a usar roupas femininas, mudou o cabelo e chegou a sair com vários meninos. A mudança física e o acompanhamento psicológico foram financiados pelo sistema de saúde público. 


Apesar de, aparentemente, ter gostado do resultado, Ria resolveu dar um novo giro de 180 graus. Sim, ela agora quer voltar a ser menino!

"A vida realmente chegou no limite para mim recentemente. Os hormônios me fizeram sentir para cima e para baixo. Num instante estou deprimida, no outro estou feliz", contou Ria, que mora em Hull (Inglaterra), ao "Daily Mirror".

"Sempre quis entrar nas Forças Armadas. Ironicamente, eu saí com alguns soldados nos últimos dois anos!", comentou.
"Sempre quis entrar nas Forças Armadas. Ironicamente, eu saí com alguns soldados nos últimos dois anos!", comentou.
"Não quero viver isolada, longe de quem eu amo. Este é o único caminho a seguir. Eu apenas quero ser feliz e esta é a minha última chance", comentou a(o) jovem, que chegou a se prostituir e a tentar o suicídio.
"Não quero viver isolada, longe de quem eu amo. Este é o único caminho a seguir. Eu apenas quero ser feliz e esta é a minha última chance", comentou a(o) jovem, que chegou a se prostituir e a tentar o suicídio.


Agora, Ria está sonhando com uma carreira no Exército.
O caso de Brad-Ria-Brad está provocando uma discussão no Reino Unido. Cada vez mais cedo adolescentes estão sendo submetidos a tratamento para mudança de sexo. Estariam eles preparados para tal decisão e para o que vem depois?


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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Congresso do Uruguai aprova descriminalização do aborto


17/10/2012 14h38 - Atualizado em 18/10/2012 07h36

Congresso do Uruguai aprova descriminalização do aborto

Iniciativa teve apoio de 17 dos 31 senadores e vai à sanção presidencial.

Legislação permite aborto nas 12 primeiras semanas, sob certas condições.

Do G1, com agências internacionais

O Senado do Uruguai deu nesta quarta-feira (17) a sanção definitiva à lei que descriminaliza o aborto durante as 12 primeiras semanas de gestação e sob algumas condições.
Com isso, o país se torna o segundo da América Latina a permitir o aborto, após Cuba.
Em outros países latino-americanos, ele é permitido apenas em casos como o risco de vida para a mãe, a má-formação fetal ou de gravidez fruto de um estupro.
O projeto havia sido anteriormente aprovado pela Câmara dos Deputados, em 25 de setembro, com 50 votos a favor e 49 contra, após uma negociação dos governistas com o Partido Independente.A legislação teve 17 de 31 votos. Ela foi apoiada pelos 16 parlamentares da governista Frente Ampla e pelo senador Jorge Saravia, atualmente no Partido Nacional, de oposição.
Agora, a lei precisa ser promulgada pelo presidente José Mujica. Ele já disse, em diversas ocasiões, que não vetará a iniciativa, como fez seu antecessor, Tabaré Vásquez, em 2008, alegando "princípios éticos".
O Parlamento uruguaio encerrou décadas de debates em torno de um tema que dividiu a sociedade, depois do fracasso de cerca de uma dúzia de projetos de legalização do aborto desde 1978.
Inspiração europeia

Inspirado na legislação de países europeus, o texto prevê a descriminação da interrupção da gravidez desde que a mulher manifeste o desejo de abortar diante de uma equipe de ao menos três profissionais, após estar ciente dos riscos, das alternativas e dos programas de apoio à maternidade e à adoção.

Mulheres nuas e com os corpos pintados realizam manifestação na frente do Parlamento uruguaio. (Foto: Matilde Campodonico / AP Photo)Mulheres nuas e com os corpos pintados realizam manifestação na frente do Parlamento uruguaio em 25 de setembro. (Foto: Matilde Campodonico / AP Photo)

Polêmica

O debate colocou em lados opostos quem defende o direito do embrião e as pessoas que consideram o projeto uma alternativa para a ineficácia da atual lei, vigente desde 1938, que pune com a prisão a mulher que fizer um aborto e quem colaborar com ela.

"Esta lei está alinhada com os consensos sociais atuais do Uruguai", afirmou o senador do FA, Luis Gallo, enfatizando que "a sociedade não considera que a mulher seja criminosa quando aborta".

Por serem realizados de forma clandestina, os abortos no Uruguai são difíceis de contabilizar, mas, segundo dados de organizações não-governamentais, neste país de 3,4 milhões de habitantes são registrados mais de 30 mil abortos por ano, diante de 47 mil nascimentos.

Na oposição, o senador Alfredo Solari, do Partido Colorado, considerou que "esta é uma solução ruim para um problema médico e social vivido pelo país", indicando que instaura um sistema complexo e complicado, pois a formação de equipes multidisciplinares será praticamente impossível em grande parte do interior do país.

Além dos debates pró e contra, o texto final aprovado também foi questionado por grupos como o "ProVida" e a Coordenação pelo Aborto Legal, que dizem que a lei não garante à mulher o direito de decidir livremente sobre seu corpo, e que não se trata do projeto original pelo qual lutaram há muitos anos.
Já a organização Médicos do Mundo considera que a lei é "um antecedente positivo" para o reconhecimento dos direitos das mulheres na região.

Após a entrevista, a candidata ao aborto deverá aguardar cinco dias para confirmar sua decisão e interromper a gravidez, sempre sob supervisão do Estado.
O processo é dispensado quando a gravidez implica risco grave para a saúde da mulher, quando há má-formação do feto incompatível com a vida fora do útero e quando ocorreu estupro.
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Adolescente acorda do coma durante procedimento para retirada de órgãos na Dinamarca


Adolescente acorda do coma durante procedimento para retirada de órgãos na Dinamarca 

19/10/2012 - 18h54 | do BOL




do BOL, em São Paulo


 Uma adolescente dinamarquesa de 19 anos acordou do coma quando médicos se preparavam para remover seus órgãos. Segundo noticiou o “Daily Mail” nesta quinta-feira (19), Carina Melchior estava hospitalizada em Aarhus, na Dinamarca, depois de um grave acidente de carro. Acreditando que o estado da paciente era irreversível, os médicos conversaram com a família sobre a interrupção do tratamento.

 "Os pais foram convencidos de que não havia mais nada a fazer e concordaram com a doação dos órgãos", disse o advogado da família. 

Os pais de Carina estão processando o hospital por danos, alegando que a equipe médica se precipitou no procedimento. Os médicos da instituição pediram desculpas pelas falhas na comunicação durante o tratamento de Carina e assumiram o erro. 

O caso também provocou um debate público na Dinamarca sobre doação e levou muitos doadores do país a cancelarem a autorização temendo precipitações, como aconteceu com Carina. Segundo novas diretrizes impostas pelo governo dinamarquês, a retirada de órgãos só deverá ser feita quando o laudo médico declarar o paciente clinicamente morto. Carina, que virou personagem de um documentário, passa bem e faz planos para ingressar na universidade. 



(Com informações do “Daily Mail”)


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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Justiça autoriza casal a registrar filha gerada em barriga de aluguel, em GO


16/10/2012 21h24 - Atualizado em 16/10/2012 21h24

Justiça autoriza casal a registrar filha 

gerada em barriga de aluguel, em GO


Família é de Goiânia e decisão é inédita na Defensoria Pública do estado.Demora se deu porque não existe no Brasil legislação que abranja o caso.

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera


Depois de quase dois anos de luta, a Justiça reconheceu o técnico em informática Ériko Gomes, de 35 anos, e sua mulher, a comerciante Jordana Maria de Oliveira, de 30, como pais da pequena Soraya, de 1 ano e 7 meses. A decisão inédita na Defensoria Pública de Goiás deu aos pais o direito de registrar a filha, que foi gerada no útero da tia, situação mais conhecida como barriga de aluguel.
“A primeira coisa que vou fazer quando estiver com a certidão em mãos é guardar com muito carinho e tirar muitas fotos. Acho que vou até andar mostrando para as pessoas. Agora estamos livres, graças a Deus”, declarou Jordana.
O processo corria na Justiça desde março do ano passado. De acordo com a gerente da área de família da Defensoria Pública do estado, Liliane Medeiros Wascheck, a demora se deu porque no Brasil não existe uma Legislação que trata o caso. “No nosso País ainda não tem uma Legislação que cuida dessa matéria. Então, quando os pais entraram com o pedido, os juízes tiveram muita cautela, no sentido de verificar qual seria o caminho mais correto para fazer essa autorização, tendo em vista que eles não tinham amparo em uma Legislação”, explica.
Certidão de nascimento

O caso veio a público no mês passado, quando os pais procuraram a imprensa. Eles estavam aflitos porque sem a certidão de nascimento a filha não podia sequer viajar. O único documento que ela tinha era uma declaração de nascida, dada pelo hospital.
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Soraya com os pais, o tio e a tia que a gerou por meio de barruga de aluguel, em Goiânia (Foto: Arquivo pessoal)Soraya com os pais, o tio e a tia que a gerou por meio de barruga de aluguel (Foto: Arquivo pessoal)Soraya, que nasceu por meio de barriga de aluguel, com a mãe Jordana Maria (Foto: Arquivo pessoal)Soraya e a mãe Jordana (Foto: Arquivo pessoal)
A doação

A cunhada de Jordana, que foi quem cedeu o útero para a barriga de aluguel. Ela conta que se ofereceu para gerar a sobrinha quando ainda estava grávida do seu terceiro filho. “Eu e ele [Ériko] somos irmão únicos, não temos pai nem mãe mais. Nossa família já é reduzida. Então, quando soube da situação da Jordana, me comovi”, afirma Dulcenilda. Ela conta que recebeu todo o apoio do marido: “Ele foi um guerreiro”.
“Coisas que eram impossíveis, agora são possíveis. Agora ela tem direitos como com qualquer outro cidadão”, afirmou Ériko, sorridente.
Mesmo tendo seguido as normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), a família precisou entrar na Justiça para garantir o direito de reconhecer Soraya.
A decisão da Justiça era o passo mais importante. Só que para ter a certidão de nascimento da filha o casal ainda vai ter de esperar. O Ministério Público e advogados têm de ser comunicados formalmente. Depois disso, os pais vão receber um alvará para ir até o cartório e fazer o registro civil, o que deve acontecer até o final desta semana.
Casado há sete anos com Jordana, Ériko conta que a mulher sempre soube que tinha problemas no útero, mas que, após o casamento, quando veio a dificuldade para engravidar, ela fez exames mais completos que comprovaram a ausência do útero. “Antes disso, os médicos diziam que ela tinha útero infantil, que o órgão não tinha crescido. Com esses diagnósticos errados, sempre ficamos na esperança de que o quadro se revertesse”, lembra Ériko.
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Útero de substituição e as novas repercussões jurídicas


Útero de substituição e as novas repercussões jurídicas



10/10/2012




Fonte: Assessoria de Comunicação do IBDFAM

 O Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais apresenta em Brasília, no próximo dia 16, proposta para ampliar a gestação por substituição aos parentes do marido, sem autorização dos conselhos. Já o Conselho Regional de Medicina paulista já vem autorizando, nos últimos meses, a substituição uterina para gerar filhos, através de doadoras que não são necessariamente parentes da mãe biológica. Para tratar desse assunto e aprofundar na polêmica da comercialização da barriga de aluguel, do ponto de vista jurídico, convidamos a advogada familiarista e presidente do IBDFAM-PA, Nena Sales Pinheiro.
1- O CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE MINAS GERAIS QUER ESTENDER A POSSIBILIDADE DE PARENTES DE ATÉ SEGUNDO GRAU DO MARIDO CEDER O ÚTERO PARA GESTAÇÃO SEM A NECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO DOS CONSELHOS REGIONAIS DE MEDICINA. COMO A SENHORA AVALIA A PROPOSTA? A DEMANDA POR ÚTERO DE SUBSTITUIÇÃO TEM AUMENTADO NO PAÍS?
No Brasil, não existe nenhuma lei que regulamente a doação temporária do útero para gestação, sendo essa questão regida pela Resolução n° 1.957/2010, do Conselho Federal de Medicina, que dispõe as normas éticas para a utilização de todas as técnicas de reprodução assistida. Entre essas normas, consta que as doadoras temporárias do útero devem pertencer à família da doadora genética, num parentesco até o segundo grau, sendo este um requisito limitador para aquelas que não possuem parentes de primeiro e segundo grau. Nestes casos, a gestação por substituição torna-se inviável para as mulheres que não possuem parentes em condições de substituí-las, as quais ficam na dependência da aprovação expressa dos conselhos regionais de Medicina para a prática por parte de parentes do marido.
Assim, penso que a iniciativa do conselho regional de Medicina de Minas Gerais, em ampliar a gestação por substituição aos parentes do marido, vem dar um tratamento isonômico aos casais, diminuindo substancialmente a procura de doadoras de útero fora do grupo familiar.  Aliás, o Cremesp – conselho regional de Medicina paulista já vem autorizando, nos últimos meses, a substituição uterina para gerar filhos, através de doadoras que não são necessariamente parentes da mãe biológica.
Por fim, a demanda por útero de substituição aumentou consideravelmente diante da modernização das práticas de reprodução assistida, decorrente do progresso biotecnológico.  De igual forma, o reconhecimento da união estável entre casais do mesmo sexo, por certo impulsionará mais ainda a procura pela gestação por substituição.
2 - COMO A RESOLUÇÃO 1.957 DE 2010 DO CFM, QUE REGULAMENTA A REPRODUÇÃOASSISTIDA NO PAÍS, TRATA A QUESTÃO DA BARRIGA DE ALUGUEL?
Esta resolução é a única existente no país que trata da matéria e promove a regulamentação para a utilização de útero alheio objetivando gerar filho próprio. Para tanto, somente autoriza a utilização da gestação por substituição se houver comprovado problema médico que impeça ou contra indique a gestação pela doadora genética, e, desde que, exista probabilidade efetiva de sucesso e não se incorra em risco grave de saúde para a paciente ou o possível descendente.
As doadoras temporárias do útero devem ter um laço de parentesco até o 2º grau, com a doadora genética, ou seja, irmãs, mães, tias, avós ou primas, por exemplo. Qualquer caso que não esteja dentro dessa classe de pessoas, precisa ser aprovado pelo Conselho Regional de Medicina, que será feito em cada estado.A doação temporária do útero, sob nenhuma hipótese poderá ter caráter lucrativo ou comercial.
É obrigatório a todas às pacientes submetidas às técnicas de gestação por substituição, que assinem documento de consentimento, após exposição detalhada da referida técnica, assim como os resultados obtidos na unidade de tratamento com a técnica proposta, de modo que as participantes estejam de inteiro acordo e devidamente esclarecidas sobre o mesmo.
Essa resolução não tem força de lei, porém é a que tem dado respaldo aos magistrados para bem aplicar a justiça aos casos da maternidade de substituição. 
Destaco, que a Lei de Registros Públicos, editada em 1973, não podia prever a hipótese de registro de filhos pelos doadores genéticos, restando, aos pais biológicos, recorrerem à Justiça para garantir o direito ao registro de nascimento do filho, razão pela qual, entendo ser urgente a atualização legislativa nessa questão do registro civil.
3 - HOJE, A DOADORA DO ÚTERO PRECISA FAZER UMA DECLARAÇÃO ALTRUÍSTICA DIZENDO QUE NÃO HÁ CARÁTER COMERCIAL ENVOLVIDO NA GESTAÇÃO.  VOCÊ ACHA QUE A BARREIRA DE SE COMERCIALIZAR A BARRIGA DE ALUGUEL, COBRANDO UM VALOR PARA EXERCER A GESTAÇÃO EM NOME DE OUTRA PESSOA, SERÁ QUEBRADA?
Acho que dificilmente a barreira de se comercializar a barriga de aluguel será quebrada. Primeiramente, porque a Constituição Federal tratou da utilização de órgãos humanos, vedando todo tipo de comercialização, como se vê no art. 199, § 4°, CF/88:“Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. § 4° - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização. (grifamos).
Observa-se que a utilização do útero não se encontra incluída no referido dispositivo constitucional, tendo em vista que o procedimento do empréstimo do útero não se assemelha ao transplante de órgão, nem à pesquisa. Como de igual modo, não ocorre remoção de órgão, tecidos e substâncias humanas, o que pode dar abertura para a comercialização da chamada barriga de aluguel. A dois, o artigo 13 do Código Civil veda a disposição de parte do corpo, a não ser em casos de exigência médica e desde que tal disposição não traga inutilidade do órgão ou contrarie os bons costumes. A três, do ponto de vista criminal, a questão também é controversa, porque alguns entendem que oferecer o serviço de barriga de aluguel não há tipificação legal por não se enquadrar no conceito de comprar ou vender tecidos, órgãos ou partes do corpo humano. Enquanto outros asseveram que a comercialização do empréstimo do útero é crime tipificado no artigo 15 da Lei 9.437/97. Destaco, por fim, que o projeto de lei sobre essa matéria, que tramita no Congresso Nacional, dispõe de forma taxativa que é crime a comercialização da chamada barriga de aluguel, consolidando a barreira para a sua comercialização.
4 – VOCÊ ACHA QUE A RESTRIÇÃO À COMERCIALIZAÇÃO DO ÚTERO ATENDE APENAS ÀS QUESTÕES MORAIS?
Não apenas às questões morais, mas ainda às questões éticas, religiosas, sociais e econômicas. A restrição à comercialização do útero visa evitar a generalização e a banalização da procriação tecnológica, havendo um temor que essa prática de reprodução assistida aumente a demanda por mães de aluguel, ocasionando a exploração de mulheres pobres e caracterizando um ato imoral e ilegal. No que diz respeito ao aspecto jurídico, a questão que se levanta grande discussão e que diz respeito a um forte aspecto social, trata sobre o direito de um casal, ou uma pessoa, investir altos valores financeiros para ter um filho, enquanto há inúmeras crianças abandonadas ou vivendo em miséria absoluta, envolvendo questões de cunho ético, social, psicológico, religioso e jurídico. Será que a adoção não seria mais ética e socialmente justa? Por outro lado, faz-se necessário questionar-se a respeito do significado da esterilidade para a pessoa humana e sobre a existência ou não de um direito a procriar.
5 - APESAR DA PROIBIÇÃO, MULHERES SE OFERECEM NA INTERNET PARA A GESTAÇÃO DE BEBÊS COBRANDO ENTRE 50MIL E 100MIL REAIS. SABEMOS QUE A COMERCIALIZAÇÃO DO ÚTERO DE SUBSTITUIÇÃO TRARIA MUITAS REPERCUSSÕES JURÍDICAS. JOÃO UBALDO RIBEIRO EM ARTIGO PUBLICADO NO ESTADÃO PREVÊ ALGUNS QUESTIONAMENTOS COMO: “O ALUGUEL DA BARRIGA ENVOLVE SOMENTE A OBRIGAÇÃO DE PORTAR O FETO NO ÚTERO? A LOCADORA NÃO TEM TAMBÉM DE AMAMENTAR A CRIANÇA, OU ISSO SERIA CLASSIFICADO COMO ADICIONAL DE PEITO E PAGO SEPARADAMENTE? O PREÇO DA BARRIGA É SOCIAL E, NOS CASOS DE LOCATÁRIAS DE BAIXA RENDA, DEVE SER SUBSIDIADO PELO ESTADO?
Note-se que a própria pergunta traz questões polêmicas e difíceis de serem respondidas neste momento. Trata-se de repercussões e consequências que advirão da prática da utilização do novo método de reprodução humana, e que deverão ser analisadas com ponderação e levando-se em consideração não só a dignidade humana na solução desses conflitos, mas, sobretudo, priorizando o melhor interesse do nascituro e da criança. É o que eu penso.














































































































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Família de aposentada que morreu após receber sopa na veia vai mover ação contra hospital



Família de aposentada que morreu após receber sopa na veia vai mover ação contra hospital


Santa Casa de Barra Mansa está apurando o caso, mas não acredita que erro tenha provocado a morte; Coren já havia afastado funcionários do estabelecimento




Idosa Ilda Maciel: morte após receber sopa na veia em hospital
Foto: TV Globo / Reprodução

Idosa Ilda Maciel: morte após receber sopa na veia em hospital
TV GLOBO / REPRODUÇÃO
RIO E BARRA MANSA - Parentes da aposentada Ilda Vitor Maciel, de 88 anos, vão entrar com uma ação contra a Santa Casa de Misericórdia de Barra Mansa, no Sul Fluminense, com pedido de indenização por causa da morte da idosa. Segundo a família da vítima, uma técnica de enfermagem injetou sopa na veia do braço direito da idosa, em vez de injetar o alimento na sonda que a alimentava. Ilda estava internada desde o dia 27 de setembro, após sofrer Acidente Vascular Encefálico (AVC) que paralisou um lado de seu corpo, e morreu 12 horas após receber a sopa na veia. Ela foi enterrada na terça-feira, no Cemitério Municipal de Barra Mansa.
O Conselho Regional de Enfermagem (Coren-RJ) enviou uma equipe de fiscalização à Santa Casa, para apurar o caso e verificar se há registro do profissional. Segundo o Coren, em 3 de agosto, o hospital passou por uma fiscalização do conselho e do Ministério Público, quando foram afastadas 36 pessoas por exercício ilegal da profissão. Segundo nota do conselho, a direção da Santa Casa não quis informar o nome do funcionária, nem seu registro.
— Assim que aplicaram a sopa na veia do braço direito dela, imediatamente minha mãe começou a se mexer aflita com uma das mãos e colocava a língua para fora da boca. Sai correndo pela enfermaria para pedir ajuda a outra enfermeira. Depois outra enfermeira veio e colocou a sopa na sonda e perguntou quem tinha feito aquilo — disse Ana Rute Maciel dos Santos, filha da aposentada.
Ainda segundo ela, apareceu um médico e perguntou se a aposentada já tinha tido outras reações e como que ele estava sentindo naquele momento.
— Respondi que não, e que era a primeira vez que via minha mãe se batendo e aflita daquele jeito. O médico passou um medicamento e disse que era para ela dormir. O AVC paralisou apenas o lado esquerdo do corpo da minha mãe — explicou Ana Rute, que, já na madrugada de segunda-feira, procurou a técnica de enfermagem responsável pelo erro, que, de acordo com Rute, aparentava 40 anos e identificou-se apenas como Ana.
O corpo da aposentada foi submetido a um exame de necropsia no Instituto Médico Legal. A direção da Santa Casa reconheceu o erro da funcionária, mas não acredita que ele tenha relação com a morte da paciente. Eles esperam pelo resultado do laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Volta Redonda, que deve ficar pronto em 30 dias, e informaram que foi aberto um processo interno na Ouvidoria da Santa Casa para esclarecer o caso.
— Em função do equívoco e da dúvida que ficou é que nós resolvemos, e partiu da Santa Casa, conversar com os parentes para que o corpo fosse removido até o IML para fazer a necropsia. A própria ouvidoria da Santa Casa abriu o processo interno, que já está em andamento — afirmou Álvaro Freitas, diretor administrativo da Santa Casa.
Nesta quarta-feira, a diretora técnica Maria Hercília Fiuza Farias da Silva disse que a técnica de enfermagem faz plantão de 12 por 36 horas e ainda está em período de folga.
— Mas ela certamente será ouvida. Nós não temos certeza do que aconteceu — disse a médica, acrescentando que a técnica de enfermagem ficará afastada temporariamente, pelo menos das funções que poderiam ocorrer o mesmo problema.
Já o assessor jurídico da Santa Casa de Barra Mansa, Marcus Vinicius Cardoso de Sá e Faria, explicou que o processo administrativo começa na ouvidoria do hospital, com a reclamação da família:
— A enfermeira ainda não foi ouvida. Vamos apurar primeiro com ela, e, se for o caso, se eventualmente for constatada alguma irregularidade, serão tomadas as medidas cabíveis.
Para Luiz Gonzaga Maciel, de 53 anos, a causa da morte de sua mãe foi o erro da técnica de enfermagem.
Ele reclamou que até a tarde de quarta-feira a família não tinha sido procurada pela direção do hospital. Segundo Luiz, a mãe trabalhou muitos anos como auxiliar de serviços gerais para uma firma que prestava serviço de limpeza na usina Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda.
Outro filho de Ilda, Sebastião Maciel Ferreira, afirmou que a mãe vinha apresentando melhoras: entendia o que ele falava e apertava a mão dele com força. Já o neto, Mauro Ferreira, estava revoltado.
— Quero que seja feita justiça para que isso não venha a ocorrer com mais ninguém – disse Mauro.
À Rede Globo, ele disse que conversou com a avó no domingo, e ela entendia o que ele falava:
— Dei minha mão na mão dela e ela apertava com uma força danada.
Viúva, mãe de 14 filhos, avó de 40 netos e com 10 bisnetos, Ilda morava no bairro Vila Maria, em Barra Mansa. Os filhos disseram que a mãe era uma pessoa feliz e que diariamente telefonava para saber notícias de todos os parentes dela.


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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Cartilha vai orientar atendimento a pessoas com síndrome de Down


27/09/2012 12h21 - Atualizado em 27/09/2012 12h33

Cartilha vai orientar atendimento a pessoas com síndrome de Down

Objetivo é facilitar diagnóstico e melhorar serviços oferecidos pelo SUS.

No Brasil, 300 mil têm distúbio genético causado por cromossomo extra.

Do G1, em São Paulo

Síndrome de Down (Foto: Ministério da Saúde/Divulgação)
Síndrome de Down atinge 300 mil brasileiros
atualmente (Foto: Ministério da Saúde/Divulgação)
O Ministério da Saúde lançou esta semana uma cartilha para orientar o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) a pessoas portadoras de síndrome de Down, que atinge atualmente 300 mil brasileiros.
O objetivo, segundo o ministro Alexandre Padilha, é qualificar e humanizar os serviços oferecidos às famílias e aos pacientes já nos primeiros dias de vida deles.
A intenção é alertar sobre as doenças que têm maior prevalência nessa fase e os principais cuidados necessários, para garantir um desenvolvimento saudável das crianças.
documento foi formulado durante cinco meses, com a colaboração de especialistas e entidades. Também há uma versão mais simples, feita em parceria com jovens que têm síndrome de Down, para que a linguagem ficasse mais acessível a esse público.


O texto traz instruções sobre como identificar visualmente a síndrome, causada por um distúrbio genético decorrente de um cromossomo extra, o 21.O lançamento faz parte dos eventos ligados ao Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência, lembrado em 21 de setembro. Também integra o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver sem Limite, lançado em novembro do ano passado pela presidente Dilma Rousseff.

Entre as características físicas, estão: pregas das pálpebras oblíquas e para cima, base do nariz plana, rosto aplanado, língua saliente e cabelo fino. Se algum desses atributos aparecer de forma isolada, não confirma o diagnóstico – que pode se valer ainda de um exame genético, para identificar a presença do cromossomo a mais.
Síndrome de Down (Foto: Ministério da Saúde/Divulgação)
Cartilha tem duas versões, para profissionais
e leigos (Foto: Ministério da Saúde/Divulgação)
Além da fisionomia típica, os portadores de síndrome de Down podem ter dificuldades de desenvolvimento cerebral e aprendizado, o que geralmente varia de um nível leve a moderado.
A cartilha também explica como deve ser a melhor forma de um profissional da saúde dar a notícia aos familiares, tirar dúvidas e destacar a importância de fazer alguns testes, como exame de sangue – para ver se o paciente tem alguma doença, como leucemia, ou disfunções na glândula tireoide – e ecocardiograma, pois metade apresenta problemas cardíacos.
As informações do documento são divididas por fase do crescimento: de 0 a 2 anos, de 2 a 10 anos, de 10 a 19 aos, adultos e idosos.


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Com 19,5 doadores por milhão, DF é o 3º no número de transplantes

27/09/2012 13h17 - Atualizado em 27/09/2012 13h17

Com 19,5 doadores por milhão, DF é o 3º no número de transplantes

Índice é maior que o da média do país, de 13,6, e da meta para 2015, de 15.
Foram 331 cirurgias de coração, córnea, rim e fígado no primeiro semestre.

Do G1 DF

Um levantamento da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos apontou que oDistrito Federal é a terceira unidade da federação com o maior número de cirurgias desse tipo, atrás apenas de Santa Catarina e do Ceará. Os dados foram coletados no primeiro semestre de 2012.
A capital do país vai comemorar o Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado nesta quinta-feira (27), com sessões simuladas de hemodiálise na Rodoviária do Plano Piloto e no Aeroporto JK. O DF tem índice de 19,5 doadores por milhão de habitantes. O número é superior à média do país – 13,6 – e à meta do Brasil para 2015 – 15.
Entre janeiro e junho deste ano, a Secretaria de Saúde fez 331 cirurgias de coração, córnea, rim e fígado, contra 189 procedimentos no mesmo período do ano anterior – um aumento de 75%. Dados da pasta apontam que 23% dos órgãos vieram de outros estados, como Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Para o país em que nós vivemos, com a nossa cultura, com o nosso desenvolvimento e considerando que transplante é uma coisa nova, são números muito bons. Mas isso não significa que a gente não possa melhorar. E muito"
Daniela Salomão, coordenadora da Central de Captação de Órgãos da Secretaria de Saúde
Segundo a coordenadora da Central de Captação de Órgãos da Secretaria de Saúde, Daniela Salomão, os números só são possíveis graças a uma mudança na postura da população e a parcerias com o Ministério Público, as Forças Armadas, o Corpo de Bombeiros e o Samu.
“Para o país em que nós vivemos, com a nossa cultura, com o nosso desenvolvimento e considerando que transplante é uma coisa nova, são números muito bons. Mas isso não significa que a gente não possa melhorar. E muito”, diz.
O objetivo, de acordo com a coordenadora, é fechar 2013 com índice de 20 doadores por milhão e em três anos atingir 25, número equivalente ao dos Estados Unidos. Uma das frentes de trabalho para alcançar a meta é convencer as pessoas da importância da doação. No primeiro semestre deste ano, 38% das famílias se negaram a doar os órgãos de parentes com morte cerebral.
Atualmente, a fila de espera conta com 13 pessoas aguardando por um fígado, 13 por córnea e 179 por rim. O DF tem seis equipes médicas habilitadas para a realização de transplante. A secretaria informou que pretende começar ainda neste ano as cirurgias de pulmão e pâncreas e iniciar no ano que vem a de medula óssea.“A gente ainda tem muita recusa, mas isso é algo histórico. Antigamente as pessoas tinham muito medo da doação”, afirma. “Hoje em dia elas entendem o diagnóstico de morte encefálica. Mas acontece muito aqui no Distrito Federal que não ter nenhum familiar presente e eles ficarem inseguros de, estando em outro estado, autorizar a doação.”
Cumplicidade
Na casa da vendedora de vidros Iracilda Rocha, a palavra transplante nunca teve um sentido ruim. Há dez anos ela retirou um terço do fígado para doar à primeira filha, que tinha então oito meses. As cicatrizes que a duas levam na barriga, segundo a mãe, são como um troféu.
Ana Júlia antes de cirugia de transplante de fígado (Foto: Arquivo pessoal)Ana Júlia antes de cirugia de transplante de fígado (Foto: Arquivo pessoal) "A Ana nasceu com uma má-formação no fígado. Aos três meses a levamos para São Paulo para fazer uma cirurgia, mas ela acabou não reagindo”, lembra. “Foram cinco meses difíceis: ela ficou desnutrida, teve ascite [barriga d´água], ficava direto no hospital. Era amarelinha. Não tivemos tempo de colocá-la na lista de espera.”
A cirurgia durou cerca de 12 horas e por 40 dias Iracilda não pôde pegar a filha no colo. Para a mãe, a experiência só aumentou a ligação entre elas. “Quando ela tinha três aninhos, disse para os coleguinhas e para a professora: ‘eu sou a cara do meu pai, mas o fígado é da minha mãe. Eu tenho um pedacinho dela dentro de mim’. Ela vivia repetindo isso.”
Após o transplante, a vendedora conta que a filha voltou ao hospital diversas vezes para lidar com as consequências da cirurgia e dos remédios. Em 2008, Ana Júlia foi diagnosticada com um linfoma não-hodgkin e teve que largar todas as atividades que fazia para se submeter à quimioterapia.
“Hoje em dia ela só toma o imunossupressor para evitar que haja rejeição e isso é provavelmente a causa do câncer. A Juju já passou por várias fases, mas ela está ótima. Ela tem a barriga toda cortadinha, mas é super bem resolvida. É uma criança normal mesmo. Brinca, vai na piscina, come de tudo.”
Iracilda afirma que o transplante foi o renascimento da filha. “Minha única vontade era vê-la viva. Quando você faz uma cirurgia dessas, você assina um termo de responsabilidade. Eu tinha 28 anos, meu tio não queria deixar. Mas eu disse: ‘se fosse a sua filha, você não faria? Porque eu vou fazer.’ E digo isso até hoje: pode doar. Com o doador, não acontece nada. Por outro lado, tem ali uma pessoa que depende disso para continuar.”
Iracilda e Ana Júlia três dias após a cirurgia de transplante de fígado; filha e mãe mostram cicatrizes após dez anos da operação (Foto: Arquivo pessoal)Iracilda e Ana Júlia três dias após a cirurgia de transplante de fígado; filha e mãe mostram cicatrizes após dez anos da operação (Foto: Arquivo pessoal)
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