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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Reino Unido autoriza manipulação genética de embriões humanos


Reino Unido autoriza manipulação genética de embriões humanos

Decisão é inédita no Ocidente e permissão foi dada a pesquisa que estuda abortos espontâneos

 - Atualizado em 
Embrião humano

Os pesquisadores receberam sinal verde para alterar o DNA de embriões nos primeiros sete dias de fertilização(Yorgos Nikas/Science Photo Library/Divulgação)

Os especialistas receberam sinal verde para alterar o DNA de embriões nos primeiros sete dias de fertilização. A permissão, no entanto, proíbe que os cientistas implantem estes embriões manipulados em mulheres. "Nosso comitê aprovou a solicitação da doutora Kathy Niakan para renovar sua licença de pesquisa em laboratório, incluindo a edição genética de embriões", indicou a HFEA em um comunicado.
O comitê ressaltou que nenhuma alteração genética deverá ocorrer até que o grupo de pesquisadores consiga uma aprovação separada de um juri ético, que pode sair em março. A autorização concedida se refere à utilização do método Crispr-Cas9, que consiste em um processo de "cortar e colar" o DNA com espécies de tesouras moleculares, permitindo que os cientistas separem os genes defeituosos para neutralizá-los de maneira mais precisa.
No início deste ano, a cientista falou à BBC que a pesquisa buscava compreender os genes que o humano precisa para transformar um embrião em um bebê saudável. "Essa pesquisa é de fundamental importância porque os abortos espontâneos e a infertilidade são comuns, mas até hoje não são bem compreendidos", explicou Niakan, que pesquisa o desenvolvimento humano há dez anos.
Alguns genes específicos ficam bastante ativos durante o nosso desenvolvimento nos primeiros dias do embrião. Como estes genes operam no organismo e por que isto acontece, no entanto, ainda é um "mistério", assim como o que leva ao aborto espontâneo. A pesquisa, realizada em embriões que serão doados, é um assunto que levanta grande discussão sobre futuras modificações genéticas nas pessoas e o que isto poderia acarretar na saúde humana.
China - Em abril do ano passado, cientistas chineses anunciaram que conseguiram modificar um gene defeituoso de vários embriões, responsável por uma doença do sangue potencialmente letal. A notícia provocou uma grande polêmica sobre as consequências éticas deste tipo de prática. Os próprios cientistas chineses indicaram que registraram "grandes dificuldades" e afirmaram que seus estudos "demonstravam a necessidade urgente de melhorar esta técnica para aplicações médicas".
(Com AFP)

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