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sábado, 27 de fevereiro de 2016

Cientistas criam orelha e mandíbula para implante em impressora 3D

16/02/2016 12h09 - Atualizado em 16/02/2016 13h34

Cientistas criam orelha e mandíbula para implante em impressora 3D

Técnica preliminar fabrica molde para regeneração controlada de órgão.
Grupo desenvolve método para restaurar ossos, cartilagem e músculos.

Do G1, em São Paulo
A orelha implantável criada em impressora 3D por cientistas do Centro Médico Batista Wake Field (Foto: WFIRM)A orelha implantável criada em impressora 3D por cientistas da Carolina do Norte (EUA) (Foto: WFIRM)
Um grupo de cientistas criou uma impressora 3D para fabricar estruturas de cartilagem, osso e músculo destinadas a transplantes.
O grupo, que já conseguiu produzir uma orelha com o novo material, está testando a técnica em animais de laboratório, e espera conseguir empregá-la em humanos no futuro.
Os resultados preliminares foram descritos estudo publicado nesta segunda-feira (15) pela revista “Nature Biotechnology”.
Os órgãos impressos pela nova máquina na verdade são estruturas porosas especiais onde células humanas são capazes de penetrar. O material, que possui pequenos canais, permite ao tecido vivo do próprio organismo começar a se moldar e formar uma estrutura nova.
“Esses canais permitem que nutrientes e oxigênio do corpo se difundam para dentro das estruturas e as mantenham vivas, enquanto elas desenvolvem um sistema de vasos sanguíneos”, afirmou um comunicado divulgado pelos cientistas do Centro Médico Batista Wake Forest, da Carolina do Norte (EUA), responsáveis pelo trabalho.
A impressora 3D que trabalha com material orgânico para criar órgãos implantáveis (Foto: WFIRM)A impressora 3D que trabalha com material orgânico para criar órgãos implantáveis (Foto: WFIRM)
Esses moldes biológicos criados pelo grupo, como a orelha exibida agora, são produzidos a partir de informações digitais obtidas por técnicas de imagem como a tomografia computadorizada. O grupo também já criou um fragmento de mandíbula com a mesma técnica.
A ideia é que a armação de polímeros e plásticos especiais que dão forma ao novo órgão, depois, desapareça e dê lugar apenas a tecidos originados no organismo da pessoa transplantada.
Não é a primeira vez que o uso desse tipo de molde biológico é empregado na regeneração de órgãos, mas tentativas anteriores de usar a impressão 3D não obtiveram sucesso, porque o material produzido não tinha rigidez suficiente, afirmam os pesquisadores.

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