Acesse o nosso site: www.cebid.com.br

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Experiência de filhas com microcefalia faz mãe criar grupo de apoio na web

18/01/2016 19h55 - Atualizado em 18/01/2016 20h08

Experiência de filhas com microcefalia faz mãe criar grupo de apoio na web

Manauense conversa sobre rotina de filhas com mães de todo o país.
Ana Victória e Maria Luiza hoje têm 16 e 14 anos, respectivamente.

 A história de Ana Victória e Maria Luiza, que o G1 contou no dia 8, tem inspirado muitos pais de filhos com microcefalia. Pensando nisso, a funcionária pública Viviane Lima, mãe das meninas, tem usado a experiência em um grupo de apoio online.
Viviane resolveu não guardar as alegrias e os desafios da criação das filhas só para a família. Ela se comunica com dezenas de pessoas de outras cidades por meio do grupo de WhatsApp "Mães de Anjos Unidas",  destinado a mães de crianças com microcefalia. “[O objetivo] é proporcionar a elas o que eu não tive”, disse Viviane, referindo-se à falta de informação que tinha na época em que Ana e Maria eram crianças.
Mãe diz que filhas com microcefalia são presentes (Foto: Reprodução/Rede Amazônica)
Mãe diz que filhas com microcefalia são presentes
(Foto: Reprodução/Rede Amazônica)
No grupo, Viviane e as outras mães trocam mensagens sobre a rotina das crianças e os eventuais problemas enfrentados por elas.
"O que importa, para mim, é o que está acontecendo na vida delas e o que está acontecendo na minha. Então eu deixo essa palavra: solidariedade; essa é a minha mensagem para as mães. [Solidariedade] é você utilizar o que foi da sua vida e o que vai ser para você tirar um pouco de você para dar para os outros", sintetizou.
Superação
Quando descobriu que Ana Victória tinha microcefalia, Viviane não acreditou. “[Pensei] ‘Ah, não é possível… Deve ser uma coisa tranquila’”, diz a assessora, que lembra, até hoje, das palavras que ouviu do médico. “‘É muito difícil que a sua filha ande e que a sua filha fale. Você vai ter muita dificuldade pela frente’. Eu lembro que eu estava toda costurada da cesariana, [mas] me estiquei e falei para ele: ‘ela vai andar!’. Eu não aceitei”, recorda.

Na segunda gravidez, mais um desafio. Viviane não esquece o que ouviu na sala de cirurgia, antes do parto de Maria Luiza. “O médico disse ‘não vai sobreviver’. Eu me lembro, como se fosse hoje, ‘esta criança, que pena, ela não tem 24 horas de vida’”, conta.
Ana, de 16 anos, e Maria, de 14, nasceram em uma época que não se cogitava uma epidemia de microcefalia no país.  Hoje, a mãe comemora a inclusão de Ana Victória, de 16 anos, e Maria Luíza, 14 anos. As duas adolescentes frequentam escolas normais apesar de dificuldades com a atual metodologia de ensino, que, segundo Viviane, ainda necessita de melhorias para atender a demanda de alunos especiais.




--------------------------------------------------------------------------------
CEBID - Centro de Estudos em Biodireito

Nenhum comentário:

Postar um comentário