João Marcos Buch, juiz criminal de Joinville atendeu pedido de garoto
postado em 15/04/2015 15:43 / atualizado em 15/04/2015 16:01
de um menino de 11 anos. A mãe, uma presidiária, doente e algemada em uma cama de hospital,
com meio corpo paralisado por uma lesão cerebral. O que o menino queria era uma despedida mais
digna na companhia da mãe. "Inspecionei o hospital, mandei tirar as algemas e concedi prisão domiciliar,
para que na alta ela fosse morrer em casa e não no presídio. E morreu em casa", comenta o juiz.
Numa mensagem recente enviada ao juiz por uma rede social, a criança contou que cresceu vendo os
pais fazendo coisas erradas, entre idas e vindas da prisão. Mas também comemorou a segunda chance
dada ao pai, que saiu da prisão em condicional em dezembro e arrumou um emprego, além de
agradecer por ter visto a mãe partir de forma mais digna. "Um passado que não faz mais parte do meu
presente", escreveu.
Para o juiz, o episódio "ilustra a carência humana no sistema penal" e também serve de reflexão na
"lamentável reabertura de discussão sobre a redução da maioridade penal".
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CEBID - Centro de Estudos em Biodireito
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