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quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Brasília-DF: Decisão judicial não garante a famílias do DF canabidiol para uso medicinal

Canabidiol tem alto custo e não é fabricado nem vendido no Brasil

Brasília-DF: Decisão judicial não garante a famílias do DF canabidiol para uso medicinal

Medicamento deveria ser comprado em 15 dias, de acordo com a Justiça






Parecer da Anvisa e burocracia prolongam trâmite para 120 dias, diz GDF.

Duas famílias do Distrito Federal tentam conseguir que a Secretaria de Saúde providencie canabidiol, um medicamento feito com derivado da maconha, para tratamento médico. Nos dois casos, a Justiça já deu ganho de causa, mas os produtos ainda não chegaram por questões burocráticas.

O remédio a partir de canabidiol tem alto custo e não é fabricado nem vendido no Brasil. A professora Leila Weschenfelder chegou a comprar o produto para a filha Gabriela, de 7 anos. A menina nasceu com uma síndrome que provoca convulsões.
“Em 15 dias, quando a gente começou a administrar, o efeito já foi assim: de 20 crises diárias, ela passou a 15", diz Leila. Cada bisnaga custava R$ 1 mil. Devido ao preço, a família entrou com pedido na Justiça, para que o GDF faça a aquisição.
Pela decisão da Justiça, de 9 de julho último, a Secretaria de Saúde deveria importar o produto em 15 dias. A pasta disse que não consegue cumprir o prazo estabelecido porque precisa de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), fazer contato com laboratórios e abrir licitação fora do país. A Anvisa autoriza a importação de canabidiol apenas em casos indicados por médicos.
“Por mais ansiosa que a família esteja, a gente entende esse sofrimento, mas nós não conseguimos fazer em um tempo recorde, furando todos os trâmite burocráticos, e isso leva aproximadamente uns 120, 150 dias para ser concluído", afirma a chefe de Judicialização da Secretaria de Saúde, Patricia Paim.
O outro caso no DF é da família de Sabrina. O pai dela é o analista de licitação Fabio Virgulino Filgueira, que conseguiu comprar três bisnagas do produto a partir de uma campanha em redes sociais. “A gente conseguiu fazer a compra dele no último mês através de uma doação, de uma rifa. Fizemos uma rifa na internet para conseguir comprar.”
A menina já usou duas unidades do medicamento desde fevereiro. A terceira e última está no fim. A decisão favorável da Justiça é de 19 de maio, mas até o momento o medicamento não chegou.
A reportagem da TV Globo entrou em contato com o médico Flávio Cadegiani, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, que disse que o medicamento é uma opção que deve ser levada em conta quando os remédios convencionais nao fazem mais efeito.
Fonte: Portal G1 DF - 30/07/2015 - - 21:55:07










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