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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Inglesa que ajudou filho doente a morrer faz campanha por eutanásia

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Inglesa que ajudou filho doente a morrer faz campanha por eutanásia

Mãe aplicou heroína no filho de 42 anos que sofria de doença de Huntington e chegou a ser presa por homicídio

 Heather Pratten chegou a ser presa pela morte do filho Foto: Reprodução / YouTubeHeather Pratten chegou a ser presa pela morte do filho - Reprodução / YouTube
RIO - "Sabia que poderia pegar 14 anos de prisão." É com esta frase que a inglesa Heather Pratten, de 76 anos, abre o site dedicado à sua campanha pela eutanásia. Ela se refere ao filho Nigel Goodman, que convivia com a doença de Huntington, e pediu a mãe que o ajudasse a morrer. Seu desejo foi atendido.

Em um vídeo feito para divulgar a camapanha "Dignidade na Morte", Heather conta que o filho pediu a ajuda da mãe ao completar 42 anos, em março de 2000. Na ocasião, ela havia solicitado uma ambulância para atendê-lo e foi repreendida pelo filho.

A doença de Huntington é um distúrbio neurológico hereditário que causa movimentos corporais anormais, além de afetar habilidades mentais de seus portadores. Não há cura.

Ao decidir acatar ao pedido do filho, a mãe combinou com ele que o aplicaria uma alta dose de heroína. Assim, ela fez. Mas ao perceber que ele não havia morrido, Heather o sufocou com a ajuda de um travesseiro.

O caso ganhou repercussão e, nos meses seguintes, Heather teve que responder à Justiça sob acusação de homicídio, após se dizer culpada pela morte do filho. "Havia cometido, era mesmo culpada", conta ela no vídeo publicado na campanha, promovido por um grupo o direito sobre a eutanásia.




Durante o depoimento disponibilizado no YouTube, a mãe também diz que o ato não foi premeditado. Trata-se, segundo ela, de uma prova de seu amor pelo filho, que preferia morrer a continuar sofrendo com a doença.

"Tirei Nigel do hospital por conta do aniversário dele e o levei para o apartamento onde ele morava. Éramos apenas nós dois. Fiquei preocupada que alguém percebesse, mas Nigel me implorou para não deixar que o ressuscitassem", conta a mãe no vídeo.

Ao certificar-se de que o filho estava morto, ela chamou a polícia e explicou o que havia feito. Ao ser julgada, ela chegou a pegar um ano de prisão condicional, mas foi absolvida.

A campanha tem como mote reunir a assinatura de participantes para pressionar as autoridades a reverem as atuais regras cercam a eutanásia.




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