Incor supera marca de mil transplantes realizados desde 1985Instituto do Coração do Hospital das Clínicas já fez 1.080 procedimentos.Primeiro transplante feito na instituição aconteceu em 1985.
Do G1, em São PauloCrianças transplantadas participam de evento no Incor (Foto: Mariana Lenharo/G1)
Desde o primeiro transplante realizado na instituição, em 1985, foram 564 transplantes de coração em adultos, 230 transplantes em crianças e 286 transplantes de pulmão.
De acordo com o cardiologista Roberto Kalil Filho, presidente do conselho diretor do Incor, a instituição poderia fazer ainda mais transplantes caso houvesse mais doadores de órgãos no país. "Em estrutura e captação de órgãos, se melhora a cada dia. Temos estrutura para isso, o problema é o doador. Tem doadores, mas precisamos de mais", diz Kalil.
O professor de história Elias Manoel da Silva, de 53 anos, foi o milésimo paciente a receber um transplante no Incor. Silva soube que precisaria de um transplante em 23 de julho de 2015 e passou pelo procedimento em 9 de setembro, período em que permaneceu internado na instituição.O professor Elias Manoel da Silva, de 53 anos, foi o milésimo paciente a receber um transplante no Incor; cirurgia foi em setembro de 2015 (Foto: Mariana Lenharo/G1)Heloísa Cardoso da Silva, de 3 anos, recebeu um coração novo há quase um ano e meio; seu pai, Ricardo Santos da Silva, diz a menina se desenvolve bem (Foto: Mariana Lenharo/G1)Participaram do evento para marcar a superação da marca de mil transplantes no Incor o ministro da Saúde, Ricardo Barros, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin e o secretário estadual de Saúde de São Paulo, David Uip.
Um grupo de manifestantes protestou contra as autoridades durante o evento, com cartazes que mencionavam Temer, Barros, Alckmin e Uip.
O Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da USP (Incor) superou a marca dos mil transplantes. Foram realizados 1.080 procedimentos, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (1º) pela instituição.
Ele destacou os avanços promovidos no transporte dos órgãos a serem transplantados no país. "Temos helicópteros e aviões do estado de São Paulo para captar órgãos à distância. Com o decreto de Temer, também podemos usar avião da FAB para esse transporte, o que promoveu uma melhora ainda maior."Isso corresponde a 40% de todos os transplantes de coração realizados no estado de São Paulo e 37% dos realizados no Brasil. O Incor fica na sétima posição mundial dos maiores centros de transplante cardíaco do mundo.
Em junho, o presidente em exercício, Michel Temer, ordenou que a Aeronáutica mantenha permanentemente à disposição um jato da Força Aérea Brasileira (FAB) para atuar no transporte de órgãos e tecidos para transplantes.
Milésimo paciente
Ele saiu do hospital no dia 8 de outubro. "Eu me sinto muitíssimo bem, nunca tive nenhum problema mais sério depois disso", diz o paciente. "Depois que há a morte de um ente, a doação é a coisa mais importante na vida. O morto leva um coração, dois pulmões, rins, pele, pâncreas. Tudo isso, se não é doado, morre. Quando é doado, salva vidas. É assim que eu vejo a doação."
Já no caso de Heloísa Cardoso da Silva, de 3 anos, a notícia de que precisaria de um transplante de coração veio antes do primeiro aniversário. Seu coração estava crescendo mais do que o normal, o que estava prejudicando a saúde da menina. O pai de Heloísa, Ricardo Santos da Silva, conta que foram quase 11 meses esperando o órgão até o transplante.
"Foi angustiante porque a gente sabia que a qualquer hora o coração poderia parar. O pouco que ele batia era suficiente só para respirar. Ela não ganhava peso, pelo contrário, perdia peso. O coração dela batia, 21%, 22%. Para a gente, era como se tivesse uma bomba relógio ali dentro que a qualquer momento poderia parar", diz Ricardo.
Hoje, um ano e cinco meses após o transplante, Heloísa é uma criança que brinca, corre, frequenta a escola e se desenvolve bem, segundo o pai.
Protesto
Participaram do evento para marcar a superação da marca de mil transplantes no Incor o ministro da Saúde, Ricardo Barros, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin e o secretário estadual de Saúde de São Paulo, David Uip.
Um grupo de manifestantes protestou contra as autoridades durante o evento, com cartazes que mencionavam Temer, Barros, Alckmin e Uip.
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CEBID - Centro de Estudos em Biodireito
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