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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Pílula do dia seguinte em máquina automática causa polêmica nos EUA

08/02/2012 10h32 - Atualizado em 08/02/2012 11h15

Pílula do dia seguinte em máquina automática causa polêmica nos EUA

Medicamento à venda em pátio de faculdade irritou grupos religiosos.
Pela lei, maiores de 17 anos podem comprar a pílula sem receita.

Do G1, com infomações da AP
A mesma máquina que vende pílulas do dia seguinte também oferece camisinhas e testes de gravidez (Foto: AP Photo/Shippensburg University) 
A mesma máquina que vende pílulas do dia seguinte também oferece camisinhas e testes de gravidez (Foto: AP Photo/Shippensburg University)

A venda de pílulas do dia seguinte em uma máquina automática virou motivo de polêmica nos Estados Unidos. O medicamento está disponível por U$ 25 (cerca de R$ 43) no pátio de um centro de saúde na Universidade de Shippensburg, no estado da Pensilvânia.
A pílula do dia seguinte é um método contraceptivo alternativo para os casos em que o casal deixa de usar a camisinha ou ela falha. Deve ser usada como um plano B, já que reduz em 89% a chance de gravidez – e funciona melhor se tomada nas primeiras 24 horas.
Grupos religiosos que consideram o uso dessa pílula uma forma de aborto protestaram contra sua venda no pátio da faculdade. A Administração de Alimentos e Drogas dos EUA (FDA, na sigla em inglês), órgão do governo que regula a venda de remédios, afirmou que vai a Shippensburg apurar o caso.
Pela lei americana, a pílula pode ser vendida sem receita para qualquer pessoa com 17 anos ou mais. Segundo a reitoria, todos que têm acesso ao prédio – e esse acesso é controlado – estão nessa faixa etária. Para o Departamento de Estado da Pensilvânia, o uso da máquina por um menor de 16 “poderia ser potencialmente uma violação” da lei.

A máquina passou a vender pílulas do dia seguinte depois que um levantamento entre os alunos mostrou que 85% apoiavam a ideia. “É uma maneira que os estudantes têm de conseguir o suporte de que precisam”, afirmou o estudante Matthew Kanzler, lembrando que Pittsburgh e Filadélfia, principais cidades do estado.
Alexandra Stern, professora de história da medicina na Universidade de Michigan, se preocupa com a facilidade de acesso aos remédios. “É parte da tendência geral que as drogas se tornem disponíveis para consumidores sem a participação de farmacêuticos ou médicos. Essa tendência tem armadilhas perigosas”, alertou a especialista.


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