'Doutor Morte' reconheceu ter ajudado cerca de 130 pacientes a cometerem suicídio
03 de junho de 2011 | 11h 57
Washington - Jack Kevorkian, o médico americano conhecido como o "Doutor Morte" pela sua firme defesa da eutanásia e por ter ajudado cerca de 130 pessoas a cometerem suicídio, segundo reconhecia ele mesmo, morreu nesta sexta-feira aos 83 anos de idade.
Carlos Osorio/Efe
Kevorkian estava internado em hospital do Michigan tratando uma pneumonia e uma insuficiência renal
Um porta-voz do hospital Beaumont, em Royal Oak, em Michigan, onde o médico patologista estava internado devido a uma pneumonia e a uma insuficiência renal, confirmou a informação à imprensa.
O "Doutor Morte" conquistou fama nacional nos anos 1990, quando foi acusado em várias ocasiões de assassinato por ter ajudado alguns pacientes terminais a cometerem suicídio.
Para atender esse grupo, desenvolveu um aparelho, que permitia que o paciente injetasse sozinho uma dose letal de potássio e cloreto.
Após vários julgamentos, Kevorkian foi condenado a uma sentença entre 10 e 25 anos de prisão em 1999 por assassinato em segundo grau de Thomas Youk, de 52 anos, um doente de esclerose lateral amiotrófica, uma doença mortal, a quem administrou uma dose de drogas letais.
O médico gravou as imagens desse momento, que foram transmitidas pela televisão pelo programa 60 Minutes, do canal CBS. Kevorkian foi posto em liberdade em junho de 2007 após cumprir oito anos na prisão.
Sua vida foi levada à televisão pela emissora HBO no filme You Don't Know Jack, e Al Pacino, que interpretou o doutor, recebeu um Emmy por seu papel na última edição destes prêmios.
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CEBID - Centro de Estudos em Biodireito
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