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segunda-feira, 31 de março de 2014

Homem tem 99 filhos espalhados pelo mundo

Homem tem 99 filhos espalhados pelo mundo


Na Holanda vive um homem que tem um currículo impressionante: 99 filhos

30/03/2014 - 22:51 - Do Fantástico
Homem tem 99 filhos espalhados pelo mundo
Ed Houben ajuda mulheres a realizar o desejo de gerar uma criança

Na Holanda, vive um homem que não é exatamente um galã, mas que tem um currículo impressionante: 99 filhos, com várias mulheres, espalhados pelo mundo. E a explicação dele para tantos filhos é simples: generosidade. Além de evitar a frieza dos centros de reprodução, ele também gosta de manter o contato com as crianças.
Cinco mulheres, em cinco países diferentes, estão esperando filhos de Ed Houben neste momento. Todas engravidaram no quarto, onde, segundo o holandês grandalhão, a mágica acontece. Ed Houben é um historiador de 45 anos que trabalha como guia turístico na cidade de Maastricht, na Holanda. Nas horas livres, ele ajuda mulheres a realizar o desejo de gerar uma criança. Do jeito tradicional. Ou seja, dormindo com elas.
O adorável Tom, de 2 anos, é uma dessas criações. A mãe, Mona, é homossexual. E sempre sonhou engravidar, mas não queria uma experiência artificial. “Eu achava importante ver, conversar, sentir o cheiro, tocar a pessoa”, ela diz.
E se a mulher for heterossexual e tiver um marido, não vai dar ciúmes? “Não, porque ele também quer muito aquele filho. Pai é quem cria”, diz Ed Houben. Ed entrou em uma clínica de fertilização, pela primeira vez, depois que um casal amigo desistiu de tentar engravidar. “Aquilo me marcou. Pessoas tão boas mereciam ser pais”, ele conta.
Na época, as doações de sêmen na Holanda eram anônimas. Mas a lei mudou em 2004. E a obrigação de revelar a identidade fez com que muitos homens parassem de doar. Foi aí que Ed passou a oferecer uma doação diretamente às mães. E ao contrário do que muita gente imagina, Ed não cobra nada por isso. “Não sou um cara rico, mas me parece errado pedir dinheiro em troca de um gesto tão humano”, conta Ed.
No meio da conversa com a equipe do Fantástico, Ed recebe um email. É de uma ucraniana de 34 anos. E ela diz: “Caro Ed, li sobre você na internet e decidi entrar em contato. Quero muito ter um filho. Sou saudável mas ainda não encontrei o homem da minha vida. Posso te providenciar fotos e até resultados de exame de sangue”.
A saúde é uma grande preocupação. Ed faz exames de doenças sexualmente transmissíveis há cada seis meses e exige o mesmo das mulheres. Até que a conversa foi interrompida de novo. Depois da Ucrânia, uma outra mensagem chega no Facebook do Ed, dessa vez da China.
Mas porque a mulherada procura tanto esse holandês que está longe de ser um símbolo sexual? Ed garante que a quantidade e a qualidade dos espermatozoides que ele produz são acima da média.
E afinal, quantos filhos já estão espalhados pelo mundo? “Pelo que sei, 99 bebês nasceram com saúde nos últimos 12 anos”, revela Ed. Fazendo as contas, são oito crianças por ano. Mas este número total pode ser ainda maior. Antes de virar doador particular, ele fazia doações para uma clínica que estava autorizada a fazer 25 inseminações com o sêmen dele. Isso significa que é possível que Ed tenha 124 filhos.
Apesar de a casa já estar cheia de porta retratos de crianças, ele sonha, um dia, em ter a própria família. “Quero muito encontrar uma parceira para o resto da vida”, afirma Ed.






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Pais lutam na Justiça por liberação de remédio derivado da maconha

0/03/2014 22h20 - Atualizado em 30/03/2014 22h21

Pais lutam na Justiça por liberação de remédio derivado da maconha


Anvisa proíbe o uso dos derivados da maconha. Mas alguns pais estão se arriscando para tratar os filhos com remédios que trazem dos EUA.

Anny, de 5 anos, tem uma doença rara, que provoca muitas convulsões. Só um remédio funciona, mas é ilegal no Brasil, porque é derivado da maconha.
Se você fosse a mãe ou pai da menina, importaria o remédio mesmo assim?
Um casal brasileiro decidiu que faria exatamente isso. E um documentário conta a história deles.

“Anny, 5 anos, é a minha filha. É portadora de patologia muito rara, apresenta quadro clínico com distúrbio psicomotor decorrente de uma patologia cerebral. E que, dentre os sintomas, tem crises convulsivas resistentes a todas as medicações possíveis no país. Justifico a solicitação de Canabidiol baseado nos itens acima”, diz Katiele Fischer, mãe da Anny, em um documentário.
“Quando a gente ficou sabendo do CBD, que nós decidimos importar, nós tínhamos a consciência que era um produto derivado da Cannabis Sativa e por esse motivo ilegal no país. Mas o desespero de você ver a sua filha convulsionando todos os dias a todos os momentos, nós resolvemos encarar e trazer da forma que fosse necessária, mesmo que fosse traficando”, conta a mãe da Anny.

A compra é ilegal porque o Canabidiol, ou CBD, é uma das mais de 400 substâncias encontradas na Cannabis Sativa, a maconha. Só que, muito diferente da droga fumada, o composto não altera os sentidos, nem provoca dependência.    

O documentário lançado essa semana é parte de uma campanha e de uma discussão que envolve preconceito, ciência e saúde: o uso medicinal da maconha. Os pais de Anny descobriram o CBD na internet em uma busca desesperada.

“Nós já tínhamos tentado de tudo. Nós já tínhamos tentado todas as medicações, nós já tínhamos tentado uma cirurgia. E essa era a nossa luz do fim do túnel”, conta Katiele.

A Anny chegou a ter tantas convulsões em um único dia que o Fischer e a Kati perdiam as contas. Para ter como explicar a situação para os médicos nas consultas, eles decidiram marcar as crises em tabelas. São páginas e mais páginas de sustos, de tristeza, mas também de alegrias e de esperança.

Os quadradinhos pintados que marcavam cada convulsão e enchiam as tabelas foram diminuindo a partir de novembro de 2013, quando Anny começou a tomar o derivado da Canabis.

“A primeira dose que nós demos pra ela, não foi só a dose. Foi uma dose com uma carga de esperança tão grande que a gente deu para ela chorando”, conta a mãe, emocionada.

“A gente chegava perto da Anny, falava o nome dela e ela olhava a gente nos olhos. Isso não tem palavras. Vale qualquer sacrifício, qualquer esforço, você saber que ela voltou a te olhar nos olhos”, afirma o pai, Norberto Fischer, professor.

Voltou também a comer e não depender mais de sondas para se alimentar, ganhou força e condições melhores para fazer fisioterapia. São efeitos do Canabidiol.

Ele e outros derivados da maconha já são usados em vários países da Europa e em boa parte dos Estados Unidos para tratar doenças como Parkinson, esclerose múltipla e combater sintomas da Aids e do câncer.

O pesquisador José Alexandre Crippa da USP, de Ribeirão Preto, é um dos poucos que conseguiram autorização para trazer e estudar o CBD no Brasil.
“Eu sou totalmente a favor do uso medicinal do Canabidiol e sou absolutamente contra o uso da maconha da forma fumada, porque não se sabe a quantidade que tem de Canabidiol”, explica Crippa.
Mas ele defende o uso de derivados que estão beneficiando pacientes como Anny. “Essa menina passou de 80 crises até zero crise, 80 crises por semana até zero crise por semana, o que é absurdo em termos clínicos, ainda mais se considerando que é um tipo de epilepsia muito grave” diz José Alexandre.
Os pais da Anny não são os únicos a olhar para o Congresso, para as autoridades, à Justiça com expectativa. Para outros brasileiros, a legislação criada com o argumento de proteger a saúde acabou se transformando em uma barreira de preconceito que impede o avanço da ciência e da medicina.

As mães de outras crianças que sofrem de síndromes raras que provocam convulsões estão cheias de perguntas.

“Por que esses remédios que causam cegueira parcial pode e o Canabidiol não pode? Esses remédios que elas tomam, além de serem fortíssimos, os efeitos colaterais são horríveis”, diz a advogada Margarete Brito.

Além de indignação elas têm pressa e vontade de experimentar o que pode trazer alívio.

“O risco é que nossos filhos possam entrar em crises convulsivas prolongadas e isso pode gerar a morte. A gente não tem mais tempo para esperar por isso”, afirma a enfermeira Samar Duarte.

Fantástico: Você queria experimentar?
Aline Voigt Nadolni, engenheira: Muito. A gente sabe que cada semana é preciosa. A gente vê a nossa filha piorando a cada semana.

No Paraná, os pais da Alana estão se arriscando para tratar a filha com o CBD que trazem dos Estados Unidos, onde ele é vendido como suplemento alimentar.

“Ele não é uma droga e sim uma terapia medicinal. Eu perguntava para Silvana: ‘nossa, será que nós vamos ser contra a lei? Será que eu estou fazendo o certo?’. Olhando para minha filha tendo crise, chegou um dia que eu falei: ‘não, eu vou ter que encarar tudo isso’”, argumenta o empresário Leandro Name Utrabo.

Para a Associação Brasileira de Psiquiatria, ainda faltam evidências de que o Canabidiol funcione e não traga prejuízos à saúde. A Anvisa, a agência que regula medicamentos, proíbe o uso dos derivados da maconha. A brecha é pequena.
“Em casos extremos, em que já se tentou vários tratamentos e não se teve sucesso, pode ser que fazendo uma solicitação judicial se consiga uma autorização de exceção para importar e utilizar essa droga”, explica Frederico Garcia, da Associação Brasileira de Psiquiatria.

É o que os pais de Anny vão fazer. Nesta segunda-feira (31), entram com uma ação na Justiça para terem o direito de importar, legalmente, o medicamento para a filha. E vão divulgar o documentário para trazer à tona um assunto envolto em polêmica, falta de informação e muito sofrimento.



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quarta-feira, 26 de março de 2014

Paciente com câncer terminal realiza último desejo de ver bichos em zoo

21/03/2014 08h49 - Atualizado em 21/03/2014 14h59

Paciente com câncer terminal realiza último desejo de ver bichos em zoo

Homem trabalhou por 25 anos em zoológico de Roterdã, na Holanda.Girafa se aproximou para último adeus a ex-funcionário com tumor cerebral.

Do G1, em São Paulo
Girafa se aproxima de paciente com câncer terminal (Foto: Reprodução/Facebook/Stichting Ambulance Wens Nederland)Girafa se aproxima de paciente com câncer terminal (Foto: Reprodução/Facebook/Stichting Ambulance Wens Nederland)

O homem de 54 anos, chamado Mario, tem um tumor no cérebro e já não fala mais. Como presente de aniversário, a ser comemorado em abril, ele desejava ver os bichos com os quais conviveu por mais de duas décadas. Mas, como a saúde do paciente está muito debilitada, a entidade Stichting Ambulance Wens resolveu antecipar a visita, já que não se sabe se Mario, que também tem deficiência mental, ainda estará em condições de ser transportado no próximo mês.

Uma instituição que ajuda doentes terminais a realizar seus últimos desejos na Holanda levou o ex-funcionário de manutenção de um zoológico em Roterdã para dar adeus aos animais dos quais ajudou a cuidar durante 25 anos.
Um momento que emocionou todas as pessoas presentes na visita foi quando uma das girafas se aproximou do ex-funcionário e o tocou com o focinho. Não é incomum que pacientes terminais atendidos pela instituição tenham como último pedido uma visita a animais queridos. Em 2013, um senhor de 86 anos foi levado para se despedir dos bichos de sua fazenda
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Recusar cirurgia contra obesidade mórbida gera dano moral

Notícias

março
2014
RISCO DE VIDA

Recusar cirurgia contra obesidade mórbida gera dano moral

Ao recusar autorização para cirurgia de gastroplastia em pessoa com obesidade mórbida, prevista no contrato de prestação de serviços, a operadora de plano de saúde age de forma ilícita e que pode causar dano moral cabível de indenização. Por entender que isso aconteceu com uma jovem, a 4ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça de Santa Catarina acolheu Apelação e aumentou de R$ 5 mil para R$ 10 mil o valor que ela deve receber da Unimed Grande Florianópolis. Em 2012, a mulher estava com 26 anos, pesava 116 quilos e apresentava índice de massa corporal 44, o que caracteriza obesidade mórbida.
Ela recebeu a recomendação de fazer a gastroplastia por videolaparoscopia para solucionar a situação, mas a Unimed rejeitou a autorização para a operação. A ação apresentada pela cliente foi analisada na 6ª Vara Cível de Florianópolis, com o acolhimento da tutela antecipada para a Unimed permitir a cirurgia e a determinação de pagamento de R$ 5 mil por danos morais. A Unimed recorreu alegando que a negativa para a operação não causa dano moral, enquanto a mulher pediu a elevação da indenização.
Relator do caso no TJ-SC, o desembargador Luiz Fernando Boller citou o artigo 186 do Código Civil e o estabelecimento da responsabilidade se alguém “por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem”. Segundo ele, é devida a indenização por conta do abalo que a negativa de cobertura causou à mulher pois ela ficou “com a inoportuna angústia de não poder submeter-se ao tratamento adequado”, além de ter a vida colocada em risco com a ação da operadora.
Como explicou, a obesidade mórbida pode levar a outros problemas de saúde, incluindo infarto, doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral, hipertensão e diabetes. Assim, por negar cobertura de cirurgia prevista no contrato firmado entre as partes, a Unimed deve indenizar a cliente. Boller acolheu o pedido de elevação da indenização feito pela mulher, por entender que os R$ 5 mil não são suficientes para punir a operadora pela conduta. O desembargador votou pelo pagamento de R$ 10 mil, sendo acompanhado pelos colegas da 4ª Câmara de Direito Civil. Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-SC.

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terça-feira, 25 de março de 2014

Caso raro de transmissão de HIV entre mulheres é divulgado nos EUA

France Presse
13/03/2014 16h30 - Atualizado em 13/03/2014 16h58

Caso raro de transmissão de HIV entre mulheres é divulgado nos EUA

Mulher que tem parceira fixa foi infectada pelo vírus, diz governo americano.
Caso é raro, pois, em geral, a fonte da transmissão é difícil de rastrear.

Da AFP

Um caso raro de possível transmissão do vírus HIV entre mulheres foi anunciado nesta quinta-feira (13) por autoridades de saúde dos Estados Unidos. Uma mulher, de 46 anos "provavelmente adquiriu" o vírus da Imunodeficiência Humana em uma relação sexual com sua parceira, portadora do HIV, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês).
A paciente, que não teve o nome revelado, já teve relações heterossexuais anteriormente, mas não nos dez anos anteriores à infecção. Sua companheira, que tem 43 anos e foi diagnosticada em 2008, foi sua única parceira sexual nos seis meses antes do teste positivo do vírus causador da Aids.
A mulher não apresentou nenhum dos outros fatores de risco, como drogas injetadas através de agulha, transplante de órgão, acupuntura, ou sexo desprotegido com mais de um parceiro. Além disso, o vírus tinha 98% de semelhança genética com o de sua parceira, divulgou o CDC em seu relatório semanal.
O casal disse não ter recebido informações sobre práticas de sexo seguro e contou que mantém relações sem proteção rotineiramente. "Elas descreveram seu contato sexual como algumas vezes intenso, chegando a levar ao sangramento de uma delas", explica o texto do CDC.
"Elas também informaram terem sexo sem proteção durante seu período de menstruação", completou a nota.
A mulher infectada desde 2008 tinha recebido prescrição de medicamentos antirretrovirais em 2009, mas parou de tomá-los em novembro de 2010.
Segundo o CDC, apesar de casos como esse serem raros, "transmissão entre mulheres são possíveis porque o HIV pode ser encontrado no líquido vaginal e no sangue da menstruação".
O instituto reforçou que pessoas com HIV precisam ficar sob atenção médica e fazer uso dos remédios prescritos, para reduzir o risco de infectar o parceiro.
Poucas ocorrências desse tipo já foram documentadas, e a confirmação "tem sido difícil pelo fato de outros fatores de risco quase sempre estarem presentes, ou de ser impossível eliminá-los", informou o CDC.

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Filme acompanha mastectomia de britânica que descobriu ter gene de câncer

BBC
19/03/2014 07h40 - Atualizado em 19/03/2014 08h06

Filme acompanha mastectomia de britânica que descobriu ter gene de câncer

Mãe de três filhos, Charlotte Pitock, de 31 anos, retirou os seios para reduzir chance de 85% de ter tumor na mama.

Da BBC

Charlotte retirou as mamas para reduzir chances de ter câncer (Foto: BBC)
Charlotte retirou as mamas para reduzir chances
de ter câncer (Foto: BBC)
Um filme exibido em um hospital na Grã-Bretanha conta a história real de uma britânica que decidiu fazer uma dupla mastectomia para reduzir as chances de ter câncer de mama.
Charlotte Pitock, de 31 anos, relata no drama Charlotte os momentos difíceis que enfrentou desde que descobriu ser portadora do gene BRAC 2, elevando para 85% a chance de ela ter o tumor.
No filme, ela relata todos os passos do processo, desde o diagnóstico à operação para retirar as mamas e a recuperação.

'Quero ver meus filhos crescerem, não quero passar minha vida fazendo tratamentos e quero estar saudável para cuidar deles', diz.

Em entrevista à BBC, a mãe de três filhos diz que tomou a decisão certa porque sua chance de ter câncer de mama diminuiu para 6%.
Nove meses depois da operação que poderá ter salvado sua vida, Charlotte se prepara para correr uma maratona em prol de uma campanha contra o câncer de mama.

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quinta-feira, 20 de março de 2014

Hospital é condenado a pagar R$ 100 mil por desaparecimento de feto

Hospital é condenado a pagar R$ 100 mil por desaparecimento de feto

Corpo sumiu após ser levado para câmara funerária da instituição; casal entrou na Justiça alegando danos morais e materiais

19 de março de 2014 | 19h 50
Elder Ogliari - O Estado de S. Paulo
PORTO ALEGRE - O Hospital Ernesto Dornelles, de Porto Alegre, foi condenado a pagar R$ 100 mil a um casal por ter perdido o corpo de um feto. A decisão foi tomada pela juíza de Direito Nara Elena Soares Batista, da 13ª Vara Cível da capital gaúcha. As partes podem recorrer ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
O caso ocorreu em 3 de dezembro de 2004, quando a mulher, grávida, procurou atendimento hospitalar por estar sentindo dores e contrações. Uma ecografia constatou que o feto, de 730 gramas, estava morto. Depois da cirurgia para a retirada do bebê, o corpo foi levado para a câmara funerária do hospital e desapareceu. Os familiares, que já esperavam em um cemitério, tiveram de desistir da cerimônia de sepultamento.
O casal registrou ocorrência na polícia e ajuizou ação pedindo reparação por danos morais e materiais, decorrentes da necessidade de tratamento psicológico para a mulher. O hospital admitiu o desaparecimento, mas alegou que o pedido de ressarcimento de gastos com tratamento psicológico não estava fundamentado e que os autores não chegaram a construir uma relação de afeto porque não conviveram com o filho.
"Com certeza foi enorme o abalo do casal ante a perda do filho, mas com certeza também esse abalo resultou imensamente agravado ante o extravio do feto. Inexiste forma de entender esse fato como apenas um transtorno do cotidiano, um caso fortuito, conforme arguiu o hospital na contestação", afirmou a juíza, que reconheceu o dano moral e considerou improcedente o pedido de ressarcimento por danos materiais.



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Médicos reconstroem rosto usando implantes feitos em impressora 3D

13/03/2014 05h55 - Atualizado em 13/03/2014 10h00

Médicos reconstroem rosto usando implantes feitos em impressora 3D


Técnica pioneira permite criar partes na sala de operação e com a precisão necessária.

Da BBC

Stephen Power, 29 anos, ficou com rosto desfigurado após acidente com motocicleta. A cirurgia de reconstrução da face contou com implantes feitos em impressoras 3D (Foto: Reprodução/BBC)Stephen Power, 29 anos, ficou com rosto desfigurado após acidente com motocicleta. A cirurgia de reconstrução da face contou com implantes feitos em impressoras 3D (Foto: Reprodução/BBC)
O galês Stephen Power, de 29 anos, acaba de ter seu rosto reconstruído através do uso de uma técnica pioneira. Os implantes e placas usados foram feitos com impressoras 3D.
O procedimento gera resultados melhores porque o uso de peças com essa tecnologia instantânea permite fazer uma reconstrução facial mais precisa.
Agora, os médicos esperam que a técnica seja usada mais amplamente para que seus custos possam cair.
Modelo de implante feito em impressora 3D. Técnica pode revolucionar a medicina (Foto: Reprodução/BBC)Modelo de implante feito em impressora 3D. Técnica pode revolucionar a medicina (Foto: Reprodução/BBC)





















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Brasileiro e alemão terão gêmeas de barriga de aluguel na Tailândia

10/03/2014 06h00 - Atualizado em 10/03/2014 20h03

Brasileiro e alemão terão gêmeas de barriga de aluguel na Tailândia


Casal gay mora em Londres e terá filhas com óvulos de ucraniana.
Ana e Sofia devem nascer até o fim de março


Daniel Nascimento (à esq.) com seu marido Ole; à espera de Ana e Sofia (Foto: Rono Stinnett/Arquivo pessoal)Daniel Nascimento (à esq.) com seu marido Ole; à espera de Ana e Sofia (Foto: Rono Stinnett/Arquivo pessoal)
Ele é brasileiro, casou-se com um alemão nos EUA, mora em Londres e vai ser pai de meninas gêmeas que nascerão na Tailândia. Os bebês são fruto de uma fertilização in vitro que uniu seu sêmen ao óvulo de uma doadora ucraniana, e todo o procedimento foi conduzido por uma clínica da Geórgia. Com uma trajetória tão globalizada como essa, não é à toa que o publicitário Daniel Castro Nascimento, de 32 anos, diz que sua família vai ser “a mais internacional de todas”.
Natural de Belo Horizonte, Daniel mora fora do Brasil desde 2005. Homossexual, ele se casou em 2008 com o companheiro, Ole, em San Francisco, e depois se mudou com ele para a Inglaterra. Há cerca de três anos, o casal decidiu que queria ter filhos. Começou aí um longo caminho que deve terminar em breve com o nascimento de Ana e Sofia, marcado para o fim deste mês.
O casal com a mãe de aluguel tailandesa (acima) e com a doadora de óvulos ucraniana (abaixo). (Foto: Daniel Nascimento/Arquivo pessoal)
O casal com a mãe de aluguel tailandesa (acima)
e com a doadora de óvulos ucraniana (abaixo); por
contrato, elas não podem ser identificadas
(Foto: Daniel Nascimento/Arquivo pessoal)
A primeira tentativa de barriga de aluguel do casal foi com uma amiga da família de Daniel no Brasil – aqui, é proibido pagar pelo procedimento. Como não teve sucesso, ele e o marido entraram na fila de adoção no Reino Unido, mas enquanto esperavam e refletiam sobre o tema, resolveram tentar a fertilização in vitro mais uma vez.
“Sempre estivemos abertos a várias opções. Mas o processo de adoção é longo, faz você pensar muito, e vimos que não estávamos prontos para abrir mão da barriga de aluguel”, diz o brasileiro.
Eles então começaram o procedimento na Índia, onde a prática é permitida e muito mais barata do que nos EUA, por exemplo. Mas, faltando um mês para que eles fossem para lá acompanhar a fertilização, o país mudou a lei e restringiu a barriga de aluguel apenas a casais heterossexuais.
A clínica, então, sugeriu que eles mudassem os planos para a Tailândia, onde esse comércio não é regulamentado, mas é largamente praticado e tolerado pelo governo. E foi assim que eles chegaram à mulher de 39 anos que hoje carrega Ana e Sofia pela 34ª semana. Natural do norte do país, ela é vendedora ambulante e tem duas filhas – condição fundamental colocada pelo casal, para que “a pessoa não tivesse que abrir mão do primeiro filho que gerou”, explica Daniel.
O processo de barriga de aluguel é caro: Daniel calcula que gastou cerca de US$ 100 mil, entre o pagamento da clínica, do hospital e da mãe de aluguel.  “Dá para fazer por menos, mas a gente procurou uma clínica idônea, pois já ouvimos falar que tem algumas que abusam das mães. Tem toda uma questão ética envolvida”, diz Daniel.
O pagamento para a mulher, de US$ 15 mil mais um extra mensal para a subsistência durante a gravidez, era feito diretamente na conta dela.
Gravação com as vozes dos pais
Daniel e Ole se casaram em San Francisco (Foto: Rono Stinnett/Arquivo pessoal)Daniel e Ole se casaram em San Francisco (Foto: Rono Stinnett/Arquivo pessoal)
Como na primeira tentativa havia sido usado o sêmen de Ole, nessa segunda vez eles optaram pelo material genético do brasileiro. A escolha da doadora ucraniana, uma estudante de 22 anos, teve a ver com a semelhança física dela com Ole, que é caucasiano. “Independentemente de quem doasse o sêmen, queríamos filhos mestiços”, diz Daniel, que é negro.
É bem estranho, porque você não conhece a pessoa [a mãe de aluguel] e ao mesmo tempo ela está fazendo a coisa mais importante da sua vida, que é carregar seus filhos"
Daniel Nascimento
O casal se encontrou com a doadora de óvulos e com a mãe de aluguel em Bangkok, na ocasião em que foi feita a fertilização in vitro – uma situação estranha, admite Daniel. “É bem estranho, porque você não conhece a pessoa e ao mesmo tempo ela está fazendo a coisa mais importante da sua vida, que é carregar seus filhos. Temos muito respeito pelas duas”, diz o brasileiro.
Os futuros pais receberam ultrassonografias periodicamente e conversaram com a mãe de aluguel por Skype em algumas ocasiões, para saber como ela se sentia e como os bebês estavam se comportando. Foi assim que souberam que uma das meninas se mexe bastante e a outra é mais quieta. “Já tem uma diferença de personalidade”, diz Daniel.
Preocupados em criar um vínculo com as filhas, eles também enviaram para a Tailândia um aparelho com um fone especial para “conversar” com fetos na barriga. Gravaram duas horas de conversas de ambos em português e alemão, para que elas já fossem se familiarizando com as vozes dos pais no útero.
Três nacionalidades
Ana e Sofia deverão ter três cidadanias diferentes: nascerão tailandesas, depois serão registradas como brasileiras e, por último, como cidadãs alemãs.

Seus nomes foram pensados para que fossem fáceis de serem pronunciados em alemão, inglês e português, e elas terão um sobrenome de cada pai -- Schneidereidt Castro. “A gente não sabe onde elas vão crescer, o que vão querer fazer da vida. Queríamos opções neutras, pois elas vão crescer em um mundo mais globalizado do que o nosso, vão ser multiculturais”, explica Daniel.
Queríamos nomes neutros, fáceis de serem pronunciados em alemão, inglês e português, pois elas vão crescer em um mundo mais globalizado do que o nosso"
Daniel Nascimento, sobre as escolha dos nomes Ana e Sofia para as filhas
Para que as crianças sejam trilíngues desde pequenas, a ideia é que cada pai converse com elas em seu idioma natal e elas usem o inglês com outras pessoas.
O parto está marcado para o dia 25 de março, mas, caso se antecipe, eles já estão com as malas prontas “na porta de casa” há três semanas.
Ambos conseguiram uma licença de seis meses no trabalho: quando a de Daniel, executivo numa multinacional de informática, acabar, começa a de Ole. “Aqui as pessoas são muito liberais. Vamos ter o direito que qualquer mãe tem”, diz Daniel, que participa de fóruns de pais gays em Londres e diz que o tema é bem aceito por lá.
O casal fez um curso de paternidade para aprender cuidados básicos como troca de fralda e banho, mudou-se para um apartamento maior e com jardim e fez um chá de bebê. As duas avós também devem viajar para a Tailândia para ajudar nos primeiros meses a cuidar delas, que serão as primeiras netas das duas famílias. “Elas vão ser as criaturas mais desejadas do mundo. Está todo mundo super empolgado”, diz Daniel.
Mesmo com tanta preparação, ele diz que o frio na barriga é grande. "Estou bem ansioso, doido para ver o rostinho delas."
Falta também decorar o quartinho dos bebês. Sobre isso, eles já decidiram uma coisa: nada de cor de rosa. “É muito clichê, e não queremos nenhum tipo de clichê na vida delas”, diz Daniel.
Infográfico sobre tratamento de fertilidade com barriga de alguel de Daniel Nascimento e Ole (Foto: Editoria de arte/G1)











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